TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A NOVA ORDEM MUNDIAL PARTE I

 


Antes de estudarmos o tema sobre a Nova Ordem Mundial, é de suma importância conhecermos primeiramente o significado da ONU e sua função em nosso mundo.

I. SIGNIFICADO DE ONU


ONU é a sigla para Organização das Nações Unidas, que é uma organização internacional com o objetivo de facilitar a cooperação em termos de direito e segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e da paz mundial.

A ONU foi fundada em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de deter as guerras entre os países e para facilitar diálogo entre os mesmos.

A ONU é formada por 192 estados-membros, incluindo quase todos os soberanos do mundo, e está dividida em diversas instâncias administrativas:

1. Assembleia Geral.

2. Conselho de Segurança, que tem o objetivo de decidir resoluções de paz e segurança.

3. Conselho Econômico e Social, que auxilia na promoção da cooperação econômica, social e no desenvolvimento mundial.

4. Secretariado, que fornece estudos e informações.

5. Tribunal Internacional de Justiça, que é o órgão judicial principal.

Além das instâncias administrativas, a ONU também é formada por um grande sistema, chamado Sistema das Nações Unidas, formado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

II. O QUE É A NOVA ORDEM MUNDIAL

O termo Nova Ordem Mundial, (em inglês: New World Order, NWO) refere-se ao surgimento de um governo mundial totalitário.

Nova Ordem mundial ou Nova Ordem Geopolítica Mundial, significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.

A Nova Ordem Mundial assinala um período da Modernidade posterior à Guerra Fria, mas também serve para demarcar os momentos de ruptura com os períodos precedentes, especialmente no que tange à alteração nas formas de organizar as relações internacionais.

A expressão Nova Ordem Mundial, usada pela primeira vez, pelo então presidente norte-americano Ronald Reagan, no fim da década de 1980, quando fez citação ao processo de queda da União Soviética e à reorganização geopolítica das potências mundiais, é definida da seguinte forma: “um conceito social, econômico e político que faz referência ao contexto histórico do período Pós-Guerra Fria” (guerra sem armas).

III. QUANDO SURGIU A NOVA ORDEM MUNDIAL?

Após a derrubada do Muro de Berlim, em 1989, e a dissolução da União Soviética, em 1991, a antiga Ordem Mundial não cabia mais. A partir daí, surgia uma Nova Ordem Mundial, em que a bipolaridade capitalismo x socialismo deixou de existir, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo.

IV. QUAL A FINALIDADE DA NOVA ORDEM MUNDIAL

1. O Plano Da Nova Ordem Mundial. A Nova Ordem Mundial são grupos secretos, ricos e muito poderosos, estão a implementar um plano de dominação mundial para unificar a humanidade e criar um governo único.

Para tanto, devem desestabilizar ou derrubar governos, erradicar as religiões e instituir um governo mundial único. Sem espanto, essas “forças ocultas” lançam mão de políticas financeiras e corrupção política, além de realizarem uma verdadeira engenharia social e controle mental.

É possível encontrar alguns indícios desse plano? Claro que sim. Para isso, vale citar a nota de um dólar americano, na qual, desde 1935, está inscrito os dizeres “Novus Ordo Seclorum” ou nova ordem dos séculos; outros exemplos de unificação mundial supostamente conspiratórias são as instituições internacionais como o Banco Mundial, o FMI, as Nações Unidas e a OTAN, juntamente com os países Europeus.

Outros fatores, como a reunião anual da elite socioeconômica mundial para decidir os rumos da economia, a famosa “Conferência Bilderberg” também seriam exemplos desse complô.

V. A GLOBALIAÇÃO NO PLANO DA NOVA ORDEM MUNDIAL

A Globalização é um processo de aprofundamento das relações econômicas, sociais, culturais e políticas entre os povos espalhados pelo mundo.

Está caracterizada pela ausência ou diminuição de barreiras econômicas e imigratórias entre os países.

A globalização é um termo que foi elaborado na década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração econômica e política internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transporte e de comunicação. Por se caracterizar como um fenômeno de caráter mundial, muitos autores preferem utilizar o termo mundialização.

O processo de globalização é um fenômeno do modelo econômico capitalista, o qual consiste na mundialização do espaço geográfico por meio da interligação econômica, política, social e cultural em âmbito planetário. Porém, esse processo ocorre em diferentes escalas e possui consequências distintas entre os países, sendo as nações ricas as principais beneficiadas pela globalização, pois, entre outros fatores, elas expandem seu mercado consumidor por intermédio de suas empresas transnacionais ou aldeia mundial.

3. Características da Globalização.

·         Integração social, econômica e política.

·         União de mercado mundial (relações comerciais e financeiras).

·         Fortalecimento das relações internacionais.

·         Aumento da produção e do consumo de bens e serviços.

·         Avanço tecnológico e dos meios de comunicação.

·         Instantaneidade e velocidade das informações (por exemplo, via internet).

·         Aumento da concorrência econômica e do nível de competição.

·         Surgimento dos blocos econômicos e desaparição das fronteiras comerciais.

·         Ampliação do uso de máquinas na execução de tarefas.

·         Crescimento da economia informal.

·         Valorização de mão-de-obra qualificada.

·         Privatização de empresas estatais.


4. A globalização cultural.

4.1. O que significa cultura. Podemos definir cultura como o conjunto de conhecimentos, crenças, lei, moral, arte e costumes de uma sociedade.

4.2. A interferência da globalização na cultura. Além de fatores econômicos e sociais, a globalização também interfere nos aspectos culturais de uma determinada população. Através dos meios de comunicação a cultura dos povos e costumes e hábitos locais, tem sido influenciado passando por transformação. Entretanto, elementos da cultura local perduram em meio à população, promovendo, assim, a diferenciação entre as culturas existentes.

VI. A ONU E A NOVA ORDEM MUNDIAL

Durante a maior parte de sua existência a ONU cumpriu papéis que derivavam diretamente da ordem internacional resultante da Guerra Fria. Entre suas principais funções estava a de constituir um fórum de convivência pública entre as duas superpotências. Nele, os EUA e a URSS, diretamente ou por intermédio de seus aliados, protagonizaram a bipolaridade que caracterizou o período, vivendo momentos de rivalidade e confrontação, mas também de cooperação.

Uma nova ordem mundial, embora ainda indefinida, já começa a ser traçada, sendo foco de questionamentos e inquietações. Nesse contexto, é importante que a Organização das Nações Unidas (ONU) volte a desempenhar papel central na discussão dos principais problemas mundiais. A ONU, vem ao longo dos anos trabalhando para trazer a paz principalmente entre Israel e as nações muçulmanas.

A Organização providenciaria os meios que facilitassem a procura dessas soluções, a sua influência seria moderadora e elemento de dissuasão, símbolo universal de um espírito de paz e de cooperação; sobre o qual assentaria a nova ordem internacional.

É, pois, um elemento novo nas relações internacionais que, contribuindo para o desenvolvimento do direito internacional e a promoção de uma ordem mundial, tem a sua origem com o aparecimento da ONU, mas cujo significado profundo continua a suscitar interrogações.

VII. NOVA ERA


Vivemos um tempo onde a humanidade se encontra frustrada, desanimada e decepcionados com tudo, inclusive com os sistemas políticos, econômicos e religiosos. Em todas as partes do mundo surge um profundo desejo de um mundo melhor. Este fato é cada vez mais visto como uma chance de começar algo novo e um ponto de partida para um novo mundo. Cansados com o materialismo e o mundo secularizado, um número crescente de pessoas, começam a buscar valores transcendentais (superiores, metafísicos, do além), ou seja, tudo o que é oculto, misterioso e esotérico interessa. Muitas seitas místicas e ocultas já existem há muito tempo, mas nos últimos tempos surgiram vários movimentos religiosos, filosóficos e ocultos em busca da verdadeira felicidade. Entre eles destaca-se o movimento chamado New Age, no Brasil conhecido como “Nova Era”.

A expressão Nova Era é relativamente recente, tanto aqui como em outros países. Começou a ser usada basicamente a partir do ano de 1975, quando esse movimento passou a divulgar abertamente seus planos e ensinamentos. Entretanto, a doutrina e filosofia da Nova Era já estavam presentes em diversas organizações e religiões. Muitos ensinamentos já estavam sendo divulgados pela Maçonaria, Rosa Cruz e, em larga escala, no espiritismo. Portanto é hora de despertarmos do sono e nos vestirmos das armas da luz, ou seja, leitura da Bíblia, que nos esclarece todas as dúvidas, ou as tentativas que o inimigo usa para nos afastar dos caminhos de Deus.

1. O que é Nova Era.


A palavra “era” significa “época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas”. Esta definição nos interessa para comprovar nosso estudo acerca deste assunto. A razão porque se tem ouvido tanto sobre Nova Era fundamenta-se na crença de que os ciclos evolutivos são desenvolvidos através de diferentes eras astrológicas, cada uma com sua característica distinta.

A Nova Era é uma mistura de ideias extraídas de seitas orientais, judaísmo, cristianismo e ocultismo. Uma de suas principais finalidades é confundir a mente das pessoas para que se aproxime do Deus da Bíblia. Através de elementos místicos, tais como tarôs, pirâmides, cartas, búzios, e da crença em bruxas, duendes, fadas, e outros seres inventados pela mente humana (mundo secularizado), procurando confundir os homens quanto ao conhecimento do Verdadeiro Deus.

A Nova Era é o movimento que não tem data de fundação, não tem fundador e não tem liderança humana a que esteja subordinada ou lhe trace diretrizes, embora esteja indo exatamente para onde deseja. Estamos nos enganando, no entanto, se pensarmos que a Nova Era não possui nenhum tipo de liderança. Os verdadeiros líderes, reconhecidos pelos adeptos, são seres espirituais, a quem chamam de espíritos, anjos e extraterrestres. Grandes mentalidades estão à frente da Nova Era. Para um trabalho desse vulto, Satanás não utiliza elementos de baixo nível, mas gênios de todos os campos do saber humano. É o que estamos vendo acontecer com escritores, educadores, estadistas, financistas, economistas, teólogos, investidores, cientistas e artistas.

Nova Era é um movimento de âmbito mundial que procura criar um novo estado de coisas, visando uma unificação política, econômica e religiosa.

É a substituição da Era de Peixes (Cristianismo) pela Era de Aquário (Nova Era). A promessa do movimento é a paz e a segurança que redunde na felicidade para o homem.

A Nova Era é um movimento religioso, filosófico e político mundial. Tem este nome atraente para induzir os ignaros e incautos. As opressões por que passa a humanidade, decorrentes da corrupção, violência urbana, guerras, tragédias, injustiças sociais, desemprego, desarmonia crueldade, desmoronamento da família e decadência moral, leva todo o mundo a suspirar por uma nova era, um novo mundo melhor onde tais coisas não existiam.

A Nova Era garante que será o canal para a realização desse sonho universal. Não há dúvida que o movimento Nova Era, infiltrado como está nas religiões, na política, na imprensa, nas escolas, nos divertimentos, nos meios de comunicações de massa, na ciência, na literatura, na indústria, no esporte, na música, etc., é uma plataforma de ascensão do Anticristo, que desde mundo exercera o domínio, como preposto de Satanás quando a Igreja daqui sair.

2. O princípio do movimento nova era. Pode ser marcado em 1875 quando a russa Helena Petrovna Blavastsky, nascida na Ucrânia em 30 de julho de 1831 e morreu no ano de 1891, obteve comunicações com “Mestres Cósmicos”, que lhe informaram sobre a necessidade da implantação de uma Nova Ordem Mundial baseadas num determinado plano cujos símbolos, detalhes e objetivos finais lhes foram anunciados pelos referidos mestres.

No mesmo ano de 1875, ela fundou a Sociedade Teosófica, na cidade de Nova Iorque. Essa sociedade ensinava que todas as religiões têm verdades comuns e afirmavam serem orientadas por mestres espirituais, extraterrestres, ou até por pessoas muito evoluídas ou iluminadas, mas durante 100 anos o Plano deveria ser foro de conhecimento apenas de pessoas “iluminadas” e depois então gradativamente ser divulgado de forma aberta.

Benjamin Kremer, um grande Líder da Nova Era, que se diz precursor do Cristo da Nova Era, mandou publicar em jornais e revistas de todo o mundo uma matéria sobre o título “O Cristo está aqui agora”, anunciando a paz. A vinda de Cristo não foi real, pois o homem não estava preparado para recebê-lo, declara Kremer.

3. O que pretende a nova era. “As atividades da Ordem estão voltadas para a mudança de nossa sociedade, mudar o mundo, trazer uma Nova Ordem Mundial. Essa será uma ordem planejada com liberdade individual fortemente restrita, sem proteção constitucional, sem fronteiras nacionais ou distinção cultural” [America's Secret Establishment: Introduction to the Order of Skull & Bones].

Os adeptos da Nova Era esperam por um tipo de messias, avatar, que coloque ordem no mundo e estabeleça a paz. Acreditam que cada era possui o seu avatar e que para a era de aquário também se levantará uma espécie de “messias”. Os segmentos da Nova Era usam nomes diferentes para designar o avatar: os mais correntes são Saint Germain e Lord Maitreya. Eles esperam unanimente na vinda desse avatar, para que ele unifique todo o mundo debaixo de um único governo e estabeleça a paz para a humanidade.

O proclamado “Cristo” da Nova Era, não é como muitos pensam, o verdadeiro, o único Senhor Jesus, mas é o Maitreya (um nome extra bíblico). Eles ensinam que esse elemento ainda vai se revelar como o educador do mundo e deverá assumir o governo do planeta.

O deus dos adeptos da Nova Era é Lúcifer, de quem receberão o poder para controlar o futuro governo mundial.

Conforme o ensino da Nova Era, o Maitreya é o mestre dos mestres, e ele é apresentado como o “Cristo” para enganar o mundo. Tudo isto nos fala que já estamos na última hora.

A Nova Era prega a fraternidade entre os homens e ao mesmo tempo restringe a liberdade religiosa, isto, então, não passa de hipocrisia. Satanás, que é o “deus” da Nova Era, sabe que O Senhor Jesus virá para arrebatar a Sua Igreja, e implantar o Reino do Céus que terá uma duração de mil anos e após será estabelecido o Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).

Firmada na lei do carma, o teosofismo dá uma origem remotíssima a humanidade. Dizem que a humanidade atual é a quinta sub-raça, dando dezoito milhões de anos a humanidade. Dizem eles que cada sub-raça presta a humanidade uma contribuição especial. A contribuição da sub-raça atual é prover o “'Homem Intelectual”. A próxima sub-raça será o “Homem Espiritual”.

Ao iniciar-se cada sub-raça, surge um “Cristo”. Noutras palavras o supremo-mestre encarna em alguém. Por conseguinte, a atual sub-raça-trono-ariana já teve até agora cinco “Cristos”, que foram:

·         Buda na Índia: (primeira sub-raça).

·         Hermes, no Egito (segunda sub-raça).

·         Zoroastro, na Pérsia (terceira sub-raça).

·         Orfeu, no Egito (quarta sub-raça).

·         Jesus, na Palestina (quinta sub-raça).

A Nova Era afirma que Jesus seria apenas mais um Cristo, entre muitos Cristos. Jesus seria apenas o Cristo da Era de Peixes, que estaria se encerrando, para dar início à Era de Aquário, cujo “Cristo” seria o senhor Maitreya.

O alvo principal consiste no estabelecimento de uma ordem mundial através da implantação de um Novo Governo Mundial, uma Nova Economia Mundial e uma Nova Religião Mundial. Tudo para obter o domínio do mundo. Isso significa a quebra das barreiras fronteiriças.

Devemos ter consciência que essa crença é puramente do Anticristo? No livro de Nova Era, “The Armaggedon Script” de Peter Lemesurier, descobrimos a crença que o Anticristo vai executar os maiores milagres possíveis para os seguidores de todas as religiões? Ele afirmará que é o Messias que quase todas as grandes religiões esperam. Ele afirmará para os judeus que ele é o Messias prometido; para os cristãos ele afirmará ser Jesus Cristo em sua segunda vinda; para os maometanos, ele afirmará ser Maomé que voltou à Terra; para o budista ele afirmará ser Buda retornado; até alguns índios americanos têm a doutrina que uma figura messiânica aparecerá nos últimos dias. Em sua pessoa, o Anticristo afirmará que é a figura do Messias para cada uma das religiões do mundo. Lemesurier liga essa charada ao Anticristo atuando como uma vara de iluminação espiritual, tomando para si mesmo as “predições não descarregadas” de cada religião do mundo. Depois, uma vez que cada religião creia que viu seu Messias, podem receber revelações espirituais “mais elevadas”, que cada pessoa tem um “deus” dentro de si e que o verdadeiro deus a ser adorado é você mesmo! [The Armaggedon Script, Peter Lemesurier, St. Martin Press, Nova York, 1981, pg. 215-252].

A Nova Era levará as pessoas a crerem que todos, na realidade, esperam o mesmo líder, embora com nomes diferentes e este líder é MAYTREYA (o Cristo da Nova Era, ou seja, o Anticristo das Sagradas Escrituras).

2. A diferença entre Nova Era e Nova Ordem Mundial.

2.1. Como já vimos a Nova Era é uma mistura de ideias extraídas das seitas ocultistas. A Nova era, age na área espiritual, sendo assim é um movimento religioso, filosófico e político mundial com a finalidade de preparar o terreno para o anticristo assumir o reinado mundial.

2.2. A nova Orem Mundial. A Nova Ordem Mundial age principalmente no seu aspecto político preparando o mundo para a chegada do anticristo.

A Nova Era, principalmente no seu aspecto político, tem um salvador do mundo chamado Lord Maitréia, que não é outro senão o anticristo de que nos previnem as Santas Escrituras. Ele fará com que o movimento religioso e filosófico dos dias atuais, enganosamente se preparem e conduza o mundo sem Deus para um governo central e unificado.

Na posse do presidente dos E.U.A., no dia 20 de janeiro de 2009, o presidente Barak Obama falou várias vezes em seu discurso dizendo: que estamos entrando em uma Nova Ordem Mundial, ou uma nova era de paz.

Portanto a Nova Era trabalha na propagação do novo messias, através das religiões antigas e ocultistas, enquanto que a Nova Ordem Mundial trabalha na preparação política entre as nações para entregar o governo ao novo messias.

VII. NOVA ORDEM MUNDIAL E A BÍBLIA

Ao estudarmos as profecias de Daniel e Apocalipse, juntamente ao sermão profético feito por Cristo nos três evangelhos, percebemos que de fato, o mundo tende a rumar ao colapso. O texto bíblico nos informa que quanto mais o tempo passar, mais o amor se esfriará pelo aumento da iniquidade no coração humano (Mt 24.12). Haverá cada vez mais conflitos, rumores de guerras, epidemias, fome (Mt 24.6,7; Lc 21.11,12), problemas que poderiam ser resolvidos, se não houvesse tanto interesse egoísta envolvido.

Em meio a esse cenário é que a Bíblia descreve em Apocalipse 13, o surgimento no cenário mundial de uma aliança entre dois poderes terrestres. O primeiro é apresentado na figura simbólica de um animal saindo da água, o segundo é descrito como um animal saindo da terra. Dentro do contexto literário do Antigo Testamento, essas duas figuras mitológicas são uma representatividade do mal. João usa esse contexto como pano de fundo para descrever que no tempo do fim, haverá dois poderes humanos, considerados aliados do dragão que é uma representatividade do diabo (Ap 12.7-9), que se unirão, formando assim uma nova ordem mundial.

A união desses poderes é algo tão poderoso e influente que seduzirá todos os habitantes da Terra (Ap 13.14), e mexerá com a economia e a liberdade civil (Ap 13.16,17).

A primeira besta, conforme a sua descrição, representa o poder político das nações (Dn 7.7,17; Ap 17.18), a segunda besta, representa o poder religioso que será um aliado da primeira besta (Ap 13.11-18), situado na cidade de Roma (Ap 17.18).

Quando esses dois poderes se unirem e fundirem num só, estará formado aquilo que a teologia entende como Nova Ordem Mundial. Essa união do poder religioso com o político, estabelecerá um decreto que será de nível mundial e com forte represália aos seus opositores.

Podemos concluir então que a política será reorganizada mundialmente, passando a existir apenas uma forma de governo? A resposta é um sonoro sim! Embora, o Apocalipse não detalhe como acontecerá e nem quando, ele descreve que acontecerá.

Um fator muito interessante é que desde que a pandemia de Corona vírus se intensificou, os apelos para uma constituição mundial, tem se tornado cada vez mais fortes.

O que acontecerá com a humanidade quando a Nova Ordem Mundial se estabelecer?

Será imposto sobre ela uma marca e ela é quem definirá quem está a favor ou contra essa coligação. O cenário de união entre as potências religiosas e políticas do mundo é um dos últimos sinais que vão anteceder a segunda vinda de Cristo e o fim do mundo. Quando Cristo vier, as autoridades políticas e religiosas vão perder seus poderes, e Deus salvará o seu povo e será o único governante do Universo, e “Ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15).

Sendo assim, o único governo que reinará proeminentemente na história, formando a verdadeira nova ordem mundial, será o reino de Deus.

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Elaborado pelo Pastor Elias Ribas

Igreja Assembleia de Deus

Blumenau - SC

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

JÓ E A REALIDADE DE SATANÁS

 


Jó 1.6-12 “E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. 7 - Então, o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. 8 - E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal. 9 - Então, respondeu Satanás ao SENHOR e disse: Porventura, teme Jó a Deus debalde? 10 - Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra. 11- Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face! 12- E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.

Jó 2.4-5 “ Então, Satanás respondeu ao SENHOR e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. 5 - Estende, porém, a tua mão, e toca-lhe nos ossos e na carne, e verás se não blasfema de ti na tua face!

INTRODUÇÃO

O Livro de Jó revela a realidade do Diabo. É o livro mais claro em relação ao assunto do Antigo Testamento. Entretanto, de maneira equilibrada, podemos aprender que o Diabo tem determinada ação no mundo, mas ele não é maior que Deus, nem muito menos exerce ação autônoma.

O livro mostra com clareza que o Diabo está submetido a Deus. Essa compreensão é alentadora, pois não podemos ignorar a sua ação, mas também não devemos supervalorizá-la porque maior é Deus que que nos salvou.

Uma das constatações que o leitor logo chega ao ler o Livro de Jó é que o Diabo existe. Ele é um ser real. Todo o mal descrito poeticamente no livro é visto a partir da realidade de Satanás. Todo sofrimento experimentado pelo homem de Uz, mesmo sem a consciência histórica disso, foi motivado por uma ação maligna. Ali, o Diabo assume o caráter pessoal de uma criatura. Nesse aspecto, o livro mostra como o Diabo pode interferir na vida humana. Portanto, nesta lição abordaremos algumas questões relativas à existência e à realidade de Satanás a partir do contexto de Jó.

O Diabo é um ser espiritual, mas não é auto existente.

I. O LIVRO DE JÓ E A NATUREZA DE SATANÁS

1. Satanás é um ser espiritual.

O Livro de Jó não procura provar a origem do Diabo, mas o revela como um ser real. O livro destaca algumas características da natureza de Satanás que nos permitem conhecê-lo melhor. Em primeiro lugar,  conforme o livro apresenta, o Diabo é um ser espiritual e encontra-se na mesma categoria dos anjos, representada no texto pela expressão “os filhos de Deus” (Jó 1.6). Os anjos são seres espirituais que não pertencem à dimensão natural, mas à sobrenatural. Isso explica, por exemplo, a capacidade da rápida locomoção do Diabo quando rodeava a Terra e passeava por ela (Jó 1.7).

2. Satanás é um ser criado.

Mesmo sendo um anjo, dotado de natureza espiritual, ele não é auto existente. Ao contrário de Deus, que criou todas as coisas, o anjo que se tornou Satanás teve uma origem. Nem sempre o Diabo foi Diabo. Ele fora um anjo bom como os demais. Assim, ele é uma criatura, não o Criador. Por isso, o livro revela que Satanás tem suas ações limitadas por Deus. Ele pode fazer muitas coisas, mas não tudo (Jó 1.12; 2.7). Como ele não é auto existente e, semelhante às outras criaturas que povoam o universo, não é um ser incriado, o Diabo é uma criatura limitada.

Assim, Satanás usou de seu conhecimento e perspicácia para atacar Jó.

3. Um ser dotado de personalidade.

Além do fato de ser um ente espiritual, o Diabo é dotado também de personalidade. Ele é uma pessoa e se apresenta como tal. No Livro de Jó o vemos assumindo atributos de um ser pessoal. Ele fala e possui capacidade argumentativa (Jó 1.9-11). Essa mesma característica aparece de forma mais explicita na tentação de Cristo (Mt 4.1-11; Lc 4.1-13).

No livro, além de se expressar verbalmente, Satanás também demonstra possuir conhecimento. Ele sabe o que se passa na Terra e como se comportam os homens. Ele conhecia a vida de Jó. Isso faz dele um ser perspicaz. O apóstolo Paulo sabia que o Diabo é um ser que possui perspicácia quando disse não lhe ignorar os “ardis” e que ele se valia de métodos sofisticados para atingir as pessoas (2 Co 2.11; Ef 6.11).  Assim, Satanás usou de seu conhecimento e perspicácia para atacar Jó.

Precisamos saber que o Diabo é um ser espiritual criado e dotado de personalidade. Nas palavras de Myer Pearlman, essa palavra descreve a intenção persistente de o Diabo obstruir os propósitos de Deus. É uma oposição que se revelou nas seguidas tentativas de impedir o plano divino de cumprir a atividade predita em Gênesis 3.15: a vinda do Messias.

4. Queda e ruína de Satanás.

O vocábulo “ocaso”, quando usado em sentido figurado, é definido pelo Dicionário Aurélio como “fim, final, queda e ruína”. O Livro de Jó retrata de forma nítida o ocaso final de Satanás. A vitória de Jó foi uma derrota para ele. Em quase todo o livro, Deus se mantém em silêncio e oculto, mesmo o leitor tendo consciência que Ele está lá e que o seu silêncio fala alto. Por outro lado, o Diabo não aparece mais a partir do capítulo 3 e não é mais mencionado no restante do livro. Não é, pois, propósito do livro pô-lo em evidência, nem tampouco superestimar o mal. O Livro de Jó mostra que Satanás não conseguiu o seu intento, que era fazer com que Jó blasfemasse.

5. As obras de Satanás.

1. Ele causa dor e sofrimento nas pessoas.

A introdução do Livro de Jó apresenta Satanás como um ser capaz de agir contra o ser humano (Jó 1.12; 2.6). Através de suas ações é possível conhecer a natureza maligna de suas obras. É da natureza do Diabo provocar dor e sofrimento aos seres humanos. No livro, Satanás impõe ao patriarca um sofrimento, até então, sem precedentes, pois ninguém sofreu como Jó no Antigo Testamento. Primeiramente, o Diabo atingiu as posses dele, o que fez o patriarca sofrer ao ver o seu patrimônio destruído repentinamente. Da mesma forma, houve grande sofrimento em Jó quando ele viu a tragédia se abater sobre sua casa, pois sua família foi devastada. Entretanto, o sofrimento do homem de Uz não cessou com a perda da família. O Diabo o infligiu com uma doença que o fez padecer dor e isolar-se de todos.

III. O PRIMEIRO ATAQUE DE SATANÁS CONTRA JÓ

1. Deus convoca uma reunião no céu.

1.1. Quem participa desta reunião?

“E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (1.6)

A. Os filhos de Deus (anjos). Apresentam-se diante de Deus.

B. Satanás entra nesta reunião. Porém no céu Satanás fica calado, ou seja, ele não tem voz ativa.

1.2. Deus faz uma pergunta a Satanás. “Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela” (1.7).

Satanás faz duas coisas: “passear - rodear a terra e acusar”. Expulso de sua morada celestial, Satanás não ficou restrito somente à Terra. Isso é evidenciado pelos dois concílios celestiais aos quais ele se fez presente, mencionados no livro de Jó (Jó 1.6; 2:1). Embora não saibamos onde ocorreram, fato é que não foi no Céu, visto que ele foi expulso de lá. Vê-se também que não foi na Terra, pois, ao ser perguntado de onde vinha, ele respondeu: “… de rodear a Terra e passear por ela” (Jó 1:7; 2:2). Tais concílios ocorreram em algum lugar do Universo, que não a Terra nem o Céu.

1.3. Deus faz a segunda pergunta a Satanás.

A. Deus da testemunho de Jó. 1.8-10: “E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. 9 Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? 10. Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra”.

Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, integridade é uma palavra que comporta os seguintes significados: inteireza, retidão, imparcialidade, inocência e pureza.

À medida que acompanhamos o desenrolar do diálogo entre Deus e Satanás, descobrimos que, apesar de o diabo ter poder para investir contra a vida de seres humanos, isso não quer dizer, necessariamente, que ele possa fazê-lo quando bem entender. Satanás precisa da permissão de Deus para provocar calamidades na vida de um ser humano.

B. Satanás acusa Jó. 1.11-12 “Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. 12 E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás.”

O Diabo é capaz de infligir dor e sofrimento, mas não só isso. Ele também acusa. Faz parte de sua natureza acusar. Foi o que ele fez com Jó (Jó 1.10,11). O Diabo o acusou de praticar uma religiosidade motivada por interesse. Assim como fez, posteriormente, com o apóstolo Pedro, querendo cirandá-lo (Lc 22.31,32), o Diabo quis fazer o com Jó. O livro do Apocalipse mostra a acusação como a missão do Diabo (Ap 12.10).

Deus da testemunha de Jó, no entanto, Satanás insiste que a integridade desse homem nunca havia sido testada. Acusa Jó de servir a Deus somente porque este o protegia e o fazia próspero. Deus, então, concede permissão para que o teste tenha início.

O Senhor iniciou sua conversa com Satanás perguntando o seguinte: “Observaste o meu servo Jó?” (Jó 1.8). Em seguida, Satanás solicitou a permissão do Senhor para causar danos a Jó. Satanás obviamente não pediria consentimento numa questão como essa, se não fosse necessário. O diabo admitiu que Deus fizera uma cerca viva (uma cerca de proteção) ao redor da vida de Jó e de sua família, proteção essa que o impedia de atacar sorrateiramente a Jó sem a permissão de Deus. Após conceder permissão a Satanás, o Senhor estabeleceu os limites de sofrimento que ele poderia infligir a Jó (cf. Jó 1.12; Jó 2.6).

C. Satanás é o agente tentador.

Por outro lado, devemos destacar a atuação de Satanás na tentação para o mal. Também faz parte de sua natureza tentar pessoas. Pelo texto sagrado, podemos inferir que o Diabo impulsionou os sabeus e os caldeus, povos até então nômades, a dizimarem os bens de Jó (vv.12,14,17). É uma característica do Diabo incitar e tentar para o mal (1º Cr 21.1).

No Livro de Jó, as obras de Satanás são representadas pela dor, sofrimento, acusação e tentação.

Portanto, “Satanás [...] ressalta que Jó tem sido recompensado de todas as formas possíveis – Porventura, não o cercaste tu de bens a ele? (10). Ele e sua família eram protegidos de todo e qualquer tipo de perigo, e Satanás conclui: A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentando. Um sucesso incomum aparece em tudo que Jó realiza. Essa prosperidade, cobra Satanás, é a recompensa de Deus pela fidelidade de Jó.

Depois de acusar a Deus de comprar a lealdade de Jó, Satanás o desafia dizendo que uma reversão na condição próspera de Jó redundaria em sua deserção: Mas estende a tua mão [...] e verás se não blasfema de ti em tua face (11). Isto é, ele renunciaria completa e abertamente a Deus e sua forma piedosa de vida.

Deus não abandona Jó nas mãos de Satanás, mas Ele dá permissão para testar a disposição de Jó em permanecer leal e devoto: Eis que tudo quanto tem está na tua mão (12). Observe, no entanto, que existe um limite para o teste: Somente contra ele não estendas a tua mão. Com tal autorização, Satanás age rapidamente para cumprir o seu propósito, confiante no sucesso de seu empreendimento” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon:Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.29).

IV. AS CALAMIDADES DE JÓ – 1.13-22

No livro de Jó, o personagem é descrito como um homem justo; de fato, o mais justo que havia em toda a terra. Mas Satanás afirma que esse homem é justo somente porque recebe bênçãos de Deus. Deus o cercou e o abençoou acima de todos os mortais; e, como resultado disso, Satanás acusa Jó de servir a Deus somente por causa da generosa compensação que recebe de seu Criador.1. A ação permissiva de Deus.

Jó foi experimentado em todas as áreas de sua vida. Calamidades sociais, sobrenaturais, meteorológicas e psicológica.

1.2. Rapidamente, os filhos e filhas de Jó são mortos e todos os seus rebanhos são levados por seus inimigos.

1.3. Perda dos bens materiais.

1.4. Perda dos membros da família.

1.5. Perda da saúde.

A. Alguém poderia sugerir que a doença de Jó possa ter sido uma forma muito severa de lepra, também conhecida como elefantíase-dos-gregos. Esta é conhecida algumas vezes como lepra negra, porque a pele fica enegrecida.

B. Qualquer que fosse a doença, parece claro que Jó sofreu com ela durante algum tempo e que foi muito séria e penosa. Alguns dos seus sintomas e efeitos podem ser deduzidos das passagens seguintes: (2.7-8, 12; 3.24-25; 7.4-5, 13-15; 19.17, 20; 30.17-18, 30).

V. JÓ ADORA A DEUS NA PROVAÇÃO

1.20-22: “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. 21 E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR. 22 Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.”

1. A adoração de Jó. Quão grande é o exemplo de Jó. No auge da provação, confessa que, mesmo que Deus o matasse, n’Ele confiaria (Jó 13.15).

1.1. A adoração de Jó foi completa tanto em atitudes como em palavras.

A. Ele levantou-se.

B. Rasgou seu manto.

C. Rapou a cabeça.

D. E se lançou em terra para adorar o Senhor. “...bendito seja o nome do SENHOR”.

1.2. Jó confessa sua fé. “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou”.

2. O que levou Jó a adorar a Deus.

2.1. Adoração a Deus implica o reconhecimento de Sua soberania.

2.2. Adoração a Deus implica o reconhecimento de que Ele está no comando de tudo.

2.3. Adoração a Deus implica o alegrar continuamente n’Ele. O profeta Habacuque

Confessou dizendo: mesmo que lhe viessem a faltar os alimentos básicos, alegrar-se-ia ele no Deus de sua salvação (Hb 3.18).

FONTE DE PESQUISA

1. ANDRADE Claudionor, Dicionário Teológico 8ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

2. ANDRADE Claudionor de. Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 2003. Editora CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

3. ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD.

4. BÍBLIA SHEDD. Revista Atualizada, 1ª Edição: 1998, Ed. Vida Nova, São Paulo – SP.

5. CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp. 27-28).

6. GONÇALVES José. O Livro de Jó. Lições bíblicas 4º Trimestre de 2020. CPAD Rio de Janeiro RJ.

7. JON D. DAVIS. Dicionário da Bíblia, 5ª Edição. Editora JUERP. Rua Silva Vale, 781, Cavalcanti – RJ.

8. O livro de Jó - http://www.estudosdabiblia.net/jo.htm - Acesso 13/07/2017.

9. RICHARD L. Hoover, EETAD, 2ª Edição, Campinas, SP.


Pr. Elias Ribas

Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.

Mestrado em Divindade pelo Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.

Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.

Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.

Exegese do Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – I

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

UM HOMEM CHAMADO JÓ

 


LEITURA BÍBLICA

Jó 1.1-5. “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal. 2 - E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3 - E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente.4 - E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. 5 - Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.”

 INTRODUÇÃO

O autor sagrado não elabora uma biografia de Jó, mas traça um perfil que diz muito sobre esse gigante da fé. Jó foi um homem diferente, não em natureza, pois ele era igual aos demais de sua época. Todavia, foi, sem dúvida, distinto na espiritualidade. Ele foi um homem que não apenas possuía bens materiais e uma família sólida, mas mantinha profunda comunhão com Deus. Assim, nesta lição destacaremos alguns traços da vida e espiritualidade de Jó.

É possível ser próspero e, ao mesmo tempo, ter um caráter íntegro e piedoso? Esta pergunta faz sentido porque não é pouco comum correlacionar o defeito de caráter de uma pessoa com o advento de seu sucesso. O leitor da Bíblia Sagrada sabe do cuidado que as Escrituras apontam para a relação humana com o dinheiro. Sim, a Palavra de Deus diz que o “amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males” (1ª Tm 6.10). Isso ocorre por causa do “apego”, da “ambição” que o homem desperta diante do dinheiro ou de algum bem material. Essa disposição pode aniquilar a nossa integridade e piedade. Mas ao longo da lição, veremos um modelo de integridade, prosperidade e piedade conjugado com o temor do Senhor. Que o exemplo de Jó fale aos nossos corações. O temor do Senhor é a base de uma vida reta e íntegra. 

I. O TESTEMUNHO DE DEUS A RESPEITO DE JÓ (1.1-5)

 V. 1.1-2: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal”. 2 E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.”

1. Jó um homem de caráter.

1.1. Integro - Sincero. O termo hebraico םת, transliterado tâm traduzidos por ‘sincero’. O adjetivo que significa integridade, prefeito, imaculado, piedoso, simples, sem culpa, inocente. No grego, segundo a Septuaginta, a palavra alethinós remete ao que é verdadeiro. Assim, podemos afirmar que Jó era sincero nas intenções, afeições e diligente nos esforços para cumprir seus deveres para com Deus e os homens.

O termo “sincero” surgiu da fabricação de vasos de cera. Na antiga Roma, oleiros fabricavam vasos de barros para serem vendidos no comércio, a fim de se colocar líquidos: mel, azeite, gordura animal, água, etc.

Quando o vaso era levado ao fogo, alguns rachavam, e para não perder o trabalho, o oleiro enchia as rachaduras com cera da cor do barro. Dava polimento e o defeito ficava imperceptível. Ao ser colocado o líquido, principalmente quente, a cera se derretia e vazava tudo.

Na próxima compra o freguês dizia: quero vaso sem cera sem (sine-cera). Daí nasceu o vocábulo “sincero”, em português.

A cera serve apenas para camuflar rachaduras, mas vindo a prova, a realidade aparece. Por isso, devemos ser sinceros, sem disfarces, porque dia seremos descobertos, nem que seja no juízo final (Ec 12.14).

Essa qualidade envolve toda uma vida de pureza, retidão e temor, virtudes que se revelam em todo o modo ser da pessoa, quer na vida secular, quer na cristão-religiosa.

 1.2. Reto. O termo hebraico רשיו, (yasar) identificam Jó como ‘perfeitamente correto’, ou seja, reto, honesto, direito. Na Septuaginta, de acordo com o grego amemptos, possui o sentido de irrepreensível. Portanto, o homem de Uz era justo, reto, direito e se comportava de maneira irrepreensível.

 1.3. Temente. O termo hebraico אריָ, transliterado ‘yare’, traduz a ideia de alguém que prestava reverência a Deus, reverente, respeitoso, obediente. Já na Septuaginta, os termos relativos ao grego, theosebés e apecho, trazem o sentido de alguém devotado ao culto e à adoração a Deus e que, por isso, mantinha o mal sempre à distância.

 1.4. Desvia-se do mal. O termo hebraico רסוּ, transliterado ‘sur’ é o mesmo que afastar e, nesse caso especifico, do mal.

Jó é apresentado como um homem de destacado caráter espiritual. Ele é descrito assim: aquele que era inculpável, reto, temia a Deus e repelia o mal.

Deus deu testemunho do caráter de Jó, o que envolve a condição moral, comportamento correto para com os seus semelhantes, ou seja, reto e sincero.

O quesito ‘temente’, refere-se à submissão de Jó a Deus, na qualidade de servo e no que implica ser temente a Deus? Implica na imputação da justiça divina sobre Jó, ou seja, Jó era justo diante de Deus!

Jó era um homem perfeitamente correto nas relações com os seus semelhantes e justo diante de Deus. A condição ‘justo’, pertinente a Jó, depreende-se de outras passagens bíblicas. Por exemplo, os Salmos:

“O SENHOR se agrada dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia”. (Sl 147.11).

 II. JÓ ERA UM SÁBIO EPROSPERO - V. 1.3-4

1. Um conselheiro sábio. Há pessoas ricas que não são sábias nem tampouco prósperas. Possuem conhecimento, mas não entendimento; riquezas, mas não prosperidade. Jó distingue-se nesse aspecto.

Ele foi um homem sábio, rico e próspero. A Bíblia afirma que Jó era “maior do que todos os do Oriente” (Jó 1.3). “Maior” aqui não pode ser entendido apenas como uma referência a bens materiais, mas também à sua sabedoria. Estudiosos destacam que Jó era mais importante em sabedoria, riqueza e piedade do que qualquer outra pessoa daquela região e ressaltam o reconhecimento da sabedoria de Jó conforme se destacava a sabedoria dos orientais expressa em provérbios, canções e histórias. Isso fazia dele um homem proeminente, a quem as pessoas recorriam com frequência em busca de conselho e orientação (Jó 29.21,22).

 2. Jó era um homem rico – bem-sucedido.

V. 3 – Era o maior, o mais rico daquela parte do Oriente. Possuía:

7000 ovelhas.

3000 camelos.

500 juntas de bois.

500 jumentas.

Muita gente a seu serviço. Amava seus filhos e desviava-se do mal. Acima de tudo Jó era servo e apenas um servo. Não existe Grande servo (de Deus) Servo é aquele que serve. Jó era um modelo único.

Jó possuía milhares de ovelhas, camelos, bois e jumentas. Além disso, tinha sete filhos e três filhas. Em termos gerais, Jó era considerado um homem rico para a cultura tribal do mundo antigo.

A pesar de Jó ser um homem rico era um homem fiel e sincero. Não existia maldade em seu coração. Não praticava o mal. Auxiliava os mais necessitados e dava muitos empregos. Sempre fiel a Deus, louvava e engrandecia o nome do Senhor.

 3. Seu status social. O ilibado caráter de Jó, aliado à sua notória riqueza, elevara-se a uma alta posição social. Embora não fosse rei, era ele tratado como nobre (Jó 29.8). Seu elevado padrão de vida espiritual era conhecido em toda aquela região.

 III. JÓ UM EXEMPLAR PAI DE FAMÍLIA

 V. 2: “E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.” V. 5: “Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.”

 1. Um homem dedicado à família. O primeiro capítulo de Jó diz: “Iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles” (1.4). O ambiente descrito aqui é de uma família em harmonia que, de forma feliz, festejava a vida. De forma alguma o texto sugere dissolução, bebedice ou licenciosidade nessas comemorações. Eram confraternizações feitas no ambiente familiar.

A família de Jó. O patriarca Jó era pai de 10 filhos - 7 rapazes e 3 moças.

 2. Um homem de moral e piedade. Jó oferecia regularmente sacrifícios por seus filhos, caso algum deles tivesse “amaldiçoado a Deus.”

Jó estava preocupado com que seus filhos pudessem ter se apartado de Deus em seus corações, isto é, esquecido Deus e sua presença no meio de suas vidas diárias.

Todos davam um excelente testemunho de Jó. Até o próprio Deus tinha-o na conta de um homem singular e único em toda aquela geração.

Que possamos ser um homem como Jó, de caráter ilibado e sincero diante de Deus e dos homens. Deus exige de Sus filhos um exemplo único de piedade. Caso contrário, não poderemos ser contados entre os seguidores de Jesus Cristo. Portanto, que todos nos vejam o testemunho, e glorifiquem ao Pai Celeste.

 3. “Jó não teve de isolar-se para tornar-se piedoso. Foi justamente como pai de família, homem de negócios e membro de uma sociedade politicamente organizada, que ele pontificou-se como o melhor ser humano de seu tempo. Ninguém precisa isolar-se para tornar-se santo; santo nasce exatamente em meios às tentações. Todos os heróis da fé destacaram-se como membros participativos da sociedade. O que dizer de Noé? Ou de Abraão, Isaque e Jacó? Ou dos profetas? Isaías e Ezequiel eram casados. E o exemplo do próprio Cristo? Ele não se afastou dos homens para redimi-los; Emanuel resgatou-nos estando entre nós e fazendo-se como um de nós.

Enganam-se os que julgam ser a santidade o produto de uma vida solitária. Santidade é serviço; é dedicação integral ao Senhor Jesus; é desviar-se do mal e ter a parecença do Cordeiro de Deus” [ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 37].

 CONCLUSÃO

Destacamos três aspectos importantes acerca da vida de Jó: caráter, prosperidade e piedade. Só compreenderemos devidamente a vida desse gigante da fé do Antigo Testamento a partir dessa matriz.

É possível que alguém seja rico, mas não possua caráter algum; da mesma forma é possível que alguém possua valores morais sem, contudo, esboçar piedade alguma. Todavia, ninguém terá um caráter irretocável, não apenas fragmentos ético-morais, prosperidade, não apenas posses, piedade, não apenas religiosidade se não conhecer a Deus na intimidade. Jó era assim: íntegro, reto, temente a Deus e se desviava do mal.

             FONTE DE PESQUISA

             1. BÍBLIA SHEDD. Revista Atualizada, 1ª Edição: 1998, Ed. Vida Nova, São Paulo – SP.

              2. CLAUDIONOR ANDRADE, Dicionário Teológico 8ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

            3. CLAUDIONOR ANDRADE. Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 2003. Editora CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

            4. GONÇALVES José. O Livro de Jó. Lições bíblicas 4º Trimestre de 2020. CPAD Rio de Janeiro RJ.

        5. JON D. DAVIS. Dicionário da Bíblia, 5ª Edição. Editora JUERP. Rua Silva Vale, 781, Cavalcanti – RJ.

            6. RICHARD L. Hoover, EETAD, 2ª Edição, Campinas, SP.


         Pr. Elias Ribas

        Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.

        Mestrado em Divindade pelo Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.

        Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.

        Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.

        Exegese do Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – I