TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ENSINOS DA CCB CONFRONTADOS COM A BÍBLIA


AOS CRENTES – A Palavra de Deus ensinada à sua Igreja não é para ser discutida, porém obedecida; só assim se honra o Senhor”.
Com base nessa instrução, os adeptos da CCB não questionam nada do que o seu fundador Louis Francescon lhes deixou escrito, e do que lhes é ensinado no seu manual de doutrinas, acreditando que tudo “veio do Espírito Santo”, mesmo que não concorde com o que está escrito na Bíblia.
Então vejamos:

1. O testemunho de que as igrejas evangélicas são “seitas”.

A Congregação Cristã no Brasil (CCB) diz – Francescon relatou no livreto “Histórico da Obra de Deus, revelada pelo Espírito Santo no século atual” (também publicado pela CCB), página 25, o seu testemunho sobre as igrejas evangélicas: “Eis como o benigno Deus começou Sua obra. Pelo batismo da água, segundo o mandamento do Senhor Jesus, fomos tirados das seitas humanas e de suas teorias;…”. 

Francescon para deixar bem claro que a CCB não tem nada haver com as denominações cristãs frisou em seu “testemunho” o fato de ter sido perseguido por um “líder de uma denominação, usado pelo diabo”, (idem, pág. 23 ): “Logo após, o inimigo começou a trabalhar para desfazer aquela obra, mas foi em vão o seu trabalho. O resto do povo daquele lugar, sabendo da minha chegada e da minha missão, juraram matar-me, tendo como chefe um sacerdote de determinada denominação”. 
A palavra “primícias” significa os primeiros frutos, qualquer historiador sabe que antes de 1910 já haviam cristãos , servos de Deus, no Brasil. Todavia, Francescon em seu “testemunho” negou tal fato: “Assim, fui recebido em sua casa e poucos dias depois, o Senhor comprazeu-se abrir seus corações e de mais nove pessoas. Foram batizados na água 11 pessoas e confirmados com sinais do Altíssimo. Estas foram as primícias da grande Obra de Deus naquele país.”(idem, pág.23)
No livreto “Mensagens”, cujo conteúdo são profecias dadas aos adeptos da CCB lemos: “Os Anciães, Cooperadores e Diáconos, juntamente com a administração da Congregação Cristã no Brasil, nesta Capital de São Paulo, havendo-as considerado, julgavam-nas úteis para serem traduzidas e impressas em idioma português, a bem do povo do Senhor neste país”. (pág. 1)
Vemos então que de acordo com esse livreto o povo do Senhor no Brasil é a CCB.
Quando alguém lê a literatura produzida pela CCB, e de acordo com a mesma, a conclusão a que se chega é que: A CCB é a única igreja verdadeira, a “obra de Deus”; e os evangélicos não são cristãos.
Comentário: Uma característica comum entre os fundadores de seitas heréticas é o exclusivismo que pregam. Para eles somente a sua organização religiosa pertence a Deus e as demais estão condenadas, o que não é diferente em relação a Louis Francescon e todos os seus seguidores atualmente. Nenhuma igreja evangélica tem tal tipo de pensamento. É notório que Francescon instigou nos seus adeptos o que é comum em várias seitas, a chamada “síndrome da perseguição”, ou seja, todos aqueles que não concordam com as doutrinas e visão deles, são opositores usados pelo diabo para danificar a obra de Deus( no caso, a CCB)!
Veja abaixo:
“Nas guerras do nosso Senhor, muitos por não terem sido perseverantes, nos abandonaram, porém, Deus os substituiu por outros…Irmãos guardemo-nos do inimigo e do seu astuto falar, a fim de não cairmos em seus laços, porém, firmes, no conselho de Deus para que possamos unidos com Ele e com o Espírito Santo, servi-Lo, com lealdade e pela fé d’Ele…” (pág.26)
A Bíblia diz – O testemunho da Bíblia é: Jesus Cristo não concordava com tal tipo de exclusivismo (Mateus 23:13; Marcos 9:38-41; João 17:20-21). Todo aquele que crer no Senhor Jesus é salvo, independente de organização religiosa (João 14:6; Romanos 10:9-10,13; I Timóteo 2:5; Atos 4:12; I Coríntios 1:2). O verdadeiro cristão tem comunhão com outros cristãos (I João 1:7; Salmo 133:1).
Ao rejeitar os evangélicos, a CCB está rejeitando ao próprio Senhor Jesus (Lucas 10:16; Atos 9:4; I João 4:6). Confiar em uma organização religiosa para a salvação é uma espécie de idolatria (Veja Jeremias 7:1-14, onde os judeus olhavam para a organização do templo para sua salvação, Atos 19:27, 17:24-25) erro em que incorrem os adeptos da CCB.

2. O testemunho de que praticam o proselitismo. 

A CCB diz – Na página 24 do já citado livreto lemos: ”Parti de Sto. Antonio da Platina em 20 de Junho, com destino a São Paulo. Apenas chegado àquela Capital, o Senhor permitiu abrir uma porta resultando que cerca de 20 almas aceitaram a fé e quase todas provaram a Divina virtude. Uma parte eram Presbiterianos e alguns Batistas e Metodistas e alguns também Católicos Romanos.” 

“Em princípio de Dezembro o Senhor falou pela minha boca, dizendo: “Eu, o Senhor, permaneci no meio de vós e se me obedecerdes e fordes humildes Eu mandarei convosco todos os que devem ser salvos…Este local será pequeno para conter as pessoas que chamarei.”…” Naqueles dias o Senhor havia operado nos irmãos Giacomo Lombardi e Giovanni Rossi e em outras famílias, membros da Igreja Presbiteriana Italiana, como também nos católicos, dentre os quais o irmão Luigi Terragnoli. No domingo seguinte ao da profecia, todas as cadeiras foram ocupadas, permanecendo algumas pessoas de pé.” (pág.16).

Comentário: Outra característica de seita é fazer proselitismo, ou seja, buscar convertidos para sua grei, no meio daqueles que já conhecem a Deus, é o famoso “pescar em aquário”. A CCB não prega o evangelho, ela faz proselitismo, isso já fica bem evidente no testemunho de seu fundador e na atitude dos seus adeptos.
A Bíblia diz – O testemunho da Bíblia é que: Jesus condenou os que praticavam proselitismo (Mateus 23:15). Não se deve pregar a salvação para pessoas que já pertencem a Deus (Romanos 15:20). Não devemos pregar uma “organização religiosa” ou um “conjunto de doutrinas peculiares”, mas o evangelho de salvação – o próprio Senhor Jesus para salvação de todo aquele que crê (Romanos 10:8-10,13; I Coríntios 2:2; II Coríntios 4:5; Atos 5:42). Quando os adeptos da CCB se aproximam de algum evangélico não é para terem comunhão, mas se aproximam com a intenção de desencaminhá-lo para a “verdadeira graça de Deus”, que ao ver deles é sua organização religiosa (Mateus 7:15; II Coríntios 11:3-4).

3. O ensino de que o batismo regenera o pecador.

A CCB diz – No livreto “Pontos de Doutrina e Fé que “uma vez foi dada aos santos” página 7 lemos: “BATISMO POR IMERÇÃO: Este sacramento se exerce por imerção, conforme declara no cap.2, ver.12 aos Colossenses…”

195. “Anunciai o santo evangelho”

Coro: Todo o que crer e for batizado,
Salvo será, falou o Senhor;
Mas quem não crer, já é condenado,
Por desprezar o seu Salvador.

3.Pelo batismo és sepultado
Para ao mundo renunciar;
Sendo por Cristo regenerado,
Em Seu caminho podes andar.

2ª Parte
1.Ó irmão caro, já batizado,
Ressuscitaste com o Senhor,
Vivificado e transformado
Para servir a Deus, Formador
(“Hinos de Louvor e Súplica a Deus” – Hino 195)

Comentário: Entende-se a palavra “sacramento” como um sinal exterior que concede a graça de Deus á alma. A CCB acredita que o batismo regenera o pecador, por isso adotam a prática de convidar testemunhados (os que ainda não são batizados na CCB) e os seitários (designação dada pela CCB aos evangélicos) para assistirem os cultos de batismo, entendem que eles podem “obedecerem” e receberem a “graça” de Deus por meio do batismo, ainda que seja a primeira vez que tenham vindo ao culto.

A Bíblia diz – O ensino da Bíblia é que a salvação é somente pela fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9; Romanos 1:17, 4:16, 5:1-2). O batismo é obra de justiça, e as obras não salvam (Comparar Mateus 3:15 com Tito 3:5; Efésios 2:8-9; Isaías 64:6; Atos 13:39). Pregar que o batismo regenera é pregar um outro evangelho, que é condenado por Deus (Gálatas 1:7-9). Batismo e evangelho são distintos (I Coríntios 1:17, Romanos 1:16). Assim como a ceia do Senhor é um ato simbólico, o batismo também o é, temos em ambos o simbolismo de algo que já aconteceu.(Lucas 22:19-20; Mateus 28:19)

4. O ensino de uma fórmula batismal própria, estranha ao cristianismo.

A CCB diz – Ainda na página 7 do já citado livreto, lemos: “BATISMO POR IMERÇÃO;… praticados pela Igreja primitiva: “EM NOME DE JESUS CRISTO”, Atos 2, ver.38, e de acordo ao santo Mandamento. EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. S. Mat. 28, ver. 19″. “6.Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo(Atos,2:38) e em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.(Mat., 28:18-19)” (pág.20)

Comentário: Os adeptos da CCB acreditam que o único batismo válido diante de Deus, é o que praticam de acordo com a fórmula (uma qüaternidade de nomes) que eles criaram. Todos os que não são batizados nos moldes deles, devem negar a experiência anterior, e serem rebatizados “em nome de Jesus”. Essa doutrina é diabólica, pois faz com que os evangélicos que se unem a CCB neguem a Jesus, pois a experiência anterior é negada.
A Bíblia diz- O ensino da Bíblia é que a fórmula batismal correta é “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28:18-19).
Pedro jamais poderia, dez dias depois da ordem de Jesus em Mateus 28:19, agir de forma tão diferente alterando a fórmula batismal. Quando a Bíblia diz que alguns foram batizados “em nome do Senhor Jesus Cristo” (Atos 2:38; 8:16; 19:5), não quer dizer que os apóstolos literalmente recitaram a frase; antes, porém, que as pessoas foram batizadas em obediência à ordem de Jesus. E qual foi a orientação de Jesus quanto ao batismo? Mateus registrou: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os no nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.Finalizando, temos a advertência para não acrescentarmos ou retirarmos nada da Palavra de Deus (Apocalipse 22:18-19; Provérbios 30:5-6)


5. O ensino do beijo ritualístico como “ósculo santo”.

A CCB diz – Na página 7 ainda lemos: “ÓSCULO SANTO: O ósculo santo deve ser dado de coração, na despedida do serviço ou em caso de viagem, todavia sempre entre irmãos ou irmãs de per si”. 
Comentário: A CCB desafia as igrejas evangélicas, dizendo que somente eles obedecem completamente a Bíblia, porque praticam o ósculo santo. Todavia, eles criaram um tipo de saudação peculiar, diferente do ósculo santo bíblico.
A Bíblia diz – A Bíblia ensina que: O ósculo santo, por ser santo, pode ser dado sem distinção de sexo (Romanos 16:15-16; Gálatas 3:28). O ósculo santo não era dado “só no fim do culto” ou em “caso de viagem” como acontece na CCB, mas era uma saudação oriental comum naquela época, e era dado em qualquer lugar e nas mais diversas ocasiões (Gênesis 27:27, 29:11; I Samuel 20:41; Lucas 7:38-45, 15:20; Atos 20:37; etc) Se formos seguir o raciocínio da CCB, deveríamos também praticar o lava-pés (João 13:1-14; I Timóteo 5:10), mas tanto no caso do lava-pés como do ósculo santo, tratam-se de costumes de raízes orientais( Lucas 7:44-45), nos quais devemos observar os princípios que eles nos ensinam – o lava-pés,a humildade; o ósculo santo, o amor fraternal(I Pedro 5:5; Hebreus 13:1).
Se os apóstolos quisessem que o ósculo santo fosse incorporado como doutrina, eles teriam dito o ósculo santo, assim como falamos do batismo ou da ceia.
Quando mencionado em algumas epístolas, o ósculo santo é apenas uma referência afetuosa sem caráter ordenatório, tendo o mesmo sentido de uma saudação nossa, quando, por exemplo, escrevemos as pessoas íntimas e pedimos para dar beijos nas crianças e um abraço neste ou naquele, por isso é mencionado sempre nas seções de despedidas de algumas cartas. (I Coríntios 16:20-21; II Timóteo 4:19; Filemom 23).


6. O ensino sobre o pecado para a morte.

A CCB diz – Na página 16 lemos: “SOBRE O PECADO -… um desses pecados de morte é o que é cometido contra os que se levantam contra a obra do Espírito Santo”. 

Comentário: No pensamento de Louis Francescon a obra do “Espírito Santo” é a CCB, e todo aquele que a deixa, e depois se levanta contra a mesma, peca para morte.
A Bíblia diz – A Bíblia ensina que Saulo se levantou contra a verdadeira obra do Espírito Santo, e nem por isso pecou para morte (Ver Atos 7:58-59, 8: 1-3, 9:1-6, 22:4-5). O mesmo se deu com Alexandre (II Timóteo 4:14), e, Diótrefes (III João 9-10), e esses dois últimos saíram do meio da igreja. “Pecado para morte” é o pecado cometido pelo crente que ofende a administração divina, levando Deus a discipliná-lo com a morte física. Nenhum caso apresentado na Bíblia apóia a doutrina da CCB (Veja o caso de Ananias e Safira[hipocrisia e mentira] em Atos 5:1-10, e dos crentes coríntios[falta de discernimento] em I Coríntios 11:30). Transparece nessa “revelação” da CCB uma sutil forma de pressionar e amedrontar àqueles que a deixam para não combatê-la. Paulo, Pedro e João nas cartas em que escreveram alertavam sobre falsos irmãos e falsos profetas que estavam outrora entre a igreja e a haviam abandonado, que disseminavam suas falsas doutrinas e se opunham a obra de Deus, no entanto os apóstolos nunca ensinaram que os opositores pecaram para a morte. Raciocinemos – “Que necessidade haveria de alertar sobre aqueles que se opunham a igreja, se o resultado dessa oposição era à morte? E se a punição para aqueles que se opunham a obra de Deus era a morte, porque os apóstolos não deixaram isso claro em suas cartas, não seria mais fácil?” Pecar para a morte não é o mesmo que blasfemar contra o Espírito Santo. Enquanto que a blasfêmia contra o Espírito Santo só pode ser cometida por não crentes (Marcos 3:28-30; Mateus 12:22-32; Lucas 11:14-22; João 10:37-38), o pecado para a morte, ou seja, cujo resultado leva a morte física, pode ser cometido por crentes (I João 5:16).

7. O ensino sobre um “pedaço de pano” sobre o cabelo da mulher como um véu.

A CCB diz – Ainda lemos na página 16: “VÉU – Sempre que a mulher orar ou profetizar deve estar com a cabeça coberta; é necessário estar atenta para em nenhum caso ofender a Palavra de Deus. Esta não se contradiz; a sabedoria do Senhor não nos deixou um estatuto imperfeito”.(“Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos” página 16)

Comentário:As mulheres na CCB usam um “pedacinho de pano”, uma espécie de lenço ou touca no cabelo que equivocadamente chamam de véu, e atacam as igrejas cristãs que não adotam tal tipo de prática.
A Bíblia diz – A Bíblia ensina que o cabelo foi dado no lugar do véu, o que significa, que o cabelo substituiu o véu que as mulheres usavam no Antigo Testamento (I Coríntios 11:15). O véu bíblico não era apenas um “pedacinho de pano” sobre o cabelo, mas cobria realmente a cabeça (Gênesis 24:65; Isaías 25:7, II Coríntios 3:13). Pedro não poderia ser ancião da CCB, pois ensinou que “o enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos, mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” (I Pedro 3:3-4).Todo o véu foi tirado do cristianismo. Quando Jesus morreu na Cruz, o véu que separava o Santo dos Santos e impedia as pessoas de olharem para aquilo que representava a presença de Deus, rasgou-se de alto a baixo, acabando com aquela barreira. Agora a presença de Deus está aberta a todos, indistintamente. Por outro lado, falando aos mesmos cristãos de Corinto, Paulo comenta que Moisés, quando veio do Monte Sinai, seu rosto brilhava e tiveram que cobri-lo com um véu. E depois diz: “Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a gloria do Senhor, somos transformados de gloria em gloria na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Cor. 3.7-18). Se ele fala: “Todos nós com cara descoberta”, fala da mulher também.


8. O ensino equivocado sobre a lei.

A CCB diz – Na página 17 lemos: ”DOUTRINAS-. No velho concerto havia três leis: Civil, Moral e Cerimonial e por suprema autoridade o sumo sacerdote. … A lei cerimonial com as suas ordenanças foi cumprida com a oferta pura do Cordeiro de Deus… A lei moral é fruto da nova vida…” 
Comentário: De acordo com o ensino da CCB haviam três leis, e nem todas as “leis” foram cumpridas.
A Bíblia diz – A Bíblia ensina que a lei é uma só, não se encontra na Palavra de Deus tal divisão em três leis feita pela CCB, toda a lei foi cumprida, inclusive a “lei moral” que os adeptos da CCB procuram cumprir, pois Cristo viveu uma vida moralmente impecável (Gálatas 3:10, 11, 4:4-5; Mateus 5:18; João 19:30). Quando um fariseu perguntou a Jesus qual era o maior mandamento da Lei. Ele não indagou: de qual lei?(Mateus 22:34-40)A divisão da lei em “três leis” é apropriada para a CCB, visto que buscam um meio de negar a contribuição cristã do dízimo, afirmando que ele fazia parte da lei cerimonial que foi abolida. A Nova Aliança tem uma Lei própria – A LEI DE CRISTO OU A LEI DO ESPÍRITO (Romanos 8:2; I Coríntios 9:21; Gálatas 6:2; Romanos 3:27). É por essa Lei e no cumprimento desses mandamentos que nós andamos.
Quando veio a nova lei, a velha tinha cumprido seu propósito e não era mais necessária, por isso foi removida (Hebreus 10:1-18, 8:6-13; Gálatas 4:28-31; II Coríntios 3:11; etc).
Cristo não colocou “remendo de pano novo” (seus ensinos) em “vestido velho” (a lei). Jesus estabeleceu tudo novo e jogou fora o velho (João 1:17; Mateus 9:16-17; Marcos 2:21-22).
Paulo em I Coríntios 9:21 nos ensina sobre três categorias de pessoas: “Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei(não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.” Então temos os gentios(sem lei), os debaixo da lei(judeus) e os que seguem a lei de Cristo (cristãos).
Para finalizar temos a clara advertência do apóstolo- “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” (Gálatas 3:10)


9. Ensinos que levam a uma estrutura psicológica fechada. 

A CCB diz – Na página 7 lemos: “O povo de Deus não tem necessidade de freqüentar outros cultos e nem de ler leituras religiosas de diferentes princípios.”
Na página 16 lemos: ”um desses pecados de morte é o que é cometido contra os que se levantam contra a obra do Espírito Santo.” E na página 19 lemos: “AOS CRENTES- A Palavra de Deus ensinada à sua Igreja não é para ser discutida, porém obedecida; só assim se honra ao Senhor.” E na mesma página lemos: “Não possuímos jornais de propaganda religiosas e nem leituras religiosas, assim como não correspondemos com os que os editam. Não devemos portanto colaborar de espécie alguma.” 

Comentário: Dessa maneira o adepto da CCB não visita nenhuma igreja evangélica, não lê nenhuma outra literatura a não ser as da CCB, desconsidera aqueles que se opõem aos seus ensinos, não cooperam com nenhuma denominação evangélica, e não questionam nada do que lhes é ensinado. Esse tipo de ambiente psicológico resulta em uma espécie de fechamento de mente, encontrado também em outras seitas heréticas, como por exemplo, as Testemunhas de Jeová. Tal atitude, a despeito de procurar “manter” uma uniformidade, resulta em uma verdadeira lavagem cerebral, por isso é destrutiva. A CCB se encontra no rol das seitas perigosas, por utilizar-se de manipulação e controle mental entre seus adeptos.
A Bíblia diz – A Bíblia ensina que o crente em Cristo é livre (João 3:8, 8:36; Romanos 14:5; II Coríntios 3:17). Não devemos nos submeter a um jugo de escravidão (I Coríntios 7:23; Gálatas 5:1, 5:13). Paulo não poderia ser ancião da CCB, porque senão teria combatido a atitude dos bereanos em estudar e avaliar aquilo que ele pregava (Atos 17:11).O apóstolo até mesmo declarou que não queria dominar a fé de ninguém, e que aceitava que seus ensinos fossem julgados (II Coríntios 1:24; I Coríntios 10:15).Devemos saber discernir (Hebreus 5:13-14). Devemos examinar ou estudar todas as coisas (I Tessalonicenses 5:21; II Timóteo 2:15, 4:13).O culto genuinamente cristão é racional(Romanos 12:1-2; Mateus 22:37-38; Lucas 10:27;I Coríntios 14:20; Salmo 32:9;).Não devemos dar crédito a toda palavra(Provérbios 14:15).O ensinador está sujeito a tropeçar, por isso pode ser questionado (Tiago 3:1-2).Podemos e devemos julgar aquilo que os profetas falam (I Coríntios 14:29). João escreveu advertindo-nos – “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”.(I João 4:1).


10. Revelações além da Bíblia. 

A CCB diz: No início do prefácio do livreto “Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos” lemos: “Devido à necessidade sempre crescente da Obra de Deus, o Senhor fez compreender a seus servos nas reuniões Gerais de 1974 que seria necessária a nova Impressão do resumo da Convenção das Igrejas da Congregação Cristã no Brasil…” Naturalmente existem ensinamentos que não se acomodam mais com a época atual, pois o Senhor determinou fossem feitos para aquela ocasião e assim foram suprimidos, e também ampliados alguns que a prática demonstrou essa necessidade. Entretanto, no demais permanecemos na revelação da parte de Deus que os servos de Deus tiveram na ocasião e, que foi a razão do grande progresso desta obra no Brasil e no mundo. Para não se tirar o sabor do que foi feito seguiremos a mesma ordem e disposição do que o Senhor determinou na simplicidade e sempre com a guia do Espírito Santo, todavia sendo atualizada a ortografia.”
Quase no final do mesmo livreto, página 19 lemos: “Os presentes ensinamentos devem ser lidos nas Congregações pelo menos duas vezes por ano e em todas as oportunidades em que houver uma falta de compreensão a qualquer dessas resoluções dadas pelo Senhor aos seus servos.” 
Comentário: Os adeptos da CCB não tem nenhuma dúvida de que os ensinamentos que seguem foram revelados por Deus. E não questionam nada, com medo de estarem confrontado a própria determinação do Espírito Santo.
A Bíblia diz – A Palavra de Deus (a Bíblia) é a revelação final e completa de Deus, que não pode ser substituída por qualquer outra revelação (Provérbios 30:6; Apocalipse 22:18-19; Jeremias 14:14; II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:20-21). A seitas, porém não tem esse compromisso, porquanto acreditam que Deus tem falado e registrado palavras além da Bíblia com o mesmo peso de autoridade e no mesmo grau de inspiração. O Deus da Bíblia sabendo que isso sucederia no futuro da Igreja, declarou mui claramente que a Sua Palavra, as Escrituras, é a revelação final e insuperável (Apocalipse 22:18-19; Gálatas 1:8-9). Para sermos sábios não precisamos de “novas revelações” supostamente trazidas pelo “Espírito”, a verdadeira sabedoria se adquire orando, e examinando a Palavra de Deus (a Bíblia) que é a espada do Espírito!(Salmo119: 97-99, 19:7; Deuteronômio 4:6, Provérbios 1:2; Jeremias 8:9;Tiago 1:5; II Timóteo 3:15; Efésios 6:17; Provérbios 2:1-2,6;etc.)

11. Salvação por meio das obras. 

A CCB diz: “BATISMO POR IMERÇÃO: Este sacramento se exerce por imerção, conforme declara no cap.2, ver.12 aos Colossenses,…” (pág.7)

374. “Oremos sem cessar”
3.Este caminho que leva aos céus,
Pacientemente devemos seguir;
Quem for fiel aos preceitos de Deus,
Vida eterna irá possuir.
(Hinos de Louvores e Súplicas a Deus, hino 374)

Comentário: Vemos que de acordo com a visão da CCB a salvação não é apenas pela fé.

A Bíblia diz: A salvação é unicamente pela fé em Jesus…
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” Efésios 2:8-9
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia,…” Isaías 64:6
“Porque se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.” Romanos 4:2-5
“Justificados pois pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 5:1
“E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração. Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.” Atos 15:9,11
“não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.” Tito 3:5-6
“Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”.Romanos 1:17
“… quem crê no Filho tem a vida eterna,…” João 3:36
As obras também não garantem a salvação, porque se fosse o caso, aqueles que chegarem ao céu poderiam gabar-se diante do trono de Deus dizendo: “Cristo morreu para me salvar, mas eu garanti a minha salvação através da vida que vivi. Assim eu também mereço crédito por estar aqui.” Pelo contrário a salvação tanto na obtenção como na conservação, depende inteiramente de Deus e da Sua graça por meio de Cristo – “não de obras para que ninguém se glorie” (Efésios 2:9). Deus não compartilha a Sua glória com ninguém (Isaías 42:8 e 48:11)
Todos os que querem ser justificados ou salvos pelas obras de obediência, estão debaixo de maldição (Gálatas 3:9-12; II Coríntios 3:6-9).
A nossa salvação não é baseada na nossa obediência, mas inteiramente naquilo que Cristo fez, na obediência Dele. Sua morte constitui um sacrifício completo pelos nossos pecados perante Deus. (Romanos 5:19, 4:5-8) O ensino da CCB sobre a salvação aniquila a graça de Deus, por isso é de origem satânica(Gálatas 1:6-9, 2:21, 5:4,10,12). Enquanto estiverem confiando em suas obras, testemunhos e organização , estarão entre os perdidos, por mais que queiram se mascarar e passar por crentes. Não possuem certeza da vida eterna, pelo simples fato de não poderem ter certeza de algo que não possuem.


12. Rejeição do estudo da Bíblia .

A CCB diz: O estudo da Bíblia é carnal, o adepto deve se abster de tal prática.
Comentário: Nós devemos desconfiar de qualquer grupo ou instituição religiosa que proíba o estudo da Bíblia pelos seus membros. Pois, isso evidência que se o estudo é proibido, existe fragilidade doutrinária no seu corpo doutrinário, e que suas doutrinas de inspiração humana e muitas vezes diabólica não podem ser avaliadas, julgadas ou criticadas por um juízo maior – a Palavra de Deus.
A Bíblia diz: A palavra “estudar” significa tanto na Bíblia como nos dicionários: analisar, examinar, meditar, observar, olhar com atenção, ou procurar conhecer. De Gênesis a Apocalipse somos exortados a considerar a Palavra de Deus dessa forma (I Tessalonicenses 5:21; I Timóteo 4:13, 15; II Timóteo 2:15, 4:13; Mateus 13:52; Atos 6:2,4; Provérbios 9:9, 4:20-22;Salmo 1:2, 119:97-99; Apocalipse 1:3; Isaías 34:16; Efésios 3:4; Salmo 1:2,119:11; Lucas 1:4;etc).
Causa estranheza um grupo que se intitula “cristão”, e fala em nome do Espírito Santo atacar o estudo da própria Palavra Dele! Na Bíblia e na história da igreja cristã todos aqueles que assumiam doutrina como essa da CCB eram considerados hereges e anticristãos.
Porque será que Deus escolheu registrar a Sua Palavra em livro, e não de outra forma? Porque além de ser um meio mais seguro, haja visto que as tradições orais e a memória tendem a fidedignidade cada vez mais frágil, os livros são escritos para servirem de pesquisa, leitura e estudo!
A própria CCB entra em contradição, na letra do “Hino 263 - Luz aos meus pés é a Tua Palavra”
2.Oh! quanto amo a Tua lei divina;
Nela medito dia e noite, ó Deus;
E me conservas nos caminhos Teus.
3.Meditarei nos Teus conselhos sábios.
E neles sempre me deleitarei…

Será que os adeptos da CCB para se conservarem no caminho de Deus não precisam mais do estudo da Bíblia?

Ademais, da mesma forma que a Igreja Católica Apostólica Romana na Idade Média proibia o estudo da Bíblia para que seus falsos ensinos não fossem questionados, assim age a CCB. Mas graças a Deus que os reformadores por meio do estudo da Bíblia avaliaram tais ensinos, e saíram do meio do catolicismo, destarte cremos que aqueles entre a CCB que verdadeiramente querem servir a Deus agirão da mesma forma.


13. Sono da alma.

A CCB diz:De acordo com a doutrina da CCB no intervalo entre a morte e a ressurreição, os mortos dormem inconscientes.

“Hino 399-Preciosa é aos olhos do Senhor (hino de funeral)”
coro: Bem- aventurado quem dorme no Senhor,
Dorme na esperança do reino de esplendor.
2.Preciosa é aos olhos do Senhor,
A morte dos que na fé viveram;
Um grande prêmio, aos que venceram,
Deus dará no céu, reino de esplendor.
Compare com o ” Hino 400 – A trombeta soará(hino de funeral)”
1. A trombeta soará
E do sono acordará
Para o reino de esplendor
Os que dormem no Senhor;

A Bíblia diz: Essa doutrina da CCB é antibíblica. Após a morte, a existência é consciente, o cristão vai para junto de Jesus no céu, e o ímpio para o inferno (II Coríntios 5:1-8; Filipenses 1:21-25; Atos 7:56-59; Salmo 9:17; Provérbios 5:5; Mateus 18:9, 23:23; Lucas 12:5; 16:19-31; II Pedro 1:13-15).

A expressão bíblica “dormir” ou “adormecer” é usada quando se refere a morte como uma figura de linguagem, e apenas em relação ao corpo(Mateus 27:52;Eclesiastes 12:7; Gênesis 35:18; I Tessalonicenses 4:13-17; João 11:11-14). “Dormir” ou “adormecer” são figuras de linguagens apropriadas para o corpo, uma vez que a morte é apenas temporária, aguardando apenas a ressurreição, ocasião em que o corpo será “despertado”. Além disso, tanto o ato de dormir quanto a morte possuem a mesma postura – o corpo permanece deitado.
A palavra de Cristo na cruz ao ladrão arrependido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43) é uma das muitas provas da consciência da alma imediatamente após a morte.
A morte física é a separação da natureza imaterial do homem de sua natureza material (Gênesis 35:18; I Reis 17:22; Eclesiastes 12:7; Lucas 8:55). Paulo dá outros títulos à natureza material do homem (corpo) chamando de “homem exterior” e a natureza imaterial do homem (alma e espírito) chama-a de “homem interior” (Veja 2 Coríntios 4:16-18, 5:1-9). A palavra “morte” na Bíblia tem o sentido de “separação”, e não de “aniquilação” ou “inexistência” como quer a CCB e outras seitas.

14. Dogmatismo doutrinário.

A CCB diz:
1.Sobre o casamento: “Não é permitido realizar casamentos nas Casas de Oração da Congregação Cristã no Brasil.” ( “Pontos de Doutrina e da Fé que foi dada aos santos”,página 8)
2.Sobre comemorações: “A Congregação Cristã no Brasil não admite certos costumes como em alguns lugares se principia a praticar, como seja a vigília do 1° do ano em cantos e orações assim como outras solenidades para comemorar festas materiais.” (idem, pág.9) Aqui se inclui a comemoração do Natal.
3.Sobre os funerais: ”O serviço religioso…não se deve levar o corpo na Casa de Oração, pois isto tornar-se-ia um hábito e imitação de costumes mundanos, que não se fundamenta na fé apostólica e na Palavra de Deus.” (pág.9)
4.Sobre a ceia: “A Santa Ceia deve ser efetuada com um só pão e partido com a mão, e também com um só cálice, não alterando o que é determinado na Palavra de Deus. Para servi-la deve-se honrar sempre, primeiramente ao ancião, cooperador ou diácono local.” Sobre esse ponto, os adeptos da CCB ensinam ainda que a comemoração da ceia só deve ser feita anualmente, e somente aberta para os adeptos.
Comentário: Para qualquer denominação evangélica, qualquer dos quatro pontos levantados acima não trariam discussão ou barreira para se ter comunhão com outras denominações, se houvessem divergências de opiniões quanto a esses assuntos administrativos, e de costumes secundários. Contudo, não é dessa forma que a CCB age. Para os adeptos da CCB esses quatro pontos são dogmas, infalíveis, e aqueles que não “lerem conforme essa cartilha” estão no erro. Criando assim um verdadeiro *dogmatismo doutrinário em pontos secundários da fé. *Dogmatismo é… Proclamar como dogma; ensinar com autoritarismo;
Estabelecer dogma(s);
Falar ou escrever em tom dogmático; atribuir às suas afirmações o valor de indiscutíveis.
O que a Bíblia diz:
A atitude da CCB é de condutores cegos que “coam um mosquito e engolem um camelo.”(Mateus 23:24)
Em pontos doutrinários essenciais os evangélicos possuem a mesma crença (Deus, Jesus, Espírito Santo, Bíblia, Evangelho, Salvação,etc), a divergência encontra-se em pontos doutrinários secundários, formas de administração, liturgia e em usos e costumes, sem com isso ser um impedimento para a genuína comunhão cristã (Veja o princípio deixado por Paulo em Romanos 14:5-6). Como disse certa feita o cristão Agostinho – “Nas coisas essenciais, unidade; nas secundárias, liberdade; mas em todas as coisas – amor!”
1.Em relação a celebração do casamento, vemos que para os adeptos da CCB a Igreja ou a Casa do Senhor é um prédio feito de tijolos, que por ser sagrado, não pode ser usado para cerimônia de casamento. A Bíblia nos mostra que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens” (Atos 7:48-50, 17:24-25), nós somos a casa de oração ou casa espiritual de Deus (I Pedro 2:5).Por isso, não há nenhum problema em usar o local onde a Igreja se reúne para realizar cerimônias de casamento, mesmo porque, o casamento é uma cerimônia espiritual.
2.Em relação as comemorações e o Natal, entendemos pela Bíblia que…
O primeiro Natal foi comemorado em Lucas 2:8-20 pelos anjos e pastores, portanto não é uma “festa mundana”. Seguindo a linha de raciocínio dos adeptos da CCB, eles deveriam também deixar de comemorar o dia natalício de seus entes queridos, já que o mundo também comemora.O fato de não sabermos o dia e mês certos do nascimento de Jesus não invalida a comemoração, a ênfase está na comemoração e não na data. Suponhamos que nasça uma criança e seu registro se perca ou até mesmo não tenha um registro, e seja adotada por uma família que separa um determinado dia e mês do ano para comemorar o seu aniversário, isso ao contrário do que se possa pensar, demonstra consideração, e não mundanismo ou idolatria. O apóstolo Paulo procurava de todas as maneiras glorificar e anunciar o nome do Senhor, tudo ele fazia para que o evangelho fosse conhecido pelo maior número de pessoas possíveis, certamente o Natal é uma ocasião muito propícia e ideal para que Jesus Cristo seja glorificado e anunciado pelos cristãos como sendo o verdadeiro sentido do Natal, visto que essa comemoração chama a atenção mundialmente.(I Coríntios 10:31, 9:19-23, 11:1; Filipenses 1:18; Atos 17:23-31; João 1:1-3; I Coríntios 3:11) Os adeptos da CCB algumas vezes para mostrar “superioridade espiritual” diante dos cristãos, dizem que “não devemos comemorar o Natal, porque não há nenhum mandamento na Bíblia para nós o comemorarmos”. Tal argumento é falho por diversas razões:
Primeiro, porque se é permitido somente aquilo que é especificamente ordenado na Bíblia, então seria errado, por exemplo – comemorar qualquer tipo de aniversário, noivado, casamento, formatura,a igreja usar templos, púlpitos, hinários, aparelhos eletrônicos, órgãos, pôr-se de pé para cantar, usar instrumentos musicais modernos, adotar certas liturgias de cultos e muitas outras coisas semelhantes, a própria CCB teria de modificar a maior parte de sua doutrinas e costumes, e até mesmo em coisas mínimas de práticas adotadas por ela, tais como os dizeres colocados nos templos internamente acima do púlpito “Em Nome do Senhor Jesus” , e na saída do templo a placa com os dizeres de uma “revelação” recebida pelo fundador Louis Francescon.

Segundo, que enquanto a Bíblia não ordena especificamente certas coisas, no entanto também não as proíbe.
Terceiro, é que enquanto a Bíblia não proíbe certas coisas seja explicitamente ou por implicação de alguns princípios morais, é permitido ao cristão, enquanto for para a edificação (Romanos 13:10; 14:1-23; I Coríntios 6:12, 10:23,31; etc).
Quarto, desde que a Bíblia não proíbe aniversários, e eles não violarem princípios bíblicos, não há base bíblica para rejeitar aniversários, pelo mesmo motivo, não há razões bíblicas para rejeitar a idéia de celebrar o aniversário de Jesus.
3.No que diz respeito aos funerais, parece-nos pelas evidências históricas que quem imita o mundanismo, e em especial o paganismo é a CCB visto que por medo de profanarem sua casa de oração sacramentalizam os templos. O templo material é apenas um local em que a Igreja se reúne para cultuar a Deus, sem nenhum valor místico, por isso os cristãos não vêem nenhum problema em se reunirem em casas, prédios, escolas, praças públicas ou salões alugados para cultuarem a Deus e proclamarem o evangelho da salvação.(Mateus 18:20; I Pedro 2:5)
Jesus deixou bem claro que não é uma questão de local, mas do coração, porque disse que: “…a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai,…,mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” João 4:21,23

4.Por fim, em relação a ceia, será que estão alterando a Palavra de Deus as igrejas evangélicas que celebram a ceia com vários cálices? De acordo com a CCB , sim. Nos textos de Mateus 26:26-28; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20 e I Coríntios 11:23-26 não há um mandamento expresso para se utilizar um só cálice. Nada de método é sagrado, pão e fruto da vide são exigidos por Jesus, o comer e o beber em lembrança da paixão do Calvário. Mas o método de fazê-lo, não é ordenado. O simbolismo ensina princípios, não dá valor mágico à métodos. Seguindo a linha de raciocínio da CCB teríamos de nos batizar em rio ou em piscinas públicas como Jesus e os discípulos foram batizados (Mateus 3:13-17; Marcos 1:9-11; Atos 8:26-39, 2:2:37-41), afinal o método era esse. Ademais, a expressão usada por Jesus em relação ao cálice é bebei “dele” todos, e não “nele”.(Marcos 14:23)
Insistem também os legalistas da CCB que a ceia só deve ser comemorada anualmente, no entanto não temos tal ordem na Bíblia. Paulo declarou que “…todas as vezes que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor,…”(I Coríntios 11:26), isso quer dizer que é deixado em aberto a periodicidade em que se realiza a ceia. Algumas denominações celebram a ceia todos os domingos, enquanto outras uma vez por mês, segundo o critério que cada uma adota. Se como querem os congregados, estão erradas as denominações que não celebram a ceia anualmente, então concluímos que o próprio fundador da CCB errou.
Veja abaixo o depoimento de Louis Francescon: “…,reuniamo-nos de casa em casa nos dias estabelecidos, e todos os domingos partia-se o pão, recordando a morte do Senhor.” (“Histórico da Obra de Deus revelada pelo Espírito santo no século atual”, página 11)
Pergunta-se: Será que o fundador da CCB estava comemorando a ceia de forma errada? Se era de forma errada, Deus então não se agradava? Se era da forma certa, então porque criticar as denominações evangélicas que não comemoram a ceia anualmente?Algumas pessoas podem achar que os pontos refutados acima são secundários e poderiam ser desculpados, no entanto isso não é desculpa para uma seita que gaba de sua infabilidade e exige que seus membros aceitem seus dogmas sem questioná-los!


15. Posição do corpo na oração.

A CCB diz: As orações aceitáveis a Deus só devem ser feitas de joelhos.
Comentário: É interessante notar que parte dos ensinos da CCB que estamos expondo, faz parte de uma série de tradições orais transmitidas entre eles, que tem peso de autoridade tanto quanto as “revelações” que foram registradas para a “irmandade”. Infelizmente, o tradicionalista mostra zelo pela “lei” de seu grupo religioso, porque entende que aí ele encontra o receptáculo da sabedoria dos séculos, por adotar tal postura, tal indivíduo pensa que Deus está satisfeitíssimo com ele e sua comunidade, dando assim uma falsa segurança psicológica tão comum entre os adeptos de seitas, por outro lado, o tradicionalista pensa que os que se mantém na ignorância da tradição dele carecem de inteligência ou até mesmo de entendimento espiritual.

A Bíblia diz: Jesus orou em pé (João 11:32, 41-43; Lucas 23:34-46).
O publicano orou em pé e sua oração foi ouvida (Lucas 18:13-14).

Temos diversos exemplos bíblicos que mostram orações sendo feitas em pé, andando, sentado, deitado e em outras posições (Mateus 9:27, 15:22, 23; Jonas 2:1, 2; Gênesis 18:22-33; Mateus 14:30; Lucas 18:13,14, 23:42-43,46; João 17:1;Atos 7:59,60; II Crônicas 20:5,6, 13-15; Isaías 38:1-5; Mateus 20:30-34; Atos 2:2; Salmo 4:4; Neemias 9:4-38;etc).
Devemos orar em todo lugar, em todo tempo e sem cessar (I Timóteo 2:8; Efésios 6:18; I Tessalonicenses 5:17; Gênesis 18:22; Atos 2:1-4; I Reis 18:42; Jonas 2:1-3; Isaías 38:2-3; Salmo 4:3-4,8).
Não é a posição do corpo que influi na resposta da oração, mas a situação do coração (Salmo 51:17, 66:18; Isaías 1:15-16; 59:1-2).
Tal verdade bíblica é negada por mais uma das tradições da CCB. Jesus ensinou que… “… Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens;… Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição… Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas”. (Marcos 7:6-9,13)



16. O ministério pastoral e o sustento do mesmo.

A CCB diz: Rejeitam o ministério pastoral por dois motivos: somente Jesus pode ser chamado de pastor, e chamar homens de “pastores” é dar títulos humanos que levam a vaidade da carne. Negam o sustento pastoral, em conseqüência de abraçarem a revelação registrada no livreto “Pontos de Doutrina e Fé que uma vez foi dada aos santos, página 3: “Todo servo de Deus deve trabalhar para o seu sustento material. Não dependendo da irmandade pode agir com mais franca imparcialidade em todos os casos que se apresentem.” A expressão “todo servo do Senhor” indica também os líderes.
Comentário: É incrível o zelo com que os adeptos da CCB empregam em divulgar uma imagem negativa de todo pastor evangélico. Associam o recebimento de salário dos obreiros do Senhor ao roubo. É inaceitável essa prática da CCB, e depõe fortemente contra a imagem “cristã” que tenta aparentar.

A Bíblia diz: Jesus Cristo é reconhecido na Bíblia como Pastor ou Bispo, Mestre, Apóstolo, Evangelista e Profeta(João 10:11, I Pedro 2:25; João 3:2; Hebreus 3:1;Lucas 4:18;Efésios 2:17; João7:40; Dt 18:15). Todavia, os líderes na Igreja poderiam ser chamados de pastores ou bispos, mestres, apóstolos, evangelistas e profetas(Efésios 4:11; Hebreus 13:7,17;Atos 13:1, 21:8; I Coríntios 1:1;Filipenses 1:1). O ensino da CCB de que somente Jesus pode ser chamado de pastor não tem base bíblica. Deus é também reconhecido como Ancião(Daniel 7:9,13, 22), no entanto a CCB deixa de denominar seus líderes de “anciãos”? Enquanto atacam designações bíblicas,e deixam de usá-las, inventam outras, como por exemplo: Cooperador de Ofício Ministerial.De acordo com a Bíblia não existe o ofício de “Cooperador de Ofício Ministerial”, é pura invenção da CCB. Ser cooperador, tem haver com atitude e não com ofício. Paulo cooperava para o progresso do evangelho, e cada cristão deve seguir o exemplo – “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.” (I Coríntios 9:23). “Portando, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade.” (III João 8). Timóteo além de pastor, foi chamado de cooperador por Paulo.(Romanos 16:21).
O segundo argumento de que pastor é “título humano e que leva a vaidade da carne” também está contra o ensino da Bíblia. Os anciãos ensinam aos seus adeptos que “pastor” e “ministro” ‘são nomes especiais que põe em destaque algumas pessoas, que mostram vaidade,e Deus não quer que ninguém se sobressaia’. O erro fundamental nessa conclusão da CCB está em associar o orgulho humano a questões exteriores e não a motivação interior, tal atitude é própria de um sistema farisaico e legalista. Para entendermos essa questão, farei a seguinte pergunta: “O fato de alguém receber um título leva automaticamente a vaidade, ou, o fato de alguém não receber um título exclui automaticamente o indivíduo da vaidade humana?” A resposta é não! Primeiro porque “título” significa “rotulo ou nome”, por sua vez “intitular” significa “dar título, chamar, denominar”, e a Bíblia não é contra ” intitular, ou dar título” a alguém. Deus intitula, e a CCB ataca essa atitude, combatendo assim contra Ele. Paulo mesmo era intitulado de “apóstolo”, veja abaixo:
“Paulo(chamado[intitulado] apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes.” I Coríntios 1:1
“Não sou eu apóstolo?…Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós;…” I Coríntios 9:1-2
“Para isto fui designado[nomeado, chamado,intitulado] pregador e apóstolo(afirmo a verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.”I Timóteo 2:7
“para o qual fui designado[nomeado,chamado,intitulado] pregador, apóstolo e mestre”,. II Timóteo 1:11
“do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.” Efésios 3:7
“Tíquico, irmão amado e fiel ministro, e conservo no Senhor, vos fará saber o meu estado;” Colossenses 4:7
“e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo,…” I Tessalonicenses 3:2
“Porque eu sou menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.” I Coríntios 15:9
No último versículo, a Bíblia deixa bem claro e contrário ao ensino da CCB, que os líderes podem receber títulos sem com isso estarem mostrando vaidade humana. De acordo com Paulo em Gálatas 2:9, Tiago, Cefas e João eram reputados como “colunas da Igreja”, será que esses líderes estavam querendo demonstrar vaidade humana, de acordo com o ensino da CCB?
Contrariamente a suposta revelação divina recebida pela CCB de que os obreiros não devem receber salários, a Bíblia afirma que:
“Digno é o obreiro do seu salário”. I Timóteo 5:18
Paulo fez um paralelo entre o que a lei dizia sobre “não atar a boca do boi que trilha o grão(Dt 25:4; I Coríntios 9:9) e o sustento dos líderes cristãos(I Coríntios 9:10-14; I Timóteo 5:17-18).
Atacar o sustento dos pastores é atacar a própria determinação da Palavra de Deus (I Coríntios 9:14; I Timóteo 5;17-18; II Timóteo 2:4,6-7; Filipenses 4:15-18)
“Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir.” II Coríntios 11:8

Conclusão:

Como dar ouvidos para uma organização religiosa, que soberbamente declara sem rodeios ser “a obra de Deus”, e não apenas uma das expressões da mesma. E que “em nome do Espírito Santo” ensina doutrinas contraditórias,antibíblica, e cujo principal objetivo é atacar os ensinos cristãos ortodoxos?

Para finalizar a pergunta que fazemos é:Podemos aceitar doutrinas que contradizem a Bíblia?
A Bíblia diz: Não!
“A Lei e o testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Isaías 8

FONTE DE PESQUISA

A SALVAÇÃO É EXCLUSIVIDADE DA CCB?


A maioria dos adeptos da CCB defende a ideia errônea de que salvação só é possível na sua própria Igreja: a “Gloriosa Congregação”. Desenvolveram a doutrina de auto-salvação, ou seja, salvação só entre a irmandade! Essa doutrina, estranha às Escrituras Sagradas, faz com que os seus adeptos pratiquem um proselitismo agressivo com os outros evangélicos. Isso é herança herdada de sua origem proselitista.

A Bíblia deixa claro que para sermos salvos não precisamos da CCB. O que diríamos então das outras igrejas que existiam antes da CCB, não estavam salvos? Ou Jesus precisaria esperar a vinda de Francescon em 1910 para aí então poder começar a salvar as pessoas?!

Vejamos o que nos informa a Bíblia Sagrada:

“E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4.12).

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1ª Tm 2.5).
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).

Admitir que somente uma denominação religiosa tenha a outorga soteriológica, é um pecado terrível! Quando a CCB se coloca como a única igreja verdadeira, ela está tomando o lugar do único Salvador. A Bíblia é clara que só Jesus é o caminho e não há mediador entre Deus e o homem a não ser Jesus Cristo. As Igrejas são apenas o meio que leva o homem ao fim, que é a salvação através de Cristo.



A TRANSIÇÃO DA LEI E OS PROFETAS PARA O EVANGELHO


domingo, 6 de outubro de 2013

CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

I.         INTRODUÇÃO

A Congregação Cristã no Brasil é vista por alguns como uma seita, por outros como um movimento contraditório.

Nem todas as doutrinas e práticas desta religião estão erradas. Podemos afirmar que está entre aquelas seitas que possuem mais compatibilidade com os ensinos bíblicos e seríamos injustos se ignorássemos seus pontos positivos. Porém, seus deslizes são perigosos e merecem uma acareação bíblica para que sejam bem esclarecidos e nunca aceitemos nenhuma de suas heresias.

Nosso objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivistas desta igreja, fato que nos impede a tratá-los no mínimo como um movimento contraditório; pois suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados, e mal interpretados, das Escrituras. Além disso, seus membros vêem as demais igrejas como seitas.

II.      FUNDO HISTÓRICO


Luis Francescon, nascido em 29 de março de 1866 de 1866, na comarca de Cavasso Nuevo, província de Unide, Itália, imigrou para os E.U.A. e começou ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891, tornou-se cristão e no ano seguinte, ele e o grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da igreja Valdense fundaram a primeira igreja Presbiteriana Italiana.

1.   Uma experiência com o batismo.
Conforme o próprio relato de Luis Francesco, após três anos e meio freqüentando a igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia o trecho bíblico de Colossense 2.12, ouviu duas vezes as seguintes palavras: “Tu não obedeceste a este mandamento”. A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado por aquela igreja. Com Jesus aprendemos a forma bíblica do batismo (Mt 3.15-16).

2.   O rompimento com a igreja Presbiteriana.
Com a viagem do pastor da igreja local, coube a coube a franscescon, como ancião, presidir a reunião mo dia 6 de setembro de 1903. Ali, ele teve a oportunidade de falar acerca da “revelação” do batismo e convidou a todos os membros daquela igreja para assistirem ao seu batismo por emersão. Ao seu batismo compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18 foram batizados.

Com o retorno do pastor da igreja, franscescon não pode fazer outra coisa senão pedir seu desligamento com o grupo batizado de forma desobediente. Assim, estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre, reunido-se na casa dos irmãos. Entretanto a Bíblia proíbe divisões no corpo de Cristo (1ª Co 12.25).

3.   Congregação Cristã no Brasil.
Surgiu entre os imigrantes italianos e americanos e inicialmente se limitava a dar assistência aos mesmos. A partir de 1910 o movimento ganhou força com a mensagem pentecostal e dois núcleos foram estabelecidos: um no Paraná, reunindo membros de origem católica, e outro em São Paulo, com membros de origem evangélica. A partir daquela data o movimento espalhou-se e hoje conta, segundo estimativas, com novecentos mil adeptos em todo o Brasil. A maioria concentra-se ao redor de São Paulo (80%) e o restante ao sul do País. São conhecidos como “glórias” e se consideram a única igreja certa.

A história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foi adequando a certos individualismo. Baseados na história narrada pelo próprio Franscescon, podemos ver que o comportamento deles hoje é bem diferente de seu fundador, que mantinha comunhão com as demais dominações. A comunhão será sempre a marca dos verdadeiros filhos de Deus (Sl 1333).

4.   A causa do individualismo.
Congregação Cristã teve sua origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação. Somando a isso, algumas profecias diziam que lhes seriam enviado os que haveriam de se salvar. Pelo fato do ancião Franscescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, isto trouxe com certeza grandes erros na interpretação da liderança nacional. A Bíblia ensina que devemos conhecer o estado de nossas ovelhas (Pv 27.23).

III.   PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Pontos positivos. Os seguintes são denominados pontos positivos porque têm embasamento bíblico e são prática comum entre os evangélicos.

a) Assistência social. É costume dos núcleos desta Igreja manterem uma comissão de assistência social, composta por alguns homens e mulheres. Esta comissão certifica-se das necessidades dos adeptos ou não, e os socorre quando houver real carência. A ajuda tanto pode ser em objetos ou dinheiro. Key Yuasa, pesquisando a Congregação, disse que “a Igreja organizou grandes empresas industriais para aliviar o número de desocupados, cujos operários não pertencem à Congregação e são evangelizados pelos crentes” (T.G.Leite F). (Base bíblica: Gl 2.10).

b) Pentecostalismo. Os adeptos da Congregação geralmente são fervorosos em suas práticas religiosas. Aplicam-se à oração acompanhada pelo jejum, buscam o batismo com o Espírito Santo e oram em línguas e profetizam. Valor relevante entre eles é dado à profecia. “Quem faz tudo é o Senhor”, quase tudo é atribuído a uma direção ou sinal direto de Deus. Base Bíblica para o batismo com o Espírito Santo: (At 2.1-4).

c) Santidade corporal. Diferente do que ocorre em outras seitas que saturam o país e o mundo, os adeptos da Congregação dão valor a santidade do corpo. Não bebem, não fumam, suas mulheres andam com trajes honestos e não costumam usar pinturas, embora não as proíbam. Também procuram dar bom testemunho na sociedade onde convivem. Base bíblica: 1ª Pd 1.15.

Pontos negativos. A análise honesta de seus pontos positivos, por si mesma exige outra igual dos pontos negativos, pois aqueles não anulam o efeito destes.



IV.   DOUTRINAS PRINCIPAIS

1.   São Exclusivistas.
Ao analisarmos o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho só para eles. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria igreja. A Bíblia declara que a salvação é um dom de Deus para todos (Ef 2.8-9).

A despeito desse perigoso sectarismo, devemos levar em conta o que diz a Bíblia. A Palavra de Deus garante que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (At 2.21; Jl 2.32; Rm 10.13). A salvação portanto está em Jesus (Jo 14.6; At 4.12) e não em organizações religiosas.

2.   Batismo em nome de Jesus.
Segundo os adeptos da CCB, o batismo só é válido se efetuar em nome de Jesus. Eles usam a passagem de At 2.38 para justificar a doutrina medieval de que as águas do batismo tem propriedades miraculosas para purificar pecados.

O apóstolo Paulo delimitou com muita propriedade o batismo do Evangelho (1ª Co 1.14-17); ele era contra a forma externa bem típica do judaísmo. A salvação é pela graça (Ef 2.8-9). Ou seja, é um ato da graça de Deus (Tt 2.11). A regeneração é obra do Espírito Santo (Tt 3.5), enquanto que o batismo em águas é um sinal arrependimento; é um ato público de fé.

Infelizmente, eles não reconhecem o batismo efetuado por ministros de outras denominações mesmo sendo evangélica e em nome da Trindade (Mt 28.19). Entretanto, não podemos concordar com a maneira pela qual a Congregação Cristã ministra o batismo nas águas, sem preparo algum para os novos convertidos. Reconhecemos que a validade do batismo depende do preparo do batizado (At 8.36-38).

3.   Não aceitam o ministério pastoral.
A CCB concentra-se os ministérios principalmente do patriarcalismo. Possui apenas anciãos, diáconos, cooperadores e estes são seus líderes. A CCB é contra o cargo pastoral, embora Francescon mantivesse comunhão com os demais pastores, tendo-os em alta estima.

Dizem que somente Jesus Cristo é seu pastor e consideram um erro assalariar um pastor ou qualquer outro líder. Para defenderem estas idéias, usam especialmente o texto de Ezequiel 34.1-10. Parece-me que eles só estudam o Velho Testamento. Afinal, pastores e evangelistas são dons ministeriais (Ef 4.11) designado para a liderança do rebanho de Deus no Novo Testamento. Bata ler a carta do apóstolo São Pedro:

“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (1ª Pe 5.1-4).

“O presbítero ao amado Gaio, a quem eu amo na verdade” (3ª João 1.1).

Deus chamou obreiros.
Ministério de tempo integral na Igreja e o seu consequente sustento é tão divino quanto a existência da Igreja. Os seguintes textos o provam:

Deus condenou os infiéis pastores - líderes religiosos e políticos - da nação de Israel. Porém, prometeu que levantaria um pastor fiel: Davi (Ez 34.23,24).

Jesus é descendente de Davi segundo a carne e perpetua o reinado deste sobre Israel (Lc 1.31-33). Mas é também o fundador e Senhor da Igreja, composta por todos os salvos pelo seu próprio sacrifício (Ef 5.25b; Cl 1.24b).

Como supremo Pastor de Israel e da Igreja (1ª Pd 5.4), Jesus constitui homens fiéis para exercerem o ministério pastoral em seu nome e sob a unção do Espírito Santo (Ef 4.11; Mt 10.1-4; At 20.17,18; 1ª Pd 5.1).
A grande tarefa destes líderes é apascentar o rebanho do Senhor com amor e dedicação, procurando aperfeiçoá-la cada vez mais (Ef 4.11-16). Tudo para a glória de Deus (1ª Tm 1.12,17).

Sendo chamados por decreto divino para exercerem um ministério de tempo integral, é perfeitamente lícito que os obreiros de Deus sejam sustentados pela igreja (1ª Co 9.6-14). Se o Senhor ama os pecadores indignos a ponto de abençoá-los (Mt 5.45) e enviar homens - e até famílias - para resgatá-los, não se importaria com seus obreiros fiéis? Para isso ele usa a Igreja (Fp 4.14-18).

Infelizmente tudo que acontece na Congregação Cristã está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Ao lermos na Bíblia, encontramos a perfeita vontade de Deus sobre este assunto (Fl 2.2; Tg 5.13-16).

5.   Sustento de obreiros.


“Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. A minha defesa perante os que me interpelam é esta: não temos nós o direito de comer e beber? E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1ª Co 9.4-14).

O grifo é do autor e desejo ressaltar que a CCB usa versículos isolados sem analisar o contexto, e assim criam seus amaranhados distorcendo as doutrinas bíblicas.

O texto acima é a defesa de Paulo sobre o sustento dos obreiros. Os que pensam doutro modo, ficam sem argumentos ante a clareza e o objetividade com que o apóstolo trata o assunto.

A Bíblia deixa bem claro que os dízimos eram destinados aos levitas e sacerdotes (Nm 18.21-24; Hb 7.5), para que houvesse sempre mantimentos na casa de Deus (Ml 3.10). Os filhos de Levi e os ministros do altar e os ministros do altar, por sua vez, pagavam os dízimos recebidos (Nm 18.26).

Paulo, como os demais judeus, tinham uma profissão alternativa – fazedor de tendas (At 18.3). Desse ofício provinha o necessário para o sustento, pois temia escandalizar os irmãos, e não queria correr o risco de ser interpretado como aventureiro, em Corinto.

6.   Não aceitam que o líder estude.


Dizem que não é necessário seus líderes estudarem, pois o Espírito Santo dá sabedoria e palavras na hora em que necessitam. Usam Mateus 10.19,20 como base para este argumento. Não será esta aversão aos estudos teológicos um dos motivos de suas más interpretações dos textos bíblicos?

A sabedoria procede de Deus. É isto que nos ensina Pv 1-9.
a) A criação do universo e da terra demonstram sabedoria (Sl 104.24), os planos divinos para o mundo e o homem são sábios (Sl 139.6) e o homem necessita de sabedoria para bem viver (Pv 4.5-6). Como o homem nasce completamente ignorante, seu intelecto deve ser desenvolvido através dos estudos (Ec 12.12).

b) A sabedoria espiritual, seja do conhecimento de Deus (Os 6.3) ou para o exercício do ministério (1ª Jo 2.20), deve ser buscada em oração e independe de outros assuntos. Porém, aquela sabedoria mencionada em Mt 10.19,20, dizia respeito à capacitação divina para enfrentar os tribunais em época de perseguição.

c) Aqueles que Deus chamou, ungiu e separou para serem líderes do rebanho, pela própria natureza da função, devem se esforçar pelo auto-desenvolvimento intelectual e buscarem mais conhecimentos teológicos. Vivemos na época da multiplicação da ciência, das grandes transformações sociais e precisamos ter resposta para tudo (At 26.24; 1ª Tm 4.13, 2ª Tm 4.13). A sabedoria não prejudica a espiritualidade, como pensam alguns. Se assim fosse, Paulo, Timóteo e o próprio Senhor Jesus não seriam sábios na Lei e não estariam bem informados (Lc 13.1-5).

O estudo da Palavra é uma doutrina. Em João 5.39 Jesus diz: “Examinais, as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.

O apóstolo Paulo encoraja a Timóteo a dominar a Palavra de Deus: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneje bem a palavra da verdade” (2ª Tm 2.15). O grande sábio Salomão incentivou o ensino dizendo: “O princípio da sabedoria é: Adquira sabedoria: sim, com tudo o que possuis, adquira o entendimento” (Pv 4.4). “Compra a verdade e não a vendas; compra a sabedoria, a instrução e o entendimento” (Pv 23.23). “Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras do sábio, e aplica o teu coração à minha ciência (conhecimento)” (Pv 22.17). “Aplica o coração ao ensino e os ouvidos às palavras do conhecimento” (Pv 23.12). Aqueles que desprezam o ensino Salomão chama-os de loucos: “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7).

Para eles a Bíblia não tem a devida relevância. A vida dos adeptos da CCB é norteada pelo “iluminismo” e não pela Palavra de Deus. Vão ao culto para “buscar a palavra”, e não para aprender no templo (Sl 27.4). Suas bases teológicas são bastante precárias.

Não aceitam o ministério das mulheres.
O trabalho das mulheres na Congregação está restrita a assistência social e outras atividades que não envolvam o uso do púlpito, como a pregação e o ensino.

7.   Deus usa as mulheres.
a) O que Paulo refutou foi o ministério pastoral das mulheres e o exercício da autoridade sobre os pais e o marido. Na igreja não há apoio bíblico para ministério pastoral, embora as irmãs sejam úteis em outras áreas.

b) Muitas mulheres consagradas foram usadas por Deus para exercerem o ministério da profecia (2º Re 22.14,15; Lc 2.36-38), da assistência social (At 9.36,39), do apoio aos ministros (Lc 8.1-3; At 16.13-15; Rm 16.3), do louvor (Êx 15.20,21; Lc 1.46-55) e, certamente, da evangelização de adultos e crianças (Lc 2.38). Particularmente não vejo erro algum no ministério das irmãs e até que preguem a Palavra dos púlpitos, desde que não exerçam o pastorado.





8.   Não pregam nas ruas.
Limitam-se ao proselitismo pessoal e dentro dos templos. Esquecendo-se dos que ainda não receberão a fé, dedicam-se a pregar aos crentes de outras denominações evangélicas. Mas na sua condição de profeta, o ministério de Jesus baseava-se na triologia: pregar, ensinar e curar (Mt 4.23; 9.35). Este é o exemplo que devemos seguir; está é a nossa tarefa – pregar e ensinar (Mt 28.19-20).

Jesus ordenou a pregação nas ruas.
Toda e qualquer igreja que se limitar a pregar o evangelho entre as quatro paredes de um templo, está buscando seu próprio esvaziamento. O método evangelístico de Deus, seja de abordagem pessoal ou de grupos, é ir ao encontro das almas necessitadas. Veja os exemplos e mandamentos: Jesus (Mt 5.1; 13.1-3; Lc 14.23) e Paulo (2ª Tm 4.2; At 17.17; 16.13-15).


9.   Adotam o uso do véu.


Durante o culto ou quando vão orar, mesmo em casa, as mulheres da Congregação devem usar véu.

Porém quanto ao uso do véu, convém salientar que o uso do véu no culto, tal como véu, chapéu, roupas e etc, depende de cada cultura, pois os costumes se alteram e as exigências também. Jesus condenou os fariseus que usavam as tradições acima da doutrina bíblica (Mt 15.1-13).

A palavra grega para “véu” é peribaion e significa “jogar em volta”. Ela aparece apenas duas vezes no Novo Testamento grego (1ª Co 11.15; Hb 1.15).

Em 1ª Coríntios 11.1-16, Paulo trata da submissão da mulher ao marido. Como se vê, o que está em pauta é a submissão, e não o véu. Quem acha que o véu é um meio para a santificação, como a CCB, deve usá-lo no dia-a-dia como as mulheres do Oriente Médio e da Ásia nos dias de Paulo.

10. Adotam o ósculo santo.


Após o final das reuniões, usam saudar-se com ósculo santo, um beijo na face, conforme Rm 16.16. Só que o ósculo é restrito às pessoas do mesmo sexo. É proibido pessoas de sexo oposto se beijarem, pois pode ser beijo de Judas (Mt 26.48,49).

Isto é uma questão cultural ainda hoje observa entre os judeus, árabes e vários povos do leste europeu. Não é motivo, pois para fazer uma guerra em torno de assuntos que, rigorosamente falando, em nada contribuem para a nossa edificação em Cristo Jesus.

O ósculo era uma tradição como qualquer outra entre os orientais. Ainda hoje os russos usam o ósculo como saudação. “O costume, entretanto, era beijar na testa ou na palma da mão”.

a) O uso do ósculo na Igreja primitiva era entre todos os membros e não apenas entre os do mesmo sexo. Nisto vemos a malícia da Congregação.

b) O ósculo significava o que hoje significa o aperto de mãos e o abraço.

c) O importante é o ágape divino envolvendo os corações (Jo 13.35).

11. Oram somente de joelhos.
Torcem o sentido real de Fp 2.10 e não admitem que um adepto ore a não ser ajoelhado.

Orar é se comunicar com o Senhor, manter a comunhão e tratar com ele dos negócios do Reino. A Bíblia ensina a orar continuamente, em qualquer lugar ou posição (1ª Ts 5.17; Ef 6.18; 1ª Tm 2.8). Alguns exemplos: Jonas orou no ventre do peixe (Jn 2.1); Jesus orou na cruz (Lc 23.34,46).

Embora adote certos conceitos bíblicos em seu corpo doutrinário, a Congregação está na categoria de seita porque também contém muitos erros. Estes que são extremamente sutis e, embora parecendo insignificantes, são tendenciosos e prejudicam grandemente a fé simples e pura no cristianismo.

12. A saudação com a paz do Senhor.
A Congregação Cristã nos acusa de saudar os irmãos com a “paz do Senhor”. Para justificar esse conceito, afirmam: “devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a paz do Senhor, por que existem muitos senhores, mas Deus é um só”. Essa acusação se desfaz quando lemos as palavras de Paulo em 1ª Coríntios 8.5-6. Eles não conseguem entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudados com a paz que Jesus nos deixou (Jo 14.27). O argumento que existem muitos senhores é infundado, pois a Bíblia fala também de muitos deuses, mas só um é verdadeiro, ela fala também de dois senhores, mas só um é o verdadeiro. Portanto, o crente sabe que ao cumprimentar o irmão com a paz, ele está demonstrando que ele possui a paz que Cristo o Senhor da paz nos deixou.


Os adeptos da Congregação Cristã do Brasil julgam-se espiritualmente superiores a todos os evangélicos. Quanto a nós, não nos cabe tratá-los como inimigos, mas como a pessoas que precisam dos esclarecimentos necessários para compreender o verdadeiro sentido do Evangelho de Cristo. Evitemos, pois contender com eles, pois a contenda não convém ao homem de Deus. Que o Senhor nos de graça para preservar a sã doutrina.

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com