Em
termos bíblicos, a Igreja Messiânica nada tem a ver com a Igreja do Novo
Testamento, nem com o seu Messias e Salvador, o Senhor Jesus Cristo. O título
dessa igreja já é contraditória em si. Ela
não é igreja porque não tem Cristo como sua cabeça, e não é messiânica porque
não tem o Messias de Deus como seu Salvador e Rei. Os messiânicos afirmam que
como igreja, conseguirão mudar os rumos da humanidade levando o nosso planeta a
ser o verdadeiro “Paraíso Celestial”.
I. HISTÓRIA E
OBJETIVOS
A
Igreja Messiânica é de origem japonesa. O seu fundador Mokiti Okada, hoje
chamado por seus adeptos MEISHU-SAMA (Senhor da Luz). Ele iniciou-se no
Budismo, e daí partiu para a fundação dessa igreja que adota princípios
budistas e também um pequeno percentual de princípios cristãos ou parecidos.
Com
sua sede geral na cidade de Atami, no Japão, A Igreja Messiânica Mundial
começou a se espalhar pelo mundo. A sua liderança tem sido sustentada pela
família Okada, sucedendo-se diretamente: pai, mãe e atualmente a terceira filha
do casal, conhecida e adorada por seus adeptos como KYOSHUSAMÁ (Mestre que
ensina a Luz).
Apesar
dessa religião ter começado na década de 1930, somente em 1947 foi autorizada a
funcionar pelas autoridades japonesas.
Seu objetivo é estabelecer o paraíso aqui na terra. No Brasil, seu
início teve lugar em 1955, sendo oficializada dez anos depois.
Reuniões
e ingresso na seita. Não há praticamente exigências para a admissão a não ser
algumas aulas de orientação dadas pelos líderes. Os interessados, bem como os
já adeptos, não precisam mudar seus hábitos, costumes, vícios, modo de vida,
nem religião. É o tipo de igreja que agrada a todo mundo, algo totalmente
divorciado do próprio significado do termo igreja (ekklesia: povo separado; à
parte).
A
Igreja Messiânica cultua as almas dos ancestrais em reuniões especiais para
isso; cultua o próprio fundador, também em reuniões para isso destinadas. (Ver
o repúdio divino a essas coisas em Mt 22.32; 4.4; At 10.25-26; Ap 22.8-9).
II. CRENÇAS E
DOUTRINAS ANTE A BÍBLIA
Meishu-sama.
O
cognome de Mokiti Okada. Em verdade, este é o verdadeiro “Deus” dos
messiânicos. Usam o nome de Deus apenas para angariar a simpatia ocidental. Não
conseguem desfazer o binômio DEUS-MEISHU-SAMA.
Deus.
Na Igreja Messiânica o nome de Deus é sempre associado ao do fundador dessa
seita, conhecido pelo nome religioso de Meishu-Sama, que significa Senhor da
Luz. Eles esposam uma forma de deísmo, em que confessam que Deus criou todas as
coisas, mas que é sempre preciso um Brahma para os hindus, um Cristo para os
cristãos, um Maomé para os árabes e um Meishu-Sama para os messiânicos.
A
noção que eles têm de Deus é o de “energia fluida”, um termo ocultista das
religiões orientais associadas ao Espiritismo. Essa energia penetra nas pessoas
e as leva ao melhoramento gradual, dependendo da qualidade dessa energia.
Não
é isso que Deus revelou nas Sagradas Escrituras. Deus, de fato habita nas
pessoas que a Ele pertencem, espírito, alma e corpo, mediante a salvação
recebida e conservada em Cristo nosso Salvador (Jo 14.23; 1ª Co 6.19; Jo
14.17).
Jesus.
Como já foi dito, essa igreja é chamada messiânica, mas não conhece o Messias
de Deus, o Senhor Jesus Cristo, nem ao menos o menciona. Essa Igreja é
suficiente em si mesma para transformar a humanidade sem Jesus, inclusive
estabelecer aqui o “Paraíso de Deus”. Ver o que a Bíblia diz de Jesus em 1ª Jo
5.22,23; Jo 15.5; 5.23; 14.6; 3.35; Sl 2.12; Fp 2.9-11.
A
Igreja Messiânica está em pior situação diante de Deus do que a Laodicéia, que
antes conhecera Jesus, agora estava morna e Jesus estava fora (Ap 3.16, 20). Os
messiânicos nunca tiveram Jesus em sua igreja. Eles endeusam mesmo é o seu
fundador e mentor espiritual, hoje falecido (Meish-Sama) e sucedido por uma
filha.
A
purificação pela “luz divina”.
Esta
doutrina prega que todo sofrimento, que seja mental, físico ou espiritual, tem
uma causa espiritual. Deus é a causa de todas as coisas, permite então as
dificuldades e sofrimentos para que o indivíduo possa livrar-se de seus
pecados. Assim, um verdadeiro messiânico jamais deverá queixar-se de sua sorte,
pois ela é uma oportunidade para sua purificação espiritual (Sl 119.9; 1ª Jo
1.7; 3.3).
É
aqui que os messiânicos angariam muitos simpatizantes e adeptos. Trata-se de um
ritual, sem qualquer base em doutrina bíblica, em que a “luz divina” penetra as
pessoas e produz sua cura interior, libertando-as de ansiedade, nervosismo,
tensão, confusão mental, sentimento de culpa, angústia, mágoas e aflições
causadas por sofrimentos recebidos, e também herdados pelos seus antepassados
durante uma das reencarnações anteriores que a pessoa teve. É, portanto uma
religião disfarçadamente vinculada ao Espiritismo.
A
essa cerimônia eles chamam jorei. Colocam a palma da mão sobre as pessoas,
crendo que com este ato estão liberando energia divina sobre elas. Essa energia
afasta todo mal dessas pessoas, ficando então “purificadas”.
Com
o rito do jorei as pessoas são curadas. A “luz divina” que pode curar a pessoa
integralmente vem de Deus através de Meishu-Suma. As publicações dessa igreja
divulgam essas curas para motivarem outros a buscá-las, mas nenhuma glória é
tributada a Deus.
A.
Trata-se aí da falsa luz que Jesus falou em Mt 6.23, “luz que são trevas”. “O
próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2ª Co 11.14). Como um anjo para
abençoar e uma luz para guiar, porém, tudo falso! A verdadeira luz é o Cristo
da Bíblia: Jo 1.9; 8.12. Uma das primeiras coisas que o Senhor fez na criação
foi separa a luz das trevas (Gn 1.4), e, Jesus como a luz do mundo, nele não há
trevas nenhuma (1ª Jo 1.6). Não é o caso dos messiânicos, que falam em “luz
divina” e caminha nas trevas.
B.
Quanto à purificação Só o sangue de eficaz de Jesus nos purifica do pecado e de
todo outro mal (Hb 9.14; 1ª Jo 1.7,9; Ap 1.5; 22.14). Nem “luz divina”, nem
igreja, homens, medalha milagrosa, imposição de mãos, palavras místicas,
orações, podem nos purificar do pecado, (ver Jó 14.4; Jr 2.22).
C.
Quanto às curas dos messiânicos. Milagres não são provas bíblicas de que alguém
anda na verdade; provas são frutos. Jesus não disse: Pelos milagres
conhecereis, mas, “pelos frutos” (Mt 7.16). Satanás também opera milagres,
limitados ao seu poder, para promover-se e enganar (Êx 7.22,23; 24.24; 2ª Ts
3.9; Ap 13.13,14). É pela pregação da palavra que o povo se salva; não por
milagres.
Ohikari.
É
uma espécie de amuleto, antigamente em forma de um saquinho de pano, hoje na
forma de uma medalha dourada, que a pessoa leva junto ao peito, pendurada por
um cordão de ouro ou mesmo um barbante. Entende-se que aquela medalha (ou
saquinho de pano) é o sagrado ponto focal através do qual se canaliza a luz de
Deus e Meishu-Sama, seu fundador. A verdadeira luz é manifestada através da
obra de Jesus Cristo.
Refutação.Vejamos
o que Jesus diz: Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê
em mim não permaneça nas trevas. (João 12.46).
“Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a
luz da vida” (João 8.12).
“É
proibido proibir”. Este é o lema dos messiânicos.
O
lema do messianismo equivale à falsa liberdade, que termina em escravidão, como
vemos em 2ª Pe 2.19.
Arão
por pouco tempo adotou o sistema “messiânico” de liberdade sem lei e veio o
colapso moral do povo de Israel, conforme lemos em Êx 32.7, 19, 28. No juízo
que se seguiu, morreram uns 3.000 homens. Mas o v. 25 nos dá a chave dessa
derrota: “O povo estava desenfreado, pois Arão o deixou à solta” (versão
Almeida Atualizada).
Quem
quiser andar com Deus e pertencer ao seu povo, precisa entender de uma vez por
todas que não é apenas a porta de entrada da salvação que é estreita; o caminho
da salvação a ser seguido é também estreito (Mt 7.14).
O
paraíso terreno dos messiânicos.
O
messianismo apregoa que uma nova ordem universal está para começar. Será uma
era de felicidade, com paz, saúde e igualdade de condições para todos. A Igreja
Messiânica é portadora dessa revelação. Nessa era de delícias a natureza
atingirá o seu devido esplendor, e, as artes também, como expressão do bom e do
belo.
Não
haverá orgulho, cobiça, intrigas, tristezas, nem injustiça. É pura fantasia
deles.
Trata-se aqui de algo
parecido com o reino milenial de Cristo sobre a terra, de que nos fala a
Bíblia, preparando o mundo para o reino eterno de Deus, quando então haverá
novos céus e nova terra 1ª Co 15.28-29; Ap 21.2; 2ª Pe 3.13. Este paraíso dos
messiânicos é mais uma deslavada mentira de Satanás. (Ver Jo 3.27).
Seguir
de fato a Cristo significa renunciar a tudo mais que contrarie sua vontade (Lc
5.1; 18.28; Fp 3.7). Quem de fato está seguindo a Cristo não vive na prática de
pecado conhecido (1ª Jo 3.9).
O pior dos enganos em que
vivem os messiânicos, mesmo sendo cidadãos exemplares, benfeitores, sinceros e
honestos, é crer que pela purificação do jorei alcançam a perfeição e a
salvação, e não através da redenção pelo precioso sangue de Jesus.
O
Espírito Santo.
Os
messiânicos desconhecem o Espírito Santo. Aliás, todos os valores cristãos e
bíblicos não constam da fé messiânica. Como já dissemos, a Igreja Messiânica
Mundial nada tem a ver, sob qualquer aspecto, com a revelação de Deus, a Bíblia
Sagrada (1ª Jo 5.6b).
O
grande e rápido desenvolvimento dos messiânicos deve-se ao facilismo que pregam
e, sobretudo, à falta de exigências para que os adeptos mudem ou deixem seus
costumes, vícios e a própria religião. Pregam uma religião onde só se recebe e
a única coisa que realmente deve ser dada são as ofertas voluntárias.
Este
é o tipo de religião que agrada, porém choca-se literalmente com as palavras de
Jesus: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai ou
mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá a vida
eterna” (Mt 19.29).
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