[....] Os falsos ensinos sempre são apresentados de maneira sutil, às vezes agradável e, não raro, como ilustrações bem trabalhadas para persuadir o ouvinte. As filosofias também são usadas de forma eloquente critica e, muitas vezes de modo desrespeitoso contra a Palavra de Deus. É preciso extremo cuidado com, os falsos ensinos, quando são em partes travestidos de verdade. Os colossenses receberam solenes advertências contra as seitas e as heresias de seu tempo” [RENOVATO Lições Bíblias. P. 28].
I. FILOSOFIAS E AS VÃS SUTILEZAS
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio
de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2.8).
Paulo tem um cuidado
especial com os falsos ensinos que não produzem uma verdadeira fé. Ele adverte
a igreja de colossos contra as filosofias, as vãs sutilezas, que são ensinos ou
tradições humanas e não segundo Cristo.
1. Ninguém vos faça presa sua. O significado de “presa
revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas farisaicas. O
verbo grego “Sylagogeo”, levar como despojo, prisioneiro de guerra, sequestro
roubo, descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos
objetivos dos promotores de heresias é escravizar as suas vitimas para terem
domínio sobre elas (Cl 2.18; Gl 4.17). Hoje muitos estão nos grilhões dos
falsos mestres como verdadeiros escravos.
2. Por meio de filosofias. Não há indícios de que o
apóstolo esteja fazendo alusão às escolas filosóficas da Grécia. As filosofias
de que Paulo trata são conceitos humanos, contrários à doutrina e a ética
cristã. Qualquer sistema de pensamento, ou disciplina moral, era naqueles dias
chamados de “filosofias”.
Paulo usa uma ilustração muito clara para nos avisar contra falsos mestres. Ele afirma que tais elementos estão tentando “capturar” os crentes através de filosofias humanas e tradições. Paulo havia referido aos crentes como tendo sido “libertos dos poderes das trevas e trazido para o reino de Deus. Agora, ele enfatiza os falsos mestres que estão tentando levar os crentes de volta à prisão em contraste com Colossenses 1.23: “Se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro”.
Paulo usa uma ilustração muito clara para nos avisar contra falsos mestres. Ele afirma que tais elementos estão tentando “capturar” os crentes através de filosofias humanas e tradições. Paulo havia referido aos crentes como tendo sido “libertos dos poderes das trevas e trazido para o reino de Deus. Agora, ele enfatiza os falsos mestres que estão tentando levar os crentes de volta à prisão em contraste com Colossenses 1.23: “Se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro”.
3. Vãs sutilezas. A palavra vã no grego “kenos” significa
vazio, vão, destituído de verdade e riqueza espiritual, de alguém que se
vangloria de sua fé como uma posse transcendente, ainda que seja sem os frutos
da fé.
O conhecimento daqueles hereges procedia do seu pensamento filosófico, e das discussões e elucubrações dos famosos mestres seculares da época e também mentores religiosos cuja sabedoria afastava o povo de Deus (Cl 1.10).
O conhecimento daqueles hereges procedia do seu pensamento filosófico, e das discussões e elucubrações dos famosos mestres seculares da época e também mentores religiosos cuja sabedoria afastava o povo de Deus (Cl 1.10).
Engano e sutileza, nesse contexto, significam a
mesma coisa. A palavra grega usada para sutileza é apate, isto é “engano” (Ef 4.22), “sedução” (Mt 13.22). É usada
para referir-se a pessoa de conduta enganosa e embusteira que levam outras ao
engano. É mediante tais recursos que os mestres do erro conduzem suas vítimas
ao desvio. Tais sutilezas impedem as pessoas de verem a verdade e como
conseqüência, torna-se cativas das astúcias de Satanás.
[...] Paulo advertiu os
colossenses ao cuidado de não se fazer presa de tais ensinos (Cl 2.8), por meio
de filosofias, tradições, e vãs sutilezas que destacam a importância do homem
acima de Deus. O ensino do humanismo colocando o homem no centro de tudo no
mundo; exclui a Palavra de Deus e ao próprio Deus de seus arrazoados. Em outras
palavras, o humanismo endeusa o homem. [RENOVATO.
Lição Bíbliac 3º trimestre 2004. P. 29].
Hoje, uma das maiores ameaças teológicas contra o
cristianismo bíblico é o humanismo secular e suas filosofias. Paulo demonstrou
que não há qualquer razão para o cristão desviar da verdade que há em Cristo,
pois Ele encera em si mesmo dizendo: “toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9),
não havendo necessidade de buscar outro salvador e nem outro meio de salvação.
O Senhor da Igreja é Cristo Jesus, pois foi Ele que quebrou todas as tradições;
porque vamos colocá-las de novo para tropeço dos que querem chegar ao
conhecimento da Verdade?
4. Adoração Vã. Adorar
ao Deus certo da maneira errada; Tradições forjadas pelo homem. Ex: Associação
com líderes religiosos; Orgulho, vaidade, egoísmo, presunção; Ausência da clara
evidência da natureza de Deus.
5. Os rudimentos do
mundo. A palavra “rudimentos” do gr. stoicheion
que significa corpos celestes, seja como componentes dos céus ou porque supunha-se
residir neles. A expressão “rudimentos do mundo” é repetida no v. 20 e refre-se
ao ordenança religiosas anti-bíblicas ensinadas naqueles dias (vv. 20-23). Nas
falsas crenças da Astrologia da época, a expressão “rudimentos do mundo” era
também empregada em referências aos astros sendo habitação de espíritos
governantes do universo. Paulo advertiu os colossenses quanto a esses falsos
ensinos que fomentavam a adoração a outros elementos da natureza.
II. LEGALISMO DOS FALSOS MESTRES
II. LEGALISMO DOS FALSOS MESTRES
“E a vós outros, que
estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne,
vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo
cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças,
o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e,
despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz. Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio
de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de
Cristo, tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2.11-14).
Os falsos mestres estavam usurpando a autoridade
apostólica e bíblica, mas acima de tudo estavam desfocando a Pessoa de Jesus
Cristo. Os Colossenses em Cristo estavam sendo julgados como se lhes faltassem
alguma coisa. Mas em Romanos 8.1 o apóstolo Paulo declara, “Nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” Cl
2.14 “encravando-o na cruz”.
“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou
dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das
coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17).
O texto traça
dois aspectos do “julgamento” que implicava insuficiência à obra de Cristo:
proibições e exigências não bíblicas.
1. Proibições: Comida e bebida. Essas autoridades estavam
estabelecendo listas de regras alimentares. De forma mais geral, estavam
proibindo certos alimentos, talvez baseados nas leis do VT (Lv 11.1-23). Mas na
Nova Aliança ficou claro que Deus declarou tudo limpo. Não é comida ou bebida
que vai tornar o homem aceitável diante de Deus. A Timóteo Paulo declara: “Ora, o Espírito afirma expressamente
que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos
enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e
que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem
abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de
graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que
Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque,
pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1ª Tm 4.1-5).
Não é diferente hoje, pois muitas igrejas através dos falsos mestres têm
levado o povo de Deus de volta para o passado, para as sombras
(vs. 17) da Velha Aliança. Como se comer só legumes fosse mais espiritual que
os outros.
2. Exigências: dia de festa, lua nova, sábados. Os
ebionistas pregavam aos cristãos gentios que estes deviam submeter-se a lei de
Moisés, bem como a circuncisão e as leis alimentícias. Naturalmente os
ebionistas detestavam os ensinos de Paulo, e rejeitavam as suas cartas.
Nas suas cartas, Paulo combateu os judaizantes de forma
contundente, principalmente nas cartas aos Romanos, aos Gálatas e aos
Colossenses. Os ebionistas de hoje ainda acreditam que é necessário guardar o
sábado. Contudo não percebem que o sábado é uma aliança de Deus com Israel e
não com a igreja. Ninguém que estuda as cartas de Paulo pode continuar sendo um
ebionista. Eles colocam um jugo sobre o povo, padrões não- bíblicos para
ordenar sua vida com Deus através de observância de certos dias, celebrações,
ritos etc. Provavelmente um sincretismo com a fé judaica e religiões pagãs. De
novo, nada disso vale para santificar o homem. São sombras, mas
o verdadeiro, a substância (ou “o corpo”) já veio, em Cristo Jesus. O
Escritor aos Hebreus declara dizendo: “Visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não
a imagem real das cousas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com
os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem” (Hb 10.1). Por que voltar para a sombra quando
a realidade está aqui?
III. HOMENS
DE MENTES CARNAIS
“Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando
humildemente e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo
algum, na sua mente carnal” (Cl 2.18).
1. Árbitro. No no gr. katabrabeuo,
significa ato de decidir contra alguém; defraudar ou enganar sobre o prêmio da
vitória; privar da salvação.
2. Falsas visões. Falsas revelações, visões, sonhos como se Deus estivesse lhes
revelando. Toda a revelação que vai contra as Sagradas Escrituras, é uma falsa
revelação, ou seja, da mente humana, ou do próprio diabo.
Paulo menciona “pretexto de humildade” e até “culto aos anjos”,
mostrando até onde pessoas podem tentar impressionar outros através da
religiosidade com objetivos de lograr interesses pessoais.
[...] Os falsos mestres ensinavam que era preciso
reverenciar e adorar os anjos, como mediadores, para ter comunhão com Deus.
Para Paulo, invocar os anjos seria substituir Jesus Cristo como cabeça
auto-suficiente da Igreja (v. Cl 2.19). Hoje, a crença de que Jesus Cristo não
é o único intermediário entre Deus e o homem é posta em prática na adoração e
oração a santos mortos, como padroeiros e mediadores. Essa prática despoja
Cristo de sua supremacia e centralidade no plano redentor de Deus. Adorar e
orar a qualquer pessoa que não seja Deus Pai, Deus Filho ou Deus Espírito Santo
são práticas anti-bíblicas, e por isso devem ser rejeitadas [Comentários da
Bíblia de Estudo Pentecostal].
Espiritualidade demais é
carnalidade. Não se iluda! Pessoas que, por exemplo, contam experiências
espirituais absurdas ou milagres que nunca aconteceram, manipulando o louvor
alheio em relação à sua
espiritualidade, mas no fundo são carentes e doentes. São pessoas que se
distanciam da essência do evangelho e agarram-se de forma doutrinária e estilos de moveres e visões. A
principal característica de um pseudo-ministro é tentar forçar ou doutrinar o avivamento por meios de sutileza.
3. Enfatuado. A palavra enfatuado no gregro “eike”, significa em vão. Todo o ensino que é
contrario a ortodoxia bíblica e exalta o homem é consideramos vão, vazio.
Porque Deus não aceita aquilo que contraria Suas doutrinas. As Tradições,
regras humanas e ensinos gnósticos são considerados vazios para o Senhor Jeová,
pois elas satisfazem na verdade o homem e não a Deus.
4. Na sua mente carnal. “Na sua mente carnal”, ou seja, estes
homens são carnais. Seus ensinos
parecem serem de Deus, ensinam com muita humildade, mas são carnais e de nada
serve. Mas por quê? Porque pregam suas idéias conforme as tradições humanas e
não segundo as Escrituras. Porque ensinam como se Deus estivesse lhes dizendo. Tomam
o lugar de Deus, ao invés de deixar o Espírito Santo atuar e com isso demonstram
espirituais que todos.
IV. MORTOS COM CRISTO
“E não retendo a cabeça, da qual todo o corpo,
suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que
procede de Deus. Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que,
como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não
proves aquilo, não toques aquiloutro” (Cl 2.19-21).
1. Uma nova vidaem
liberdade. Os falsos mestres de Colossos não estavam ligados “à
cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras vai
crescendo em aumento de Deus”. Toda heresia tem essa origem: o desligamento da
“Cabeça”, que é Cristo.
1. Uma nova vida
2. Vencendo
o legalismo. “Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que
constava de ordenanças, a qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz” (Cl 2.14).
[...] As ordenanças não se
limitavam à observância de dias santificados, ou práticas alimentares. Ordens e
comando eram dados em termos de “não toques, não proves, não manuseies” (Cl 2.21).
É evidente que a vida cristã tem suas regras de conduta moral e normas a serem
observadas em termos de decência e postura, mas só devem ser consideradas e
obedecidas se tiver embasamento bíblico. O equilíbrio é indispensável quanto a normas
e recomendações. [RENOVATO. Lições bíblicas. 3º Trimestre de 2004. P. 35].
Paulo enfatiza que a salvação é completa em Cristo; uma vez
em Cristo, nada mais é necessário.
V.
EXORTAÇÃO
CONTRA AS TRADIÇÕES HUMANAS
“Segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso se destroem. As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade e em disciplina do corpo, todavia não têm valor algum, senão para a satisfação da carne” (Cl 2.22-23).
[...] Após a solene proclamação da vitória de Cristo e de
seus servos sobre os poderes malignos. Paulo confronta de modo direto os falsos
ensinos sobre o ascetismo gnóstico. Os
ensinos dos hereges têm na verdade:
1. Segundo as tradições dos
homens.
Os crentes de Colossos estavam sendo alvo dos hereges que, a pretexto de humildade, ou de santidade, queriam obrigá-los a ficar sob o jugo de ordenanças carnais, forjadas para manter seus seguidores presos aos seus ensinos. Em lugar da verdadeira doutrina que tem origem no Evangelho de Cristo, os hereges procuram sobrecarregar os incautos e crédulos com “doutrinas que são mandamentos de homens (Mt 7.7)”. [RENOVATO. Lição Bíblica 3º trimestre 2004. P. 33].
Os crentes de Colossos estavam sendo alvo dos hereges que, a pretexto de humildade, ou de santidade, queriam obrigá-los a ficar sob o jugo de ordenanças carnais, forjadas para manter seus seguidores presos aos seus ensinos. Em lugar da verdadeira doutrina que tem origem no Evangelho de Cristo, os hereges procuram sobrecarregar os incautos e crédulos com “doutrinas que são mandamentos de homens (Mt 7.7)”. [RENOVATO. Lição Bíblica 3º trimestre 2004. P. 33].
Paulo refere-se a um sincretismo de elementos cristãos,
judaicos e gnósticos: angelolatria, ascetismo, tradições, que opunham ao
evangelho. São “certos ensinos de auto-salvação” (tradições), que são baseados
em preceitos e ensinamento de homens os quais estavam transtornando o evangelho
deixado por Jesus. Trata-se de tradições humanas ao passo que o evangelho veio
do céu.
São grupos que surgiram de uma
religião principal e seguem as normas de seus líderes ou fundadores e cujos
ensinos divergem da Bíblia. São uma ameaça ao evangelho e problemas para as
igrejas que seguem a verdade bíblica.
Muitas igrejas, infelizmente, têm
sido influenciadas, pelo secularismo, especialmente em seu aspecto organizacional
e litúrgico.
2. Falsa Religiosidade.
“...aparência de sabedoria....”, (no gr. sophia) significa a sabedoria que pertence aos homens, conhecimento de coisas humanas adquirido pela sutileza. Tinham apenas aparência, mas seus ensinos eram puramente humanistas.
“...aparência de sabedoria....”, (no gr. sophia) significa a sabedoria que pertence aos homens, conhecimento de coisas humanas adquirido pela sutileza. Tinham apenas aparência, mas seus ensinos eram puramente humanistas.
“...como culto de si mesmo...” no gr. “Ethelothreskeia” que
significa “adoração voluntária, arbitrária; adoração que alguém prescreve e
impõe sobre si mesmo, contrária a essência e natureza da fé que deve ser
dirigida a Cristo; dito do zelo mal orientado e prática dos ascéticos”.
“... falsa humildade...”
do gr. “Tapeinophrosune”,
ter uma opinião humilde de si mesmo; modéstia, humildade, submissão de mente.
Uma humildade falsa, enganosa, uma falsa religiosidade.
[...] Os hereges utilizam o pretexto da humildade
para escravizar as pessoas, dominando-as “a seu bel prazer” a fim de mantê-las
sob suas rígidas regras ascéticas. Trata-se, pois, de falsa humildade, hipocrisia
desses falsos mestres. A genuína humildade é uma das virtudes principais que
nos guarda do orgulho, da soberba e da presunção. A Bíblia inteira fala do
valor da humildade para a vida espiritual. O cristão humilde é sempre cheio da
graça de Deus. [RENOVATO. Lição Bíblica 3º trimestre 2004. P. 34].
3. Seus ensinos são para satisfação da carne. “...mas
não são de valor algum, senão para a satisfação da carne” ou “rigor do corpo”,
“grande severidade para o corpo” (v, 23), que no gr. “doapheidia – soma”. Em
outra tradição diz: “sensualidade”. A palavra “sensualidade”. no gr. é “plesmone” que significa “saciar os desejos da carne; indulgência
da carne.
Paulo via pela revelação do Espírito Santo, que os falsos
ministros entravam nas igrejas cristãs, com aparência de humildade, com
sabedoria e devoção voluntária, mas não ensinavam a doutrina bíblica senão
severidade para o corpo, ou seja, doutrinas de homens, mas não tem valor algum,
senão para satisfação do corpo.
A carne isola o homem de tudo que é espiritual (Rm
8.8) e engloba todas as formas de arrogância. Sempre que o “eu” aparece em
oposição a Deus, ali está a carne.
[...] Este tipo de problema, porém, não acontecia somente na
Igreja do Novo Testamento. Há ministros hoje que cumprem mandamentos humanos
com grande dedicação. Embora estes ensinamentos tenham a aparência de
sabedoria, eles na realidade, são apenas demonstrações de orgulho pelo que não
podem mudar as atitudes do coração. [GIBBS. P. 76].
Porém uma coisa é certa: todo mundo que enfatiza
demasiadamente um perfil externo de santidade, normalmente, está compensando
debilidade morais internas. Está foi a síndrome dos fariseus que apesar de toda
a religiosidade que demonstravam, não produziam frutos de arrependimento. A
incoerência entre a vida interior e a exterior, entre a santidade e a
religiosidade, expressam a face do procedimento com uma ardilosa infiltração
satânica na igreja.
Não devemos confundir santidade com religiosidade e muito
menos subestimar o poder sedutor da religiosidade. Deus é santo e o diabo é
religioso.
Por mais que ritos culturais e práticas externas de
santidade tem um poder de impressionar, não devemos deixar nos manipular por
estas “sombras”.
[...] Paulo demonstra que aquelas ordenanças, ou
exigências que tinham na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção
voluntária e humildade, mas não tinham valor espiritual que os falsos mestres
alegavam. No máximo, o que poderia ter era algum valor (para satisfação da
carne, ou seja, tais ordenanças não passavam de meios e formas de apresentar um
comportamento que satisfizesse os interesses humanos e carnais dos mestres
hereges. A Verdadeira santidade volta-se para Deus. As falsas religiões
utilizam-se de regras e mais regras para escravizar seus adeptos. O cristão, no
entanto, já liberto da escravidão do mundo visível e do mundo invisível por
nosso Senhor Jesus Cristo. (RENOVATO. Lições Bíblicas. 3º trimestre de 2004. P.
35).
Um dos frutos da carne é a heresia e as facções,
que provocam dissensões, discórdia, iras, porfias, inimizades (Gl 5.19),
levando o homem para a morte (Rm 8.6), sendo que os que se inclinam para as
coisas carnais e banais tornam-se inimigos de Deus e não podem agradar a Deus
(Rm 8.7-8), mas andam segundo a carne e não tem o Espírito de Deus (Rm 8.9), e
caminham para a morte (Rm 8.13).
4. Valorizam a autodisciplina. Paulo declara que o
ato de vestir, em si, não é problema moral, mas a nossa atitude pessoal sobre o
que veste, pode levar ao injusto julgamento. Existem “ministros” que só pregam
disciplina do corpo baseados em preceitos de homens, dizendo que é doutrina e
ainda dizem que tem o dom de exortar.
[...] Não se deve confundir “exortar” com aspereza no
púlpito, ou com desabafos pessoais inoportunos, impensados e imprudentes.
Exortar no original grega é assistir, confortar, admoestar (ensinar), encorajar
as pessoas. A exortação deve ser com longanimidade e doutrina (2ª Tm 4.2),
exortar com amor e sem torcer a Palavra, é encorajar os que ouvem”. [RENOVATO.
Lições Bíblicas 3º trimestre de 2005. P.25].
Deixar de ensinar as doutrinas de Deus para ensinar
doutrinas humanas. Usar a sutileza e o nome de Deus em vão. È falta de temor e
reverência ao Santo Criador.
Devemos saber que os falsos
mestres não ensinam as doutrina bíblica, mas valorizam mais o que usamos e
comemos do que os valores éticos e morais.
Quando as regras denominacionais
são pregadas e utilizadas com medida de justificação, estão sendo utilizadas,
na verdade para ocultar a cruz de Cristo, se convertendo em um tipo de feitiço.
As leis humanas são enganosas
porque aparenta ser boa e exalta um aspecto de muita espiritualidade. Por isto
é um feitiço tão poderoso. Cada vez que justifico minhas ações ou crenças
seguindo as regras humanas, estou confiando na carne e com isto me distancio da
justiça que se recebe pela fé.
Viver debaixo da opressão do
legalismo apenas produz barreiras e escravidão. Na verdade, não se pode viver
desta forma sem ter que enfrentar sérias conseqüências.
Os falsos mestres de hoje, impõe
um alvo incorrespondível de exigência resultando em culpa e condenação. Todo
sistema, cria uma atmosfera de ameaças e imposição que destrói a auto-estima e
incentiva o medo e a auto-condenação aprisionando muita gente num falso padrão
de espiritualidade.
Um falso líder torna-se fanático,
suas regras são sempre rígidas e incompreensivas, impõe duras penas tradicionais
religiosas e regras sociais. Estas pessoas têm uma tendência obsessiva de reger
minuciosamente seu comportamento, exigindo dos outros o mesmo padrão de comportamento.
Desta forma, muitos crescem com
uma íntima convivência de amargura. Passam a viver subjugado a este sistema
medíocre, impondo-o também a outros sob pesadas exigências. Despercebidamente,
a pessoa migra do Evangelho de Jesus para o seu próprio evangelho, idolatrando
seu sistema de regras. Com isso o ministro fanático usa puramente sua sistemática
e não a graça como ferramenta que deve causar a transformação necessária nas
pessoas. Ao invés de confiar na unção que flui pelo exemplo, investido nos
relacionamentos e na unidade ele prefere uma ostensiva imposição. A oração é
substituída por secas cobranças. Age com violência, forçando a barra ao invés
de confiar no agir de Deus. Desta forma contrai um estilo de vida espinhoso e
ferino, onde os conflitos de relacionamentos serão predominantes.
Quanto mais este falso conceito
se avantaja, tanto mais a fé na graça de Deus é destruída, impedindo-o de
entregar sua sobrecarga a Jesus.
O aspecto fatal do é que ele
aprendeu a usar a autoridade de forma destrutiva. Sua alma enferma o impede de
assimilar e construir leis sadias em relação ao universo que convive.
Pr. Elias Ribas
Igreja Assembléia de Deus
Blumenau - SC
Blumenau - SC
FONTE DE PESQUISA:
1. ELINALDO
RENOVATO. Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2004, Editora CPAD. Rio de Janeiro
RJ.
2. CARL
GIBBS B., Doutrina da Salvação, 2ª edição – EETAD. P. 76.
3. ELINALDO
RENOVATO. A defesa de um ministério frutífero. Lições Bíblicas, 3º trimestre de
2005. Editora CPAD. Rio de Janeiro RJ.
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