Êx 20.13: “Não matarás”.
1ª Coríntios 15.12-20: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. 15 E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. 19 Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. 20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.”
INTRODUÇÃO.
Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Por isso, temos a responsabilidade de cuidar e preservar a vida, O homem não tem o direito de decretar o final da existência de nenhum ser criado pelas mãos de Deus, inclusive, a vida humana, visto que, perante Deus somos iguais. Jesus afirmou que: "O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância" (Jo 10.10). Portanto, o desejo do nosso Deus é a preservação da vida, e somente Ele tem o direito de tirá-la (1Sm 2.6).
Ec 3.2: “Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.”
I. O QUE É EUTANÁSIA?
Embora a Bíblia Sagrada não trate acerca deste assunto de forma específica, encontramos nela alguns princípios que evidenciam a vontade de Deus em relação ao tema. Em primeiro lugar, precisamos saber o que é a eutanásia. A palavra “eutanásia” é a junção de duas palavras gregas: eu, que significa “boa” e thánatos; que significa “morte”. O que temos então? “Boa morte”.
Parece estranho, você não acha? Mas é exatamente isso! Esse conceito aplica-se aos casos em que médicos Levam o paciente à chamada “morte misericordiosa”. A ideia é abreviar o sofrimento de pacientes terminais e daqueles que sofrem de doenças irreversíveis. Isso é feito pelo desligamento dos aparelhos que mantém os pacientes vivos, ou através de algum medicamento letal que leve o paciente à morte em poucos instantes.
Ainda encontramos aqueles que decidem optar pelo suicídio assistido. Todavia, não importa quão difícil seja a situação, existe um Deus que nos ensina através da sua Palavra que a vida humana é santa e, como tal precisa ser respeitada, pois “do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca” (Pv 16,1), Portanto, a última palavra quem dá é Deus e, somente Ele tem o poder de dar a vida e também de tirá-la, pois é o Criador de todos os seres viventes, inclusive do homem, a mais preciosa de todas as suas criaturas.
II. POR QUE DEFENDEM A EUTANÁSIA?
Muitos acreditam que através da eutanásia demonstram amar o próximo abreviando-lhe o sofrimento. Contudo, esta atitude não está em conformidade com a Palavra de Deus. A Bíblia nos ensina que “O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10), Desse modo, se alguém decide desligar o aparelho de uma pessoa que está sofrendo, tal atitude não pode ser vista corno amor, e sim egoísmo. Além do mais, tal comportamento evidencia falta de fé e esperança no Senhor, pois Ele pode realizar o milagre mesmo quando todas as possibilidades humanas se esgotam. Não podemos ser impacientes a ponto de querermos nos Livrar do enfermo.
O Senhor Jesus nos ensinou acerca da incumbência de cuidar dos doentes, e muitos lhe perguntarão no Dia do Juízo; “E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.39,40). Portanto, a eutanásia não é o caminho para resolver a situação. Por mais difícil que seja o fato de ter que esperar pela providência divina, o melhor caminho sempre será confiar em Deus. Caso a nossa petição não seja atendida, precisamos entender que nem todas as coisas ocorrem segundo o critério humano, e sim, de acordo com a vontade soberana de Deus.
III. O CRIADOR DA VIDA
Em vista disso, meu caro jovem, o Deus que nós servimos é o autor da vida. Em Atos 17.25, o apóstolo Paulo afirma: “o Criador mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas”. Sendo assim, nossas vidas pertencem a Ele. Deus nos concede este dom que precisa ser cuidado e preservado. Portanto, a vontade de Deus é que tenhamos uma vida abundante em sua presença e uma caminhada em plena comunhão com Ele.
Em toda a Escritura jamais encontraremos Deus feliz com a morte de quem quer que seja (Ez 18.32). Antes, o Senhor espera que todos os que estão distantes, se convertam, a fim de que vivam para a sua glória, pois para isso fomos criados, Assim sendo, não é da nossa competência pôr fim à vida de nenhum enfermo, pois a vida é um dom divino. Por isso, todo aquele que realiza qualquer ato que implique a abreviação da vida, está praticando algo abominável diante do Criador. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e também tirá-la (1ª Sm 2.6). A nós, cabe a responsabilidade de cuidar do nosso próximo com amor, conforme o mandamento de Cristo, pois disso Deus se agrada: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte, Qualquer que aborrece o seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1ª Jo 3.14-16).
A eutanásia é uma forma de incredulidade e não de amor. Sabemos que para Deus não existe impossível. Ele pode curar e até ressuscitar. A palavra final em relação à vida deve ser sempre a do Criador. O homem não é Deus e não pode decidir se alguém deve viver ou morrer.
Em países, como Estados Unidos, onde existe a pena de morte sob o amparo da lei; casos como o acima citado, em certos estados, são tratados com o rigor máximo da pena capital.
Em certos países do Oriente, pessoas são levadas à condenação com pena de morte por diversos motivos, inclusive por questões de religião e por desrespeito aos costumes adotados pela sociedade. Não é fácil o posicionamento cristão diante de casos em que a vida está em jogo, envolvendo situações de justiça, ou de injustiça" (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã. Rio de Janeiro, CPAD. 2002, p, 121).
SUBSÍDIO 2
Um certo irmão estava na UTI de um hospital. Os médicos concluíram que não haveria mais solução para sua doença. Todos os esforços seriam inúteis e custosos. O que a família deveria fazer? Continuar o tratamento custoso? Desligar os aparelhos? Em certas ocasiões, o sofrimento de uma pessoa a induz ao desespero, a ponto de desejar a morte. Muitos têm recorrido ao suicídio, como se fosse uma porta de emergência, para escapar da dor. Outros, em estado terminal, sentem-se desiludidos, sem esperança, e sem solução, desejando o alívio da morte. Por vezes, familiares são levados a pensar no recurso à eutanásia, como meio de aliviar o sofrimento de uma enfermidade cruel Contudo, o que podemos dizer como cristãos acerca disso?
A Bíblia diz; 'Não matarás (Êx 2013). O verbo matar, aí, é rasab que tem o sentido de assassinar intencionalmente. A ação do médico, tirando a vida do paciente, é vista como um assassinato, segundo a maioria dos estudiosos da ética cristã. Tradicionalmente se reconhece que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus. A expressão no decálogo, e contra o direito de vida de todos os seres humanos (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2002, pp. 132,135).
CONCLUSÃO.
Chegamos ao fim de mais uma aula. Mas queremos reafirmar que a vida é um presente concedido por Deus e devemos valorizá-la. Em razão disso, todos devem reconhecer que o poder de tirá-la pertence somente ao Criador; pois somente Ele tem esse direito. Portanto, querido jovem, prossiga comprometido com os valores do Reino de Deus, “Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3.2,3).
Lições Bíblicas. CPAD, 2º Trim 2018, Lição 4, 22 Abr 18.
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