I.
A DEFINIÇÃO DA PALAVRA SALVAÇÃO
É um estudo chamado de “SOTERIOLOGIA”. Esta palavra
deriva-se de duas palavras gregas, “soteria” e “logos”. A primeira
significa “salvação” e a última palavra, discurso ou doutrina. O
vocábulo português que aparece em nossas versões e traduções se deriva do
latim, “salvare”, “salvar” de “salus”,
“saúde”, “ajudar”, e traduz o termo hebraico “yeshua” e cognatos:
“largura, facilidade, segurança, etc.”. Porém, o Novo Testamento conhece também
o significado mais comum do verbo; salvar no grego clássico deriva de “são” e
significa devolver a saúde ao doente e arrancar a morte do moribundo (Mt 8.25;
14.30; 27.40, 42,49; Mc 3.4; Lc 6.9; Jo 12.27; At 27.20; Hb 5.7).
“Ela dará à luz a um filho e lhe porá o nome de Jesus, porque Ele
salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus
1.21).
Á palavra salvação no hebraico Yeshua (ישוע/
יֵשׁוּעַ) é uma forma alternativa de Yehoshua,
Josué, e é o nome completo de Jesus que significa
“Iavé é salvação”. (transliterado ao grego Yeshua fica: Ιησου'α,
“Iesua”/”Ieshua”
[também Ιησου'ς, “Iesu”/ “Ieshu”/ “Iesus”]; Yehoshua [יהושוע/ יְהוֹשֻׁעַ] fica: Γεχοσούαχ).
Deus na sua presciência previu tudo o que teria lugar
na queda do homem e, então, Ele planejou exatamente a salvação necessária,
antes mesmo da fundação da terra. Antes do primeiro pecado cometido no
universo, antes da terrível crise provocada pelo homem rebelde, que fora feito
à imagem de Deus, o Senhor planejou e proveu um meio de fuga das armadilhas e
condenação do pecado. O plano da salvação é tão simples que o menor dentre os
filhos dos homens pode entendê-lo o bastante para experimentar o seu poder
transformador. Ao mesmo tempo, é tão profundo que nenhuma imperfeição foi
descoberta nele. O ponto culminante do plano da salvação se concentra no cargo
e função de um mediador - alguém que pudesse colocar-se entre um Deus ofendido
e uma criatura pecadora e sem esperança, o homem. Esta é a posição que Cristo
veio preencher quando do seu sacrifício (1ª Tm 2.5). Esta é a razão por ter Jesus
vindo ao mundo como homem para ser o mediador entre o homem e Deus. A
penalidade pelos pecados humanos era a morte. A alma que pecar morrerá. Mas em vista
de Deus não poder morrer - o espírito não pode morrer - pois ele precisaria de
um corpo, Jesus, o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14).
Do ponto de
vista divino de observar, “salvação” é um termo, inclusive, que abrange dentro
do seu alvo muitos aspectos. Por exemplo, há a salvação do passado, no presente
e para o futuro; seja, salvação do espírito na regeneração, da alma na
santificação, e do corpo na glorificação.
II. DEUS É A ORIGEM DE NOSSA SALVAÇÃO
A Bíblia ensina a respeito da
salvação, mas precisamos entender quem é que necessita da salvação e por quê. A
Bíblia claramente nos ensina que perante Deus, todos os homens levam a culpa do
próprio pecado, sendo alienados da sua glória e destinados a sofrer as
consequências da sua ira (Rm 3.23). Além disso, a Bíblia explica que o homem
por si mesmo nada pode fazer para merecer a salvação. Cada homem pode ser
descrito como um paralítico espiritual, aguardando o “braço salvador” do Senhor
para que possa ser levantado da miséria do pecado (Is 59.16).
A raiz do problema que cada
homem enfrenta a sua própria natureza pecaminosa. Desde que nasce, o homem é
inclinado ao pecado e por isso é incapaz de agradar a Deus (Rm 7.18).
A Salvação
preparada para o mundo nasceu do coração amoroso de Deus. É por isso que a
multidão salva no Apocalipse canta: “Ao
nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Ap
7.10). “Ao SENHOR pertence a salvação!” (Jn 2.9b).
No dia da queda do homem Deus
prometeu enviar um salvador. Ele disse a respeito da mulher: “Porei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça,
e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
Na plenitude dos tempos, Deus
enviou Seu Filho, nascido de mulher (Gl 4.4). A promessa se cumpriu
literalmente. Foi uma expressão de seu amor (Jo 3.16).
Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo (2ª Co 5.19). Se a morte na cruz foi tremenda para Jesus, também
foi para o Pai. Foi o Seu grande amor que pagou o sacrifício e foi Sua justiça
que recebeu o preço pago por Jesus (Hb 9.24-26). A obra propiciatória de Jesus
Cristo nosso Senhor é a maior revelação do grande propósito de Deus no plano da
redenção em salvar a humanidade.
O propósito de Deus. A soteriologia trata da previsão de
salvação através de Cristo e sua aplicação através do Espírito Santo. A
salvação é a grande obra espiritual de Deus com relação ao homem. Através de
sua presciência, Deus estava ciente da queda do homem, por causa disso, Ele
planejou uma maneira de resgatá-lo. O propósito de Deus de providenciar
salvação para a raça humana está relatado nas Sagradas Escrituras, começando em
Gn 3.1.5. As aparições de Deus a Moisés e, às vezes, a todos os judeus
acampados, serviram para confirmar e desenvolver a fé em um Deus pessoal. As
exigências da lei mosaica com as suas punições para os que não as cumprissem,
serviram para despertar uma convicção de culpa e um temor das consequências do
pecado (Rm 3.20). O estabelecimento de um sistema de sacrifício e sacerdócio
para ministrá-lo, indicam a necessidade de algum método para remover a culpa do
homem. E finalmente, pela voz profética, Deus anunciou Seu propósito. A vinda
do Salvador é claramente prevista pelos profetas, e muitos falam da Sua
humilhação com o propósito de nos livrar do pecado (Is 53.1-12; 59.20; 63.8; Jr
23.6; Os 13.4; Zc 9.9,16). O apóstolo Paulo diz que o Senhor Deus nos desvendou
“o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,
de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as
coisas, tanto as do céu como as da terra” (Ef 1.9,10-ARA) e fala do “eterno
propósito que estabeleceu em
Cristo Jesus nosso Senhor” (Ef 3.11-ARA). Não resta a menor
sombra de dúvida de Deus ter um propósito bem definido de salvar a humanidade.
III.
O
ALCANCE DA SALVAÇÃO
A encarnação e a propiciação de Jesus
constituem a maior prova da boa vontade de Deus. As Sagradas Escrituras ensinam
que Deus providenciou salvação na pessoa e obra de seu Filho. Este Filho teve
que encarnar, morrer em nosso lugar, ressurgir dos mortos, subir até o Pai,
receber o lugar de poder à mão direita de Deus e interceder perante Deus em
favor do crente. Esta obra realizada pelo Filho de Deus foi feita com o
propósito de nos salvar da culpa, do castigo e do domínio do pecado. A Salvação
foi providenciada para o mundo inteiro:
“Ele é a propiciação pelos nossos pecados,
e, não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1ª Jo
2.2). Apesar do Senhor Jesus ter morrido pelos pecados do mundo inteiro, a
salvação é para aqueles que creem em Cristo e que andam em Seus caminhos. A
salvação depende da reconciliação do homem com Deus (2ª Co 5.18-20; Jó 1.29;
3.15-18; Rm 5.18; 2ª Co 5.14,15; 2ª Tm 2.4,6; 4.10; Hb 2.9,10; 2ª Pe 3.9; 1ª Jo
4.14).
Deus se fez
presente no meio do seu povo, em carne, entrou pela porta, nasceu, e o menino
cresceu em estatura e em espírito (Lc 1.80; 2.40), e venceu o inimigo das
nossas almas, e venceu a morte, e levou cativo o cativeiro, e nos devolveu
aquela maravilhosa condição, que Adão desfrutava no Jardim do Éden: “E na
viração do dia Deus visitava a Adão e Eva” e falava com eles. Jesus nos
devolveu esta maravilhosa condição de estarmos novamente em sintonia com Deus
com este rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o povo de Deus, aqueles
que pertencem a Deus, que são chamados de “seu povo”.
“Ninguém nunca
viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos
mostrou quem é Deus” (Jo 1.18 - NLH).
A mensagem de Jesus faz-nos sete
comunicações:
1. Que Deus
amou o mundo (Jo 3.16).
2. Jesus
morreu na cruz do Calvário para salvar o mundo inteiro (1ª Jo 2.2).
3. Que Deus
veio em busca do homem na pessoa do Emanuel (Mt 1.21-23).
4. Que Deus
enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por ele (Jo 3.17).
5. Que a
vontade de Deus é que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da
verdade (1ª Tm 2.4).
6. Que Jesus
veio salvar o que se havia perdido (Lc 19.10).
7. Que Jesus
veio trazer paz aos turbados de corações (Jo 14.27).
8. Que o Filho
de Deus se manifestou para fazer as obras do diabo (1ª Jo 3.8).
Deus nos
enviou Jesus, o Seu amado Filho, dos céus, do Pai das luzes, em quem não há
mudança nem sombra de variação.
Amigo leitor,
já recebeste este dom de Deus? Aceite este presente no teu coração.
Pr. Elias Ribas
Nenhum comentário:
Postar um comentário