TEOLOGIA EM FOCO: 2015

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O ESTADO ETERNO E UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA





 I.   O ESTADO ETERNO - (Ap 21.1-7).

No momento que o Trono Branco for recolhido ao Céu de Glória, nós estaremos com o Senhor e o mundo entrará num colapso ou cataclismo mundial e as potências do céu serão abaladas por causa da destruição eminente.

No Estado Eterno o tempo deixará de existir, será eterno. Haverá apenas dois lugares para todos os seres (anjos e homens), que foram criados por Deus.

1.       Estado Eterno com Deus. Para aqueles que praticaram a justiça.
2.       Estado Eterno sem Deus. Para aqueles que praticaram a injustiça.

Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da Terra, das estrelas e galáxias. O céu e a Terra serão abalados (Ag 2.6; Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2ª Pe 3.7, 10, 12). A Terra renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus (Ap 21.2, 3, 10; 22.3-5).

Depois destas transformações cósmicas, Deus trará um NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1). “Eis que faço nova todas as coisas” (Ap 21.5).

Depois do Juízo do grande trono branco e da destruição do antigo céu e Terra, o Senhor outra vez “plantará” os céus e fundará a Terra, enquanto esconde os Seus na sombra de Sua mão (Is 51.16). Assim Deus terá separado de Si para sempre todos os rebeldes e incrédulos e trazidos para a Sua presença todos os que aceitaram Jesus por seu Salvador. ALELUIA!

 II.    ONDE FICARÁ A NOVA JERUSALÉM

A cidade de Jerusalém celestial descerá e pairará nas alturas, acima da Jerusalém terrestre (Is 2.2; 4.5 e 24.23; Ml 4.1).

A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à Terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16).

A Nova Terra será a sede do governo Divino e Ele, o Senhor habitará para sempre com o Seu povo. Será nessa cidade de ouro e pedras preciosas que os justos reinarão com Cristo eternamente (Ap 21.9-10).

O céu é o lugar onde a Igreja passará eternamente, é obviamente o Novo Céu que será criado por Deus, que tomara o lugar do primeiro Céu (Ap 21.1). Esse céu, claro, será diferente do antigo céu ou o universo com suas galáxias, constelações, planetas, estrelas etc.

A Igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém Celeste, como povo escolhido (Cl 3.4; 1ª Pe 5.1; Rm 8.17, 18, 30). Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1ª Co 15.51-56).


 III.             QUEM HABITARÁ NA NOVA JERUSALÉM

A Nova Jerusalém descerá do novo céu e ficará pairada no espaço, ela não necessita de luz, porque a glória de Deus é o seu fulgor (Ap 21.11).

A nova Jerusalém é o lugar que Jesus tem preparado para todos aqueles que creram na Suas promessas, e guardaram Sua Palavra, ou seja, a Sua noiva.

 IV.             COMO SERÁ A NOVA JERUSALÉM – Ap 21.16-17.

A Nova Jerusalém tem a forma de cubo, ou seja, possui a mesma medida em todos os lados, e mede 12 mil estádios de todos os lados, sendo que um estádio corresponde a 180 metros, sendo assim, a cidade mede aproximadamente 2.160 Km de cada lado da cidade e 4.665.600 km² (Quatro milhões, seiscentos e sessenta e cinco mil, e seiscentos) Quilômetros quadrados. Comparando as medidas em Apocalipse 21.16-17, a Nova Jerusalém corresponde a aproximadamente 3.124 vezes a cidade de São Paulo. Podemos então imaginar o tamanho da cidade que os salvos irão morar. Se fosse dividas em ruas, teria lugar para 8.000.000 de ruas de 2.500 Km cada uma. As ruas serão totalmente limpas. Nesta cidade não haverá noite nem precisam eles de luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles e reinarão pelos séculos dos séculos. Que lar glorioso será a residência dos fiéis do Senhor.

De acordo com o número apresentado pela Bíblia, a Nova Jerusalém será uma cidade extremamente grande, aqui na Terra não existe nada parecido, não da para imaginar como seria morar numa cidade como esta, “onde as muralhas são de jaspe, e a cidade de ouro puro semelhante ao vidro límpido. Os fundamentos da cidade são adornados de toda espécie de pedras preciosas (jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sardônio, sárdio, crisólito, berilo, topázio, crisópraso, jacinto, deametista). As portas de pérolas, a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente. A cidade não precisa de sol, nem de lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é sua lâmpada. As nações andarão sobre sua luz, suas portas nunca se fecharão, porque nela não haverá noite. Nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem prática abominável e mentira, mas somente os escritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Ap 21.18-27).


 V.     UMA CIDADE ALÉM DA NOSSA IMAGINAÇÃO

Deus tem preparado para aqueles que O amam e obedecem a Sua Palavra algo inédito, muito lindo, de arquitetura extremamente moderna. Na revelação de Paulo aos Coríntios ele diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus tem preparado para os que o amam” (2ª Co 2.9).


Se olharmos as belezas da natureza e de nosso mundo não se compara com aquilo que Deus tem preparado para seu povo. Nenhuma cidade deste mundo possui um rio tão belo quanto o rio da vida que corre sobre a Nova Jerusalém (Ap 22.1), o rio mais limpo deste mundo não possui água potável que possa beber antes de um verdadeiro tratamento, mas o rio que corre sobre a Nova Jerusalém além de possuir a água mais pura que qualquer outra, ela procede do trono de Deus, uma verdadeira cachoeira Santa, isto eu posso garantir que nenhum olho na Terra conseguiu contemplar. Jamais alguém poderá ver as grandezas desta cidade, a menos que aceite a Jesus como Seu salvador.

O que Deus tem preparados para nós na Nova Jerusalém, é algo que nunca ouvimos falar, para ser exato, não existe em nenhum lugar no mundo, a cidade mais segura deste mundo não proporciona tanta segurança quanto à cidade que vem de Deus. O dinheiro existente no mundo inteiro não pode proporcionar segurança contra terremotos, maremotos, enchentes, frio, calor, porém tudo isto Deus dará aqueles que o amam e creem que Ele é o Messias o Filho de Deus enviado do Pai para nossa Salvação. O ouro existente no mundo inteiro não pode comprar um lugar nesta cidade, somente aqueles que creem que o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado.

O Senhor Jesus tem preparado um lugar para aqueles que irão morar na Nova Jerusalém algo que nenhum homem, sábio ou cientista pensou. Quanto mais o homem estuda outros planetas, galáxia, vai a lua etc., jamais conseguirá ver quanto mais imaginar o que Deus tem preparado para aqueles que vão herdar a Salvação.

Muitos estão investindo em bens matérias correndo atrás do dinheiro, mas não sabem que em breve esta Terra será consumida pelo fogo (2ª Pe 3.7).

A cidade possui: Muitas moradas e todos podem ir para lá (Jo 14.1-3); A cidade brilha como a glória de Deus (Ap 21.11); Muros grandes e altos (21.12); Doze portas com o nome das doze tribos de Israel (21.12); O muro da cidade possui doze fundamentos com o nome dos apóstolos (21.14); A cidade é parecida a um cubo, quadrada (21.16); Os muros são de jaspe (21.18); A cidade é de ouro puro (21.18); Na cidade não existe templos, ou igrejas (21.22); Não existe sol ou lua, pois a glória de Deus iluminará toda a cidade (21.23; 22-5); Não existirá noite (21.25; 22.5); Uma cidade com um rio puro, que possui a água da vida (22.1); Nesta cidade também existe uma praça, que fica as margens do rio (22.2).



 VI.         COMO SERÁ A NOVA TERRA

A Nova Jerusalém poderá ser somente uma cidade sobre a nova Terra que o apóstolo João viu em Apocalipse 21.1, pois assim diz a Bíblia: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”. A nova terra será muito maior que a Nova Jerusalém. Não dá para imaginar o tamanho do novo planeta, e também devemos considerar que na Nova Terra não existira o mar, que hoje ocupa a maior parte da superfície da Terra, e sendo assim o número de pessoas na Nova Terra poderá ser muito maior que o atual planeta. Isto é apenas uma hipótese, pois a Bíblia não menciona a quantidade de habitantes.

Na Nova Terra haverá o rio que sai do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1). Simboliza que a nossa salvação foi iniciada por Deus e pelo Cordeiro (Jesus). E fluirá por toda eternidade.

No meio da praça de uma margem do rio a árvore da Vida. Esta seria a árvore que Deus proibiu após a queda de Adão e Eva (Gn 3.24), que estava no meio do Jardim do Éden (Gn 2.9) que será para a cura das nações (Ap 22.2).

Na Nova Terra não haverá maldição, nem morte, nem tristeza, nem noite, porque a glória da cidade brilhará sobre ela, e viverão pelos séculos dos séculos.

 VII.             E DEUS LIMPARÁ TODA LÁGRIMA

Os efeitos do pecado, tais como tristeza, dor, mágoa e a morte, já se foram para sempre. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória, decerto não se lembrarão do que lhes causou tanta tristeza (Ap 22.3-5).

A Bíblia termina com a promessa de que Jesus breve voltará, o qual João responde: VEM SENHOR JESUS. Esse anseio é também de todos os cristãos verdadeiros.

Temos toda razão para crer que rapidamente aproxima-se o dia em que é chamado na Palavra de Deus, e a resplandecente Estrela da Manhã descerá do céu para levar da Terra os seus fiéis para a casa do Pai (Jo 14.1-3), depois Ele voltará em Glória e triunfo para reinar para sempre como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

        VIII.             O DESTINO FINAL DOS JUSTOS

O estado final dos crentes é descrito como Vida Eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, mas a vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida (Rm 2.7). Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus. Quando o céu e a Terra forem despovoados (no Juízo Final), o Universo será submetido a um glorioso processo de renovação (2ª Pe 3.7, 10-13). João teve uma visão dessa nova criação em Ap 21.1-5. As Escrituras apresentam o céu como um lugar. Cristo corporalmente ascendeu ao céu, o que significa que Ele foi de um lugar para outro (Lc 24.39, 51). O céu é descrito como a casa de nosso Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1). A vida eterna é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna (Ap 21.3). Os Justos verão a Deus (1ª Jo 3.2), encontrarão plena satisfação n’Ele e O glorificarão eternamente. As melhores palavras da linguagem humana são inadequadas para descrever as gloriosas realidades da vida eterna com Deus. Quando chegarmos ao céu, em meio ao seu esplendor, com certeza, exclamaremos como a rainha de Sabá: “Eis que não me contaram a metade” (1º Rs 10.7). O céu é lugar de descanso e alívio para os cansados (Ap 14.13; 21.4); é também a realização plena da vida. É lugar de luz e beleza (Ap 21.23; 22.5); lugar da plenitude de conhecimento (1ª Co 13.12); lugar de serviço (Ap 22.3); lugar de gozo (Ap 21.4); lugar de culto, louvor e adoração, exaltação (Ap 21.22). Iremos honrar, o engrandecer o Senhor, é o lugar onde haverá eterna comunhão entre Deus e todos os santos ou sua Igreja.

Atividade principal no Novo Céu será a de louvor e adoração ao nosso Criador, Redentor, Senhor e Rei. Será um culto eterno a Deus que nunca se tornará tediosos ou simplesmente repetições orações, mas ,de aleluias, glórias e “Tu és digno, Cordeiro de Deus”, pois a majestade, a beleza e magnificência do Senhor nos levarão achar mais e mais motivos para glorificar. Os atrativos da Sua glória produzirão em nós eternas razões para exaltar.

Haverá atividades no Céu, entre elas música e canções. Para que não dizer que, também, haverá outros meios de cultuar a Deus. Quem sabe demonstraremos o nosso amor e gratidão a Ele através de dotes, criatividades, habilidades especiais etc. Não encontramos referências bíblicas específicas sobre essa possibilidade, mas o nosso louvor a Deus na Terra não deve apenas consistir do que praticamos num ambiente eclesial, mas, sim, através de outras demonstrações variadas do nosso ser a Ele.

[...] John MacArthur complementa: Biblicamente, a vida eterna não é apenas a promessa da vida na eternidade, mas é também a qualidade de vida característica das pessoas que vivem na eternidade. Tem a ver com qualidade tanto quanto duração (Jo 17.3). Não é apenas viver para sempre. A vida eterna é ser participante do reino onde habita Deus. É andar com o Deus vivo, em comunhão infindável.

Termino este livro com a exclamação do apóstolo Paulo “oh profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm 11.33-36).


ESSA É A NOSSA IMUTÁVEL ESPERANÇA E JUBILOSA EXPECTATIVA
 (2ª PEDRO 1.19). ORA VEM SENHOR JESUS! AMÉM!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O DESTINO FINAL DOS PECADORES


Ninguém gosta falar sobre o inferno, nem tampouco as igrejas, porém é uma doutrina bíblica e real. A Bíblia Sagrada deixa muito claro que tanto a salvação quanto a perdição são eternas. Muitos não levam a sério a existência do inferno nem a possibilidade de fazer dele a sua morada eterna. O assunto é muito sério já que ir ou não para o inferno dependerá de nossas escolhas e a única escolha que nos poderá livrar-nos do inferno e escolhermos Jesus Cristo, pois Ele diz no evangelho segundo Marcos capítulo dezesseis verso dezesseis: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado!

I.         QUEM ESTÁ NO INFERNO AGORA?

Todas as almas que desobedecem a Deus, começando da raça ímpia de Caim, o povo que morreu no Dilúvio, os que não obedeceram às leis de Deus, e os que morrem hoje nos nossos dias, e os que morreram desde o princípio do mundo sem a salvação, para lá são destinados os que ouvindo o evangelho não quiseram viver uma vida santa com o Senhor, por isso vão para lá. O inferno não foi feito para o homem, mas para o diabo e seus anjos (Mt 25.41).

II.      O LAGO DE FOGO

As Sagradas Escrituras descrevem o estado final dos ímpios como de sofrimento eterno, que vai além da imaginação humana. Após a morte a alma dos ímpios voam para o inferno aguardando o Juízo Final e após este julgamento as almas dos ímpios serão lançadas em lugar chamado de “lago de fogo”. No juízo do grande trono branco, as almas no inferno serão unidas aos seus corpos, que serão ressuscitados dos túmulos. Cristo pronunciará a sentença final do julgamento sobre os mortos ímpios, eles serão lançados no lago de fogo, a morada eterna dos perdidos (Ap 20.10-15).

Como resultado do Juízo Final, os ímpios serão lançados no Lago de fogo. Este é o lugar destinado ao suplício das almas dos perdidos. As designações “lago de fogo”, “fornalha de fogo”, “segunda morte”, “trevas exteriores”, “fogo indistinguível”, etc., são sinônimos de “inferno”.

O inferno pode ser comparado a cadeia local onde o prisioneiro temporariamente espera pela sentença. O réu sai da cadeia para ir à presença do juiz para ouvir sua sentença final. Apocalipse 20.9-15 é o registro do julgamento de Satanás e seus seguidores diante do grande trono branco e todos que rejeitaram a Cristo.

O lago de fogo poderá ser comparado à uma prisão para onde vão aqueles sentenciados por toda a eternidade. Ao descrever o inferno, nosso Senhor fala sobre o verme que não morre e o fogo que não se apaga. Marcos 9.43-48. É um lugar de sofrimento consciente com fogo literal. É a punição eterna pelo pecado

III.   A PUNIÇÃO ETERNA DOS ÍMPIOS SE CONSISTIRÁ EM:

1.       Ausência total do favor de Deus (Lc 16.25).
2.      Uma interminável perturbação da vida, resultado do domínio do pecado (Lc 16.27, 28).
3.      Dores e sofrimentos no corpo e na alma (Lc 16.24).
4.      Castigos pessoais, como agonias da consciência: desespero, choro e ranger de dentes (Lc 16.23, 28).
5.      No inferno, os desejos, os pedidos, as necessidades jamais serão satisfeitos; porque o inferno é lugar de privação de tudo o que o ser humano necessita (Lc 16.23, 25,27). A Bíblia ensina que a duração da punição no inferno é eterna, pois, em Mateus 25.46 a mesma palavra descreve a duração tanto dos justos (vida eterna) como do castigo dos ímpios: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna”. (Leia ainda Mt 5.22, 29, 30; 10.28; 13.41-42; 18.8-9; 23.15, 33; 25.41). Todas estas referências foram citadas, não por teólogos, escritores, comentaristas, pastores e evangelistas, mas, por nosso Senhor Jesus Cristo. O ensino bíblico sobre o inferno deveria acrescentar em nós uma maior seriedade no compromisso de pregar e ensinar a Palavra de Deus, assim como ela é.

IV.   QUEM IRÁ PARA O SOFRIMENTO ETERNO

Satanás será lançado no lago de fogo para toda a eternidade. Os que estão morrendo, e agora, sem salvação e sem Jesus, os que lutaram contra o Senhor no vale do Amargedom, os que receberão a marca da besta, os que serão julgados no juízo das nações, os que estiverem à esquerda de Jesus, os que morreram sem Cristo na Grande Tribulação, todos esses e mais outros irão para o suplício eterno chamado na Bíblia de INFERNO.

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS


I.         ONDE ESTÃO OS MORTOS

A Bíblia não tem muito a dizer sobre o estado intermediário. Sua ênfase recai sobre a volta de Cristo.
Esta questão preocupa praticamente todas as religiões que já surgiram no mundo desde os mais remotos tempos do aparecimento do homem sobre a Terra. Como exemplo podemos citar:

Escritores gregos clássicos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra A Ilídia, chama o sono de “irmão da morte” – diziam que os mortos iam para as “Ilhas dos Bem-Aventurados”, onde ficavam aguardando o julgamento por três representantes do mundo subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante sua vida, e os juízes estabelecessem sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos (um tipo de paraíso), um lugar ocupado pelos heróis e pelos homens virtuosos, segundo a mitologia Greco-latina. Ali os mortos estariam em uma Terra de música e luz, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam ali para sempre.

[....] Nos tempos do Antigo Testamento, Paraíso e Hades ficavam numa mesma região. E eram separados por um abismo intransponível (Lc 16.19-31). Ao morrer, o Senhor Jesus desceu em espírito a essa região e transportou de lá os salvos para o terceiro Céu (cf. Mt 16.18, Lc 23.43, Ef 4.8,9; 2 Co 12.1-4). Quanto aos ímpios, permanecem no Hades (uma espécie de antessala do Inferno), o qual não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos para a alma (Lc 16.23). Conquanto, em algumas passagens da Bíblia, o vocábulo grego “hades” tenha sido traduzido para “inferno”, o Hades e o Inferno final não são o mesmo lugar. O Inferno final é chamado de Lago de Fogo (Ap 20.14,15 [gr. “limnem ton puros”]); de “fogo eterno” (Mt 25.41 [gr. “pur to aiõnion”]); de “tormento eterno” (Mt 25.46 [gr. “kolasin aiõnion”]); e de Geena (Mt 5.22; 10.28; Lc12.5). [Ciro Sanches Zibordi
http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/108/o-que-a-biblia-diz-sobre-os-finados.html - Acesso dia 20/07/2015].

II.      O ESTADO DOS JUSTOS FALECIDOS

Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entra em estado consciente de existência. É a natureza desse estado, particularmente com respeito aos justos, que agora temos de estudar.

Apesar de já se encontrarem na presença de Deus, os salvos mortos em Cristo ainda não estão desfrutando do gozo pleno preparado para eles. Isso só acontecerá depois da ressurreição (1ª Co 15.51). Seu estado agora é similar ao daqueles mártires que morrerão na Grande Tribulação (Ap 6.9-11). Esta passagem e a de Lucas 16.25 indicam que, no Paraíso, os salvos são consolados, repousam, estão conscientes e se lembram do que aconteceu na Terra (Ap 14.13). Contudo, após o Arrebatamento, estarão — no sentido pleno — “sempre com o Senhor” (1ª Ts 4.17).

1. Os justos estão com Deus. A declaração em Eclesiastes 12.7, de que o espírito volta a Deus que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com Cristo. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de Cristo.

2. Os justos estão no paraíso. 
Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, Cristo lhe concederá o privilégio de comer “...da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”. Ainda que não seja usado o termo “paraíso” em Apocalipse 22.1,2, é provável que a ideia seja a mesma. Nessa passagem, a “arvore da vida” aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.

3. Os justos estão vivos e conscientes. Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma ele deixa transparecer a idéia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender melhor.


O texto de Lucas 16.19-31. O rico e Lázaro fica comprovado que o rico estava sendo atormentado em
chama de fogo, isso não é uma parábola, pois em parábola não se cita nome de pessoas, como o Senhor Jesus citou aqui, o Senhor pronunciou o nome de Lázaro, o desprezo de Deus é terrível no inferno, que nem o nome do rico foi mencionado por Jesus. Em Mateus 22.32 Jesus declarou aos saduceus que Deus é Deus dos vivos. Sua declaração foi feita em referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”. Jesus interpretou essa declaração como significando que Deus estava dizendo: “Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito tempo, porém eles continuam vivos”.

4. Os justos estão em descanso. 
Esta declaração se baseia nas palavras de Apocalipse 14.13: “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”. A idéia principal do termo “descanso” é de refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor são descritos como estando num estado de bem-aventurança, porque entram numa experiência de regozijo, como sendo aliviados então das lutas desta vida. Mais do que isto, sua obra não pára quando eles morrem. Ela continua produzindo efeitos até aquele dia quando serão abertos os livros (Ap 20.12).

Em 1ª Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Isso significa que os santos, de todas as épocas, que estão com o Senhor, no Paraíso, virão com Ele, no Arrebatamento da Igreja. Como assim? O espírito e a alma (ou espírito + alma) deles se juntarão aos seus corpos, na Terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1ª Co 15.50-52). Consolemo-nos com essas palavras (1ª Ts 4.18). Aleluia! “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).

III.   O ESTADO DOS ÍMPIOS FALECIDOS


As passagens do Novo Testamento que tratam dos maus ou injustos no estado desincorporados, são menos numerosas do que as que se referem aos justos. Porém, as poucas que se relacionam com este tópico, conduzem a várias conclusões:

Lucas 16.23 - Ímpios falecidos:
        a) Estão num lugar fixo.
        b) Continuam vivos e conscientes.
        c) Estão separados de Deus.

2ª Pedro 2.9 - Ímpios falecidos estão reservados para o castigo eterno. Portanto, o que estão ensinando sobre os mortos (justos ou ímpios) se encontrarem na sepultura, em sono profundo e em estado de inconsciência, não tem apoio nas Escrituras.

IV.             O CÉU E O INFERNO


O destino final da Igreja é sua habitação na eterna presença de Deus. A Bíblia e a doutrina cristã chamam isto de “céu”.

1.      Como é o céu?
Quando as pessoas perguntam qual a crença do cristão sobre o Céu, não é possível dar uma resposta precisa e detalhada. As razões são óbvias. Como seria possível explicar a um índio que vive na selva, como é a cidade grande? Todavia, tanto os selvagens como o citadino vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e gozam do mesmo sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser fundamentalmente diverso. Sua definição deve estar quase  além do entendimento humano.

“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu” (2ª Co 12.2).

“Conheço um homem”, ou seja, um cristão – Obviamente, o próprio Paulo, mas ele fala com reservas para evitar gloriar a si mesmo ao invés do Senhor que concedia tal privilégio. está se referindo a si mesmo. Podemos lembrar aqui a experiência de João na Ilha de Patmos “fui arrebatado em espírito (...) e fiquei como morto” (Ap 1.10, 17) “Se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe...”. Provavelmente ele foi arrebatado em espírito assim como o apóstolo João. Mas o apóstolo não sabia se sua alma estava no corpo, ou se um ou ambos estavam realmente no céu, seria vã curiosidade para nós, para tentar a sua determinação.

“...foi arrebatado ao terceiro céu”. Paulo identifica três ceu. O primeiro céu é o espaço azul que avistamos aqui da Terra. O segundo céu onde está o firmamento (sol, lua e estrelas). Mas o terceiro céu o mais alto, onde está a presença do Eterno Criador.

Em Apocalipse está escrito “...Deus habitará com eles (homens)...” (Ap 21.3). O ponto alto da história bíblica da redenção de Deus é “a Cidade Santa”, Deus com seu povo. Em tal comunidade, “...Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” e não haverá nem prato, nem luto, nem dor, “porque as primeiras cousas passaram” (Ap 21.4). Quanto a isto é importante saber que:

A. O Céu é um lugar real, literal. Este mundo é apenas a ante-sala do próximo. Esta existência é breve e incidental em relação às alturas eternas da próxima. O coração, em seu anseio por algo melhor, apóia a conclusão que deve haver um lugar para nós, após a morte física. Lendo João 14.2,3 vemos que por duas vezes Jesus chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real, literal, físico. É um lugar na presença de Deus, um lugar que Cristo nos está preparando.

B. O Ceu é um lugar espaçoso (Ap 7.9). Se Jesus criou o mundo em seis dias, como os animais, o firmamento e os seres humanos - toda a Sua criação é realmente maravilha e ultrapassa a todo entendimento - qual não deve ser o lugar que Ele vem preparando durante esses anos todos? Os capítulos 21 e 22 do livro de Apocalipse fala das belezas desse lugar.

C. O Céu fica em cima (At 1.9; 2º Rs 2.11; 2ª Co 12.2,4; Ap 21.3,4; 22.3-5).  Sim, o Céu reserva maravilhosas perspetivas para aqueles que foram levados no precioso sangue de Cristo; e, verdade é que, onde quer que esteja o Céu está vinculado às bênçãos de Deus, em Seu Filho, Jesus Cristo.

2.      A realidade do inferno.


No Novo Testamento, há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela mesma palavra INFERNO em português, são elas: HADES, GEENA e TÁRTARO.

- HADES é o SHEOL do Antigo Testamento. É o lugar onde os espíritos dos mortos aguardam a ressurreição.
- GEENA por outro lado, refere-se ao inferno em relação ao castigo eterno. É o lugar para onde irão os injustos após o julgamento do Grande Trono Branco.
- TÁRTARO é usado para referir-se à prisão dos anjos caídos (Jd v. 6).

Quanto ao inferno:
- É antítese (oposição entre palavras ou idéias) do céu (Mt 11.23).
- Cristo prometeu fazer a Sua Igreja triunfar sobre o inferno (Mt 16.18).
- No inferno há vida consciente e sofrimento eterno (Lc 16.23).
- Deus tem poder de matar o corpo e lançar a alma no inferno (Mt 10.28).
- A indisciplina dos nossos membros pode ser causa de condenação do corpo ao inferno (Mt 5.29).
- Não há escape do inferno para o impenitente (Mt 23.33).
- O inferno será um lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do Salvador (Mt 13.42,49,50; 25.41).

3.      Onde está localizado o inferno?

O inferno é uma caverna escura e de cor preta devido a fumaça do fogo que não tem janelas para sair (Pv 15.24), está localizado no interior da Terra.

O fogo do inferno é um fogo muito escuro que queima sem alumiar, um fogo sem luz (Pv 9.18; Sl 9.17; S. Mt 13.42-43).

O inferno é também um lugar de sujeira, tipo depósito de lixo, onde vermes e bichos e fezes estarão lá para atormentar as almas perdidas (Sl 75.8 e Mc 9.45-46).

É um lugar de sofrimento, de sujeira, de angústia, remorso, de gritos e lamentos, é o suplício eterno.

O Senhor depois que morreu desceu as partes mais baixas da Terra, cumprindo assim as profecias do AT (Salmo 16.10 e 49.15) e pregou para os espíritos em prisão no inferno (1ª Pd 3.19-20). O Senhor Jesus levou aquelas almas perdidas, uma mensagem de advertência, condenando a rebeldia e o pecado como ouviram as últimas palavras de Noé.

Mas, o mesmo apóstolo Pedro nos diz em sua carta, 2ª Pd 2.4, que Deus não perdoou os anjos caídos, quando o Senhor desceu até ao inferno esses anjos também tiveram de ouvir da vitória de Cristo sobre Satanás.

Os “anjos que pecaram” (2ª Pe 2.4), são os anjos maus que pecaram antes da queda da humanidade, em Gênesis 3. De qualquer maneira, o ponto é que, se Deus julgou anjos maus, certamente Ele irá julgar os ímpios também.

Quando o Senhor ressuscitou na manhã do terceiro dia, Ele trouxe de lá de baixo das profundezas da terra duas coisas:


Ele transportou as almas dos salvos para o paraíso celestial (Ef 4.8-10; 2ª Co 12.1-4), ou seja, houve uma mudança no mundo dos espíritos e que o lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi traslado para as regiões celestiais.


Pr. Elias Ribas

sábado, 7 de novembro de 2015

O JUÍZO FINAL

 


Apocalipse 20.11-15 “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. 12- E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 13- E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. 14- E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. 15- E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” 

O juízo final marca a passagem entre a consumação da presença era e o estado eterno. De acordo com as Sagradas Escrituras o Juízo Final também chamado de Juízo do Grande Trono Branco acontecerá após o Milênio e depois da Guerra de Gogue e Magogue. Não será um julgamento para Deus descobrir a intenção do homem, mas sim, para deixar tudo “às claras” diante dos homens.

A Bíblia se refere ao momento do juízo final como “o dia do juízo” (Mt 11.22), “aquele dia” (Mt 7.22; 2ª Ts 1.10; 2ª Tm 1.12) e “o dia da ira” (Rm 2.5).

O Juízo Final a sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas temporais que, conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que estiver cometido através do corpo durante a sua vida terrena. Ele completará a limpeza do planeta, e limpará o universo de todas as forças espirituais que, desde o princípio da criação, desobedecem a Deus. Este será o último juízo que a Bíblia relata. Será o julgamento dos ímpios, desde Caim até o último homem que viver sobre a terra. Esse julgamento será perfeito ninguém conseguirá escapar dos olhos do Todo-Poderoso. Os culpados serão severamente lançados no lago de fogo, onde serão atormentados pelos séculos dos séculos. 

I. O QUE ACONTECERÁ NESTE JULGAMENTO 

1. O correrá a Segunda ressurreição. “Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5).

A primeira ressurreição se deu quando Cristo arrebatou a Sua Igreja (Jo 5.29), antes da Grande Tribulação, e esta será para a vida eterna, mas a segunda ressurreição será para a condenação eterna, e será a ressurreição dos mortos ímpios (Rm 2.5-6) e acontecerá após o Milênio, para que diante do Grande Trono Branco recebam a condenação. Esta é a segunda morte (Ap 20.5-6; 11-15; Hb 4.13).

Todos os que estão ligados ao primeiro Adão morrerão e serão aqui julgados. Todos os que tiverem passado da família do primeiro Adão para a família do último Adão são justificados e não entraram em condenação (Rm 5.16, 18-19; 1ª Co 15.22, 45 e 49).

Esse julgamento vai abranger os perdidos de todas as épocas, esses serão os mortos que não passaram pelo julgamento das nações, porque foram marcados para ressuscitarem no último dia, o julgamento do “Juízo Final”. 

2. Será uma ressurreição para condenação. Nos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo ele disse: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.” (Jo 5.29).

A primeira ressurreição será para a vida eterna com Cristo e a segunda ressurreição será para condenação eterna (Dn 12.2). “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.

O Senhor Jesus afirma claramente que os justo (aqueles que creem no Seu evangelho), terão vida eterna e não entrarão em juízo: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Porém os ímpios, irão ressuscitar num corpo imperecível, mas carregados de pecados para enfrentar o Grande Trono Branco. 

II. O JUÍZO FINAL COMO SERÁ? 

No capítulo 4 de apocalipse, João já tinha visto o trono de Deus: “Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões” (4.1-6). Sai do trono de Deus o poder para falar, julgar e castigar (veja Sl 18.13-14; 144.6; Êx 19.16-19). Mas aqui, João vê um “Trono Grande e Branco”. ‘Trono’ é o lugar onde se assentará o Grande Juiz para julgar e castigar a humanidade ímpia e incrédula segundo suas obras; ‘Grande’, representa o poder infinito de Deus; ‘Branco’ representa a justiça perfeita e completa de Deus.

1. Quem é o Juiz que se assentará nesse trono? Hoje Cristo se apresenta com caminho (Jo 14.6), mediador (1ª Tm 2.5) e advogado (1ª Jo 2.1), mas naquele dia, o Senhor Jesus será o juiz do universo (Jo 5.22, 27; At 17.31) e se assentará no “Grande Trono Branco” para julgar (Mt 28.18; Ap 3.21). Se hoje tu aceitares a Cristo como teu salvador e Senhor terás como Ele como advogado, mas se o rejeitares será como um Juiz neste julgamento. 

2. Os fundamentos do juízo final. Se os falhos imperfeitos julgamento humanos têm os seus fundamentos, o que não diremos do julgamento final que será efetuado pelo justíssimo Deus.

A natureza justa e santa de Deus. Em sua primeira carta, João oferece-nos uma das mais belas definições essenciais do Todo Poderoso: “Deus é amor” (1ª Jo 4.8), contudo, não podemos esquecer que Deus possui uma natureza santa e justa. Todas as vezes que a Sua santidade é ferida, sua justiça reclama, de imediato, uma reparação. Por conseguinte, estes dois atributos de Deus: justiça e a santidade acham-se a fundamentar o Julgamento Final. Neste, todos os que porfiaram em menosprezar a santidade de Deus terão de haver perante a sua justiça (Rm 2.5-10). 

3. O propósito do juízo final. O propósito principal do Juízo Final será mostrar a Soberania de Deus e a glória do Senhor na revelação do destino final de cada pessoa. Até a data do Juízo Final, o destino de cada ser humano está oculto, no Juízo Final esse destino será revelado, conforme a fé que cada um teve ou não. Com a publicação dessas obras, a graça de Deus será magnificada na salvação do seu povo e Sua justiça exaltada na condenação de seus inimigos. O juízo final será um evento de publicação e execução (Mt 10.26; Rm 2.5, 6).

Será o dia mais cruel de todos os tempos. Tiago escreveu: “Porque o juízo é sem misericórdia...” (Tg 2.13a). 

4. Sua localização. “...fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (v. 11). Este trono não está na terra, como o julgamento das nações (Mt 25.31), mas este julgamento será realizado em algum lugar no espaço, pois lemos que da presença daquele que se assenta sobre o trono, “fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). E enquanto o Senhor estará julgando os ímpios, a terra estará sendo consumida pelo fogo (2ª Pe 3.7). Essa descrição bíblica culmina com a destruição dos Céus e da Terra. Para apagar todos os sinais do pecado haverá a destruição de todo o universo (Is 51.6; Is 34.4). 

5. Quem será julgado. “E vi os mortos grandes e pequeno, que estavam diante do trono” (v. 12).

Todos os que mortos, é uma linguagem expressiva que refere-se a toda raça humana grandes e pequeno. Ricos e pobres, donos de títulos ou cidadãos comuns, jovens ou velhos, sadios ou doentes, capacitados ou incapacitados, famosos, ou infames, todos os que morrem sem Cristo irão ficar diante de Deus no presente julgamento. Os homens neste mundo buscam poder, posição e fama, que são coisas efêmera, mas essas coisas nada significam diante de Deus. Pecadores são pecadores, e Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34).

Todos os mortos ímpios estarão diante do Supremos Juiz para serem revelados à luz. Nada escapará daquele quem os olhos como chama de fogo. “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser revelado” (Lc 12.2). 

6. E a morte e o inferno entregaram os mortos que estavam neles. O apóstolo João diz que: “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia” (v. 13a). Os ímpios sairão de todas regiões onde foram sepultados, da terra, do oceano e suas almas saíram do inferno onde estavam presos e incorporaram em seus corpos terrenos para serem julgados. “Morte e inferno” são aqui representados como tendo domínio sobre os mortos, e agora entregando, aqueles que foram detidos a eles. 

III. NESTE JULGAMENTO HAVERÁ OS SEGUINTES LIVROS 

No Juízo Final, os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras: “...e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (v. 12).

Os livros que formarão a base do julgamento dos que serão presentes diante deste trono são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras de todos os que estarão diante deste trono são:

Tudo que o homem fez durante sua vida terrena, quer sejam más, quer sejam boas (2ª Co 5.10), serão julgadas no juízo final. Nesse julgamento, Deus considerará os pensamentos, as palavras, e as obras de cada membro da raça de Adão. “Todas as coisas que os homens fazem as escondidas serão um dia revelado.” (Lc 12.2). 

1. O livro da vida. “....e abriu-se outro livro, que é o da vida”.

O termo “Livro da Vida” é mencionado sete vezes no Novo Testamento. Seis delas ocorrem no livro das revelações e apenas uma na Carta do apóstolo Paulo aos Filipenses. O apóstolo Paulo escreve que os nomes de seus cooperadores no ministério do Evangelho estão escritos no Livro da Vida (Fl 4.3). Na visão de João, ele vê o livro da vida e também outros livros. Porém, há uma diferença entre o livro da vida e os livros. O livro da vida onde estão escritos os nomes dos seguidores do Cordeiro (Fl 4.3; Ap 13.8; Ap 17.8). Enquanto que “os livros”, evidentemente, representam o registro das ações dos impenitentes (cf. Dn 7.10).

Nos registros judaicos quando alguém morria, o seu nome era riscado da lista que as autoridades guardavam, e que se supunha compreender somente os nomes dos vivos (Is 4.3; Ap 21.27; cf. Dicionário Bíblico Universal).

Aqueles que professam sua fé genuína em Cristo Jesus têm os seus nomes escritos no Livro da Vida. Jesus prometeu ao vencedor: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5). Ter o nome escrito no “Livro da Vida” é ter garantia a sua entrada na Nova Jerusalém (Dn 12.1; Ap 21.17). Se o nome de um homem não está escrito no Livro da Vida, os registros dos livros dos feitos o condenam, e ele é lançado no lago de fogo, ou seja, quem não tiver o nome escrito no livro da vida, já está condenado. 

2. O livro da consciência - O livro onde estão escritas as obras dos homens.

Romanos 2.14-16 “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, 15- os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os, 16- no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.”

Os judeus incrédulos serão condenados pela própria lei, pois foram agraciados por Deus pela lei escrita em pedras de tabuas e depois registrada nos livros do Antigo Testamento. Como os gentios não possuíam à lei, isto é, não tiveram acesso à lei, mas os mesmos requisitos foram escritos em seus corações. Portanto, os impenitentes também serão julgados por sua própria consciência que, embora falha, não deixará de ser um dos fundamentos do Juízo Final. 

2.1. Os pensamentos. O apóstolo Paulo escreveu dizendo que quando o Senhor vier, “não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações” (1ª Co 4.5; cf. Rm 2.16).

Os desígnios do coração Paulo se referem a lei de Deus na consciência dos homens. os corações, pois Ele conhece o mais profundo do coração dos homens. A consciência é a faculdade inata no ser humano capaz de discernir entre o bem e o mal.

O livro da consciência, contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da Palavra de Deus e que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz.

Entendemos que assim o julgamento será justo, pois não admite falsas acusações de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas obras fielmente registrada para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.

Todas as pessoas serão julgadas, e todas receberão de Deus o que merecem ninguém se dará por inocente diante de Deus, porque cada um será julgado de acordo com os livros citados acima. 

2.2. As palavras. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Ef 4.29).

A palavra grega traduzida por “torpe” significa literalmente “estragada; podre”. Paulo nos exorta a não falar nenhum tipo de palavra “estragada” saia da vossa boca. Jesus foi claro ao dizer que “de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo” (Mt 12.36). Toda palavra estragada e que desagrada ao Senhor ele terá que prestar conta. 

2.3. As obras do homem. “E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (V. 12).

Será um julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores (Rm 3.9-18) que não se converterão a Cristo Jesus na sua vida terrena.

A Salvação, não é pelas obras, mas é pela graça de Cristo, que morreu em nosso lugar (Ef 2.8-9). A obra (singular) do crente será julgada no Tribunal de Cristo (cf. 1ª Co 3.13-14), referindo-se a um exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas ou as percas. Mas os pecadores darão conta de suas “obras” (plural), referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus. As “boas obras” de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, até mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície, diante um Deus triplamente santo (Is 64.6).

Todas as ações dos homens serão trazidas à luz, no julgamento final. Portanto, aqueles que estão atrás de uma religião, mas com uma máscara serão repudiados por Cristo naquele dia. Muitos que acreditam que as tradições e os dogmas da sua religião irão livrar da condenação, estarão enganados. Muitos até parecem ser cristãos, e até fizeram o trabalho de Deus, mas serão repudiados pelo grande Juiz naquele dia. Jesus declara a um grupo de religioso dizendo: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em Teu nome expulsaremos demônios? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23).

Muitas pessoas fazem coisas boas tentando merecer o céu por conta do que realizam. Essas pessoas fizeram muitas coisas boas. Expulsaram demônios, profetizaram e fizeram muitas maravilhas. Mas o Senhor que conhece as intenções dos corações irá dizer: “Nunca vos conheci: apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade” 

3. A Bíblia Sagrada. João 12.47,48 “E, se alguém ouvir as minhas palavras e não crer, eu não o julgo, porque eu vim não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia.”

Jesus não veio para condenar o mundo, mas para salvar o mundo. Jesus disse no evangelho de João que “...Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3.16-17). Porém, aqueles que rejeitam a mensagem do evangelho pregado, serão julgados pela desobediência a Sua Palavra de Deus. “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3.18).

A salvação é uma escolha pessoal (Ap 3.20), por meio da fé: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16:.6). Aquele que despreza a mensagem da salvação, escolhe a sua própria vontade de destruir a si próprio.

A Palavra de Deus também tem o poder de nos julgar. O autor aos Hebreus escreve que a poderosa Palavra de Deus julga “os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a Palavra de Deus, acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.

Estes livros serão abertos diante deste trono (Ec 12.14; Mt 12.36; Rm 2.16; Hb 4.13; Ap 20.12, “segundo as suas obras”), e nada ficará encoberto (Mt 10.26; Lc 8.17).

IV. OBJETIVOS DO JUÍZO FINAL 

1. Mostrar que a justiça de Deus deve ser observada e acatada por todos, através de Sua Santa Palavra.

2. Punir os que rejeitaram a Cristo Jesus e sua tão grande Salvação. Os que aceitam a Cristo Jesus são automaticamente justificados pela fé diante de Deus. Todavia, aqueles que rejeitam a Sua justiça, hão de ser lançado no lago de fogo (Ap 20.15; Mt 25.41). Jamais entraremos nos céus fiados em nossas justiças, que aos olhos de Deus não passa de trapos de imundícias (Is 64.6).

3. Destruir finalmente a personificação de todo mal. Afirma Paulo aos irmãos de Corinto que iremos julgar os anjos que acompanharam o ungido querubim em sua estúpida rebeldia contra Deus (1ª Co 6.3). Aos tais reservou o Senhor o lago de fogo (Mt 25. 41). E, assim estará sendo destruída, de uma vez por todas a personificação do mal. Conforme já vimos o diabo e seus anjos serão julgados antes da instauração do Juízo Final e hão de ser lançado no eterno tormento. 

VI. QUEM IRÁ PARA A CONDENAÇÃO ETERNA 


“Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20.14-15). 

Depois do julgamento aqueles que não foram achados escritos seus nomes no livro da vida foram lançados no lago de fogo, e juntos com eles, foram também lançados à morte e o inferno. O inferno não é um estado de espírito. É um lugar real (Lc 16.23). Mas está com os seus dias contados. É o que diz o apóstolo João: “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (V. 14). Assim, o Senhor aniquilará todas as maldições que, desde Adão e Eva, infelicitam a raça humana.

O lago de fogo será um lugar terrível, de dor e sofrimento eterno. Este local não foi preparado para o homem, mas para Satanás e seus anjos: “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” (Mt 25.41). Lá já foram lançados o anticristo e o falso profeta (Ap 19.20); Satanás, o príncipe das trevas e o enganador de todo o mundo (Ap 20.10); a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14); e os homens ímpios, que se recusarem ouvir a Palavra de Deus e o Seu testemunho, e não se arrependeram das suas obras (Ap 20.15). O terrível lugar da eterna habitação de Satanás e dos anjos maus. 

1. A morte eterna. A morte eterna também chamada 2ª morte (Ap 2.11; 20.6, 14, 21.8), diferencia-se da 1ª morte, sendo a 1ª morte temporária e física e a 2ª morte uma separação definitiva de Deus.

A Bíblia fala de três tipos de morte. A morte física, que é a cessão do processo vital de um ser vive. A morte espiritual, que é o estado que se encontram as pessoas que não confessam Jesus Cristo como Salvador pessoal (Ef 2.5), e a morte eterna, também conhecida como a “segunda morte”, que é o estado permanente de separação de Deus, que atingira a todos que passarem pelo trono branco.

O homem sem Deus se encontra morto espiritual, mas ao confessar que Jesus é Senhor, ele é vivificado, ou seja, nasceu de novo (Jo 3.3; Ef 2.1, 5). Todavia, ste poderá se reverter quando há a conversão do coração, mas a morte eterna jamais poderá se reverter, pois a morte eterna, é um castigo eterno pelo homem ter rejeitado o plano de salvação de Deus (Dn 12.2; Mt 25.46; Ap 20.14,15).

A Bíblia quando fala sobre a Segunda morte, refere-se a uma separação eterna de Deus, aonde o homem vai ser separado e condenado a um juízo eterno. Não será a religião que vai livrar o homem da condenação e do juízo de Deus, mas é sua vida de santidade, justiça e fidelidade a Palavra do Senhor a Bíblia Sagrada. Talvez você acha injusto Deus condenar o homem, mas saiba que Ele é fiel no que diz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem para que se arrependa. Porventura tem prometido, e não o fará? Ou tendo falado não o cumprirá?” (Nm 23.19).

A Palavra do Senhor nos mostra que Deus não voltará atrás naquilo que pronunciou, e que tem poder para cumprir totalmente tudo aquilo que na Sua Palavra prometeu. Ele prometeu salvar aqueles que recebem e Jesus como seu único e suficiente salvador e obedecem a Sua Palavra, mas também prometeu condenar aqueles que não aceitam o Evangelho da salvação: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.16).

Portanto, aqueles que andam segundo as concupiscências da carne não entraram no Reino dos céus (Gl 5.19-21; 1ª Co 6.9-10; Ap 22.15). 

2. O sofrimento será terrível por toda a eternidade. O sofrimento será terrível e por toda a Eternidade (Ap 20.10), essa morte de sofrimento eterno é chamada na Bíblia de 2ª morte, isto é, eterna separação de Deus. Jesus confirma na Sua Palavra “E, irão estes para tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna” (Mt 25.46). “E, se atua mão te escandalizar, corta-a: melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mão, e ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga; 44 Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.43-44).

Mateus 11.21 “Haverá vários graus de punição. "Ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque se os milagres que foram realizados entre vocês tivessem sido realizados em Tiro e Sidom, há muito tempo elas se teriam arrependido, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de cinzas.”

Essas cidades eram bem conhecidas pelos judeus. Na época de Jesus, era provavelmente uma cidade de muito esplendor e comércio extensivo. Agora é chamado de Seide, ou Saide, e é muito menos populoso e esplêndido do que era no tempo de Cristo.

“Porque se os milagres que foram realizados entre vocês tivessem sido realizados em Tiro e Sidom...” Cristo emprega essa comparação com o propósito expresso de causar uma impressão mais profunda e mais dolorosa em seus compatriotas judeus. Cristo diz, que haveria mais esperança de reforma naqueles lugares em que não havia religião, do que se vê na própria Judéia.

A moral extremamente corrupta e a devassidão irrestrita dessas cidades podem ser atribuídas à ignorância; pois ali a voz de Deus nunca fora ouvida, nem milagres haviam sido realizados, para adverti-los a se arrependerem. Porém nas cidades da Galileia, houve uma rejeição muito dura ao Messias, dos quais eles haviam visto um grande número de milagres realizados por Jesus.

Ai de ti, Chorazin! ai de ti, Betsaida! Esse aí é de juízo. Jesus se refere que haverá diferentes tipos de rigor na condenação para essas cidades. Ele mostra que o julgamento de cidades como Tiro, Sidon e Sodoma serão menos acentuados no Juízo final.

Os pecadores serão julgados segundo as suas obras e perante este tribunal terão que comparecer todos os pecadores desde o princípio do mundo até o fim dos séculos. Os registros de suas obras serão abertos e lidos para determinar o grau de castigo. De qualquer maneira será uma coisa horrível ter de comparecer perante o Juiz de toda a Terra e por Ele ser condenado.

O lago de fogo será para todos os pecadores o lugar final de separação de Deus. Para este lugar será removido para sempre a morte e o Hades. O universo será purificado da presença de todo o mal e a justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados.

Muitos ainda não sabem o que é eternidade. Eternidade será um tempo sem relógio, ou seja, uma condenação sem fim a onde a alma e o espírito dos pecadores serão lançados no Lago de Fogo para o sofrimento sem fim, eterno sem volta.

Pr. Elias Ribas Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC