TEOLOGIA EM FOCO: agosto 2014

domingo, 17 de agosto de 2014

ACONTECIMENTOS APÓS 11 DE SETEMBRO DE 2001

1.     Abertura no mundo Muçulmano.

O ataque terrorista ás duas torres gêmeas e ao pentágono foi um duro golpe contra o ocidente, a destarte, os países seguidores da doutrina de Maomé, também assimilaram o peso daqueles covardes atos.

Entre os pesos que eles enfrentarão, estão: A discriminação, a repressão forte sobre os fundamentalistas e até eventuais guerras. A necessidade de apoio que os países árabes terão das nações desenvolvidas fará com que os muçulmanos procedam algumas aberturas, que facilitarão no futuro, o governo do Anticristo, que por sua vez, também tem caráter religioso (Ap 13).

2.      Reposicionamento político da Rússia.
As profecias de Ezequiel, falam de um tempo em que os russos e seus aliados invadirão Israel, na guerra de Gogue e Magogue. A situação financeira e política russa não são das mais favoráveis. Entre os motivos que a antiga expoente soviética, usará para arbitrariamente invadir a terra da promessa, serão os interesses financeiros.

Politicamente, era inimaginável, pensar nos russos atacando Israel, e ferindo a política de proteção americana, dispensada a nação eleita. Porém com a necessidade de apoio, que os EUA precisaram para atacar o Afeganistão, estes dois países se aproximaram mais. Dá para pensar nisto, russos e americanos juntos? O novo cenário mundial é exatamente este, a América desenvolvida buscou apoio do país do exército vermelho, que possui relevantes conhecimentos da complexa e quase inexpugnável geografia afegã.

Além do fato inequívoco de que Rússia tem influência sobre alguns países adjacentes ao antigo domínio dos talibãs, inclusive com bases militares.

Considerando os “favores” prestados pelos russos aos americanos e a diminuição da proteção a Israel, como forma de diminuir o ódio dos árabes, pelos Estados Unidos e seus aliados, reflito: quando Gogue e Magogue mirar as terras judaicas, para lhes fazer guerra, os EUA, vão se opor? Farão objeções?
3.      Estados Unidos e os povos árabes.
Desde o surgimento de Israel, os Estados Unidos, que têm a maior comunidade judaica fora da palestina, sempre tiveram como política no oriente médio a existência e manutenção de um estado judeu independente e seguro, tendo, inclusive, apoiado todas as iniciativas israelenses desde então, mesmo quando contrariaram as resoluções das nações unidas, como foi a invasão dos territórios da faixa de gaza e da Cisjordânia (onde hoje está o território governado pela autoridade nacional palestina sob a liderança de Yasser Arafat) na guerra dos seis dias em 1967.

No entanto, depois dos atentados, os Estados Unidos alteraram sua política e passaram, inclusive, a admitir a criação de um estado palestino, o que nunca haviam admitido antes, sem sequer se referir ao tormentoso problema da soberania sobre Jerusalém. Alguns dias atrás, o mundo assistiu estupefato a uma troca pública de acusações verbais entre os governos dos Estados Unidos e de Israel, o que nunca havia acontecido antes.

Os Estados Unidos assim estão agindo porque entenderam que a única forma de diminuir a fúria dos terroristas, em sua maior parte formada por radicais islâmicos, é distanciar-se de Israel e obrigar que haja um acordo de paz entre árabes e israelenses, o que, com certeza, representará a retirada da mão dos terroristas de uma bandeira política que tem sido das mais sedutoras no recrutamento de jovens para suas organizações.

Olhando para a figueira, portanto, os cristãos podem enxergar que está se formando, muito rapidamente, uma forte aliança mundial, sob a liderança dos Estados Unidos, que envolve, entre outros, união européia, Rússia e China, que, distanciando-se de Israel, acabará por forçá-lo a um acordo internacional, a admissão de uma coexistência com seus vizinhos árabes sob regras que não sejam, exatamente, as que estavam nos planos dos israelenses. Não é preciso sequer ser um profundo conhecedor das escrituras para perceber que este movimento de política internacional, que está bem acelerado, leva-nos à situação descrita em Dn 9.27, onde vemos “o príncipe que há de vir” selando um concerto com muitos por uma semana.

Ora, até antes dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, o cenário internacional nos mostrava uma forte aliança entre Estados Unidos e Israel, de forma que não havia porque se falar em uma força política distante dos interesses israelenses a ponto de ser necessário um concerto para que os interesses diversos convergissem e pudessem ser formalizados num acordo. Os Estados Unidos sempre endossavam a política de Israel, mesmo que, para isso, contrariassem decisões tomadas pelos outros países na organização das nações unidas que, aliás, diante do poder de veto dos norte-americanos, nunca tomava decisões efetivas contra Israel, como fez em relação a outros países, tais como África do Sul, Iraque ou Afeganistão.

Agora, o movimento político internacional caminha noutra direção, houve um deslocamento entre as posições de Estados Unidos e Israel, num vácuo que, tudo indica, veio para ficar e que prenuncia o cenário da política internacional que dará início a grande tribulação.

Neste movimento, aliás, está a grande vitória obtida pelos terroristas radicais islâmicos, que, assim, conseguiram iniciar um lento (se bem que não tão lento assim) isolamento de Israel frente às grandes potências internacionais.

Pr. Elias Ribas

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A PARABOLA DA FIQUEIRA

 


Israel é o mais forte e claro prenúncio do eminente retorno de Cristo. Os três momentos escatológicos mais importantes na vida do povo escolhido são:

1. O renascimento de Israel como nação soberana.

2. A retomada de Jerusalém como capital única e indivisível de Israel.

3. A reconstrução do santo templo como lugar de adoração por excelência da nação judaica. 

I. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM 


1. Senhor Jesus tenha “chorado sobre Jerusalém” e também aludido à destruição da cidade.

Lc 19.41,44 “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela.42- Dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. 43- Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados. 44- E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.”

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, poucos dias antes da páscoa judaica. Naquele dia, Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho emprestado, um que nunca tinha sido montado antes. Os discípulos colocaram as suas vestes sobre o jumento para que Jesus pudesse montá-lo, e as multidões saíram para recebê-lo, colocando diante dele os seus mantos e os ramos de palmeiras. Em meio a toda a alegria e a todas as aclamações da multidão, para receber Jesus, o coração do Redentor do mundo foi desviado dos sinais de regozijo para as misérias que viriam sobre um povo culpado.

Chorou sobre ela. Jesus sentiu profunda tristeza por sua resistência à Palavra de Deus ao prever o desastre que em breve enfrentaria. 

2. O tempo da destruição. Jesus sabia que tantas pessoas de Israel o tinham rejeitado que a nação sofreria um julgamento, na forma da terrível destruição que se abateria sobre Jerusalém no ano 70 d.C. A destruição esta que também abrangeria o santuário, como deixa claro o Senhor quando indagado por Seus discípulos a respeito do templo, naquela mesma semana em que haveria de ser crucificado, tendo sido esta a declaração que deu o início ao Seu sermão escatológico (Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).

Assim, por causa da rejeição de Cristo por Israel, a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos, o que ocorreu em 70 d.C., quando o general Tito, filho do imperador Vespasiano e ele próprio sucessor de seu pai, invadiu Jerusalém e destruiu totalmente a cidade e o templo, como é descrito com riqueza de detalhes pelo historiador judeu Flávio Josefo, testemunha ocular deste evento. 

3. Jerusalém no século XX. Os otomanos dominaram Jerusalém durante 400 anos, e esse domínio só teve fim com a Primeira Guerra Mundial. Durante esse conflito, os otomanos estiveram presentes na Tríplice Aliança e lutaram ao lado da Alemanha. O conflito estendeu-se de 1914 a 1918 e foi encerrado com a derrota da Tríplice Aliança.

Com a derrota otomana, seu império foi dissolvido, e a Palestina foi ocupada pelos britânicos entre 1917 e 1920. A partir de 1920, a ocupação dos britânicos oficializou-se como domínio, então, surgiu a Palestina Britânica. O atual conflito entre palestinos (árabes) e israelenses surgiu nesse momento.

O conflito iniciou-se porque os britânicos prometeram tanto a judeus quanto aos palestinos que um Estado nacional seria criado naquela região. Esse compromisso tornou-se um problema, uma vez que ambos queriam formar um Estado nacional no mesmo local e não aceitavam negociação.

Com isso, os judeus começaram a organizar-se em defesa da criação de seu Estado na Palestina. Além disso, milhares de judeus começaram a mudar-se para a Palestina e a estabelecer-se em cidades da região. Com isso, a população judia em Jerusalém saltou de 6 mil pessoas, em 1850, para mais de 34 mil, em 1923. 

II. ISRAEL – A FIGUEIRA 

1. O símbolo da figueira.
“Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começarem a brotar, vendo-o sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” (Mt 24.32-34).

Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da sua volta está próximo.

A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que o verão se aproxima.

Israel é simbolizado na Bíblia a três plantas: videira, oliveira e figueira (cf. Joel 1.7; Oseias 9.10). Não é sem razão que a figueira aparece nos primórdios da Bíblia (Gn 3.7). Duas parábolas de Jesus ocupam-se dela (Lc 13.6; 21.29), e mais o incidente da maldição da figueira perto de Betânia (Mc 11.12-21).

Esta parábola da figueira encerra o “discurso escatológico” que encontramos nos três Evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. Depois da descrição da violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada. 

2. O renascimento de Israel como nação soberana. Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da sua volta está próximo.

A figueira que representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha inaugurou a Assembleia Geral da ONU e teve papel determinante na condução do Comitê̂ Especial que discutiu a divisão da Palestina. Ao final da Assembleia, 33 países, inclusive o Brasil, votaram a favor da partilha da Palestina em dois territórios: um para os judeus, com 53% do total, outro para os árabes, com 47%. E, no dia 14 de maio de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus.

À volta dos judeus à terra de seus ancestrais foi um dos maiores milagres de todos os tempos.

Ezequiel 36.24 “E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra.”

Após 19 séculos, com a criação do moderno Estado de Israel, milhares de judeus dispersos pelo mundo, saíram de 120 nações para formar o seu país e assim cumprir o que está escrito na Bíblia. 

3. A retomada de Jerusalém como capital de Israel. O fato mais extraordinário ocorrido durante a guerra dos seis dias, em junho de 1967, não foi a derrota infligida pelo exército de Israel as nações árabes. E, sim, a reconquista de Jerusalém que, desde que fora destruída pelo General Tito, 70 d.C, vinha sendo pisoteada pelos gentios. Cumprindo-se a profecia de Jesus: “E cairão a fio da espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24).

O tempo dos gentios (calendário profético para as nações), que teve início em 568 a.C., começa chegar ao fim. 

4. “Vede a figueira e todas as árvores” (Lc 21.29). A figueira como já vimos representa Israel, mas as outras árvores quem são? As outras árvores são os países árabes que também foram reconhecidos como nação nestes últimos anos. O único país que ainda falta ser reconhecido como nação para cumprir esta profecia de Jesus são os palestinos, que aguardam que a ONU o reconheça como nação e lhes de um território. 

5. A última geração. “...que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” (V. 34).

A palavra geração no grego é genea que significa “raça”. Portanto, é imperativo ver “esta geração” como se referindo à geração com a qual os eventos do retorno de Jesus (parusia) ocorrerão. Então essencialmente o que Jesus está dizendo é que, quando os eventos do fim dos tempos começarem, eles vão acontecer rapidamente, no prazo máximo de uma geração.

O maior sinal da volta de Jesus a esse mundo, é saber que a figueira brotou. Israel é o relógio de Deus na terra. Essa expressão “relógio de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que vivem antenados no que acontece com o Estado Israelense. O renascimento da nação de e os constantes conflitos que ocorrem nesse território ganham visão escatológicos e são vistos como o cumprimento das profecias bíblicas acerca do fim dos tempos e o retorno de Cristo.

Em 1948, a figueira começou a brota, mas, em 1967, na guerra dos 6 dias, Israel reconquista de Jerusalém que e após quase 2000 mil anos tendo sido “pisada pelos gentios”, JERUSALÉM volta às mãos dos judeus, tornando-se a capital eterna, e indivisível.

Agora que estes sinais foram cumpridos, Israel voltou à sua terra, Jerusalém voltou à soberania de Israel, que sinal indicará em que horas proféticas estamos?

Tomando por base o Salmos 90.10, “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.”

Dentro deste contexto histórico faço uma teoria, comparando uma geração conforme o salmista é de 70 anos e por sua força poderá chagar aos 80 anos!

Contado o tempo de 1948 até os 2018, conclui que a soma é de 70 anos, “e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos...”, isto é, pomos entender que a soma de mais 10 anos é igual a 2028.

Não estou marcando data, pois já disse que apenas uma teoria. Pelos sinais em evidência, podemos afirmar que estamos nos últimos dias nesta terra. Não sabemos o dia e a hora, Jesus mesmo declarou que: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” (Mateus 24.24).

O versículo diz, “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe”, o que significa que a hora e o dia do retorno do Senhor são desconhecidos. Em outras palavras, a hora específica do retorno do Senhor não é conhecida por ninguém, mas os sinais nos revelam que Ele está voltado. 

II. A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE SALOMÃO 

Há fortes evidências proféticas de que, em breve, o Santo Templo será reconstruído na Cidade Santa (Dn 9.27; Mt 24.15; 2ª Ts 2.1-4). Isso pode ocorrer antes ou depois, do arrebatamento da Igreja. De uma coisa temos certeza: a Casa de Deus será reconstruída em Jerusalém. Essa possibilidade, por si própria, já se constitui num grande alerta aqueles que guardam a volta de Cristo.

Diante destes acontecimentos proféticos, só nos resta esperar o grande Rei voltar nas nuvens dos céus com grande poder para arrebatar a Sua Igreja (Jr 16.14-15).

O mundo caminha para o fim. O homem está destruindo as coisas perfeitas que Deus criou inclusive a sua vida. Mas, Deus não fará nada para mudar esta situação, pois por enquanto este mundo está sob a responsabilidade do próprio homem administrar, e Deus deixará que o desastre chegue ao ponto máximo, e no momento exato, Ele enviará o Senhor Jesus Cristo para mudar tudo, isto é, reparar todo mal que o homem causou.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau- SC