“Não esmagará a cana quebrada…” (Isaías 42.3).
Uma das mais belas profecias a respeito de Jesus Cristo fala sobre uma característica muito presente nos seres humanos em geral, mas que não está presente no Filho de Deus, no Salvador. O ser humano, em muitos momentos, tem prazer em destruir ainda mais aquele que já se encontra sob ruínas, em colocar mais peso em cima dos ombros daquele que já está conduzindo um fardo pesado, em trazer mais desesperança àquele que já não tem forças para crer, em oprimir àquele que já está subjugado, em sufocar àquele que já está asfixiado, em trazer dor àquele que já sofre tormentos terríveis. Esse é o ser humano – cruel – e atuante em toda a sua pecaminosidade, um destruidor da esperança alheia! Jesus, porém, não é assim!
Jesus não esmagaria um “galho” que já estava esmagado. Isso mostra um diferencial muito grande entre Jesus Cristo e as pessoas guiadas por suas atitudes pecaminosas. E esse diferencial foi bastante visto no ministério de Cristo. Enquanto Ele levava esperança aos rejeitados da sociedade, os religiosos – e também outros grupos de pessoas – O censuravam. Não gostavam de vê-Lo NÃO COLOCAR peso na vida das pessoas, antes, libertá-las dos seus pesos. Aliás, vários grupos de pessoas dos tempos de Cristo eram campeões em esmagar ainda mais aqueles que já estavam esmagados. Esse comportamento foi alvo de críticas severas de Jesus: “Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os colocam sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus 23.4 )
Jesus, através de Sua vivência, cumpre a profecia feita a Seu respeito pelo profeta Isaías! Ele vem trazendo esperança e mostra isso na prática em sua passagem por esta terra. Dos vários encontros que Jesus teve com pessoas, vemos claramente que Ele se importava com as suas dores e NUNCA esmagava aqueles que já estavam esmagados pelas intempéries da vida e de seus comportamentos. Pelo contrário, Jesus era um portador da esperança que renovava e transformava! Ele curou pessoas, trouxe esperança de mudança a cegos e aleijados, entrou na casa de cobradores de impostos, trazendo a eles uma visão diferente da vida. Trouxe alimento a quem tinha fome. Perdoou prostitutas e adúlteras. Tirou fardos das costas de muitos. Não é à toa que foi registrado um ousado convite vindo de Sua própria boca: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28). Jesus não esmagava, Ele aliviava.
Quem de nós seria ousado o suficiente para chamar a si pessoas problemáticas, cansadas e sobrecarregadas, com diversos problemas dessa vida? E mais: Quem de nós tem deixado de esmagar pessoas e trabalhado para trazer alívio a elas?
E quanto à Igreja, qual tem sido o seu papel real no relacionamento com as almas humanas? Estaria a Igreja mais preocupada em ganhar vidas para o Reino e promover a unidade entre irmãos ou seriam mais fervorosos os seus esforços para se destacar doutrinariamente, impondo regras alimentares, exigências dogmáticas, obrigações sobre a guarda de dias, formas de se vestir, dentre outros hábitos comportamentais? Porventura estaria desse modo aliviando o sofrimento das pessoas ou apenas substituindo fardos velhos por novos?
Cristo teve a ousadia de gerar leveza e paz nos corações humanos. Mas Infelizmente, muitas vezes, ao invés de aliviar as vidas com qualquer atitude que possamos fazer nessa direção, acabamos por esmagá-las ainda mais e apagar as últimas chamas de esperança que ainda queimavam em seus corações.
Um aliviador ou um esmagador: quem é você?
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