Não podemos pensar na
origem dos “sabatistas” sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os
judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é antiga e
continua em tempos modernos no vigoroso programa dos Adventistas do Sétimo Dia.
O sabatismo é uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros
tremendos no que se refere às doutrinas cristãs.
I. A ORIGEM DO
ADVENTISMO
Guilherme Miller, o
fundador do sabatismo, nasceu em 1782 em Massachussetts, EUA, numa família
batista. Era um fazendeiro religioso, pouco instruído, porém, convertido. A
partir de 1818, ele começou a ensinar a volta de Cristo, divulgando suas
“doutrinas escatológicas” e atraindo após is grande número de adeptos. Miller
faleceu em 1849, mas deixou as bases para seus seguidores fundarem o
Adventismo.
Guilherme Miller que era
pastor batista nos estado de Nova York, Estados Unidos, dedicou-se ao estudo
detalhado das Escrituras proféticas e à pregação deste assunto, lendo Daniel
8.14 que diz: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o
santuário será purificado”. Então o pastor Miller passou a fazer uma grande
confusão sobre a segunda vinda de Cristo com base neste versículo.
Calculando que cada um dos
2.300 dias representava um ano, Miller tomou o regresso de Esdras do cativeiro,
no ano 457 antes de Cristo, como ponto de partida para o cálculo de que Cristo
voltaria à terra, em pessoa , no ano de 1843.
Seu entusiasmo foi tão
real que venderam todos os bens, antes da vinda do suposto “grande dia”. Numa
noite iluminada pelas estrelas acamparam-se os fiéis nas montanhas Gatskills em Nova York , a
espera do Salvador. Como nada aconteceu, resolutamente ele deu a explicação que
um simples erro matemático em seus cálculos, poderia ter adiantado a data da
espera. Renovou a promessa para 22 de outubro de 1844, quando nessa nova
ocasião compareceram quase 50 mil pessoas. Miller mais uma vez fez um novo
cálculo segundo o qual Cristo voltaria no dia 22 de Outubro daquele mesmo ano;
porém teve mais uma frustração, essa previsão falhou mais uma vez.
Não podendo mais
conquistar o povo, devido às suas falhas, retratou-se publicamente, admitindo
seus erros proféticos.
Embora Miller tenha
reconhecido o seu erro em marcar o dia da volta de Cristo pela interpretação da
profecia, nem todos os seus seguidores estavam disposto a abandonar essa
mensagem. Dos muitos grupos que haviam seguido, três se uniram para formar uma
nova igreja baseada numa nova interpretação da mensagem de Miller. Esta nova
interpretação surgiu duma “revelação” de Hiram Edson, fervoroso discípulo e
amigo de Miller. Segundo Edson, Miller não estava equivocado em relação à data
da vinda de Cristo, mas sim em relação ao local. Disse ele que na data
profetizada por Miller, Cristo havia entrado no santuário celestial, não no
terrenal, para fazer uma obra de purificação.
Porém, Guilherme Miller
não aceitou essa interpretação nem seguiu ao novo movimento. Quanto a isto ele
mesmo escreveu:
“Não tenho confiança
alguma nas novas teorias que surgiram no movimento; isto é, que Cristo veio
como Noivo, e que a porta da graça foi fechada; e quem em seguida a sétima
trombeta tocou, ou que foi de algum modo o cumprimento da profecia da sua
vinda” (A história da mensagem Adventista, pg. 142).
Até o fim dos seus dias,
em 20 de dezembro de 1849, com seus sessenta e oito anos, Miller permaneceu
como cristão humilde e consagrado. Ele morreu na fé e na esperança de estar em
breve com o Senhor.
Como podemos ver, os
adventistas do sétimo dia estão ligados a Miller, que deu origem ao adventismo.
No livro Fundadores da mensagem, no capítulo que fala de sua biografia,
William Miller é tratado como o “pai do movimento adventista”.
Mas os seguidores de
Miller não quiseram aceitar sua interpretação de Daniel 8.14. Então, surgiu
Hiram Edson, um amigo de Miller, que disse ter tido uma “revelação”. “Vi
distinta e claramente que o nosso sumo sacerdote, em vez de sair do lugar santo
do santuário celeste, para vir à terra, entrava naquele dia pela primeira vez
no segundo compartimento do santuário e tinha uma obra a realizar no lugar
santíssimo antes de voltar à terra [Administração da igreja, p. 20, CPB]. Nela
compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em
relação ao local. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as “boas
novas” e outros dois grupos se uniram a essa “nova revelação” um dirigido por
Joseph Bates e outro dirigido por Ellen G. White.
Dos três grupos que
apoiavam Hiram Edson na sua nova “revelação”, dois deles deram contribuição
para a formação da seita hoje conhecida como “Adventismo do Sétimo dia”.
O primeiro grupo era
dirigido por Joseph Bates. Este dava ênfase na observância do Sábado em vez do
Domingo. O segundo grupo da muita ênfase as manifestações do Espírito Santo, particularmente
ao dom de profecia: e tinha entre seus membros a senhorita Helem Harmon, mais
tarde passou a se chamar Ellen Gould White, esposa de James White.
Proclamou-se ela própria
profetiza e passou a reconstruir o movimento adventista com base nas profecias
que vinham diretamente de Deus. Intitulou-se a “Mensageira do Senhor”, cruzando
os dias perturbados do fanatismo religioso, da adivinhação teológica sem base,
com o fracasso de 1844. Através da Bíblia compreendemos que tais profetas são
loucos (Ez 13.3-6).
Depunha ela que sofrera um
acidente com grave ferimento na cabeça. O médico particular Dr. Russel, em
1869, escreveu que as visões da Sra. Ellen originavam-se de perturbações
mentais, resultado da condição doentia do cérebro com abalo da sensibilidade
total do sistema nervoso.
Contudo sabemos da
insistência que suas idéias eram inspiradas por Deus. Dizia: “Meus livros, são
verdade e justiça, negar-lhes seria negar o Espírito Santo”.
A Bíblia dá-nos o direito
de julgar (1ª Jo 4.1) quanto ao procedimento de visões que não condiz com as
Escrituras.
Um dos aspectos dos
Adventistas do Sétimo Dia é a falta de franqueza e sinceridade. Para eles as
doutrinas da Srª White, estão acima dos ensinos do apóstolo Paulo. Em partes
crêem na Bíblia e em partes eles a refutam.
O programa “A voz da
Profecia” é tão bem arranjado, que o ouvinte numa primeira audição pensaria
estar ouvindo um programa evangélico. Ao término de cada transmissão, oferecem
Estudos Bíblicos para fazer em casa. No início as lições são até razoáveis, mas
depois surge a caracterização adventista.
O que está errado no
adventismo? Por que eles têm o espírito enganador? É fácil. O sistema foi
construído sobre mentira, edificado sobre mentiras. Está caracterizado como
religião não evangélica.
Os adventistas já usaram
através dos tempos inúmeros títulos para sua seita, que atualmente chama-se:
igreja Adventista do Sétimo dia, conhecida como Sabatistas ou Sabatismo. A
verdadeira igreja de Cristo não está fundamentada no Sábado (Mc 2.28), e sim em
Cristo (Mt 16.18).
II. IGREJA
REMANESCENTE
O que significa este
título? No livro Subtileza do erro (Pg.21-31), encontra-se a seguinte
explicação: “O espírito de profecia é o que, segundo as Escrituras, a par com a
guarda dos mandamentos de Deus, seria o característico da igreja remanescente.
Comparar Apocalipse 12.17 e 19.10. Este dom consiste essencialmente em dar ao
povo de Deus mensagens diretas e especificas […]. Os testemunhos orais ou
escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e na forma.
Tudo quanto disse, escreve, foi puro, elevado, cientificamente correto e
profeticamente exato”.
Como poderíamos provar que
tudo o que a Sra. White escreveu “foi puro, elevado, cientificamente correto e
profeticamente exato”?
1.
Testando Ellen White.
Suas obras, vemos que ela
escreveu muito. “Calcula-se que tenha escrito cerca de 25 milhões de palavras.
Dos seus 88 anos de vida, 71 foram dedicados à obra de Deus [ICP].
Vejamos algumas profecias
e ensinos da Sra. White:
A. “Por algum tempo,
depois da decepção de 1844, mantive, como o corpo do advento, que a porta da
graça estava para sempre fechada para o mundo” [Mensagens escolhidas, p. 63,
1985, CPB].
Refutação: Como
podemos ver, uma declaração equivocada sobre um assunto que envolve tão grande
responsabilidade. É como se nós saíssemos por aí proclamando que, no próximo
ano, Jesus estaria chegando à Terra. A porta da graça continua aberta até hoje
(Is 55.7; 2ª Co 6.2; Tt 2.11-13).
B. “Quando a Inglaterra
declara guerra, todas as nações terão seu próprio interesse em acudir, e haverá
guerra geral” [sutileza do erro, p. 42, 1ª ed., CPB].
Refutação: Ela usou
o verbo no futuro do presente: “haverá”, e não no futuro do pretérito:
“haveria”. Mas não nunca houve.
C. Logo ouvimos a voz de
Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de
Jesus […]. “Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo e nosso
rosto brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na
descida do Monte Sinai” [primeiros escritos, p. 15, 1967, CPB].
Refutação: O
próprio Jesus desconhecia o dia da sua volta, mas a Sra. White disse que sabia.
Quando pressionada por seus oponentes sobre a hora em que se daria o evento,
informou: “Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora
depois que saí da visão” [Mensagens escolhidas, p. 76, 1985, CPB].
“Certas revelações”
extra-biblicas, não devem ser consideradas de Deus. Deus não pode se
contradizer na Sua Palavra. Então, o que podemos notar é, que a Sra. Ellen foi
além das palavras do Senhor Jesus: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem
os anjos do céu nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt 24.36).
D. “Foi me mostrado o
grupo presente à assembléia. Disse o anjo: ‘alguns, pastos para os vermes,
alguns sujeitos às sete últimas pragas, alguns estavam vivos e permanecerão na
terra, para serem transladado por ocasião da vinda de Jesus’” [O testemunho de
Jesus, p. 108].
Resposta apologética:
A profecia acima foi
proferida em uma reunião, de manhã cedo, em Battle Greek ,
Michigan, e, 1856. De lá para cá, já se passaram 147 anos. Será que ainda
existe alguém vivo, daquela reunião, esperando a volta de Cristo?
Ora, se a Igreja
Adventista do Sétimo Dia pretende ser a Igreja remanescente, por que alega
possuir um ministério profético pela instrumentalidade da Sra. White? Por que
insiste em se caracterizar na Igreja dos últimos dias se nenhuma das profecias
da Sra. White se cumpriu? Diante disso, o que poderíamos dizer da Igreja
Adventista do Sétimos Dia? Que não é uma igreja verdadeira. Que não é aquilo
que alega ser: a única Igreja que está na brecha, reparando as rupturas
doutrinárias da apostasia. E temos autoridade bíblica para afirmar isso: Dt
18.20-22; Jr 14.14, 28.1-3, 15-17; Ez 13.1-6.
Além das falsas profecias,
esta igreja não é verdadeira porque seus adeptos colocam a autoridade da Sra.
White em pé de igualdade com a própria Bíblia. E é justamente isso que
caracteriza uma seita.
2. Visões
extra-bíblica.
“Ninguém se faça árbitro
contra vós outros, pretextando humildemente e culto dos anjos, baseando-se em
visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal” (Cl 2.18).
“Árbitro” (no gr. katabrabeuo),
significa ato de decidir contra alguém; defraudar ou enganar sobre o prêmio da
vitória; privar da salvação.
“Falsa humildade” (no
gr. tapeinophrosune), significa usar de uma falsa humildade para
repassar seus ensinos heréticos; uma falsa religiosidade.
“Culto dos anjos”. Reverenciar, adorar, cultuar. Aqui devemos ter
um cuidado especial, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz (2ª
Co 11.14). Sendo assim ele não traz a verdade, porque ele é o pai da mentira
(Jo 8.44). A mentira é uma destacada característica do diabo. Ele é a fonte
geradora de toda a falsidade (Gn 3.1-6; At 5.3; 2ª Ts 2.9-11; Ap 12.9). É um
pecado totalmente contrário à mente de Deus, que é a verdade (Ap 19.11). A
indiferença com o pecado da mentira e engano é um dos sintomas mais claros da
impiedade de uma pessoa. Tal pessoa ainda não nasceu do Espírito (Jo 3.6) e
está sob a influência de Satanás, como seu pai. Alegar ter comunhão com Cristo
e ter salvação sem, porém, viver e falar de acordo com a verdade, é estar
enganado (1ª Jo 1.6). Quem não tem a verdade, revela a real contradição do seu
coração (mente carnal). Os tais se opõem a Deus e permanecem fora do reino dos
céus (Ap 21.8, 27); 22.15; Ap 14.5). O mentiroso pertence a sinagoga de Satanás
(Ap 3.9).
Falsas revelações, visões,
sonhos como se Deus estivesse lhes revelando. Toda a revelação que vai contra a
Palavra é uma falsa revelação, ou seja, da mente humana, ou do próprio diabo.
Enfatuado (no gr. eike significa em vão). Todo o ensino que
contraria a Palavra de Deus é consideramos vão, vazio. Porque Deus não aceita
aquilo que contaria Suas doutrinas.
“Na sua mente carnal”, ou seja, estes homens são carnais. Seus
ensinos parecem serem de Deus, ensinam com muita humildade e às vezes até
choram nas suas pregações, mas são carnais e de nada serve. Mas por quê? Porque
pregam doutrina anti-bíblica trazida por anjos. E a inda dizem que foi a
profetiza da nossa igreja que deixou para aquele que vão herdar a salvação.
Além de tudo usam estas heresias como se Deus estivesse aprovando. Tomam o
lugar de Deus, ao invés de deixar o Espírito Santo atuar; demonstram ser mais
santos que todos.
Paulo menciona “pretexto
de humildade” e até “culto aos anjos”, mostrando até onde pessoas podem tentar
impressionar outros através da religiosidade com objetivos de lograr interesses
pessoais.
Espiritualidade demais é carnalidade. Não se iluda! Pessoas que, por exemplo, contam experiências
espirituais absurdas ou milagres que nunca aconteceram, manipulando o louvor
alheio em relação à sua espiritualidade, mas no fundo são carentes e doentes.
São pessoas que se
distanciam da essência do evangelho e agarram-se de forma doutrinária e estilos
de moveres e visões. A principal característica de uma pseudo-religião, é
tentar forçar ou doutrinar o avivamento por meios de sutileza.
3.
Defendem que os escritos da Sra. Ellen são tão
inspirados quanto a Bíblia.
Ela própria escreveu de
si, dizendo que seus livros foram inspirados por Deus, para melhor
interpretação das Escrituras.
Quanto à inspiração dos
livros da Sra. Ellen:
“Eu, a todo aquele que
ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer
qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e,
se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus
tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham
escritas neste livro” (Ap 22.18-19).
João termina o livro de
Apocalipse com uma advertência sobre a possibilidade de perdermos nossa parte
na árvore da vida e na cidade santa. Evitemos uma atitude descuidada para com
este livro, ou qualquer parte das Sagradas Escrituras. Outra atitude a evitar é
a de optarmos por crer somente em determinadas partes da revelação de Deus e
rejeitarmos outras partes que não gostamos, ou o caso de ensinar nossas
próprias idéias como se estas fossem a própria Palavra de Deus.
“Toda palavra de Deus é
pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras,
para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso” (Pv 30.5-6).
III. IGREJA
ADVENTISTA, UMA SEITA?
Dizem os Adventistas: “A
pessoa que acusa a nossa igreja de ser uma seita demonstra grande falta de
conhecimento de nossa doutrina, não sabe o que é uma seita” [carta da escola
postal, p. 2, 13/12/2000].
Uma das definições do
termo seita é: “um grupo que segue determinado líder humano”. Os Adventistas do
Sétimo dia é uma seita, porque seguem a orientação “profética” de Ellen Gould
White, integrante do movimento de Miller, cuja autoridade, para os adventistas,
é igual a autoridade dos escritos bíblicos.
A igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias é uma seita, porque segue a revelações de Joseph
Smith. Segundo ensinam, em 1820, foi orar e o Pai celestial e Jesus Cristo lhe
apareceram. E segundo os ensinos que receberam através da “revelação” a sua
igreja é a única correta no mundo.
A ciência Cristã é uma
seita, porque segue as revelações de Mary Baker Eddy e dos ensinamentos de seu
livro Ciência e saúde com a chave das Escrituras.
As Testemunhas de Jeová
são uma seita, porque segue as profecias de Charles Taze Russel, que estudou
com os Adventistas por cinco anos e fundou seu grupo em 1870, em Alleghny,
Pensilvânia, EUA. O título Testemunha de Jeová só foi adotado a partir de 1931,
com o segundo presidente da seita, John F. Rutherfor. Russel era
testemunha-de-jeová.
Assim os Adventistas do
Sétimo Dias também são uma seita, porque seguem a orientação profética de Ellen
Goul White, integrante do movimento de Miller, cuja autoridade, para os
adventistas, é igual a autoridade dos escritos bíblicos.
Outra característica de
uma seita é o exclusivismo. E os Adventistas do Sétimo Dia manifestam essa
característica. Vejamos o que dizem: “No mundo só existe uma igreja que
presentemente se acha na brecha tapando o muro e restaurando os lugares
assolados…” [Testemunhos seletos, v. II, 2ª ed., p. 356, 1956.]
IV. COMO SABER SE
A IGREJA ADVENTISTA É UMA SEITA?
As quatros operações
fundamentais da aritmética nos ajudam a identificar a igreja Adventista do
Sétimo Dia:
Adição: Os
adventistas do sétimo dia dão aos escritos de Ellen Gould White a mesma
autoridade que possui a Bíblia.
Subtração: Subtraem
da pessoa de Jesus sua natureza humana imaculada, ensinando que o Filho de Deus
tem uma natureza pecaminosa, e ainda o colocam, em relação à sua natureza
divina, à posição rebaixada do arcanjo Miguel.
Multiplicação: Afirmação
crer na obra da redenção efetuada por Cristo, mas a declaração incompleta.
Ensinam que a guarda do sábado, implica em salvação e que os benefícios da obra
de Cristo só nos serão imputados caso estejamos vivendo em harmonia com a lei
que, no caso, é guardar o sábado.
Divisão: Condicionam
à fidelidade a Deus à fidelidade à igreja Adventista do Sétimo Dia: a igreja
remanescente. Para eles, a igreja Adventista do Sétimo Dia é a única igreja no
mundo “que presentemente está tapando as brechas e restaurando os lugares
assolados”.
V. FONTE DE
AUTORIDADE RELIGIOSA
Como prova de que a
autoridade Ellen Gould White é inquestionável para os adventistas, citamos
trechos da Revista Adventista Fevereiro de 1984, p. 37:
“Ellen White foi inspirada
pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto desta inspiração, tem aplicação
e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia”.
Negamos que:
A qualidade ou grau de
inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas
Escrituras Sagradas”.
Sem qualquer
constrangimento, afirmam:
“Ao passo que, apesar de
nós desprezarmos o pensamento dos pioneiros, nós aceitamos como regra de fé a
Revelação do Velho Testamento, Novo Testamento e o Espírito de Profecia” [A
sacudidura e os 144.000, p.117].
“Pouca atenção tem sido
dada à Bíblia, e o Senhor nos deu uma luz menor; para guiar homens e mulheres a
uma luz maior”.
Segundo a Sra White, é
vedado a todos o direito de examinar e duvidar de suas falsas profecias. Em
relação a isso, afirmou em um de seus livros: “Disse o meu anjo assistente: ‘Ai
de quem mover um bloco ou mexer um alfinete dessas mensagens” [Primeiros
escritos, p. 258, CPB].
Mas a Bíblia, autoridade
máxima, nos concede liberdade para que possamos examinar tudo, inclusive as
profecias da Sra. Ellen White: (1ª Ts 5.21 e Sl 119.105, 139).
O que a igreja Adventista
do Sétimo dia afirma é muito grave. Em Hebreus 1.1, está escrito “Havendo Deus
antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”.
Mas os Adventistas, com
seus ensinos, dizem que Deus, hoje, não fala mais por meio de Seu Filho Jesus
Cristo, mas pelos escritos de Ellen White.
Devemos perguntar para os
adventistas, se os ensinos de Ellen White estão acima dos ensinos que Jesus
deixou para Sua igreja, quando diz para Seus discípulos: “Porque todos os
profetas e a lei profetizam até João” (Mt 11.13).
Se a lei e os profetas
acabaram em João, porque os adventistas insistem em seguir as profecias de
Ellen White?
Podemos escolher: ler os
escritos do apóstolo Paulo, por exemplo, que afirmam: “Se alguém cuida ser
profeta, ou espiritual reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos
do Senhor” (1ª Co 14.37) ou os escritos Ellen White: “Embora os profetas da
antiguidade fossem humanos, a mente divina e a vontade de um Deus infalível
estão suficientemente representada na Bíblia. E o mesmo Deus fala por meio dos
escritos do espírito de profecias. Estes livros inspirados, tais como: O
desejado de todas as nações, O conflito dos séculos e patriarca e profetas são,
certamente, revelação divinas da verdade sobre as quais deveríamos depender
completamente [Orientação profética no movimento adventista, p. 45, 1965].
Depois de tantos elogios a
Ellen White, os adventistas procuram diminuir o impacto de suas declarações:
“Pouca atenção tem sido dada à Bíblia, e o Senhor nos deu uma luz menor, para
guiar homens e mulheres a uma luz menor” [O colpor evangelista, p. 125].
Resposta Apologética.
Mas a própria Sra. White
ensina que não precisamos de uma luz menor que nos conduza a uma luz maior.
“Não carecemos da pálida
luz da verdade para tornar compreensíveis as Escrituras. Semelhantemente,
poderíamos supor que o sol do meio-dia necessitasse da bruxuleante candeia da
terra para aumentar-lhe o fulgor” [Testemunhos Seletos, v. III, 5ª Ed., P. 236,
1985].
Ao critica aqueles que
pretendem juntar à Bíblia outra fonte de autoridade religiosa,
contraditoriamente: “A verdade divina é encontrada em sua palavra. Os que
pensam que devem buscar noutra parte a verdade presente precisam converter-se.
Têm hábitos errôneos para emendar, caminhos maus que abandonar” [Ibid].
Quem precisa de uma luz
menor, se existe uma luz maior?
VI. DOUTRINAS E
CRENÇAS
Os sabatistas misturam
algumas verdades com seus erros, assim enganam aos que, com sinceridade, buscam
a verdade. Normalmente citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o
contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que
desviam o crente da verdade. Convém que os leitores conheçam essas doutrinas e
saibam como refutá-las, tendo em vista que os adventistas também se dedicam ao
proselitismo, algo que Jesus criticou dos fariseus (Mt 23.15).
1. Segregação
Racial.
“Em resposta a indagação
quanto à conveniência de casamento entre jovens cristão de raça branca e preta,
direi que nos princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o
esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia
ser dado; pois é certo criar discussão e confusão [...]. Que o irmão de cor se
case com uma irmã de cor que seja digna, que ame a Deus e guarde seus
mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em matrimônio a um irmão de
cor se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção”
[Mensagens Escolhidas, v.II, p. 344].
Será que a igreja que se
vangloria de ser a igreja remanescente é segregacionista, como foi a Sra.White?
A Bíblia condena este tipo de comportamento. O apóstolo Pedro, ao entrar na
casa de Cornélio, declarou: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de
pessoas” (At 10.34). Em 1º Samuel 16.7, está escrito: “O Senhor não vê como o
homem vê, pois o homem vê o que está diante dos olhos (a cor a pele), porém, o
Senhor olha para o coração”.
Segundo os adventistas,
Ellen White nada escreveu que não se encontra na Bíblia. Mas não isso que
comprovamos por meio de seus escritos. Tenhamos em mente o texto de Apocalipse
22.18, que proíbe qualquer acréscimo à Palavra de Deus, conforme já vimos.
2. Não crêem que
a expiação de Cristo é suficiente para a purificação dos pecados.
Nossos pecados lançado
sobre Satanás.
No livro Oritual do
santuário, está escrito: “Quando, portanto, os dois bodes eram postos
perante o Senhor no dia da expiação, representavam Cristo e Satanás […] Satanás
não somente arrastou o peso e o castigo de seus próprios pecados, mas também
dos pecados da hoste dos remidos, os quais foram colocados sobre ele, e também
deve sofrer pela ruína de almas por ele causada” [M.L. Andreasen, p. 168, 314,
CPB].
O bode emissário tipifica
Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes
serão finalmente colocados […]. Quando Cristo, pelo mérito de seu próprio
sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o
seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo,
deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não
habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás
para sempre banido da presença de Deus e de seu povo, e eliminado da existência
na destruição final do pecado e dos pecadores.
Resposta Apologética:
Até nos parece um conto de
fada, mas tem gente que acredita nas baboseiras da Sra. White.
Em Levítico, eram
apresentados dois bodes para expiação dos pecados segundo a lei. A expiação através
da morte de Cristo, e a reconciliação como seu fruto e conseqüência, são
colocados de forma especial clara nas passagens de Hebreus 9.11ss e 13.11ss,
através da comparação com o sacrifício pelo pecado no grande dia da expiação
(Lv 16.1-5). “A partir das prefigurações que encontramos na lei, podemos
conhecer da melhor maneira o poder e a eficácia da morte de Cristo” (Calvino).
O sacrifício pelo pecado
ou oferta propiciatória se realizava em três atos, envolvendo um bode vivo e um
imolado. Sobre a cabeça do bode vivo se confessam os pecados do povo, sendo
então levado ao deserto, “para Azazel” que significa “afastamento” ou
“emissário”. A maldição pelos pecados era removida, para nunca mais alcançar
aqueles que cometeram tais pecados. Aceitar a explicação dos adventistas do
sétimo dia sobre o bode emissário é o mesmo que transferir a obra de Cristo
para o diabo, que passaria a ser um co-salvador, o que é uma perversão da obra
redentora de Cristo na cruz (2ª Co 5.21; Hb 10.18).
Com relação ao outro, era
imolado (derramamento de sangue) e queimado sobre o altar. Quando o sangue da
vítima sacrifical era levado pelo sumo sacerdote para dentro do Santo dos
Santos, era perdoado o pecado, o seu próprio e do povo (Lv 16.34; Hb 9.7-9). E
que o pecado agora deveria ser cancelado, isso era representado pela queima do
animal fora do arraial, enquanto que a fumaça que subia a Deus como aroma
agradável, simbolizava a aceitação do sacrifício junto a Deus e a renovada
doação de Sua graça (cf. Lv 1.9).
Logo, colocar os pecados
sobre o bode emissário significava afastamento. O sentido tipológico da
cerimônia do Dia da Expiação pode ser interpretado:
Essas três figuras: levar
o bode ao deserto, o derramamento de sangue e a queima, são cumpridas de forma
plena e para sempre em
Cristo. Assim como o bode vivo carregou os pecados para o
deserto, Cristo carregou os pecados do mundo em seu corpo sobre a cruz (Jo
1.29); Rm 8.3; 1ª Pe 2.24). Como o sumo sacerdote não podia entrar no Santo dos
Santos sem sangue, também Cristo trouxe seu próprio sangue para dentro do
santuário celeste, abrindo-nos com isso, de novo o céu (Hb 9.12, 24ss, 28).
Assim como o animal sacrificado era queimado fora do arraial, também Cristo
sofreu fora das portas da cidade. E no fato de Ele se deixar repudiar, colocou
novamente a graça de Deus ao nosso alcance (Hb 13.12).
No Antigo Testamento tudo
era incompleto, devendo, por isso, ser repetido os sacrifícios de novo (Hb
9.25). O que Cristo fez, no entanto, vale de uma vez por todas. Na expiação por
ele realizada nada há de defeituosos, nada de incompleto; não resta nenhuma
lacuna a ser preenchida por nós, nenhum resto de pecado a expiar. Pelo
contrário, pela morte de Cristo não só é anulada a morte como conseqüência da
queda, como também se manifesta ainda da parte de Cristo uma grande sombra de
vida (cf. As três vezes repetido “muito mais” no trecho de Romanos 5.15-21,
onde Paulo compara a significância de Cristo à de Adão).
Sendo assim, Satanás não é
nossa oferta para o pecado. Foi Cristo, e não Satanás, quem carregou nossos
pecados:
“No dia seguinte, viu João
a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo!” (Jo 1.29). “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único
sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” (Hb 10.12). “Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6).
“Carregando ele
mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos
para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados” (1ª
Pe 2.24). “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo
pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado
no espírito” (3.18).
Os Adventistas ensinam que
o bode emissário de Levítico, simboliza Satanás carregando todas as nossas
iniqüidades. Será que eles não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto
faria do diabo nosso co-salvador com Cristo, pois a expiação de nossos pecados
seria realizada em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra
Cristo levando sobre si os nossos pecados.
· Os pecados dos crentes são lançados no
santuário do céu e lá ficam.
· Uma vez lançados no santuário
celestial os pecados, depois, são transferidos a Cristo e tornam-se dele.
· Esses pecados, agora de Cristo, na sua
segunda vinda, são lançados sobre Satanás, passando a lhes pertencer.
· Quando Satanás for aniquilado, os
pecados também serão destruídos junto com ele. Mas a Bíblia diz que Satanás não
será aniquilado, antes, será castigado eternamente no lago de fogo (Mt 25.41;
Ap 20.10).
· Em suma, a essência do plano de
salvação dos adventistas do sétimo Dia é: “o Salvador não é Cristo, mas sim,
Satanás”. Este ensino, porém, é errado, trata-se de outro evangelho (Gl
1.8-10).
· Se os adventistas aceitam este
inclassificável ensino como um fato para o plano de salvação preparado por
Deus, estamos diante de um grande desvio doutrinário por parte desse movimento.
Estamos diante de uma heresia, característica própria de uma seita.
3. Dizem que a
obra da expiação de Cristo foi incompleta.
A Sra. Ellen White
escreveu em um de seus livros: Não concordamos com a crença geral de que a
expiação foi completa na cruz. É impossível acreditar que uma obra perfeita foi
consumada.
A expiação tem que
continuar até o fim do tempo quando Cristo acabar seu trabalho como Sumo
Sacerdote, no Santuário celestial.
Quando Cristo derramou Seu
Sangue na cruz, Ele não fez a expiação. Ele perdoou os pecados originais
advindos de Adão.
À luz do ensino do
Adventismo, a doutrina da expiação é explicada partindo do seguinte raciocino:
1
Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário
celestial no ano de 1844 e agora está cumprindo a obra da expiação.
2
O Céu é a réplica do santuário típico sobre a terra,
com dois compartimentos: o lugar santo e o lugar santos dos santos.
3
No primeiro compartimento do santuário celestial,
Cristo intercedeu durante dezoito séculos (do ano 33 ao ano 1844), em prol dos
pecadores penitentes, “entretanto seus pecados permaneciam ainda no livro de
registro”.
4
A expiação de Cristo permanecerá inacabada, pois havia
ainda uma tarefa a ser realizada, a saber: a remoção de pecados do santuário no
céu.
5
A doutrina do santuário levou o Adventismo do Sétimo
Dia finalmente a declarar: “Nós discordamos da opinião que a expiação foi
efetuada na cruz, conforme geralmente se admite”.
4. Quanto à
expiação de Cristo, para purificar nossos pecados:
O ensino que nega a
expiação de Cristo no Calvário não pode manter-se de pé. Primeiro porque foi
difundido por uma pessoa de exagerado fanatismo e de muitas “visões” da carne;
e segundo, porque é anti-bíblico, incoerente e herético.
A. A obra
expiatória de Cristo é perfeita.
“Que não tem necessidade,
como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por
seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por
todas, quando a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.27).
“Jesus, porém, tendo
oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra
de Deus” (Hb 10.12).
“Porque, com uma única
oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.14).
B. A salvação do
crente é perfeita e imediata.
“Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).
“Em verdade, em verdade
vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida
eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
“Se, porém, andarmos na
luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1ª Jo 1.7).
“Porque, se nós, quando
inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito
mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas
isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por
intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação” (Rm 5.10-11).
“Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus , te
livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no
que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em
semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou
Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós,
que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1-4).
5. A natureza
pecaminosa de Jesus.
Diz Ellen White:
“Por quatro mil anos
estivera a raça humana a decrescer em forças, físicas, vigor mental e moral; e
Cristo tomou sobre si as fraquezas da humanidade degradada. Unicamente assim
podia salvar o homem das profundezas de sua degradação” [O desejado de todas as
nações, 37ª ed., p. 82, CPB].
Outro livro adventista, Estudos
bíblicos, confirmam este ensino sobre a natureza pecaminosa de Jesus: “Em
sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída. De sua
parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo o filho de Adão – uma
natureza pecaminosa” [P. 140-1, 1979, CPB].
Resposta apologética.
Como podemos ver, os
adventistas admitem um salvador com uma natureza pecaminosa, degenerada! Será
que Jesus pode realmente nos salvar, já que Ele, conforme dizem os adventistas,
possui uma natureza humana pecaminosa? Mas isso não é verdade. De acordo com a
Bíblia, Jesus foi concebido sem pecado (Mt 1.18-23). Ao saber da gravidez de
Maria, José tencionou abandoná-la, secretamente, mas foi informado, em sonhos,
para não fazer tal coisa, porque o que nela estava era gerado pelo Espírito
Santo. Em Lucas 1.30-35, lemos que o anjo Gabriel informou a José que Maria
conceberia virginalmente.
O Jesus da Bíblia era
santo, inocente, imaculado (Hb 7.26). A real natureza humana de Jesus, no
entanto, não pode ser negada: Ele sentia fome, sede, cansaço, sono, derramou
sangue e suor; era um homem completo, no sentido físico, portanto, negar a
natureza humana de Jesus é estar mancomunado com o anticristo (1ª Jo 4.1-3; 2ª
Jo 7). Mas não podemos ir ao extremo e ensinar que Ele possuía uma natureza
humana caída, pecaminosa, assim como a nossa. Seria outro Jesus (Ref. 2ª Co
11.4; 2ª Co 5.1; 1ª Pe 1.18, 19; 1ª Jo 3.5; Hb 4.14,15; 1ª Pe 2.32, 22).
6. Ensinam que a
salvação depende, em grande parte, das obras.
Ensinam que ninguém poderá
dizer na hora da conversão eu sou um salvo. Num de seus livros diz: “A condição
da vida eterna é exatamente a que sempre foi: perfeita obediência à lei de
Deus”.
Quanto à salvação depender
das obras: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de
vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
“Se, pela ofensa de um e
por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da
graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus
Cristo. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens
para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre
todos os homens para a justificação que dá vida” (Rm 5.17-18). “E, se é pela graça,
já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Ref. Rm 11.6; Rm
10.2-4).
7. Negam a
existência do inferno, e a imortalidade da alma.
Ensina que o inferno é um
lugar de tormento, somente para Satanás. Crêem que os ímpios de incrédulos vão
para um lugar de fogo, onde serão aniquilados rapidamente. E que quando uma
pessoa morre, a sua alma dorme, esperando o dia do julgamento. Os ensinos de
Helen White dizem que a teoria do castigo eterno é “uma das doutrinas falsas
que constituem o vinho das abominações da Babilônia”. Jesus Cristo usou a
palavra “eterno” para referi-se à duração das bênçãos dos salvos e ao tormento
dos perdidos em Mateus 25.46. Além disso, ele não disse aniquilação eterna, e
sim castigo eterno (Mc 9.43-44).
Por passagens bíblicas
podemos ter definições claras sobre a realidade do inferno. As palavras gregas
para definir inferno são três: Hades (Sheol no Antigo
Testamento), lugar onde os espíritos mortos aguardam a ressurreição. Geena
refere-se ao inferno em relação ao castigo eterno, para onde irão os
injustos após o julgamento do Grande Trono Branco. Tártaro é
usado para referir-se à prisão dos anjos caídos (J. 6).
O Inferno é antítese do
céu:
“E tu,
Cafarnaum, erguer-te-ás até o céu? Serás abatida até o inferno” (Mt 11.23).
Cristo prometeu fazer a
Sua Igreja triunfar sobre o Inferno:
“[...] e as
portas do inferno não prevalecerão contra Ela” (Mt 16.18).
No Inferno há vida
consciente e sofrimento eterno:
“No
Inferno, estando em tormentos, ergueu os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro
no seu seio” (Lc 16.23).
Deus tem poder de matar o
corpo e lançar a alma no Inferno:
“Não temais
os que matam o corpo, e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode
fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt. 10.28).
A indisciplina dos nossos
membros pode ser causa de condenação do corpo ao Inferno:
“Portanto
se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o a atira-o para longe de ti. É
melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no
inferno” (Mt 5.29).
Não há escape do Inferno
para impenitente:
“Serpentes,
raças de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt. 23.33).
O Inferno será um lugar de
sofrimento eterno e de eterna separação do Salvador:
Mt. 13.42,
49, 50; 25.41.
“E lançá-los-ão
na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes”.
(Outras ref. Lc 16.19-31;
Mt 18.8,9; Ap 20.9, 10; Jo 5.28-29).
8. Ensinam que certos alimentos são pecados.
É pecado comer carne de
porco, peixes sem escamas, gorduras animais, café, chá etc. Quem insistir,
estaria atraindo condenação para si, pela obediência às leis de Deus.
“Portanto, por que é que
você, que só come verduras e legumes, condena o seu irmão? E, você, que come de
tudo, por que despreza o seu irmão? Pois todos nós estaremos diante de Deus
para sermos julgados por ele” (Rm 13.10 – NTLH).
“Portanto, por que é que
você, que só come verduras e legumes, condena o seu irmão? E, você, que come de
tudo, por que despreza o seu irmão? Pois todos nós estaremos diante de Deus
para sermos julgados por ele” (Rm 13.10 – NTLH).
Desprezar e julgar os
outros cristãos (os mesmos dois verbos usados no verso 3), “o sorriso de
desdém” e “a carranca de juízo acusador”, ambos se revelam agora como atitudes
anômalas. Por quê? Não apenas porque Deus os aceitou, porque Cristo morreu e
ressuscitou para ser nosso Senhor.
Há uma ligação óbvia entre
o fato de não julgarmos nosso irmão. O fato de termos de comparecer diante do
Tribunal de Deus. Segundo lugar: “Cada um dará conta de si mesmo”. “De maneira
que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Não nos julguemos mais uns
aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou
escândalo ao vosso irmão” (Rm 14.12, 13).
Não temos o direito de
julgar os outros e condená-los, por um código humano. Todo o julgamento compete
ao Senhor. Deus constitui ministros para pregar o Evangelho, e não para serem
“donos” do Evangelho; O verdadeiro ministro é um servo da igreja de Cristo e
não o dono da igreja. A religião farisaica dos tempos de Jesus usava o critério
do julgamento humano, e Jesus é claro ao dizer para os fariseus:
“Não julgueis, para que
não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados;
e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o
argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu
próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho,
quando tens a trave no teu?” (Mt 7.1, 4).
Cristo não está abolindo a
necessidade do exercício do discernimento e de fazermos avaliação dos pecados
dos outros. O crente é ordenado a identificar aqueles que são falsos na igreja
(Mt 7.15) e avaliar o caráter de certas pessoas.
Não é proibido o uso de
critérios sãos. O que não devemos é nos sentir “donos” da Igreja de Cristo e
julgá-la pelas nossas idéias. O cristão quando julga seu irmão está condenando
a si mesmo. Quem somos nós seres humanos para julgar e condenar um irmão a
nosso bel-prazer? A Palavra nos ensina que não devemos nem levar um irmão a
juízo quanto mais julgar com critério rígido.
“Portanto, ninguém vos
julgue pelo comer, ou pelo beber, ou pelos dias de festas, ou lua nova, ou
sábado” (Cl 2.16).
As duas primeiras palavras
se referem às regras judaicas sobre alimentação do Antigo Testamento, que os
colossenses eram pressionados a observar como necessidade para a salvação pelos
falsos mestres. E, ainda hoje, existem ministros que se intrometem na
alimentação dos irmãos outros usam o sábado como meio de salvação. São
ministros débeis na fé, por falta de maturidade, instrução e conhecimento da
Palavra de Deus.
Os falsos mestres, a quem
o apóstolo se refere, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão
(Cl 2.11), preceitos dietéticos e guardas de dias (Cl 2.16). Há também várias referencias
ao gnosticismo (Cl 2.18-23).
O verbo grego paralogizomai,
que quer dizer “enganar, seduzir com raciocínios capciosos”, descreve com
precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso
cuidado deve ser continuo para não nos tornarmos presas desses doutores do
engano. (Ref. Rm 14.1-8; Rm 14.17; Cl 2.16, 17; Mt 15.11; Mc 7.15-20; 1ª Co
10.25).
9. A doutrina do sono da alma.
Os adventistas ensinam que
as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este “sono da
alma” é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência. Baseiam
esta crença, principalmente, em Eclesiastes 9.5, que diz: “Os mortos não sabem
coisa alguma…”. O contexto demonstra que este versículo está falando sobre a
relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da
morte. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas
palavras de Paulo quando diz que, ao deixar o corpo, estaria com o Senhor, (Fl
1.23-24; 2ª Co 5.1-8; Lc 16-19-31).
Este ensino contradiz a
vários textos das Escrituras, entre os quais destacam a narrativa do Rico e de
Lázaro (Lc 16.22-30).
Está narrativa não é uma
parábola, mas um ensino das doutrinas deixadas por Jesus a Sua Igreja. É
interessante notar que Jesus menciona o nome de Lázaro e do pai Abraão, o que
não era de esperar no caso de uma parábola.
Não iremos estudar os
defeitos que levaram o rico ao sofrimento no Hades, e sim, uma interpretação
esclarecedora a luz da exegese bíblica para desbaratar os ensinos controversos
dos Adventistas, quanto ao sono da alma.
No Hades o rico o estava
cônscio de sua vida passada:
A. Levantou os olhos e viu a Lázaro no seio de Abraão
(v.23).
B. Clamou por misericórdia (v. 24).
C. Teve sede (v. 24).
D. Sentiu atormentado (v.24).
E. Rogou a favor de seus irmãos (v.27).
F. Ainda tinha seus irmãos em lembranças (v.28).
G. Persistiu em rogar a favor dos seus ante queridos
(v.30).
O rico que Jesus aponta
provavelmente um saduceu (da seita judaica que não acreditava na vida após a
morte, (cf At 23.8), e limitava o cânom aos livros de Moisés).
Inferno do grego “hades”,
é o lugar dos mortos no mundo inferior, até o juízo final. O inferno é um lugar
de sofrimento, de onde é visto o que jamais se gozará (v.23), de onde os
condenados se lembrarão do passado com saudades insaciáveis e remorsos (v. 25),
de sede sem alívio (v.24) e de condenação irrevogável (v. 26).
Neste ensino Jesus mostra
a realidade da vida após morte, elimina a doutrina do purgatório pelo
catolicismo, e a doutrina da reencarnação ensinada pelos espíritas.
O paraíso (seio de Abraão,
v 22; cf Lc 13.28ss) está separado pelo abismo entre o mundo inferior e os
“lugares celestiais” (2ª Co 12.4; Ap 2.7; 6.9).
Esta teoria tem a
possibilidade suficiente para nos ensinar a sermos prudentes em aceitar idéias
religiosas que não tem base bíblica. Normalmente as crenças de uma seita ou
religião baseia-se em motivos relacionados às experiências de seus fundadores
ou em livros escritos por eles. No adventismo, verificamos que os escritos de seus
fundadores continuam sendo seu sustentáculo doutrinário, independente da
Bíblia. Somente Jesus deixou-nos palavra de vida eterna (Jo 6.68-69).
10. A guarda do
Sábado.
Guarda do Sábado; o sábado
é observado, ao invés do domingo; guardar o sábado é o selo de Deus; guardar o
domingo, é o sinal da besta; guardar o sábado é um mandamento do decálogo; que
o decálogo é um mandamento obrigatório para os povos de todos os tempos; que
observar o sábado em boa fé, é essencial a nossa salvação.
O apóstolo Paulo escreveu
que todas as ordenações e mandamentos, foram cravados na cruz de Jesus Cristo,
abolindo o Velho Concerto e abrindo um Novo Concerto, pela obra de Cristo. A
Srª Ellen diz: “Eu vi, numa visão, que o mandamento da ‘Observância do Sábado’
não foi cravado na cruz com os outros”.
·
“Mas agora, conhecendo Deus, ou antes, sendo
conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos (partes
componentes de uma série, elementos, coisas elementares) fracos (sem poder) e
pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e
anos. Ora, vós irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque” (Gl 4.9,10,28).
·
“Havendo riscado o escrito de dívida que havia
contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, tirou-o do meio de
nós, cravando-o na cruz.Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber
ou por causa dos dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados. Estas são
sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em cristo” (Cl
2.16,17).
Pr. Elias Ribas
FONTE DE PESQUISA
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GILBERTO, lições bíblicas, 4º trimestre, 1992, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
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3. BÍBLIA
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4. BÍBLIA
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5. BÍBLIA
SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil –
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6. BÍBLIA
DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e
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SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
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HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
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HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com
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DONAL D., História da Igreja, Ed. Global University, 1ª Edição no Brasil 2003.
FAETAD, Campinas SP.
Muito bom o estudo
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