Apocalipse 3.1-6 “E
ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete
Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de
que vives e estás morto. 2 Sê vigilante e confirma o restante que estava para
morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. 3 Lembra-te,
pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não
vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei. 4 Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes
e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso. 5 O que vencer será
vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da
vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. 6 Quem
tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
INTRODUÇÃO:
A carta a Igreja em Sardes é uma mensagem de repreensão e advertência
para uma Igreja que tinha fama de estar viva, mas estava espiritualmente morta.
Jesus, através de Seu Espírito, revela que a Igreja não está agindo de acordo
com a sua fé e que precisa despertar e fortalecer o pouco que ainda resta.
A Igreja de Sardes vivia de aparência. Tinha um nome de que vivia, mas estava morta
espiritualmente, apesar de externamente parecer ativa e forte.
I. O CONTEXTO HITÓRICO
1. A cidade de Sardes.
A cidade antiga de Sardes, foi fundada no século VIII a.C., quando viveu um
tempo áureo nos dias do rei Creso. Era uma das cidades magnífica do mundo
antigo.
A cidade antiga parte fazia do reino lídio. Ela orgulhava-se também de seus fabulosos
tesouros. Suas abundâncias vinham, em parte, do rio Pactolos, que lhe fornecia
ouro, prata e pedras preciosas, lã, tecido em grandes quantidades. Suas águas,
de tão excelentes, eram tidas como indispensáveis à boa saúde.
O Reino da Lídia foi um poderoso império que existiu na região sudoeste
da Ásia, mais
especificamente na Anatólia Ocidental (atual Turquia), entre cerca de 1180 a
547 a.C. Os lídios, também conhecidos como meônios, eram conhecidos por sua
riqueza, comércio e, particularmente, por serem os primeiros a cunhar moedas de
ouro e prata.
Era uma cidade estratégica militarmente. A cidade de Sardes, se localizava no alto de
uma montanha a 500 metros acima do nível do mar, cercada de muralha e bem
fortificada; considerava-se inconquistável. Seus habitantes pensavam que já
mais seria destruída pelos adversários. Ela nunca foi derrotada pelo um
confronto direto.
Em 546 a.C., o rei lídio, Croeso, foi derrotado pelos persas, quando
Ciro o Grande cercou a cidade por 14 dias e estrategicamente estudou a maneira
de invadir a cidade. Porém em uma noite um soldado persa encontrou uma fenda
e penetrou na cidade, encontrado todos dormindo e desatenta. Desta forma
ele abre os portões da cidade e Ciro entra e toma a cidade na surdina da noite.
Assim, a cidade inconquistável caiu quando o inimigo chegou como ladrão na
noite!
Em 334 a.C, a cidade se rendeu a Alexandre o Grande. Em 214 a.C., caiu
outra vez a Antíoco o Grande, o líder selêucido da Síria toma a cidade da mesma
forma por falta de vigilância dos soldados daquela cidade.
Durante o período romano, herdou a província da Ásia, mas nunca mais
recuperou a sua reputação. Era uma cidade com um passado glorioso e um presente
de pouca importância em termos políticos e comerciais.
Ela fora destruída, mas Alexandre o Magno a reconstruiu e a eletrizou
levando a cidade adorar a deusa Sibele que passa ser a padroeira da cidade. Eles criam que aquela deusa tinha poder para
ressuscitar os mortos ou trazer vida aos mortos. Por isso essa igreja entendia
a linguagem de Jesus: “...que tens nome de que vives e estás morto.”
Somente Jesus Cristo tem poder para dar vida e não era a deusa Sibele.
O ano 17 d. C. a cidade foi quase totalmente destruída por um
terremoto, mas o Imperador Tibério resolve reconstruir parte da cidade, com
isso a cidade agora se molda ao costume de Roma e torna-se uma cidade devassa
moralmente, lasciva imoral e idolatra.
Nos tempos bíblicos do Novo Testamento a cidade passou a pertencer ao
Império Romano, sendo situada aproximadamente 80 km da cidade de Esmirna, no
atual território da Turquia.
A cidade antiga de Sardes, hoje apenas ruínas perto da atual vila de
Sarte na Turquia, considerava-se impenetrável. Foi colocada numa rota comercial
importante no vale do Hermo, com a parte superior da cidade (a acrópole) quase
500 metros acima da barragem, nos rochedos baixos do vale.
2. Sardes era a capital do antigo Reino da Lídia. Os
lídios foram o primeiro povo antigo a cunhar moedas regularmente. Sardes fazia
parte do Reino da Lídia, cujos monarcas tornaram-se notórios por sua
magnificência. Ascendendo ao trono no sexto século a.C., o rei Croeso acumulou
tantos bens, que o seu nome veio a tornar-se sinônimo de riqueza. No mundo
antigo, este ditado era corrente: “Rico como Creso”. A palavra Creso do grego
antigo Κροῖσος (Kroísos). Do latim Croesus, por isso usa-se a
palavra Creso para uma pessoa muito rica.
II. A IGREJA EM SARDES VIVIA DE APARÊNCIA
1. Uma Igreja morta.
V. 1b “Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.”
Tinha fama de estar viva, mas estava morta. A Igreja em Sardes foi morrendo aos poucos
até esvaziar-se por completo do Espírito Santo. Agora, já não passava de um
cadáver. Mas aos olhos humanos, parecia bem viva.
1.1. Muitas igrejas, hoje, assemelham-se a Sardes. Morreram e não o sabem. Vivem do passado,
pois já não existem no presente. Ao invés do registro do novo nascimento, o
atestado de um óbito que poderia ter sido evitado.
1.2. Todavia, o Senhor Jesus quer reavivá-las. A carta para a Igreja de Sardes é para nós
também! O Espírito Santo haverá de soprar-lhes a vida, para que se reergam
neste vale de ossos sequíssimos. Somente um reavivamento ressuscitará as
igrejas que, apesar de terem história, já não fazem história.
Frequentemente julgamos os outros pela aparência. Observamos o
comportamento e tentamos entender os motivos.
2. Jesus julga os corações. Ele vê o caráter verdadeiro de cada pessoa e de cada igreja. Apesar de
ter a reputação de uma Igreja forte e ativa, Ele viu as falhas e sabia que
aquela congregação já estava quase morta. Se não voltar a viver, seria tomada
de surpresa, como se fosse por um ladrão.
III. JESUS SE APRESENTA À IGREJA DE PÉRGAMO
V. 1 “E ao anjo da
igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus
e as sete estrelas.”
1. Quem fundou a Igreja de Sardes. Fundada provavelmente pelo apóstolo Paulo, a Igreja em Sardes
exalava abundante vida. De um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o
Espírito Santo batizou a todos no corpo de Cristo (Rm 6.3), isto é, conheceram
o evangelho. E apesar da diversidade cultural, todos agora achavam-se irmanados
no Autor da vida (Nm 27.16; Jo 17.2; At 3.15).
1ª Co 11.3 “Mas
quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da
mulher; e Deus a cabeça de Cristo.”
Cristo é a mente da Igreja, e nós somos as mãos da Igreja.
2. Endereçada ao anjo da igreja em Sardes (v. 1). O pastor e líder daquela Igreja.
3. Aquele que tem os sete Espíritos de Deus. Sete representa a totalidade e a perfeição
divina. Diante do trono de Deus, “ardem sete tochas de fogo, que são os sete
Espíritos de Deus” (4.5).
Os sete Espíritos de Deus são mencionados quatros vezes no livro do
Apocalipse.
1. Em Apocalipse 1.4, os sete Espíritos de Deus são mencionados na
saudação introdutória do livro.
2. Em Apocalipse 3.1, Jesus se apresenta à Igreja em Sardes como sendo
aquele que “tem os sete Espíritos de Deus”.
3. Em Apocalipse 4.5, na visão do trono de Deus, os sete Espíritos de
Deus aparecem relacionados à figura de sete lâmpadas que estão diante do trono.
4. Em Apocalipse 5.6, na visão de Cristo exaltado recebendo das mãos do
Pai o livro selado com sete selos, os sete Espíritos de Deus enviados por toda
terra são mencionados em conexão com os sete chifres e os sete olhos do
Cordeiro.
Como são descrito os sete Espíritos de Deus em Isaías. Is 11.1-2 “Porque brotará um rebento
do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre
ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o
Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do
Senhor.”
4. Os sete olhos do Cordeiro. Ap 5.6 “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro
animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e
tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a
toda a terra.”
Deus sabe tudo e vê tudo. Nada em Sardes seria escondido de Jesus. Hebreus 4.13 “E não há
criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e
patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.”
Lucas 8.17 “Porque
não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja
de saber-se e vir à luz.”
2º Crônicas 16.9 “Porque,
quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte
para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele; nisso, pois, procedeste
loucamente, porque, desde agora, haverá guerras contra ti.”
5. As sete estrelas. Ap 1.16-20 “E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma espada
aguda de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força
resplandece. 17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre
mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último. 18 E o
que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho
as chaves da morte e do inferno. 19 Escreve as coisas que tens visto, e as que
são, e as que depois destas hão de acontecer. 20 O mistério das sete estrelas,
que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são
os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”
Jesus não somente vê, ele também controla. Ele segura os mensageiros das igrejas na sua
mão direita (1.16,20). Pode ver, julgar e até castigar conforme a sua infinita
sabedoria.
IV. HAVIA TRÊS GRUPOS DENTRO DA IGREJA DE SARDES
1. Um grupo de Pessoas mortas. V. 1 “Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás
morto.”
- Como nas outras cartas, aquele que estava no meio dos candeeiros
conhecia perfeitamente as obras e os corações das igrejas.
- Crentes que só tem o nome no rol de membros, só aparência..., mas
estão mortos espiritualmente. São pessoas de dentro da igreja, mas estão ligas
ao pecado.
- Aceitaram a Cristo de boca, mas não eram convertidos.
- Não apostatara na fé, mas estão sem vidas espiritual. (As 5 virgens
néscias).
- Ele não fala de perseguição romana, nem de conflitos com falsos
judeus. Ele não fala do envolvimento com a falsa profetiza Jesabel, nem com os
nicolaítas, mas só tinha aparência. Ele fala de uma igreja aparentemente em paz
de dentro da congregação, mas indiferentes.
- Eram crentes só no exterior, mas por dentro estavam mortos. Crentes sem santidade.
1ª Coríntios 11.30 Por
causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem.”
- Em vez cultuar a Deus, seu culto era só uma solenidade, ou seja, só
uma reunião.”
- A igreja de Sardes teve a reputação de ser ativa e viva, mas Jesus
sabia que estava quase morta.
A igreja pra eles tornou-se um clube. Era uma igreja nominal, apenas de nome. Era uma igreja cristão de
nome, porém não de Coração.
2. Um grupo de pessoas sonolentas. Vs. 2 “Sê vigilante e confirma o restante que estava para
morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. 3 Lembra-te,
pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não
vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei.”
2.1. Sê vigilante. Vigiar
no ensino da palavra, ou seja, ter o máximo de cuidado com que ensinamos.
- Era uma Igreja doente. Está na CTI espiritual, “o restante que estava para morrer.”
- Uma igreja que está com o pé na cova.
- Por falta de cuidado e de vigilância, a Igreja de Sardes estava morrendo,
ou seja, caiu espiritualmente. Muitas passagens no Novo Testamento frisam a
importância da vigilância, pois o pecado nos ameaça.
2.2. Vigiar contra o pecado. Mt 26.41 “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o
espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
2.3. Vigiar contra o inimigo de nossas almas. 1ª Pe 5.8 “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão bramando, buscando a quem possa tragar.”
2.4. Vigiar com os falsos mestres que procuram devorar os fiéis. At 20.28-31 “Olhai, pois, por vós e
por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para
apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. 29 Porque
eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos
cruéis, que não perdoarão o rebanho. 30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão
homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. 31 Portanto,
vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de
admoestar, com lágrimas, a cada um de vós. 32 Agora, pois, irmãos,
encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele, que é poderoso para vos
edificar e dar herança entre todos os santificados. 33 De ninguém cobicei a
prata, nem o ouro, nem a veste. 34 Vós mesmos sabeis que, para o que me era
necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. 35 Tenho-vos
mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos e
recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é
dar do que receber. 36 E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos e orou com todos
eles. 37 levantou-se um grande pranto entre todos e, lançando-se ao pescoço de
Paulo, o beijavam, 38- entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que
dissera, que não veriam mais o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio.”
2.5. Vigiar na vinda do Senhor. Mt 24.42,43 “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de
vir o vosso Senhor. 43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que
vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua
casa.”
1 Co 16.13 “Vigiai,
estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos.”
1ª Ts 5.6 “Não durmamos,
pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios.”
Lc 12.37 “Bem-aventurados
aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos
digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.”
Não devemos descuidar, porque não sabemos a hora que o Senhor vem.
V. 3b “E, se não
vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei.”
- O bom soldado toma a armadura de Deus e vigia constantemente com
perseverança e oração (Efésios 6.18; Colossenses 4.2).
- A igreja de Sardes não vigiou, estavam adormecidos.
2.6. Uma Igreja sem integridade. “...não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”
1ª Pe 1.15-16 “Mas,
como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver. 16 Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.”
Hb 12.14 “Segui a
paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”
2ª Co 6.14 “Não vos
prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça
com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”
2.7. Uma igreja imperfeita. Um fruto estragado estraga outros também.
Pregavam a Palavra sem falar em santidade, novo nascimento, arrependimento.
Uma igreja em atividade, mas suas obras eram imperfeitas, não era
sincera.
Cantavam, mas só de lábios. Mt 15.8,9 “Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe
de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.”
Por fora muito lindo, mas por dentro está podre, como um sepulcro
caiado.
Mt 23.27,28 “Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros
caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios
de ossos de mortos e de toda imundícia. Assim, também vós exteriormente
pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de
iniquidade.”
Diante das pessoas está tudo bem muito lindo, mas aos olhos de Deus
estão corrompidos.
Pregam e louva com a motivação errada.
2.8. Uma igreja pecadora. V. 3 “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e
guarda-o, e arrepende-te.”
- Ouviram a Palavra, mas não guardaram.
- Uma Igreja sem temor, sem reverência.
Estão com um pé na igreja e outro no mundo. Não deixaram o estilo e a maneira de viver
do mundo.
Se amoldaram ao mundo. Rm 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o
vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”
O evangelho não é apenas para ouvir; é para ser obedecido. No caso do povo desobediente de Sardes,
teriam de se arrependerem para voltar às boas obras de obediência.
1ª Pe 4.17 “Porque
já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por
nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?”
Hoje não é diferente.
“Líderes” que aceitam o pecado dentro da Igreja. Por exemplo: Fazem casamento
de pessoas do mesmo sexo.
3º Grupo. Resgatar o resto que estava para morrer. V. 2 “Sê vigilante e confirma o
restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas
diante de Deus.”
Jd 1.22,23 “E
apiedai-vos de alguns que estão duvidosos; e salvai alguns, arrebatando-os do
fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da
carne.”
A igreja em Sardes estava quase morta, mas ainda houve uma esperança de
salvar alguns, ou talvez até de reavivar a congregação.
3. Um grupo de pessoas convertidos que se mantinha fiel. Vs 4-6 “Mas também tens em Sardes algumas
pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto
são dignas disso. 5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira
nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante
de meu Pai e diante dos seus anjos. 6 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito
diz às igrejas.”
3.1. Poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras. No meio de uma Igreja quase morta, Jesus
encontrou algumas pessoas fiéis.
- Cada um receberá 2ª Co 5.10 “...segundo o bem ou o mal que
tiver feito por meio do corpo.”
- A salvação não é coletiva; é individual. Ao mesmo tempo, não devemos interpretar este
versículo para justificar tolerância de pecado aberto numa igreja.
- Pessoas que sabem do pecado e não agem para corrigi-lo não podem
alegar ter vestiduras brancas, pois desobedecem a Palavra de Deus (Gl 6.1-2; Mt
18.15-17; Tg 5.19-20; etc.).
Não devemos ser participantes nem cúmplices nas obras das trevas (Ef 5.7,11).
3.2. Andarão de branco junto comigo (4). Já andavam de vestidura branca, sem as
manchas do pecado.
Pois são dignos (4).
Estes fiéis são dignos, não por mérito próprio, mas por serem pessoas salvas
pela graça, pessoas que andam nas boas obras determinadas por Deus.
Ef 2.8-9 “Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9
Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”
V. PROMESSA AO VENCEDOR
V. 5-6 “O que vencer
será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do
livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus
anjos. 6 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
1. O vencedor ... vestiduras brancas (v. 5a). A mesma promessa feita aos puros em Sardes
se aplica geralmente ao vencedor.
1.1. É uma luta espiritual. Ef 6.12-18 “Porque não temos que lutar contra a carne e
o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que
possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 Estai,
pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça. 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz. 16 Tomando
sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que
é a palavra de Deus. 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no
Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os
santos.”
2. Terá vestiduras brancas de pureza e vitória. As pessoas de vestiduras brancas participam
da grande festa de louvor ao Cordeiro.
As “vestes brancas” representam a pureza e a santidade daqueles que
permaneceram fiéis a Cristo mesmo no meio á tentação do mundanismo.
2.1. Vestiduras brancas representam a justiça dos santos. Ap 19.7-8 “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E
foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o
linho fino são as justiças dos santos.”
3. De modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida (5b). O “Livro da Vida” é mencionado várias vezes
na Bíblia (veja 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27; Fl 4.3).
- Paulo disse que as pessoas que cooperavam com ele no evangelho tinham
seus nomes escritos no Livro da Vida.
Fl 4.3 “E peço-te
também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que
trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores,
cujos nomes estão no livro da vida.”
- Jesus disse que os nomes dos vencedores que se mantêm puros não
seriam apagados deste livro (3.5). Em contraste, os que rejeitam a palavra de Deus e servem falsos
mestres não têm seus nomes escritos no Livro da Vida (13.7-8; 17.8).
4. Confessarei o seu nome diante de meu Pai (5c). Jesus prometeu confessar diante do Pai todo
aquele que confessa o nome dele diante dos homens. Prometeu, também, negar os
nomes daqueles que se envergonharem dele.
Mt 10.32-33 “Portanto,
qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu
Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o
negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.
Rm 10.9 “a saber:
Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.”
Mc 8.38 “Porquanto
qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e
das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier
na glória de seu Pai, com os santos anjos.”
Quem tem ouvidos, ouça (6). Todos devem prestar atenção!
CONCLUSÃO:
O processo de morte de uma igreja pode acontecer lentamente, passando
quase despercebido. As próprias pessoas na congregação, como outras pessoas
olhando de fora, podem achar que esteja tudo bem. Jesus, porém, julga os
corações e conhece o estado verdadeiro de cada igreja e cada discípulo. Quando
ele nos chama para ouvir, devemos prestar atenção!
Pr. Elias Ribas – Dr. Em teologia
Assembleia de Deus
Blumenau - SC