Gn 37.1-11 “E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. 2 Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai. 3 E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. 4 Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente. 5 Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. 6 E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: 7 Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho. 8 Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras. 9 E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. 10 E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra? 11 Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.”
INTRODUÇÃO
José era bisneto de Abraão, amigo de Deus, pai da fé, neto de Isaque e filho de Jacó. Sua mãe se chamava Raquel.
Jacó era amado pelo seus pais, odiado pelos seus irmãos.
Jacó foi jogado em um poço, vendido como escravo pelos seus irmãos para uns ismaelitas; foi servir como escravo na casa na casa do general Potifar; foi seduzido pela mulher de seu senhor, foi caluniado por ela, foi preso na prisão do palácio.
Na prisão ele interpretou dois sonhos, um do copeiro mor e do padeiro de Faraó.
Interpretou o Senhor de Faraó e após interpretar foi para ser governado do Egito.
José foi o que mais se destacou entre os filhos de Jacó. Talvez, devido à intimidade que tinha com seu pai, recebeu mais ensinamentos sobre Deus e tornou-se um homem exemplar.
I. CONTEXTO HISTÓRICO
1. A família de José. Jacó tinha quatro esposas, Raquel, Lia, Bila e Zilpa.
José era filho de Rebeca sua primeira esposa.
José tinha 17 anos, era muito jovem, mesmo assim ele ajudava seus irmãos apascentar ovelhas.
José foi levado ao Egito aproximadamente em 1900 a.C. aos seus 17 anos. Isso deve ter ocorrido cerca de duzentos anos depois da chamada de Abraão (12.1-3).
II. JOSÉ, AMADO E ODIADO POR SUA FAMÍLIA
1. José era amado por seu pai. Gn 37.1-4 “E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. 2- Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai. 3- E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. 4- Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.”
Ele era o preferido do pai (37.3), por ser filho de Raquel, a amada de Jacó.
2. Uma túnica de várias cores. A túnica causou muita inveja em seus irmãos.
3. Odiado por seus irmãos. V. 4 “Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.”
4. José era um jovem sonhador. Vs. 5-11 “Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. 6- E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: 9- E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. 10- E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra? 11- Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.”
1º Sonho. Gn 37.5-7 “Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. 6- E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: 6 Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho. 7 Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.
2º Sonho. Gn 37.9-11 “E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. 10- E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra? 11- Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.”5. As consequências amargas da inveja e do ódio.
Gênesis 37.19 “E disseram uns aos outros: Eis lá vem o sonhador-mor!”5. Foi jogado em um poço o qual não havia água.
6. Maltratado e vendido como escravo (v. 12-36).
Gn 37.25 “ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias, e bálsamo, e mirra; e iam levar isso ao Egito.”
7. Levaram José ao Egito.
Mentiram para seu pai que uma fera do campo havia matado.
8. O preço de um jovem. Os irmãos de José venderam-no a uns mercadores ismaelitas por vinte siclos de prata (Gn 37.28).
7. Movido de inveja. At 7.9 “E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito; mas Deus era com ele.”
III. JOSÉ É HUMILHADO E EXALTADO NO EGITO
1. José é vendido na feira de escravos, no Egito (Gn 39.1).
Gn 39.1-6 “E José foi levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá.
2. José prospera na casa de Potifar (Gn 39.1-6).
Gn 39.2-6 “E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. 3-Vendo, pois, o seu senhor que o Senhor estava com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão, 4- José achou graça a seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha. 5- E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo. 6- E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de aparência e formoso à vista.”
3. José foi tentado pela mulher de Potifar. Gn 39.6-12 “E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de aparência e formoso à vista. 7 E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo. 8 Porém ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem. 9 Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus? 10 E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, 11 sucedeu, num certo dia, que veio à casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali. 12 E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.”
3.1. A mulher de Potifar sedução José. “...como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39.9).
3.2. José resiste a tentação. “E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.” (Gn 39.12).
3.3. José é caluniado e preso. Gn 39.16-20 “E ela pôs a sua veste perto de si, até que o seu senhor veio à sua casa. 17 Então, falou-lhe conforme as mesmas palavras, dizendo: Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste para escarnecer de mim.18 E aconteceu que, levantando eu a minha voz e gritando, ele deixou a sua veste comigo e fugiu para fora. 19 E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher, que lhe falava, dizendo: Conforme estas mesmas palavras me fez teu servo, a sua ira se acendeu. 20 E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.”
3.4. Mesmo em crise o Senhor está conosco, se formos fieis a Ele. Jo 16.36 Jesus diz: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”
IV. JOSÉ INTERPRETA OS SONHOS DO DOIS PRISIONEIRO
1. José é abençoado por Deus dentro da prisão. Gn 39.21-23 “O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor. 22 E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere; e ele fazia tudo o que se fazia ali. 23 E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele; e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava.”
2. O Senhor estava com José. Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que o Senhor estava com José (vv. 2,3,21,23).
3. A prisão do padeiro e o copeiro. Gn 40.1-23 Faraó indignou-se contra o copeiro e o padeiro e mandou prender.
A prisão é um meio que Deus vai usar para que Sua promessa se cumpra.
4. José interpreta dois sonhos na prisão. José foi sustentado na prisão pela benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho. Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este interpretou o sonho deles.
4.1. O sonho do copeiro. Gn 40.9-14 “Então, contou o copeiro-mor o seu sonho a José e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face. 10 E, na vide, três sarmentos, e ela estava como que brotando; a sua flor saía, e os seus cachos amadureciam em uvas. 11 E o copo de Faraó estava na minha mão; e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava o copo na mão de Faraó. 12 Então, disse-lhe José: Esta é a sua interpretação: os três sarmentos são três dias; 13 dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça e te restaurará ao teu estado, e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume antigo, quando eras seu copeiro. 14 Porém lembra-te de mim, quando te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa.”
4.2. O sonho do padeiro. Gn 40.16-20 “Vendo, então, o padeiro-mor que tinha interpretado bem, disse a José: Eu também sonhava, e eis que três cestos brancos estavam sobre a minha cabeça; 17 e, no cesto mais alto, havia de todos os manjares de Faraó, obra de padeiro; e as aves os comiam do cesto de sobre a minha cabeça. 18 Então, respondeu José e disse: Esta é a sua interpretação: os três cestos são três dias; 19 dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça sobre ti e te pendurará num madeiro, e as aves comerão a tua carne de sobre ti. 20 E aconteceu, ao terceiro dia, o dia do nascimento de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiro-mor e a cabeça do padeiro-mor, no meio dos seus servos.”
As duas interpretações:
1º Uma para o copeiro a vida. Ao copeiro-mor José disse que dentro de três dias ele seria chamado para servir a Faraó novamente.
2º Uma para o padeiro a morte. Ao padeiro-mor, disse que, dentro de três dias, seria executado. Tudo aconteceu do jeito que José havia dito.
Gn 40.21-23 “E fez tornnar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro, e este deu o copo na mão de Faraó. 22 Mas ao padeiro-mor enforcou, como José havia interpretado. 23 O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José; antes, se esqueceu dele.”
V. DA PRISÃO AO PALÁCIO DE FARAÓ
1. Os sonhos de Faraó.
1.1. O primeiro sonho ele viu sete vacas magras comiam sete vacas gordas. Gn 41.1-4 “E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou e eis que estava em pé junto ao rio. 2 E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado. 3 E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne, e paravam junto às outras vacas na praia do rio. 4 E as vacas feias à vista e magras de carne comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então, acordou Faraó.”
1.2. O segundo sonho ele viu sete espigas miúdas devoravam as espigas boas. Gn 41.5-7 “Depois, dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas. 6 E eis que sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental brotavam após elas. 7 E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó, e eis que era um sonho.”
2. Os adivinhadores do Egito. (41.8). Os adivinhos (ou mágicos, i.e., pessoas que praticavam a magia ou feitiçaria) eram comuns no Egito (cf. Êx 7.11; 8.7,18,19; 9.11). A magia consistia na prática de adivinhação (a tentativa de descobrir conhecimentos ocultos por meio de maus espíritos), na tentativa de predizer o futuro e controlar o curso da natureza, dos seres humanos ou das circunstâncias, mediante a ajuda de poderes sobrenaturais ou espíritos. A lei mosaica condenava rigorosamente todo e qualquer contato com a magia ou feitiçaria (Dt 18.9-14) e o NT os condena igualmente (At 19.17-20; Ap 9.20,21; 22.15).
3. José é lembrado perante Faraó (Gn 41.1-8).
Ao fim de dois anos inteiros, faraó sonhou. O cap. 41 mostra Deus operando na vida de Faraó e de José, a fim de controlar o destino das nações e prover um lugar para o seu povo escolhido. Todas as nações estão sujeitas às intervenções de Deus e ao seu controle direto.
4. José é levado a presença de Faraó. (Gn 41.9-15). Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por um período de sete anos de grande fartura e depois um período de sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito.
5. José interpreta os sonhos de Faraó (Gn 41.16-32).
Gn 41.25-30 “Então, disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, notificou-o a Faraó. 26 As sete vacas formosas são sete anos; as sete espigas formosas também são sete anos; o sonho é um só. 27 E as sete vacas magras e feias à vista, que subiam depois delas, são sete anos, como as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental; serão sete anos de fome. 28 Esta é a palavra que tenho dito a Faraó; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó. 29 E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito. 30- E, depois deles, levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra.”
6. José é nomeado governador do Egito (Gn 41.33-57).
7. Jose teve esposa e filhos no Egito. Gn 41.50 “Antes de chegar a fome, nasceram dois filhos a José, os quais lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.”
José teve dois filhos no Egito. O primeiro é Manasher, “Deus me fez esquecer”. O segundo é Ephrayn, “Deus me fez crescer”. Os dois nomes são proféticos.
VI. O ENCONTRO DE JOSÉ COM SEUS IRMÃOS
1. Fome em Canãa. Gn 4.1-2 “Vendo então Jacó que havia mantimento no Egito, disse a seus filhos: Por que estais olhando uns para os outros? 2 Disse mais: Eis que tenho ouvido que há mantimentos no Egito; descei para lá, e comprai-nos dali, para que vivamos e não morramos.”
Quando a família de José ficou com fome, soube que apenas no Egito havia comida sendo vendida.
Finalmente, após 22 anos no Egito, havendo decorrido os sete anos de fartura e dois anos de “vacas magras”, os irmãos de José são enviados ao Egito para comprar comida. A jornada, além de longa (aproximadamente 400 Km), também era perigosa. Em 42.6-9, o sonho de José se cumpre. Seus irmãos, sem saberem de sua identidade, estão inclinados à sua frente, mas ainda faltava o mais novo.
2. José não foi reconhecido pelos irmãos. Gn 42.7-8 “E José, vendo os seus irmãos, conheceu-os; porém mostrou-se estranho para com eles, e falou com eles asperamente, e disse-lhes: Donde vindes? E eles disseram: Da terra de Canaã, para comprarmos mantimento. José, pois, conheceu os seus irmãos; mas eles não o conheceram.”
3. Os irmãos de José sentiam remorso pelo que lhe haviam feito? Gn 42.21-23 “Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia de sua alma, quando nos rogava; nós, porém, não ouvimos; por isso, vem sobre nós esta angústia. 22 E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu, dizendo: Não pequeis contra o moço? Mas não ouvistes; e, vedes aqui, o seu sangue também é requerido. 23 E eles não sabiam que José os entendia, porque havia intérprete entre eles.”
4. José prova seus irmãos. (Gn 42-45). Gn 42.15-20 “Nisto sereis provados: pela vida de Faraó, não saireis daqui senão quando vosso irmão mais novo vier aqui. 16 Enviai um dentre vós, que traga vosso irmão; mas vós ficareis presos, e vossas palavras serão provadas, se há verdade convosco; e, se não, pela vida de Faraó, vós sois espias. 17 E pô-los juntos em guarda três dias. 18 E, ao terceiro dia, disse-lhes José: Fazei isso e vivereis, porque eu temo a Deus. 19 Se sois homens de retidão, que fique um de vossos irmãos preso na casa de vossa prisão; e, vós, ide, levai trigo para a fome de vossa casa. 20 E trazei-me o vosso irmão mais novo, e serão verificadas vossas palavras, e não morrereis. E eles assim fizeram.”
5. Por que Jacó não queria que Benjamim fosse ao Egito? Gn 42.36 -38 “Então, Jacó, seu pai, disse-lhes: Tendes-me desfilhado: José já não existe, e Simeão não está aqui, e, agora, levareis a Benjamim! Todas estas coisas vieram sobre mim. 37 Mas Rúben falou a seu pai, dizendo: Mata os meus dois filhos, se to não tornar a trazer; dá-mo em minha mão, e to tornarei a trazer. 38 Ele, porém, disse: Não descerá meu filho convosco, porquanto o seu irmão é morto, e só ele ficou. Se lhe sucede algum desastre no caminho por onde fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura.”
6. Por que ele acabou deixando Benjamim ir com os irmãos? Gn 43.1–4 “E a fome era gravíssima na terra. 2- E aconteceu que, como acabaram de comer o mantimento que trouxeram do Egito, disse-lhes seu pai: Tornai, comprai-nos um pouco de alimento. 3 Mas Judá respondeu-lhe, dizendo: Fortemente nos protestou aquele varão, dizendo: Não vereis a minha face, se o vosso irmão não vier convosco. 4 Se enviares conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos alimento.”
7. O lamento de Judá para com José. Gn 44.31,32 “Acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura. Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se não to tornar, eu serei culpado a meu pai todos os dias.”
8. O choro de José ao rever seu irmão Benjamim. Gn 43.29–30 “E ele levantou os olhos, e viu a Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: Este é o vosso irmão mais novo, de quem me falastes? Depois, ele disse: Deus te abençoe, meu filho. E José apressou-se, porque o seu íntimo moveu-se para o seu irmão; e procurou onde chorar, e entrou na câmara, e chorou ali.”
José e Benjamim eram filhos da mesma mãe Raquel.
9. Revelação e reconciliação. Gn 45.1-5 “Então, José não se podia conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a todo varão; e ninguém ficou com ele quando José se deu a conhecer a seus irmãos. 2 E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu. 3 E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face. 4 E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. 5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.”
José perdoa seus irmãos.
10. José reconhece que foi Deus que o colocou naquele lugar. Gn 45.6-8 “Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. 7 Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento. 8 Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.”
11. Ele chamou o Egito de “terra da minha aflição.
VII. OS ÚLTIMOS DIAS DE JACÓ E DE JOSÉ (Gn 46.3-50.25)
1. Jacó no Egito. Gn 46.3 “Então, disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer para o Egito, porque lá eu farei de ti uma grande nação.”
2. A generosidade de José. Gn 50.21 “Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração.”
3. O salvador de seu povo. Gn 47.11,12 “E José fez habitar a seu pai e seus irmãos e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés, como Faraó ordenara. -E José sustentou de pão a seu pai, e a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias.”
4. Na terra de Gósen. Após encontrar-se com o velho pai, Jacó, instala seus familiares na terra de Gósen, onde os sustenta. E, ali, distante da influência dos cananeus e dos egípcios, os hebreus puderam desenvolver-se até se tornarem uma grande e poderosa nação (Êx 1.6,7). Aquele isolamento seria benéfico a Israel.
Gósen localizava a cerca de 64 km da atual cidade do Cairo, Gósen situava-se no delta do Nilo, ficando assim separada dos centros principais da vida egípcia. Ali, os israelitas viveriam isolados dos egípcios e se desenvolveriam como nação.
5. As setenta e seis pessoas são as que viajaram com Jacó para o Egito. As setenta no versículo 27 inclui José, seus dois filhos e a esposa e a escrava. Atos 7.14 conta o número de pessoas como setenta e cinco, incluindo, assim, os netos de José.
6. José era cidadão de Canaã. Gn 50.25 “José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar os meus ossos daqui.”
CONCLUSÃO: Se fizermos a vontade de Deus, até as adversidades redundarão em bênçãos e livramentos aos que nos cercam. Todavia, não nos impacientemos se os sonhos que nos dá o Senhor demoram a se cumprir. Para tudo há um tempo determinado. Há tempo para sonhar e também para que cada sonho se realize. Que tudo ocorra, pois, de acordo com a vontade de Deus.
Mas sonhar tem um preço. Sonhar incomoda muita gente! Na verdade, sonhar custa caro! Eu creio que todo sonho tem o seu preço!
Uma coisa eu aprendi com José, esse sonhador corajoso e perseverante, que nunca renunciou a seus sonhos, é que “o sonhador mexe com o coração de Deus”.
Não deixe que matem seus sonhos. Continue mesmo que isso incomode pessoas ou demônios, sei agora que vale apena sonhar e ser um descobridor de coisas ocultas, que era o significado do nome de Yossef Bem-Yacov (José filho de Jacó).
Outra lição que aprendemos através do exemplo de José é o fato de que não devemos guardar mágoa das pessoas que nos fizeram algum mal no passado. Quando Deus exalta os seus servos, Ele tem como propósito que o seu nome seja glorificado. Seus servos devem ser gratos e humildes. Deus não abençoa seus filhos para que estes se vinguem de seus inimigos (cf. Mt 5.44-48).
Pr. Elias Ribas Dr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau -SC