TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Mt 24.21 “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.” 

I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO 

1. O significado do tremo. A expressão Grande Tribulação (do grego θλιψις - thilipsisq e μεγαλη - grande) é um termo que encontramos na Palavra como a descrição do tempo que antecede a volta do Rei Jesus.

A palavra “tribulação” significa literalmente “cumprir com força”, como se faz com as uvas no lagar, ou com a cana de açúcar na moenda; “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. A Grande Tribulação será um período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terríveis é cair nas mãos do Deus vivo. De acordo com a profecia da Bíblia, ela vai acontecer nos “últimos dias”, ou no “tempo do fim” (2ª Tm 3.1; Dn 12.4).

A Grande Tribulação é um termo bíblico que descreve o tempo de julgamentos e provações, sem precedentes, pouco antes do retorno de Cristo à terra. 

2. A grande tribulação é também chamada de:

·           Dia do Senhor     Sf 1.14.

·           Ira do Cordeiro                            Ap 6.16.

·           Última semana de Daniel            Dn 9.24-27.

·           Tempo de angústia de Jacó          Jr 30-7; Sf 1.15.

·           Ira futura                                      1ª Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16-17.

·           Tempo de destruição                   1ª Ts 5.3.

·           Tempo de Eclipse (escuridão)     Is 24.10-23; Am 5.18.

·           Tempo de castigo                        Ez 20.37-38.

·           Tempo de choro (pranto)             Am 5.16-17.

·           Tempo de aflição                         Mt 24.21.

·           Dilúvio de açoites                        Is 28.15-18. 

3. As três teorias acerca do arrebatamento da igreja e a grande tribulação.

existem três interpretações principais:

Existem três teorias acerca do arrebatamento da igreja:

1.      O Prétribulacionismo. Ensina que o arrebatamento da igreja (tanto os santos vivos quanto os mortos) ocorrerá antes do período de sete anos da tribulação, ou seja, antes do início da 70º semana de Daniel 9.24-27. É necessário dizer “antes do período de sete anos de tribulação” (RYRIE 2004, p. 563). 

2.      O Mesotribulacionismo. A visão do arrebatamento mesotribulacionista defende que o arrebatamento da igreja ocorrerá no meio dos sete anos e meio. Segundo esta visão, a tribulação é somente a segunda metade da 70º semana de Daniel. (RYRIE 2004, p. 579). 

3.       O Pós-Tribulacionismo. Ensina que o arrebatamento e a Segunda Vinda são facetas diferentes de um único evento, que ocorrerá no final da Grande Tribulação, quando Cristo voltar. A Igreja estará na Terra durante a tribulação para experimentar os eventos desse período. (RYRIE 2004, p. 582). 

II. QUAL A DIFERENÇA ENTRE TRIBULAÇÃO E GRANDE TRIBULAÇÃO? 

João 16.33 “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo! 

1. O que significa tribulação. A palavra tribulação na língua grega aparece como thilipsis que significa: pressão, aflito, angustia, sobre carregado, pressionado, perseguição e tribulação.

Na tradução da Vulgata Latina, a palavra é tribulum, e se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Um instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua palha. A ideia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar. A expressão é essencialmente escatológica. 

“No mundo tereis aflição, mas coragem!” Quando os discípulos de Jesus lhe perguntaram sobre os sinais que indicariam a Sua vinda e fim do mundo (Mt 24.3), Ele foi bem sincero, ao predizer que eles enfrentariam dificuldades, como injustiça e perseguições (Mt 10.17-25; Mt 24.9; 2ª Tm 3.12). Mesmo nas cartas do Apocalipse Jesus falou à igreja de Smirna que eles teriam uma perseguição de dez dias (Ap 2.10).

Isso se cumpriu quando Pedro e João foram levados ao conselho, (At 4.5-7). Marcos acrescenta que eles deveriam ser entregues às sinagogas e prisões a serem espancados e levados perante governantes e reis por causa de seu nome (Mc 13.9). Tudo isso já se cumpriu. Pedro e João foram presos (At 4.3); Paulo e Silas foram presos (At 16.24), e também espancados (At 16.23); Paulo foi levado antes de Gálico (At 18.1, antes de Félix (At 24.24) e antes de Agripa (At 25.23).

Muitas vezes o cristão até pode passar pelo “vale da sombra e da morte” em sua vida (Sl 23.4). Situações na área da saúde, finanças, família, trabalho e relacionamentos. O crente, não está isento de enfrentar obstáculo e dificuldade na caminha cristão. Pois, o próprio Senhor Jesus nos advertiu sobre isso em João 16.33. O apóstolo Paulo diz no livro de Atos: “Pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.” (At 14.22). E na carta aos Romanos 8.18, Paulo fala da tribulação do tempo presente; isto porque refere-se aos momentos difíceis do dia-a-dia. Entretanto, não vamos sozinhos, Ele vai conosco em nossa caminhada.

Vivemos em um mundo com situações que nos afligem, assim como afligiram homens e mulheres no passado.

Deus ouve nossas súplicas e nos livras. O salmista Davi no Salmo 143, descreve a situação de seu coração dizendo, que as adversidades são muitas e não há paz ao seu redor. No Salmo Salmos 18.4-6 Ele clama por misericórdia, dizendo: “As cordas da morte me enredaram; as torrentes da destruição me surpreenderam. 5- As cordas do Sheol me envolveram; os laços da morte me alcançaram. 6- Na minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos.”

Por meio da oração, Davi assegura que os justo que clamam com fé ao Senhor, serão ouvidos: Salmo 34.17 “Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações.”

O Senhor atende o clamor daqueles que estão atribulados: Salmos 34.6 “Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas angústias.”

A palavra “pobre” aqui não significa “pobre” no sentido de falta de riqueza, mas “pobre” no sentido de ser afligido, esmagado, abandonado, desolado. Quando Davi estava no maior estreito de Gate, como estando em perigo de destruição se ele ficasse lá, e ainda não sabia como escapar; mas Deus ouviu seu clamor e o libertou. de todos eles.

Quando olhamos para a história da Igreja não temos dúvida dessa realidade. A Igreja de Cristo tem sempre passado perseguições aflições, provas e tribulações em lugares diferentes, em épocas diferentes, por motivos diferentes. São batalhas espirituais que enfrentamos contra o inimigo de nossas almas (Satanás). Todavia, essas aflições são formas que Deus usa para corrigir o seu povo nesta terra. O apóstolo Paulo fala da tribulação do tempo presente (Rm 8.18), isto porque refere-se aos momentos difíceis do dia-a-dia.

Foi assim nos três primeiros séculos da Igreja no Império Romano. Foi assim após a Reforma Protestante. Foi assim no século XX sob os governos comunistas. Tem sido assim ao longo da história.

Todas essas passagens bíblicas nos mostram as aflições e tribulações que passamos em nossa vida, porém, isso tudo são tribulações, e nada comparado com a Grande Tribulação que virá no tempo do fim (Mt 24.31). 

2. Grande Tribulação. Mateus 24.21 “Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.” 

A Grande Tribulação no grego da Septuaginta θλίψις μεγάλη, thlipsis megalē, é, na escatologia cristã, o período de grande sofrimento anunciado por Jesus Cristo no Sermão da montanha. Ele marca o fim dos tempos ao preceder a parusia e o advento do Reino de Deus na terra. Tradução: sofrimento; carga; trabalho forçado. Essas duas palavras são compostas por um adjetivo (GRANDE) e um substantivo feminino (TRIBULAÇÃO). 

2.1. Análise da palavra Tribulação no hebraico. Para melhor compreensão, vamos analisar algumas palavras no hebraico relacionadas a TRIBULAÇÃO.

1º A palavra סבלsevel, significa sofrimento; carga; trabalho forçado.

2º A palavra é בִּעוּת - bi'ut, significa espanto, horror, terror; angústia, susto.

3º A palavra דְּאָבָה - d'avah, significa tristeza, pesar, angústia, aflição.

4º A palavra דָּחַס – dachas, significa pressionar, comprimir, compactar.

5º A palavra בּוֹשֵׁם – boshem significa pisar, pisotear; oprimir.

6º A palavra צער tsarah significa lamentar. 

2.2. Análise da palavra GRANDE no hebraico. A palavra Grande no hebraico é גָּדוֹל, Gadol que significa grande, denotando um rabino que se presume ser ainda maior do que os outros.

As duas palavras μεγαλη e θλιψις – thilipsisq no grego e גָּדוֹל, Gadol דְּאָבָה d'avah no hebraico é traduzido como “angústia, aflição, adversidade, tribulação de angústia, aperto”.

A palavra “tribulação” significa literalmente “cumprir com força”, como se faz com as uvas no lagar, ou com a cana de açúcar na moenda. A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terríveis é cair nas mãos do Deus vivo.

A Grande Tribulação é chamada na Bíblia como o “Dia do Senhor” o qual Deus entrará em juízo com o mundo altivo, rebelde e impenitente que não ouviram e nem obedeceram a Sua Palavra (Is 13.9-11; Ml 4.1).

A Grande Tribulação, thlipsis megalē é o futuro período de tempo na história da Terra, quando o sofrimento e a guerra se tornarão comuns. Ela foi prevista acontecer pelos profetas de Deus e Seus apóstolos e pelo próprio Jesus (Mt 24.1-51, Mc 13.1-37, Jo 16.1-33), e no livro das revelações apocalítica (Ap 2.22; Ap 7.14), entra em detalhes precisos sobre os eventos que irão acontecer durante a Grande Tribulação.

A “Grande Tribulação” é muito mais do que uma mera perseguição à Igreja. É um período sem precedente na história do mundo, um período de ira divina. Embora alguns teólogos digam que a Grande Tribulação já aconteceu por ocasião da destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C., e que o Anticristo teria sido o imperador Nero, a maioria dos historiadores dizem que Apocalipse foi escrito no fim do século I, nos últimos dias de Domiciano (90-95 d.C.). Ademais, em Mateus 24.21 há duas características da Grande Tribulação pelas quais se evidencia que ela ainda não aconteceu. Primeira: “haverá, então, grande aflição como nunca houve desde o princípio do mundo até agora”. Segunda: “nem tampouco haverá jamais.” (Mt 24.21).

Em todas essas passagens bíblicas expressam que a Grande Tribulação não é o mesmo que falar de tribulações e aflições da vida. Houve e haverá sempre perseguições para a verdadeira Igreja de Jesus. Mas a Grande Tribulação está determinada somente para o povo Judeu, e não se destina à Igreja a noiva do Cordeiro (Ap 19.7-9) 

III. AS SETENTA SEMANAS 

Daniel 9.24-26 “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos. 25- Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26- E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.” 

Nos livros do Pentateuco temos a base para entender a duração das 70 semanas do profeta Daniel. Quando Deus instituiu o descanso no sétimo dia para o povo judeu, Ele criou também um ciclo de 7 anos.

De acordo com o livro Levítico 25.8, o povo de Deus tinha um ciclo de 7 anos, ou seja, uma semana. A cada 7 anos a terra deveria descansar da agricultura para que o solo pudesse repor seus nutrientes. Quando os judeus não pararam de cultivar a terra no sétimo ano por setenta ciclos, eles acabaram como escravos na Babilônia por 70 anos.

No cativeiro babilônico, o profeta Daniel lendo a mensagem do livro de Jeremias, descobriu que a profecia determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim (Jr 25.11-13; 2º Cr 36.21; Dn 9.2). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido profético.

O termo original traduzido por “semana” em Daniel 9.24 é literalmente “setenário”, isto é, sete anos. Portanto, as setenta semanas não se refere a “semanas de dias” e sim “semanas de anos”, onde cada semana equivale a 7 anos, totalizando 490 anos. 

A contagem das “setenta semanas” compreende, portanto, a um período de 490 anos: (70 ciclos de 7 anos, cada, considerando o ano profético de 360 dias). 70 x 7 = 490. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490 anos, setenta multiplicado por sete.

As setentas semanas = 490 anos, divididos em:

·         07 Semanas                         Dn 9.25                         49 anos - da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém.

·         62 Semanas                         Daniel 9.25                   434 anos.

·         01 Semana                          Daniel 9.26                   7 anos. 

1º O primeiro período. O primeiro grupo de “sete semanas”, é equivalente a 49 anos, ou seja, sete períodos de sete anos. O início desta profecia começou a partir da ordem para reconstruir Jerusalém (v. 25). Os
principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de Artaxerxes, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).
 

2º O segundo grupo. O segundo período seria de sessenta e duas semanas. Subtende-se que se trata de 62 x 7= 434 anos. Essas sessenta e duas semanas, somadas às sete primeiras semanas, chegariam ao tempo da restauração de Jerusalém até a vinda do Messias (vs. 25,26). Neste tempo o Ungido (que em hebraico é Messias) viria e seria morto no fim desse tempo, depois Jerusalém seria destruída até que o tempo dos gentios se completasse.

Lc 21.24 E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” 

3º O terceiro período. Esta semana ainda não aconteceu (v. 27). Compare o versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu. Esta última semana, ou seja, sete anos, quando haverá uma invasão do Anticristo e se iniciará um tempo de tribulação para Israel. É o período denominado como o da “Grande Tribulação” (9.27).

Segundo a Bíblia Sagrada, a Grande Tribulação ocorrerá em um período de sete anos ou pares de sete anos, cada. Sabemos isso porque o profeta Daniel já as considerou como anos.

Quando Israel rejeitou seu Messias, Deus suspendeu temporariamente o Seu plano para Israel. Assim, há um intervalo de tempo indeterminada entre a 69ª e a 70ª semana-ano. Jesus fala de eventos futuros, inclusive a destruição de Jerusalém e Seu retorno, Ele diz que “Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem.” (Lucas 21.24). Paulo escreve na sua carta aos Romanos dizendo que “até que a plenitude dos gentios haja entrado. (Rm 11.25).

As 70 semanas de Daniel são uma profecia sobre o futuro de Jerusalém e a vinda do Messias. Portanto, podemos verificar que a última semana que equivale o período de sete anos será cumprida perto do fim dos tempos. 

IV. A ÚLTIMA SEMANA

1. A Grande Tribulação terá duração de sete anos e equivale a última semana de Daniel. 

3. As três divisões da profecia.

A. Profecias cumpridas. Jerusalém foi reconstruída quando os israelitas voltaram do exílio; Jesus, o Messias veio e foi morto; Jerusalém foi destruída novamente em 70 d.C. 

B. Profecias que não foram cumpridas. O povo do príncipe, “governante que virá”, ainda não veio, nem se já fez uma aliança com Israel, nem o que é o “sacrilégio terrível”. 

C. Profecias ainda por cumprir. O pecado ainda não acabou, a justiça ainda não foi estabelecida em toda parte e nem toda visão e profecia foram cumpridas.

A profecia das 70 semanas resume o que acontece antes que Jesus estabeleça o Seu reino milenar (Ap 20.6). De especial nota é o terceiro na lista de resultados: “expiar a iniquidade.” Jesus realizou a expiação pelo pecado por Sua morte na cruz (Rm 3.25 e Hb 2.17). 

4. Quando começou a contar a 70 semanas? As 70 semanas-ano ou 490 anos, começou a contar no dia 5 de março de 444 a.C., quando o rei Artaxerxes, da Pérsia, emitiu a ordem, permitindo que os judeus, liderados por Neemias, retornassem à sua terra para reconstruir a cidade de Jerusalém (Ne 2.1-8). 

5. A Semana final das 70 semanas. Das 70 semanas, 69 já foram historicamente cumpridas. Isso deixa mais uma semana, ou seja, sete anos ainda a ser cumprido. A maioria dos estudiosos acredita que agora estamos vivendo um enorme intervalo entre a semana 69 e a semana 70. O relógio profético foi pausado, por assim dizer. A final semana de Daniel é o que normalmente chamamos do período de Grande Tribulação. 

6. Como entender as divisões da última semana. No estudo sobre as 70 semanas de Daniel, podemos verificar que a última semana que equivale o período de sete anos que ainda não se cumpriu e é exatamente a Grande Tribulação que terá uma duração de sete anos, divididos em duas partes de três anos e meio. 

Para compreensão desta profecia, a matemática divina é a seguinte:

·         um tempo equivale a um ano ou 360 dias proféticos;

·         dois tempos equivalem a dois anos ou 720 dias proféticos;

·         metade de um tempo equivale a meio ano ou 180 dias proféticos. 

Os três anos e meio (360 + 720 + 180) totalizam 1260 dias proféticos. Considerando que cada dia corresponde a um ano literal (Números 14.34; Ezequiel 4:6), o resultado é 1260 anos. É interessante que o mesmo período profético é mencionado em outras passagens bíblicas.

·                    Mil duzentos e sessenta dias – Ap 11.11; 12.6.

·                    Quarenta e dois meses – Ap 13.5.

·                    Um tempo e tempos e metade de um tempo. (Dn 7.25; Ap 12.14). 

Daniel 7.25 “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. 

“um “tempo” é modo hebreu de expressão para um ano. Daniel 11.13b “...ao cabo de tempos, isto é, de anos, virá à pressa com grande exército e com muita fazenda.” 

“de tempos”. A interpretação desse versículo nós encontramos no livro de Daniel 4.32ª. que diz: “E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.” 

“sete tempos sobre ti”. Na versão NVI: “Passarão sete anos até que admitas que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer.” 

A punição determinada por Deus ao rei Nabucodonosor, por causa de seu orgulho, durou sete anos. Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor. O terrível teste chegara ao fim. A temível experiência de sete anos finalmente terminou.

Com base nesse versículo podemos entender que um tempo, significa 1 ano, e tempos, são dois tempos igual a 2 anos e metade de um tempo a 6 meses: total de três anos e meio, que literalmente são 1260 dias ou três anos e meio.

Outro texto é Apocalipse 11.2-3, no Novo Testamento que diz: “E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo e disse: Levanta-te e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram. E deixa o átrio que está fora do templo e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a Cidade Santa por quarenta e dois meses.”

42 meses = 1260 dias = 3 anos e meio. Portanto, podemos interpretar “um tempo, tempos e metade de um tempo” e também “quarenta e dois meses”, que representam nas profecias bíblicas o período de 1260 dias.

Em síntese: Nas passagens proféticas (Dn 7.25; Ap 11.2; 12.4 e Ap 13.5), 1260 dias ou 42 meses, equivale a representação numérica exata para 3 anos e meio. 

“E proferirá palavras contra o Altíssimo”. Note que em Daniel 7.25, a ponta pequena (o Anticristo) profere palavras contra o Altíssimo e faz guerra aos santos do Altíssimo por 1260 dias. O apóstolo João em Apocalipse 13, confirma dizendo que o mesmo Anticristo profere grandes coisas e blasfêmias contra Deus, e recebe poder para agir por “quarenta e dois meses”. (Ap 13.5). Também no Apocalipse 11, o mesmo Anticristo pisará a cidade santa por “quarenta e dois meses.” (Ap 11.2).

A profecia de Daniel7.25, se cumpriu em partes na vida do Imperador Epifânio um tipo de Anticristo, mas ao dizer “e não terá respeito ao Deus de seus pais?” (Dn 11.37), Daniel descreve a nacionalidade do Anticristo, isto é, ele será um Judeu apóstata, verdadeiro ateísta, que não respeitará o Deus de seus pais (referindo-se ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e contra o Senhor falará coisas espantosas) e não a Epifânio como alguns afirmam. É muito importante sabermos que o Anticristo nunca poderia apresentar-se como Messias, ainda que falso, se não fosse um judeu; porque, de outro modo não seria aceito por Israel. 

6.1. A Grande Tribulação será dividida em duas fases.

1ª Fase. Já entendemos a divisão dos tempos, que os sete anos serão divididos em duas partes de 3 anos e meio.

Os primeiros três anos e meio, será de uma falsa paz que o Anticristo trará para o mundo. Neste período o mundo o receberá como grande solucionador dos problemas da humanidade.

A primeira metade da semana será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo, liderará uma coalizão de nações ocidentais naqueles dias, fará também uma aliança com Israel em Jerusalém trazendo paz aos Judeus. Devido a essa paz, o Templo de Salomão será reconstruído na primeira parte da Tribulação (Dn 9.27) prevê que na primeira metade da Tribulação haverá “sacrifícios” em Israel, atividade feita exclusivamente no Templo.

O período citado de 42 meses (v. 2), confere exatamente com 1.260 dias (v. 3) e também com os três anos e meio anunciados pelo profeta Daniel, se referindo ao período da Grande Tribulação (Dn 9.27 e Ap 12.14), confirmados por Jesus (Mt 24.15) dizendo que seria um “tempo abreviado” (Mt 24.22). Então, esta duração abrange a meia semana, três anos e meio, pois de acordo com Daniel 9.27, o Anticristo, o príncipe no qual Israel então terá feito uma aliança, interromperá no meio da semana o serviço do sacrifício. Então dar-se-á o início da segunda fase. 

6.2. Acontecimentos que ocorrerão na primeira fase da Grande Tribulação. A primeira fase da Grande Tribulação que são três anos e meio terá os seguintes acontecimentos:

·           Israel terá pleno domínio de Jerusalém (Dn 9.24).

·           Israel fará acordo com o Anticristo por sete anos (Dn 9.27; Jo 5.43; Is 28.15-18).

·           Israel irá construir o templo derrubado por Roma em 70 d.C. (2ª Ts 2.4).

·           O livro com os sete selos será aberto Ap 6.1-17; 8.1).

·           As duas testemunhas darão as suas profecias (Ap 11.1-12). 

2ª Fase. Os primeiros os três anos e meio, terminarão com o “homem da iniquidade” declarando ao mundo sua divindade e se “assentando no santuário de Deus” (2ª Ts 2.4), uma referência ao novo Templo de Israel. Então termina a falsa paz, e dar-se-á início a segunda fase da Grande Tribulação que são os três anos e meio que faltam para completar os 7 anos. Nessa última parte da Grande Tribulação, são determinados os juízos de Deus onde Ele irá derramar as pragas do Apocalipse sobre os homens e haverá pestilências em todo o mundo, fazendo assim o Senhor estará frustrando o reinado do Anticristo. 

6.3. Acontecimentos que ocorrerão na segunda fase da Grande Tribulação.

·           O Anticristo vai romper o pacto com Israel, fazendo cessar o sacrifício (Dn 9.27) e vai assentar-se no trono para ser adorado como deus (abominação desoladora (Dn 9.27; Mt 24.15 2ª Ts 2.4);

·           Israel é invadida pelo Anticristo (Ap 12.6);

·           O Anticristo sentará no templo exigindo adoração (2ª Ts 2.3-4; Dn 9.27. Jo 5.43; Is 28.15-18).

·           As duas bestas (O falso profeta e o Anticristo) (Ap 13).

·           As sete trombetas do juízo de Deus (Ap 8.2-12; 9.1-13; 11.15).

·           As sete taças (Ap 15 e 16).

·           O espírito do demônio controlará os reis da terra (Ap 16.13-14).

·           Os reis do oriente marcham rumo a Israel (Ap 16.12-16).

·           Uma chuva de meteoro de até um talento que equivale a 34 quilos (Ap 16.21; Mt 24.29).

·           A batalha do Armagedon: grande guerra e perseguição dos exércitos do Anticristo contra a nação de Israel (Is 28.15-18; Zc 14.12-13; Ap 19.19).

·           A Volta de Cristo com Seus santos para livrar Israel (Ap 19.11-26; 1.7; Judas 1.14; Mt 24.30-31).

No final da Grande Tribulação, quando o Anticristo entrar com seus exércitos na terra de Israel, o Senhor descerá do céu montado num cavalo branco, e Seus olhos como chama de fogo, para julgar (Ap 19.11-12). Ele destruirá os exércitos da Besta com o esplendor da Sua vinda. Jesus Cristo, a Pedra cortada sem mãos (Dn 2.34,35,44,45), esmigalha os dez dedos da estátua – o Império Romano restabelecido pela Besta. 

7. A finalidade das 70 semanas. Em Daniel 9.24, o Senhor Deus tinha seis objetivos para esses 490 anos. Os três primeiros se referem ao pecado do homem e os últimos três, à justiça de Deus: 

·                    “para fazer cessar a transgressão”;

·                    “para dar fim aos pecados”;

·                    “para expiar a iniquidade”;

·                    “para trazer a justiça eterna”;

·                    “para selar a visão e a profecia”;

·                    “para ungir o Santo dos Santos”.

Por ocasião da Sua primeira vinda, a morte de Cristo na cruz trouxe o perdão dos pecados, mas Israel somente reconhecerá esse sacrifício quando o Seu povo estiver em contato com a Sua segunda vinda e demonstrar arrependimento, ao final das 70 semanas-ano. Os últimos três objetivos relacionados em Daniel 9.24 projetam o olhar sobre o vindouro Reino de Cristo. 

8. Propósitos da Grande Tribulação. Dois principais propósitos de destacam: Levar Israel a receber o seu Messias e trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.

1. Repreender, castigar e educar Israel com vara de Juízo, preparando os Judeus para enfim aceitarem a Jesus Cristo como o Messias prometido (Ezequiel 20.37; Dt 4.30; Mt 23.37-39).

2. Separar os judeus fiéis a Deus (Zc 13.8-9; Ap 14.1-3).

3. Castigar os ímpios que rejeitaram o maior presente de Deus que é o amor de Cristo, e não se converteram dos seus pecados, pois recusaram a luz de Cristo para viver em trevas (2ª Ts 2.11-12) e preferiram crer nas trevas e na mentira do diabo.

4. Trazer aflição e angústia porque rejeitaram a Jesus como salvador da humanidade.

5. Derramar a ira de Deus (Ap 6.16-17; 2ª Ts 1.7-9).

6. Destruir o império do Anticristo (Ap 16.10).

7. Desestabilizar o atual sistema mundial (Dn 2.34-35).

8. Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo (Dn 2.44). 

Finda-se aqui as 70 semanas de Daniel. Israel reconciliar-se-á com Deus. Ter-se-á cumprido o tempo determinado por Deus, para a execução da transgressão, o fim do pecado, a expiação da iniquidade, para que venha a justiça eterna.

Com o fim das 70 semanas, a visão e a profecia estarão seladas (Dn 9.24). Jesus, então, instalará o Milênio. Israel, agora salvo, estará ao lado de Seu Messias, como a nação líder, tanto política como espiritualmente. 

V. PARA QUEM ESTÃO DETERMINADAS AS SETENTA SEMANAS 

Daniel 9.24“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade....”. 

1. “...estão determinadas sobre o teu povo”. As 70 semanas, ou os 490 anos, estão determinada para a nação de Israel. As Escrituras Sagradas afirmam que este período de tempo irá cumprir-se sobre o povo Judeu (o teu povo) e sobre a cidade de Jerusalém (a tua cidade), sendo assim, “não deve-se confundir Igreja com Israel.”

O anjo Gabriel disse a Daniel que esse tempo estava determinado “...sobre o teu povo (Israel) e sobre a tua santa cidade (Jerusalém), e na oração de Daniel ele diz: “teu santo monte” (v. 16), a “cidade que é chamada pelo teu nome” (v. 18), o “teu santuário assolado” (v. 17) e a “tua cidade e o teu povo” (v. 19). Portanto, a revelação a respeito das setenta semanas foi direcionada para os judeus exilados na Babilônia.

Esta profecia de Daniel 9.24-27, está determinada as seguintes condições para seu fiel cumprimento: Quando Deus rejeitou Israel, por ter desprezado o Messias, parou a contagem do tempo, uma vez que as 70 semanas estavam determinadas para os Judeus. Resta, ainda, uma semana, a última. Os Judeus necessitam estarem em Jerusalém (cidade Santa), e a Igreja já arrebatada. Portanto em 1948, o povo israelita foi reconhecido com nação e os Judeus voltaram para sua terra.

2. Israel não é a Igreja. Romanos 11.25-26 “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. 26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.” 

A Carta aos Romanos é o fundamento da nossa fé, e é justamente nesse texto que Paulo esmiuça com detalhe sobre Israel.

Paulo apresenta diversos argumentos, provando que Deus não desistiu de Seu povo. Deus escolheu o povo israelita com um propósito de abençoar toda a humanidade: revelar Seu poder, Sua Palavra e enviar o Salvador ao mundo. Porque Israel não seguiu o caminho da fé, mas o das obras, e por isso tropeçou (v. 32). Israel tropeçou por haver rejeitado o seu Messias (v. 33).

A rejeição judaica da justiça pela fé em Cristo Jesus, abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. 

3. “...até que a plenitude dos gentios haja entrado.” As palavras de Jesus registradas no Evangelho de Lucas revelam que a destruição de Jerusalém não traria o fim da era presente, pois Cristo afirmou que os judeus sobreviventes seriam levados cativos para todas as nações e disse ainda: “até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.” (Lc 21.24)

Jesus menciona uma época em que Jerusalém estava sob o domínio da autoridade gentia. A profecia diz respeito tanto ao início quanto ao fim da “destruição de Jerusalém”. A conquista de Jerusalém por Nabucodonosor em 588 a.C. começou esse período e continua até os dias de hoje, e define este período como “os tempos dos gentios” (v. 24).

Deus decretou que completaria a redenção messiânica dos judeus e de Jerusalém (incluindo os dois adventos de Cristo) em 70 semanas (490). Porém, a restauração completa de Israel não se cumprirá com o retorno de um remanescente dos exilados depois dos setenta anos de cativeiro na Babilônia.

Jesus usou a profecia de Daniel para predizer eventos futuros, de modo que nós também devemos interpretá-la desta forma.

Os autores do Novo Testamento usaram a profecia do profeta Daniel para predizer eventos futuros, de modo que nós também devemos interpretá-la de forma futurista.

Paulo estava convencido de que no futuro Israel será salvo. Para ele, isso terá seu cumprimento quando se completar a “plenitude dos gentios”. A rejeição dos judeus trouxe a justificação ao mundo gentílico. Quando Deus cumprir seu propósito para com os gentios cumprirá também suas promessas de restauração para todo o Israel. 

4. Há uma distinção entre Israel e a Igreja. Romanos 11.17-24 “E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, 18- Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. 19- Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. 20- Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme. 21- Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também. 22- Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado. 23- E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. 24- Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!” 

4.1. Israel é os ramos da Oliveira. A oliveira era um símbolo da nação de Israel. Ela é usada por Paulo nessa seção como uma ilustração ou alegoria dos tratos de Deus com judeus e gentios.

Paulo explica nos versos 17-24, que o zambujeiro é uma referência aos cristãos de origem gentílica e a oliveira é uma alusão a Israel, aos que herdaram as promessas estabelecidas na antiga aliança de Deus com Abraão (Gn 12.1, 2; 17.7, 8; Os 14.6).

Os ramos da Oliveira (Israel), foram quebrados por que rejeitaram o Messias. A Igreja como um zambujeiro foi enxertado na Oliveira pela fé em Jesus Cristo. Enxertado em lugar deles. Paulo estende a analogia para o enxerto com o propósito de comunicar aqui que os gentios foram sobrenaturalmente ligados à família de Deus. Mas, também ele mostra Deus não rejeitou os israelitas, porém, a incredulidade do seu coração levou Deus a cortar da Oliveira Verdadeira, e Deus nos enxertou pela fé na promessa da videira, sendo agora, a Igreja o Seu povo.

Paulo ele explica que os judeus tropeçaram na pedra de tropeço que era Cristo, mas, ele enfatiza que o plano de salvação de Deus sempre incluiu os judeus, e que a rejeição de Cristo tornou a salvação disponível para os gentios.

As promessas terão seu fiel cumprimento através dos judeus remanescentes, dos gentios que abraçaram a fé e do Israel que será restaurado no futuro. Embora a palavra remanescente signifique “o que resta”, particularmente o que pode permanecer após uma batalha ou uma grande calamidade. Em Romanos 11.5, Paulo fala sobre o remanescente escolhido pela graça de Deus, isto é, “uma pequena parte ou porção”. Da grande multidão de israelitas, restarão tão poucos que será apropriado dizer que era um mero remanescente.

No Dia do Senhor, no final da Grande Tribulação (7 anos), quando Israel estiver cercado pelo exército do Anticristo na guerra do Megido (Ap 7-9; Ap 19.11-21; 14.1; 16.21), Jesus aparecerá no céu para salvar outra vez e resto do seu povo” (Is 11.11; Zc 14.1-4). Os pecadores serão julgados e o remanescente fiel de Israel será separado para sempre como o povo santo de Deus (Zc 13.8; 14.21).

No capítulo 7.1-8 de Apocalipse, João vê 144 mil selados de todas as tribos de Israel, com a missão de proclamar o evangelho na Grande Tribulação, Diferenciando-os da “grande multidão: “....de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 1.1; 7.4-10). Mas ambos os grupos foram salvos pela graça, pela fé no Cordeiro de Deus. É como o cumprimento da promessa apontada pelo apóstolo Paulo sobre o remanescente de Israel que será salvo depois da plenitude dos gentios (Rm 9.27; 11.25).

As promessas de Deus feitas a Israel ainda serão mantidas no futuro. Podemos ter certeza de que tudo o que Deus disse é verdade e acontecerá por causa do Seu caráter e consistência. A Igreja não substitui Israel e não deve esperar uma realização simbólica das promessas da Antiga Aliança. Ao ler as Escrituras, é necessário manter Israel e a Igreja separados.

Para concluir desejo dizer que há uma grande diferença entre a Igreja e Israel. Os Judeus os ramos cortados da Videira que é Cristo Jesus, estarão na Terra no período da Grande Tribulação, mas a Igreja a Noiva estará no céu participando das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). 

5. O Anticristo abominação desoladora. Daniel 9.27 “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”

O evento notável que leva à conclusão do programa messiânico para Israel na segunda metade da septuagésima semana é a “abominação desoladora”.

Muitos intérpretes consideram que a abominação desoladora se cumpriu durante a guerra dos Macabeus quando Antíoco Epifânio interrompeu o culto judaico e profanou o santuário.

Jesus e Paulo apontam o cumprimento desta profecia no futuro. Jesus fala que a futura profanação do Templo seria o sinal inevitável para Israel no tempo da Grande Tribulação.

Mateus 24.15 “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda. 16- Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; 17- E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; 18- E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. 19- Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 20- E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; 21- Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.”

Veja que Jesus aponta a abominação desoladora para os dias da tribulação como um dos sinais que antecedem a Sua vinda. Portanto, não pode ter se cumprido se não ele teria falado, mas veja que o Senhor aponta para o futuro, afirmando que a abominação desoladora surgirá dentro da tribulação.

O apóstolo Paulo também vai citar uma profanação feita pelo Anticristo: 2ª Ts 2.4 “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”

O momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no Santo Templo em Jerusalém.

O assolador de Daniel 9.27 é o Anticristo, que fará um concerto com Israel por sete anos (uma semana), (Jo 5.43 e Is 28.15-18), e na metade da semana (três anos e meio), fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares, assentará, no templo de Deus exigira adoração como se fosse Deus. Ap 13.6, João escreve dizendo: ⁸ E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra...”.

Jesus advertiu que alguém o “abominável da desolação”, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda.” Assim também escreveu o apóstolo Paulo, pois quando, virdes que o homem da iniquidade profanar o templo.

“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora” (Dn 11.31). “Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias” (Daniel 12:11).

Quando isto acontecer, será deflagrada toda a ira de Deus tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém. 

5.1. Uma visão profética com duplo sentido. Daniel 12.1-2, nos apresenta uma outra passagem importante sobre a Tribulação: “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”.

Nesse tempo”. A profecia se cumpriu em partes, quando o rei Antíoco Epífanes, (Dn 12.11 com Dn 11.31), em seu reinado resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme de Israel. Por isso, partiu para a profanação do Templo e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31).

Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio desrespeitou valores morais e éticos da sociedade israelita. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observância do sábado e outras práticas dietéticas do povo hebreu, ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar sagrado para profanar o Santuário. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”, quando Epifânio construiu um altar a Zeus, deus grego, sobre o altar dos holocaustos no Templo. 

“....naquele tempo”. tipicamente, para o fim do reinado de Antíoco; antitpicamente, o momento em que o Anticristo será destruído na vinda de Cristo.

Quando Jesus disse: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel...”, Ele está agora falando de um personagem da história que representa o rei futuro no final dos tempos. O Anticristo, que provocará o grande conflito com Israel e fará tudo para destruir a nação, até que venha o Senhor para aniquilar o seu poder. Reunindo assim em uma visão resumida os dois grandes períodos de aflição.

Antíoco Epifânio, prefigura o Anticristo revelado em o Novo Testamento (Mt 24.15; 2ª Ts 2.3-12). Jesus fala desse personagem em um tempo futuro, assim como o apóstolo Paulo (2ª Ts 2.3). 

5.2. “...e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve...”. O tempo de angústia a que se refere o profeta Daniel envolverá principalmente a nação de Israel depois de seu renascimento. Esse tempo é descrito pelo profeta Jeremias como “angústia de Jacó” (Jr 30.7). A nação de Israel nesse tempo, estará sendo vítimas do cerco por parte dos exércitos do Anticristo, previsto em Joel e pelo apóstolo João no livro das revelações:

Joel 3.1-2 “Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém, 2- Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra.”

Ap 16.16 “E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.”

A destruição de Jerusalém e a dispersão do povo judeu no ano 70 d.C, foi organizada apenas por uma nação, isto, é, o Império Romano, mas a grande batalha do Armagedon, as nações do mundo no comado do Anticristo estarão no vale de Josafá para a peleja final contra os judeus. Portanto há evidencias que são períodos totalmente diferentes.

Nesse tempo as nações estarão interligadas através do processo da globalização, na liderança do Anticristo, para a batalha do vale do Megido. Israel já passou por muitas angustias, (no cativeiro babilônico, e no cerco de Jerusalém pelo general Tito no 70 d.C., porém, agora, será uma batalha para a destruição total do povo Judeu, portanto, será uma angustia qual nunca houve (Dn 12.1 Mt 24.21).

No Apocalipse 7.14, um dos anciões fala ao profeta João dizendo: “Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.”

O castigo de Deus virá sobre os moradores da terra, conforme descrito no livro Daniel como “um tempo de angústia qual nunca houve” (Dn 12.1). Jesus foi ainda mais enfático quando Ele falou dizendo: “porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21). Logo, este momento histórico é inigualável como nunca ouve na face da Terra e nunca amais se repetirá. Mesmo porque, este período também é o derradeiro, pois logo depois desses dias se seguirá o retorno de Cristo (Mateus 24.29, 30). 

No capítulo 30 de Jeremias, vemos que o Senhor está falando ao profeta Jeremias sobre Judá e Israel dizendo: 30.3-6 “Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão. 4- E estas são as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel e de Judá. 5- Porque assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz. 6- Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está dando à luz? e por que se tornaram pálidos todos os rostos? 7- Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela.”

No capítulo 30, Jeremias descreve as aflições e angustias de Judá e que a miséria no cativeiro babilônico até seu “tremor” e “medo” surgindo da aproximação do exército medo-persa de Ciro contra a Babilônia. 

V. 6 “Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz.” O Senhor faz uma analogia dizendo que os homens serão vistos com as mãos pressionadas nos lombos, como as mulheres reprimem suas dores. A metáfora é frequentemente usada para expressar a dor anterior, seguida pela repentina libertação de Israel, como no caso de uma mulher no parto (Is 66.7-9). 

V. 7 “..é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela.” Pela desobediência dos judeus, estavam passando por grande aflição no Cativeiro Babilônico, mais tarde sofreram também nas mãos do Antíoco Epifânio, no ano 70, passaram por uma grande aflição, no cerco de Jerusalém pelo general Tito, porém

A angustia de Jacó em que escreve Jeremias, é uma profecia tri partida, ou seja, em três partes: primeira já estava se cumprindo no Cativeiro Babilônico, a segunda parte se cumpriu na destruição de Jerusalém pelo general Tito, no ano 70, mas a terceira parte dessa profecia ainda não se cumpriu. Portanto, a libertação parcial na queda da Babilônia prefigura a libertação final e completa de Israel, literal e espiritual, na queda da Babilônia mística (Ap 18.1 à 19.21), no final dos tempos.

Jeremias 30.8-9, O Senhor falou dizendo: “Porque será naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço, e quebrarei os teus grilhões; e nunca mais se servirão dele os estrangeiros. 9- Mas servirão ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei.”

Se a profecia de Jeremias fosse só para o tempo do cativeiro babilônico teria algo errado. Note que o Senhor disse: “e nunca mais se servirão dele os estrangeiros.” Porém Israel voltou a viver em novo cativeiro a partir do ano 70. E o que dizer da 2ª guerra mundial onde Adolf Ritler matou mais de 6 milhões de Judeu?

“Os estrangeiros não mais farão dele seu servo” (Jr 25.14). Depois da libertação de Ciro, Pérsia, Alexandre, Antíoco e Nero, fizeram de Judá seu servo. O pleno da libertação significa que, portanto, ainda é futuro teu pescoço – o dele, isto é, o de Jacob (Jr 30.7). 

V. 9 “Mas servirão ao Senhor, seu Deus...”. A tribulação culminará na salvação física e espiritual (cf. Zc 12.10-14; Zc 13.1) que será tal que Israel nunca mais será subjugado por nenhuma nação. Isso não pode ser dito de qualquer salvação que tenha ocorrido até hoje. A promessa, “ele será salvo dela”, refere-se a um tempo ainda futuro.

Todas as passagens bíblicas deixadas por Jesus, Daniel, Jeremias Paulo e João, nos provam que as 70 semanas foram determinadas para Israel e não para a Igreja. É os israelitas que que sentir a angústia de Jacó, por terem rejeitados a Jesus como o Messias. 

VI. A IGREJA PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO? 

Cristo foi para o céu e a mulher, que representa a igreja, encontrou proteção divina no deserto durante o período de tempo profético de 1.260 dias. Neste tempo, ela aguarda o retorno de Cristo e o estabelecimento do reino eterno de Deus, mas não pode se manifestar publicamente por causa da intensa perseguição. 

1. A Igreja Passará Pela Grande Tribulação? Essa é uma pergunta que certamente já tirou o sono de muita gente. Muitos afirmam que a Igreja não passará pela Grande Tribulação e defendem um Arrebatamento Pré-Tribulacionista, outros que a Igreja será arrebatada no meio da tribulação Meso-Tribulacionistas, enquanto outros afirmam exatamente o contrário e defendem um Arrebatamento Pós-Tribulacionista.

Todos os crentes concordam que os juízos de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capitulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.

Existem várias razões lógicas para acreditarmos que esse evento ocorrerá antes da Tribulação.

Primeiro, precisamos compreender que o principal propósito do período da Tribulação (“O Dia do Senhor”) é punir e refinar a nação de Israel e não a igreja de Jesus Cristo que é sua amada noiva.

Torna-se, pois, bem claro, à vista da Palavra de Deus, que há dois aspectos distintos da segunda vinda de Jesus.

Vejamos alguns fatos que ocorreram livramento antes da tribulação:

·         Enoque foi levado ao céu antes do Dilúvio; a Bíblia diz na carta de Hebreus para não ver a morte (Hb 11.5).

·         Elias foi levado ao céu antes do aparecimento das duas ursas que mataram os 42 rapazes (2ª Reis 2.1, 23, 24).

·         Ló foi tirado de Sodoma antes da destruição (Gênesis 19).

·         Deus não destinou a Igreja para a ira (1ª Ts 5.9).

·         João foi arrebatado ao céu logo após o relato da última carta à igreja de Laodiceia (Ap 4.1-2).

·         Se orarmos e vigiarmos escaparemos das coisas que sucederão (Lc 21.36).

·         Versículos bíblicos que nos mostram o grande livramento que o Senhor nos dará: (Salmos 32.7; Salmos 27.5- 6; Salmos 33.19; Pv 11.8; Ec 8.5; Isaías 65.13 e 1ª Ts. 1.10). 

E isso é confirmado ainda na primeira Epístola – “quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição (...) e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão” (1ª Ts 5.3,4).

Conforme o texto acima são os que estão “em trevas” que não escaparão da destruição. Os filhos da luz (1ª Ts 5.5) já terão sido arrebatados (1ª Ts 4.16-18). Por isso, mais adiante, Paulo reafirma que os salvos escaparão da ira futura: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Ts 5.9). 

2. A igreja estará nos céus. Apocalipse 19.1-3 “Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, 2- porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. 3- Segunda vez disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.

O capítulo 19 começa com esta expressão: “Depois destas coisas”, ou seja, depois dos juízos e catástrofes da Grande Tribulação, ele começa a tratar da vinda de Jesus Cristo em glória, para julgar as nações e estabelecer o Seu reino eterno.

Depois, João vê o céu aberto e narra o que viu: o Rei dos reis e o Senhor dos Senhores. Ele também um coral incontável de santos que cantam aleluia e dão glória a Deus, junto aos 24 anciãos e aos quatro seres viventes.

Os vinte quatros anciãos simbolizam os salvos, antes e depois de Cristo. Juntos ele vê a noiva (esposa) e o Noivo prontos para as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-8). Essa referência temos a Igreja reunida a Cristo nas bodas do Cordeiro no céu. Portanto, após as bodas do Cordeiro, Jesus vem em glória com os Seus, para julgar as nações (Ap 19.11-21). 

3. A ira do Cordeiro. Ap 6.16-17 “E disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?”

A ira (gr. orge), é uma expressão da justiça. É a indignação pessoal de Deus e Sua reação imutável diante de todo o pecado (Ez 7.8-9; Ef 5.6; Ap 19.15) causada pelo comportamento iníquo do ser humano (Êx 4.14; Nm 12.1-9; 2º Sm 6.6-7), e pela apostasia e infidelidade do povo (Nm 25.3; 32;10-13; Dt 29.24-28). 

3.1. A Grande Tribulação será um tempo de julgamento para as nações rebeldes Ap 6.16-17. “Eles gritavam às montanhas e às rochas: “Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?”A ira do Cordeiro descrito neste capítulo do verso 6 ao 19, é uma manifestação da vingança divina contra os transgressores da Sua Palavra e para quem não há manifestação da Sua misericórdia (Dt 32.39-43; Êx 22.23-24).

Escondei-nos daquele que assenta no trono e da ira do Cordeiro. Mesmo num mundo cheio de todo tipo de sofrimento, “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O sexto selo claramente representa um castigo divino, identificado aqui com o poder do Pai que se assenta no trono (Ap 4.2-3) e com a ira do Cordeiro que recebe e abre o livro (5.6-7). Para aqueles que se submetem ao Cordeiro, Ele é o Salvador “que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Mas para os inimigos que o perseguem e que matam os seus servos, Ele mostra ira e poder irresistível. Ele é, ao mesmo tempo, o Cordeiro e o Leão. 

“Porque chegou o grande Dia da ira deles”. O dia aqui é identificado claramente como um dia de castigo divino.

A ira é o ódio de Deus contra o pecado, a imoralidade e a iniquidade impenitente. É o mesmo que a ira de Deus (cf. Ap 15.7; ver Rm 1.18; Hb 1.9). Os fiéis da igreja de Cristo não estão destinados à ira de Deus (1ª Ts 5.9), pois Jesus prometeu que virá para livrá-los da ira vindoura (Ap 3.10; 1ª Ts 1.10). Paulo usou a mesma expressão para identificar o dia “do justo juízo de Deus” em que ele fará separação entre os justos e os perversos (Rm 2.4-8).

O sexto selo não identifica um dia específico de castigo, mas promete a justiça de Deus que traria o devido castigo sobre os perversos. Nada tem a ver com a Igreja de Cristo. 

Pela face daquele que está sentado no trono. Eles agora viram que todos esses terríveis julgamentos vieram do Todo-Poderoso; e que Cristo, o autor da nossa fé, estava agora julgando, condenando e destruindo-os por suas cruéis perseguições a seus seguidores. 

Quem é que pode suster-se? Olhando para o que vem, esta pergunta se torna especialmente importante. Depois de ver os primeiros seis selos abertos, chegando ao sofrimento terrível do sexto, só pode se esperar que o sétimo seja pior ainda. 

VII. QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO 

Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação: 

1. Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo. João 5.43 “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis.” 

Israel o povo escolhido por Deus para trazer o Messias para a salvação da humanidade, mas, lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, os ramos da oliveira foram cortados e houve a mudança no plano divino. Eles esperavam um messias que fosse um rei e que viesse libertas do jugo do império de Roma. Eles não esperavam um rei humilde, montado em um jumento e pregando amor aos inimigos.

A última semana sete anos de aflição, está determinada para os judeus (Dn 9.24). 

Jesus falou dizendo: “se outro vier em seu próprio nome...”..., fingindo ser o seu messias predito pelos profetas, surgira um rei que estabelecerá uma aliança de paz com os judeus e muçulmanos. 

Daniel 9.24“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade....”. 

Os 144 mil judeus selados. Apocalipse 7.1-8, João vê quatro anjos, nos quatro cantos da terra, retendo quatro ventos. Isso significa que um juízo de Deus estava para ser derramado na Terra de modo que ninguém seria capaz de escapar. Em seguida João contempla 144 mil, selados das tribos de Israel. Esses são judeus convertidos pela pregação das duas testemunhas na primeira fase da Grande Tribulação, e serrão selados pelo Espírito Santo (Ef 1.13), o que significa que eles têm a proteção especial de Deus e mantidos a salvo dos julgamentos divinos e da ira do Anticristo, para cumprir livremente sua missão evangelizadora na Terra. Já havia sido profetizado que Israel se arrependeria e voltaria para Deus (Zc 12.10; Rm 11.25–27). Portanto, os 144.000 judeus, são as primícias salvos e arrebatados desse Israel redimido, porque Apocalipse 14.4, João os vê no céu no com o Cordeiro. Com o resultado da pregação evangelizadora, “uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos.” (Ap 7.9).

Após o arrebatamento dos 144 mil selados o diabo irá perseguir os remanescentes de Israel.

Apocalipse 12.17, “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.”

Quando o Dragão foi lanço para Terra (Ap 12.13), perseguiu a mulher (Igreja). Porém, Deus arrebatou-a para o céu fora da vista da serpente (Ap 12.14).

O dragão não se dá por vencido e continua a sua perseguição. Agora ele sai para fazer guerra contra o restante do povo de Deus, ou seja, os remanescentes de Israel. Por fim, o remanescente israelita será absolvido pelo Justo Juiz e estará seguro, enquanto o Inimigo ficará parado sobre a areia do mar sem poder prosseguir com seus intentos (Ap 12.16-18, ARA).

Israel será julgado, repreendido pelo Senhor por ter rejeitado a Jesus como Messias e Salvador. O profeta Jeremias chamou esse período de “angústia para Jacó” (Jr 30.7).

“Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.1-7; leia também Apocalipse 12.1-7). Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.

Os Judeus serão enganados pelo Anticristo e sofrerão os horrores do tempo da “Angustia de Jacó”. O período da Grande Tribulação será o tempo de angústia para Israel, onde Deus enviará os seus juízos para os desobedientes.

“No momento que seriam esmagados pelas nações do mundo, no fim deste período, passarão debaixo do cajado de Deus” (Ez 20.37), que simboliza uma aproximação de Deus. Na grande Tribulação, após sofrerem, os justos clamarão o nome do Senhor, em profundo arrependimento. Os rebeldes serão destruídos e o remanescente fiel entre eles tornar-se-á o único núcleo de um Israel renovado espiritualmente, então dirão a Deus: “Mas agora, o Senhor, Tu és nosso Pai; nós o barro, e Tu o nosso Oleiro; e todos nós obra de suas mãos” (Js 64.8); (Zc 12.10; 13.1).

Será nesta hora que a nação, em sua totalidade, reconhecerá Jesus como seu Messias, sendo por Ele convertido. “Quem jamais ouviu tal cousa? Quem viu cousas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

No final da Grande Tribulação quando Israel estiver cercado pelo Anticristo então virá o Senhor em glória e irão dizer: “E se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá Ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zc 13.6). 

2. Os gentios. A grande tribulação é um tempo de julgamento divino sobre um mundo ímpio que rejeitou a Cristo, mas também um tempo de ira e perseguição satânica contra os que recebem a Cristo e a sua Palavra.

“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas mãos” (Ap 7.9, 13, 14).

Será baixado um decreto ordenando a morte de todos que se recusarem a adorar o governante mundial e sua imagem. Noutras palavras, muitos que resistirem ao anticristo e permanecerem fiéis a Jesus, selarão sua fé com suas vidas (Ap 6.9; 14.12,13; 17.9-17). 

VIII. HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO? 

Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: “haverá salvação neste período?” É claro que sim. O livro de Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios:

“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9).

Este grupo incontável compõe-se todos os salvos de todas as nações. Quando João pergunta quem são, um dos anciãos responde-lhe dizendo: “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7.4-14).

Atribulação será um tempo de grande angústia para os ímpios por causa dos juízos de Deus. Também será um tempo de grande perseguição para os crentes que ficarem e também para a nação de Israel por causa da perseguição do Anticristo (Ap 13.7). Daniel viu o Anticristo, o qual “fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles” (Dn 7.21).

Quando a primeira fase da Grande Tribulação (três anos e meio) passarem, os santos serão perseguidos pelo Anticristo e serão martirizados para defenderem sua fé.

Ap 20.4 “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.”

João vê as almas daqueles que foram decapitados pelo testemunho de Jesus Cristo e pela fidelidade a Sua Palavra e não adoraram a besta e nem sua imagem (Ap 13.15) e puderam “viver e reinar com Cristo por mil anos”.

Esta Tribulação tem uma dimensão diferente de qualquer outra que já houve na história da Igreja. No fim dos tempos da Grande Tribulação, todos os santos defenderão sua fé através do seu martírio, eles servirão ao seu Senhor Jesus Cristo no meio de um ambiente desesperado. No entanto, em sua morte, eles venceram: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12.11). Mesmo quando Deus está cumprindo Sua justa punição em um mundo incrédulo, Ele restaurará Israel à fé e estenderá a graça a todos os que creem, tanto judeus quanto gentios. Deus sempre esteve no negócio de salvar as pessoas, e essa salvação ainda estará disponível durante a tribulação.

Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se aqueles que afirmam que após o arrebatamento da Igreja, as Escrituras perderão sua inspiração sobrenatural e única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: “seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).

Precisamos entender que a salvação é pela graça. A graça é manifestada a todos os homens que se arrependem de seus pecados. Na Velha Aliança, o povo era salvo pela fé no Redentor Prometido. Na Nova Aliança, somos salvos pela fé no sacrifício de Jesus no Calvário. Porém, na grande tribulação o povo será salvo por guardar a fé. Isto é também salvação pela graça (At 15.11; Ef 1.4; 1ª Pe 1.19-20).

Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2). Em Ap 14.1-5 vemos uma multidão de judeus salvos da terra na Grande Tribulação. Em Ap 6.9 e 7.9-11, vemos uma multidão de gentios salvos no céu, porém saídos da terra, após sofrerem martírio.

Apocalipse 22.17, “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.”

Quem houve diga vem...”. O evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, está sendo anunciada a toda a humanidade, para aqueles que ouvem e aceitam vivem uma esperança de saber que Jesus está vivo (Ap 1.18) e tem uma eternidade preparada (Jo 14.1-3), para aqueles que recebem Jesus no seu coração (Ap 3.20). 

Pr. Elias Ribas 

Bacharel em Teologia Seminário Gilgal – Cruz Alta RS.

Mestrado em Teologia – SEAMID – Cascavel PR.

Dr. Em Teologia - SEAMID – Cascavel PR.

Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.

Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.

Exegese Grego do Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A VINDA DE JESUS E O ANTICRISTO

 


2ª Tessalonicenses 2.1 “Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele.” 

INTRODUÇÃO

Pouco depois de escrever sua primeira epístola aos santos tessalonicenses, Paulo escreveu-lhes uma segunda epístola, para corrigiu ideias errôneas que parte dos membros da Igreja tinham quanto a certos aspectos da Segunda Vinda de Jesus Cristo e deu conselhos a esses membros. Ele ensinou-lhes que o Salvador só voltaria depois que houvesse uma apostasia. Depois, condenou a indolência e aconselhou os santos a não se cansarem de fazer o bem (2ª Ts 3.13). 

I. QUANDO E ONDE FOI ESCRITO 

“Paulo escreveu de Corinto as Epístolas aos Tessalonicenses, durante a sua segunda viagem missionária”, por volta dos anos 50 a 51 d.C. (Guia para Estudo das Escrituras, “Epístolas Paulinas”, scriptures.LDS.org). 

II. PARA QUEM E POR QUE ESSA EPÍSTOLA FOI ESCRITA? 

“No breve período entre as duas epístolas, a Igreja enfrentara perseguições (2ª Ts 1.4) e a ideia da volta imediata do Senhor causara uma agitação prejudicial (2.2)” (Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês, “Pauline Epistles”). Paulo escreveu 2 Tessalonicenses com o objetivo de fortalecer a fé desses membros e corrigir mal-entendidos quanto à doutrina. 

III. PORQUE PAULO ESCREVEU ESSA CARTA? 

Paulo escreveu 2ª carta aos Tessalonicenses, para esclarece ideias com interpretação errôneas sobre a vinda de Jesus Cristo e pede para os irmãos não cair em falácias sobre o dia da vinda de Cristo. Mas para atentar sobre a manifestação do anticristo, que se opõe a tudo relacionado a obra de Deus.

Himeneu, Alexandre e Fileto foram três homens que aparecem na narrativa bíblica do Novo Testamento, citados pelo apóstolo Paulo na sua carta a Timóteo (1ª Tm 1.19,20; 2ª Tm 2.17). Eles viveram no período apostólico da Igreja Primitiva e são citados por Paulo como sendo pessoas que causaram danos à pregação do Evangelho. Pela forma com que são mencionados na Bíblia, é possível que Himeneu, Alexandre e Fileto tenham exercido algum papel de liderança na comunidade cristã da época.

IV. A VINDA DO SENHOR JESUS CRISTO 

2ª Tessalonicenses 2.1-5 “Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele, 2- que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto. 3- Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 4- o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

1. A vinda do Senhor e os falsos mestres. Existiam na igreja falsos mestres tentando enganar os irmãos falando mentiras sobre a volta de Cristo. E o apóstolo Paulo escreve a segunda carta aos tessalonicenses para alerta-los e exorta-los para que não caiam nessas ciladas e tomem cuidados com o homem da iniquidade. 

V. 1 “...pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo...”. Os irmãos da igreja em Tessalônica, ouviram um ensinamento errado de que o Senhor já tivesse voltado e que haviam sido esquecidos no arrebatamento, já que não estavam com Jesus conforme a promessa. Paulo os consola, lembrando-os que, de fato, haverá uma reunião dos irmãos com o Senhor.

Na primeira epistola aos tessalonicenses, Paulo garantiu que todos os crentes verdadeiros serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim ficarão para sempre com Ele (1ª Ts 4.13-18). Esse evento os livraria da ira futura de Deus sobre a terra (1ª Ts 1.10; 5.9,10). Agora, porém, na segunda epístola aos tessalonicenses, Paulo advertiu os irmãos de Tessalônica que estavam confusos e perturbados por causa dos falsos mestres que estavam ensinando que o Dia do Senhor (Dia de Cristo) já havia começado, e que a ira final de Deus estava sendo derramada sobre a Terra. Paulo lhes responde dizendo que o dia da ira de Deus ainda não havia chegado. Sendo assim, Paulo escreveu a segunda carta aos tessalonicenses para esclarecer o assunto. 

V. 2. “...que não vos movais facilmente do vosso entendimento...”. Os crentes de tessalonicenses estavam perturbados por causa do ensino dos falsos mestres na igreja. Paulo lhes diz para não se abalar, porque o dia da ira de Deus ainda não era chegado. 

3. Objeto de culto. “Ninguém, de maneira alguma, vos engane....”. O Anticristo irá substituir adoração a qualquer Deus ou que se chama Deus, pelo culto de si mesmo, ou seja, ele irá exigir que o mundo o adore como um deus.

 Jesus dá o mesmo aviso em conexão com o mesmo evento: Mt 24.4, 5; 24 “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. 5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. 24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” 

Toda espécie de sutileza, astucia, engano, mentira, falsidade tem sua origem no diabo. Ele é perito nesse assunto. “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” (2ª Co 11.3).

Nos primeiros três anos e meio da Grande Tribulação, o Anticristo irá fazer uma aliança com Israel e os judeus, o aceitarão como o Messias e todo o mundo gentílico que negará a Jesus (apostasia) e o terão como substituto, outro Cristo.

Nesta época os israelitas estarão confusos e olharão para o Anticristo como o messias prometido. Ele terá um auxiliar (o falso profeta), que fará o povo adorá-lo através de prodígios (Ap 13.11-17), e Satanás entregar-lhe-á todo o poder que tem, será considerado o senhor da terra (Ap 13.7; Dn 11.36; Ap 13.14 -15). Porém, na segunda fase da Tribulação, ele irá se opor a Deus, exaltar a si mesmo a ponto de declarar-se que é Deus e irá exigir adoração e proibirá qualquer culto a qualquer deus que não seja ele dirigido (Is 14.14). Ele constrangerá a humanidade a adorar o Dragão e seus demônios (Ap 9.20). A fim de que a idolatria e o satanismo em seu mais alto grau, espalhe-se por toda a terra. o Anticristo levantar-se-á contra Deus e contra os que o adoram.

V. TRÊS COISAS ASSINALAM A CHEGADA DO ANTICRISTO

1. Haverá uma apostasia geral. (V. 3). O termo apostasia do grego apostásis, significa afastamento, abandono consciente e público da fé, e abandono da verdade. O Espírito Santo fala abertamente que nos últimos dias muitos vão apostatar, isto é, negar a fé, negar as doutrinas do cristianismo (1ª Tm 4.1-2). Será uma era de tempos trabalhosos (2ª Tm 3.1-9). Nessa época a sã doutrina não será suportada e haverá entre o povo de Deus heresias destruidoras.

A palavra traduzida como “afastar-se” é de caráter tão geral que pode ser aplicada a qualquer partida da fé que foi recebida.

“O ministério da iniquidade” é uma atividade secreta dos poderes malignos no decurso da história da humanidade, preparando o caminho para apostasia e o “homem da iniquidade”.

É um processo enganoso, que ilude os incrédulos, e induzirá a muitos a se desviarem da verdadeira fé e aceitar a mentira personificada na igreja apóstata. É um espírito ou movimento contra a verdadeira fé bíblica, levando as pessoas a acreditarem no espírito do erro. 

2. O homem da iniquidade. (V. 3). Outro evento que deve ocorrer antes que ocorram os julgamentos do Dia do Senhor é a revelação do “homem da iniquidade”. Isto é, o homem cuja característica distintiva é o pecado. No decurso de toda a época da igreja, “um ministério da injustiça” está em ação, o que nos faz lembrar que o fim está chegando (1ª Jo 2.18). Ele também é descrito como “o filho da perdição. Isto é, aquele que levará a humanidade a destruição à qual ele está destinado e a perdição eterna. O mal é uma ação contrária ao padrão divino, é uma inversão de valores, por exemplo: A legalização das drogas, aborto, homossexualidade, pedofilia etc. Porém, quando o “homem do pecado” assumir o governo do mundo, promoverá o genocídio dos que não lhe aceitarem o sinal, e não haverá ninguém para levantar a voz contra esse crime (Ap 20.4).

Paulo considera o homem do pecado como a contraparte de Cristo; como Cristo foi revelado pelo Pai, assim será revelado o homem do pecado que terá por pai Satanás. O filho da perdição; cujo pecado necessariamente conduz à sua perdição e de seus seguidores. O mesmo nome que foi aplicado por nosso Senhor a Judas Iscariotes (Jo 17.12).

A Bíblia descreve também esse homem como a besta que sai do mar (Ap 13.10), a besta de escarlata (Ap 17.3, 8). 

Os títulos dados a este homem servem como descrições adequadas de sua natureza:

A. “homem da iniquidade...” (v. 3). Ele moverá uma completa oposição à Lei de Deus.

(Veja Dn 8.25).

B. “o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus...” (v. 4). Ele será um

adversário de Deus e de Seus planos (Dn 7.25).

C. “...filho da perdição” (v. 3). Ele está destinado à completa destruição (Dn 8.25). 

3. Objeto de culto. O Anticristo irá substituir adoração a qualquer Deus ou que se chama Deus, pelo culto de si mesmo, ou seja, ele irá exigir que o mundo o adore como um deus.

Nos primeiros três anos e meio, o anticristo irá fazer uma aliança com Israel e os judeus, o aceitarão como o Messias e todo o mundo gentílico que negará a Jesus (apostasia) e o terão como substituto, outro Cristo.

O profeta Daniel profetizou a seu respeito dizendo: “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Daniel 9.27).

Quando terminar a primeira parte da Grande Tribulação (1260 dias), o homem da iniquidade irá entrar no terceiro templo dos Judeus em Jerusalém e exigirá para si adoração como deus (2ª Ts 2.4).

Ap 13.8 “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”

Nesse momento Israel irá romper a aliança com ele, então será revelado o Anticristo.

O Senhor Jesus Cristo afirma que o Anticristo tomará para si a posição que pertence ao Filho do homem, e o chama de a “abominação da desolação”, fazendo referência ao Profeta Daniel:

Mateus 24.15 “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda.”

Daniel 12.11 “E, desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.”

Mas quando o Anticristo reivindicar essa adoração de si mesmo, se assentando no templo de Deus, os judeus o rejeitarão e pregarão o Evangelho do Reino (nós gentios pregamos o Evangelho da Graça).

Mateus 24.14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”

4. A retirada daquele que resiste. 2ª Ts 2.5-7 “Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 6- E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 7- Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado.” 

4.1. Não vos lembrais. Paulo faz os tessalonicenses se lembrarem de seu ensino anterior sobre a segunda vinda de Jesus, confirmado em sua primeira carta para eles (1ª Ts 4.13; 5.11). Ele lhes havia ensinado que não passariam pela noite do juízo que viria sobre o mundo no dia do Senhor nem seriam objetos da ira de Deus (1ª Ts 5.9). 

4.2. O que está impedindo o aparecimento do Anticristo. A verdade é que o mistério da iniquidade já está em ação (1ª Jo 2.18), a grande apostasia já está a caminho e o “homem do pecado” poderá se manifestar a qualquer hora. Alguém ou algo está impedindo que ele apareça. Parte do propósito dessa restrição é impedir que o homem do pecado seja revelado antes do tempo determinado. Quando aquele que o detém for tirado do meio, começa o julgamento e justiça divina sobre a Terra. 

Este poder que detém não é identificado. Estes versículos afirmam que, este que resiste está detendo o poder da injustiça e assim o fará até o tempo da manifestação do Anticristo, momento em que ele se retirará. (A Bíblia no grego diz que ele retira a si mesmo, e não que ele é tirado.) [Epístolas Paulina II, EETAD. Pg. 108].

Alguns interprete entendem que fosse o império romano, mas o poder de Roma já não mais existe, e o Anticristo ainda não se manifestou. Mas, quando aquele que o detém for tirado do meio, começará o Dia do Senhor.

Convém observar que o verso 6, Paulo refere-se ao repressor de modo neutro (“o que o detém”), enquanto que o verso 7, usa o gênero masculino (“aquele que agora o detém”).

Paulo está se referindo aqui ao Espírito Santo, uma vez que Ele pode ser descrito tanto no gênero masculino quanto no neutro (Jo 14.16,17; 16.13) e também Ele é apontado como Aquele que modera as forças do mal, ou seja, Deus é quem está por trás restringindo a manifestação do homem da iniquidade. 

Enquanto o Espírito Santo não levar a Igreja a encontrar com do Senhor nos ares, o homem do pecado, o Anticristo não aparecerá. O que o detém é o Espírito Santo. Ele não retira a Sua onipresença, nem sua presença na terra durante a Grande Tribulação, mas encerra sua tarefa de reprimir o poder da injustiça. Quando aquele que o detém for tirado do meio, começará o Dia do Senhor. Satanás e o Anticristo terão liberdade para levar o mundo ao caos. É por isso que o Anticristo vai surgir no período de grande apostasia, ou seja, da grande rebelião, quando os homens não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição. 

Claro que o Espírito Santo ainda estará presente na terra, mas será tirado do meio no sentido de que Seu ministério único de restrição do pecado (convencer o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.8)), cessará. Deus tem restringido o pecado no mundo por meio do poder do Espírito Santo. O Espírito trabalha diretamente por meio da Palavra, e os cristãos fazem avançar o Reino de Deus e deter o mal. Mas, quando Ele for tirado, o mundo sem Deus blasfemará contra Ele (Ap 16.11) e uma grande apostasia surgirá com a manifestação do homem do pecado juntamente com o falso profeta (Ap 13.11-18). Portanto, a única revelação que temos, descrita pelo próprio apóstolo Paulo é que o povo de Deus será tirado da terra, no aparecimento de Jesus Cristo (Tt 2.13,14; 1ª Ts 4.17). Todavia, depois disso será revelado o Anticristo, então estamos diante de mais uma prova de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. 

5. O Anticristo será um representante de Satanás na Terra. 2ª Ts 2.8-12 “E, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 9- a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,10- e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 11- E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, 12- para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.” 

O Anticristo será o representante do pai da mentira (Jo 8.44), e terá por objetivo apagar toda a verdade que Deus imprimiu na Sua Santa Escritura, na consciência humana e na história. Somente assim, conseguirá aprisionar a humanidade (2ª Ts 2.11).

O mundo apostatado mergulhará no pecado. Esse homem virá para realizar o trabalho de Satanás, com poder, sinais e falsas maravilhas, e com todo tipo de mentira perversa para enganar os que estão caminhando para a destruição, pois se recusam a amar e a aceitar a verdade que os salvaria. Portanto, Deus fará que sejam enganados, e eles crerão nessas mentiras. Então serão condenados por ter prazer no mal em vez de crer na verdade.

O Anticristo assumirá o controle dessa Terra por um período de sete anos, logo após o arrebatamento da Igreja. Mas no final da Grande Tribulação, quando Jesus aparecer em glória com Seus santos (Ap 19.11-21), irá paralisar a obra do Anticristo na Terra. O sopro de Jesus glorificado matará o iníquo, então ele será morto e sua obra reduzido a nada. 

CONCLUSÃO

Aqueles que não creram no evangelho de Cristo, e não foram arrebatados a encontrar o Senhor nos ares (1ª Ts 4.16-17), serão salvos?

Sim, serão salvos, mas terão que enfrentar o Anticristos que perseguira a todos levando a morte.

Ap 20.4 “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.”

Aqueles que ficarem na Grande Tribulação:

- Terão de crer como Abraão creu;

- Continuar fiel a Jesus e Sua Palavra.

- Não receber o sinal da besta (um pacto de fidelidade a ela);

- Não adorar a besta.

Portanto, sofrerão o martírio de um cristão verdadeiro. Assim terrão o direito de entrar no reinado de Cristo por mil anos. (Ap 7.9-17). 

Pr. Elias Ribas - Dr. Em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

TRÊS TEORIAS CONCERNENTE A VOLTA DE JESUS A ESTA TERRA

 


A algum tempo tem despertado a minha atenção para as profecias bíblicas relacionadas com o fim dos tempos.

O renascimento da nação de Israel tem a ver com datas, previsões e cumprimentos. Sei que há quem ache que datas e números não têm qualquer relevância bíblica, mas o estudo aprofundado das Sagradas Escrituras conduzirá facilmente a uma opinião diferente.

Não sou numerólogo e nem cabalista, longe disso, apenas um servo do Deus vivo, mas algumas datas me deixam curioso com relação do fim. Especular sobre datas pode ser perigoso, contudo, isso não nos impede de estarmos atentos aos sinais, pois acredito que estamos a caminho dos momentos finais da história humana, ou pelo menos desta presente dispensação, ou época.

Devo deixar claro que são teorias e não doutrinas bíblicas. 

1ª Teoria. Comparando o tempo decorrido de Adão e Eva até os dias atuais. 

Deus criou o homem e todas as coisas na Terra em 6 seis dias.

1º dia - A luz.

2º dia - O céu.

3º dia - Terra seca e vegetação.

4º dia - Corpos celestes (sol, lua, estrelas).

5º dia - Animais aquáticos e aves.

6º dia - Animais terrestres e o ser humano.

7º dia Deus descansou. Deus abençoou o sétimo dia e o instituiu como dia de descanso (Gênesis 2.2-3). 

1. O segredo do número sete. O número sete é um número bíblico. Deus usa alguns padrões para revelar Sua vontade. Algumas vezes Ele os faz de maneira explícitas. Mas algumas vezes Ele se vale figuras, de tipos e de segredos que nós precisamos estudar e nos aprofundar para compreendermos. Uma das maneiras que Deus revela é que há um padrão no ciclo de sete. Sete na Bíblia é o número de Deus. 

2. As sete dispensações.

Há uma doutrina histórica chamada dispensação, onde os teólogos dividem em sete, ou seja, as sete dispensações.

1. A dispensação da inocência – antes do pecado.

2. A dispensação da consciência – após a consumação do pecado por Adão e Eva.

3. A dispensação do governo humano – após o dilúvio.

4. A dispensação patriarcal - A partir de Abraão.

5. A dispensação da Lei - A partir de Moisés.

6. A dispensação da graça - a partir de Cristo.

7. A dispensação do milênio - O reinado de Cristo por mil anos. 

3. A cronologia da Terra. É interessante observar a contagem do tempo na Bíblia:

·         De Adão até Abraão, podemos contar aproximadamente 2 mil anos.

·         De Abraão até a morte de Jesus (com aproximadamente 33 anos de idade), mais 2 mil anos.

·         De Jesus Cristo até os dias de hoje, quase 2 mil anos. Isso já somam 6 mil anos.

A ideia de que o mundo atual duraria 6 mil anos, e no sétimo é do Senhor; o ano em que Ele vai reinar por mil anos sobre a Terra e é um tema presente por alguns estudiosos da Bíblia.

Muitos acreditam que isto não é uma coincidência. Teólogos que defendem esse posicionamento argumentavam que, da mesma forma que tudo foi criado em 6 dias, de acordo com o relato de Gn 1, assim também a criação, em seu estado atual, deve existir durante 6 mil anos, com um dia significando um período de mil anos, tomando como base os textos de Salmos 90.4 e 2ª Pedro 3.8, onde a Bíblia diz que 1 dia é como 1000 anos e 10000 anos como um dia para o Senhor. Passados seis mil anos, de acordo com eles, ocorreria a Segunda Vinda de Cristo, que marcaria o término do mundo tal como nós o conhecemos e o início de uma nova era.

Comparando aos dias da criação, onde Deus trabalhou seis dias e descanso no sétimo, entende-se que ao completar sexto milênio haverá um descanso na Terra, isto é, o reinado milenar de Cristo nessa Terra (Ap 20).

Nos três primeiros versículos de Ap 20, vemos Satanás sendo acorrentado e mantido preso por mil anos. Mas nos versículos 4 a 6 desse capítulo, mostram os fiéis participando da “primeira ressurreição” e reinando com Cristo por mil anos.

Com base nessa teoria estamos as portas dos acontecimentos apocalípticos. Os sinais do fim nos mostram que tudo está se cumprindo, faltando agora o aparecimento dos Anticristo (2ª Ts 2.3-12; Ap 6.1 e 2).

Para muitos rabinos nós estamos chegando no final dos seis mil anos (2ª Pe 3.8-10). Se nós interpretarmos na ótica de Pedro que diz: “mil anos é como um dia e um dia como mil anos” nós estamos no fim dos 6 mil anos e o sétimo é o governo de Messias. E após o reinado de Cristo virá o Grande Trono Branco e a destruição da Terra.

Depois da destruição desta Terra no final do sétimo milênio o Senhor fará tudo novo: “Novo Céus e Nova Terra. 

2ª Teoria. A parábola da figueira. Mt 24.32-34 “Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começarem a brotar, vendo-o sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. 32- Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto. 34- Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” 

Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da Sua volta está próximo.

A figueira que representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha inaugurou a Assembleia Geral da ONU e teve papel determinante na condução do Comitê̂ Especial que discutiu a divisão da Palestina. Ao final da Assembleia, 33 países, inclusive o Brasil, votaram a favor da partilha da Palestina em dois territórios: um para os judeus, com 53% do total, outro para os árabes, com 47%. E, no dia 14 de maio de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus. 

Comparando a idade de uma geração. “...e não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”

O maior sinal da volta de Jesus a esse mundo, é saber que a figueira brotou. Israel é o relógio de Deus na Terra. Essa expressão “relógio de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que vivem antenados no que acontece com o Estado Israelense. O renascimento da nação de e os constantes conflitos que ocorrem nesse território ganham visão escatológicos e são vistos como o cumprimento das profecias bíblicas acerca do fim dos tempos e o retorno de Cristo.

Nas Escrituras Sagradas, uma geração varia de 40 a 100 anos (Gn 15.13; Nm 32.13; Sl 90.10; Mt 1.17; At 7.6).

Tomando por base o Salmos 90.10, “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.”

Talvez a linguagem fosse melhor traduzida: “Os dias de nossos anos! Neles estão setenta anos;” ou, eles somam setenta anos. Assim, o salmista é representado refletindo sobre a vida humana nos dias que constituem os anos de vida; fixando seu pensamento naqueles dias e anos, e tomando a soma deles.

A expressão idiomática “os dias de nossa vida” refere-se a nossa idade, isto é, a uma geração, isto é, 70 anos.

Em 14/05/2018, Israel completou 70 anos depois da criação do seu estado (o tempo de uma geração bíblica conforme Sl 90.10. Isso mostra que tudo já tem se cumprido para a volta de Jesus a essa Terra. 

Porque Jesus ainda não voltou. “...pela sua robustez, chegam a oitenta anos...”. Setenta ou oitenta anos deve representar o tempo de vida de uma geração.

Dez anos a mais para uma geração, ou seja, podendo chegar aos 80 anos, conforme Jesus nos adverte dizendo: “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” (Mt 25.5,6).

Jesus nos adverte que o Noivo vai tardar um pouquinho, porém a meia noite será o horário exato para chegada do Noivo, onde o Espírito Santo vai gritar: “Aí vem o esposo...”.

Meia noite é quando o céu está mais escuro, isso nos remete a trevas, dificuldades, falta de esperança. Isso era assim com o povo no Egito, eram escravos e já estavam perdendo a esperança de sua realidade mudar.

O aposto Paulo traz uma advertência para aqueles que estão no sono da negligência: “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. (Efésios 5.14).

Note que todas adormeceram, todavia, 5 delas estavam com suas lamparinas cheia de azeito (símbolo da comunhão com o Espírito Santo) e 5 delas estava acabando o azeite de suas lamparinas, não puderam entrar nas Bodas do Cordeiro.

A vontade de Deus é que vigiemos e esperemos Seu retorno, porque a data e hora exata do retorno do Senhor são desconhecidas por qualquer um de nós. Portanto, “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe” indica que ninguém sabe a hora e a data exata em que o Filho do homem descerá do céu para arrebatar Sua Igreja. Portanto, o tempo em que vivemos é o tempo de se preparar, orar, se humilhar e buscar a face do Senhor, e ter a intimidade com o Espirito Santo é que faz a diferença.

Fique atento, em Lucas 21.34-36, o Senhor Jesus nos adverte, sobre o fato de estarmos prontos a todo o momento. Mesmo sendo capazes de perceber a vida de Jesus pelos sinais, é possível ficarmos envolvidos com as coisas terrenas, que alguns de nós não estarão para quando sua chegada se tornar um fato. (v. 34).

Para o povo de Deus, familiarizado com as Escrituras, nada parece estranho nem admirável, quando vemos trevas, angústias e dificuldades, pois sabemos, pela Bíblia, que estas coisas anunciam a vinda iminente de Jesus. 

3ª Teoria. Está relacionada com a morte de Cristo.

É impossível determinar com certeza data do nascimento de Jesus, embora historiadores concordem que poderia ter ocorrido por volta do ano 4 a.C. A única fonte que os historiadores têm para reconstruir sua vida são os evangelhos, escritos décadas depois de sua morte.

Marcos afirma que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, que reinou na Judéia do ano 37 ao ano 4 a.C. Conforme o Evangelho de Mateus, Jesus deve ter nascido em 4, a 7 a.C.”. Portanto, o nascimento de Cristo deve ter ocorrido antes dessa data. Considerando essa data, Jesus nasceu antes de Seu nascimento, isto é, Ele já deviria ter Seus 4 a 7 anos de idade.

Lucas afirma que Herodes Antipas era o governador da Galileia (Lc 3.1). Nesse mesmo período o governo da Judeia estava sob a responsabilidade de Pôncio Pilatos, que governou do ano 25 ao 37, visto que Arquelau já havia sido deposto.

Herodes é mencionado mais uma vez com destaque por ocasião do julgamento de Jesus. Depois de ser preso, Jesus compareceu perante Pilatos. O governador romano da Judeia, por sua vez, se aproveitou da presença de Herodes em Jerusalém e o enviou a ele (Lc 23.7).

O Evangelho de Mateus afirma que Jesus nasceu no tempo de Herodes, o Grande, que morreu em 4 A.C.", Portanto, o nascimento de Cristo deve ter ocorrido antes dessa data. Outros Evangelhos e fontes históricas sugerem datas que variam de 7 A.C. a 7 D.C., embora a maioria dos historiadores aceitem 4 A.C. Isso significa que o ano 1996 foi provavelmente o verdadeiro ano 2000 no calendário Anno Domini de Dionísio.

O historiador romano, Tácito, fala da morte na cruz de uma pessoa que era chamada de Messias sob o reinado de Tibério pelo governador Pôncio Pilatos. “Estas datas são especialmente úteis para os historiadores”, explica Savage. “O imperador Tibério governou Roma entre 14 e 37 d.C., sabemos que Jesus nasceu entre 7 e 4 a.C. no final do reinado de Herodes. Sabendo que viveu 30 anos, podemos datar sua morte entre os anos 26 e 28”.

Segundo o pesquisador da Universidade de Saint Louis (EUA), Douglas Boin, ele diz: “Jesus foi executado na província romana da Judeia pelo prefeito da província, Pôncio Pilatos. Inclusive a data, provavelmente em torno de 28 depois de Cristo.

Na páscoa do ano 30, é a provável data da morte de Jesus Cristo. Indícios de sua existência foram registrados pelo historiador judeu Flavius Josephus e depois pelos romanos Tácito, Suetônio e Plínio.

Segundo o Dr. Russel Shedd, Cristo morreu em 29/30 d.C.

São datas diferentes, porém, muito próximas em que os relatos históricos e bíblicos que provavelmente Jesus morreu entre o ano 26 a 30. d.C., sendo assim nessa data estaremos completando 2 mil anos da crucificação de Jesus. 

CONCLUSÃO

Eu entendo que essas datas são importantes para os nossos dias, pois estão relacionadas com o raciocínio formulados no estudo e comparado com tempo presente, nos deixa em alerta, pois estão relacionadas com os sinais em evidência da eminente volta de Jesus para arrebatar Sua Igreja.

Na primeira teoria, comparando os 6 seis dias da criação até nossos dias, isto é, o tempo decorrido de Adão e Eva até hoje, completam-se 6 mil anos aproximadamente. E o sétimo, o descanso, será o governo milenar nessa Terra. 

A segunda teoria, comparando a parábola da figueira e a idade de uma geração. Considerando que a figueira brotou no ano de 1948, (quando Israel foi reconhecido como nação), completou 70 anos em 1918, completando assim uma geração (cf. Sl 90.10), podendo chegar aos 80, (que são os enfados e canseira – refere-se as tribulações que Israel está enfrentado hoje). Assim os 70 anos de uma geração (2018) mais 10 anos, igual a 80, conclui-se que a soma fecha em 2028.

A terceira teoria está relacionada com a e morte Jesus no ano 26/30, a.C., e que aproximadamente nessa data (no ano 26/30), completam-se 2 mil anos.

Mais uma vez venho dizer que não estou marcando nenhuma data para o retorno de Cristo a esse mundo, e que são teoria que em estudos cheguei a essas conclusões.

A Bíblia diz que não podemos saber quando o Senhor voltará (Mateus 25.13). Mas as Escrituras também dizem claramente que podemos saber a época da volta do Senhor (1ª Tes 5.2-6). A volta d'Ele não deveria surpreender os que O conhecem e a Sua Palavra, pois eles têm o Espírito Santo para dar-lhes entendimento da natureza dos tempos. Portanto, pelos sinais em evidência, entendo que a nossa geração será a última para o arrebatamento a Igreja.

Todavia sabemos que a figueira já brotou “...e está perto o verão e quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Mt 24.32-33). Portanto, é um tempo de refletirmos e estarmos em alerta, pois o Senhor Jesus antes de voltar ao Pai nos advertiu dizendo: “Orai e vigiai” (Mc 13.37; 13:18; 14.38), “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.” (Mt 25.13). 

Deus vos abençoe.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

 

 

 

sábado, 11 de novembro de 2023

A PARABOLA DA FIGUEIRA

 


Israel é o mais forte e claro prenúncio do eminente retorno de Cristo. Os três momentos escatológicos mais importantes na vida do povo escolhido são:

1. O renascimento de Israel como nação soberana.

2. A retomada de Jerusalém como capital única e indivisível de Israel.

3. A reconstrução do santo templo como lugar de adoração por excelência da nação judaica. 

I. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM 

1. Senhor Jesus tenha “chorado sobre Jerusalém” e também aludido à destruição da cidade.

Lc 19.41,44 “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela.42- Dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. 43- Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados. 44- E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.”

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, poucos dias antes da páscoa judaica. Naquele dia, Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho emprestado, um que nunca tinha sido montado antes. Os discípulos colocaram as suas vestes sobre o jumento para que Jesus pudesse montá-lo, e as multidões saíram para recebê-lo, colocando diante dele os seus mantos e os ramos de palmeiras. Em meio a toda a alegria e a todas as aclamações da multidão, para receber Jesus, o coração do Redentor do mundo foi desviado dos sinais de regozijo para as misérias que viriam sobre um povo culpado.

Chorou sobre ela. Jesus sentiu profunda tristeza por sua resistência à Palavra de Deus ao prever o desastre que em breve enfrentaria. 

2. O tempo da destruição. Jesus sabia que tantas pessoas de Israel o tinham rejeitado que a nação sofreria um julgamento, na forma da terrível destruição que se abateria sobre Jerusalém no ano 70 d.C. A destruição esta que também abrangeria o santuário, como deixa claro o Senhor quando indagado por Seus discípulos a respeito do templo, naquela mesma semana em que haveria de ser crucificado, tendo sido esta a declaração que deu o início ao Seu sermão escatológico (Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).

Assim, por causa da rejeição de Cristo por Israel, a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos, o que ocorreu em 70 d.C., quando o general Tito, filho do imperador Vespasiano e ele próprio sucessor de seu pai, invadiu Jerusalém e destruiu totalmente a cidade e o templo, como é descrito com riqueza de detalhes pelo historiador judeu Flávio Josefo, testemunha ocular deste evento. 

3. Jerusalém no século XX. Os otomanos dominaram Jerusalém durante 400 anos, e esse domínio só teve fim com a Primeira Guerra Mundial. Durante esse conflito, os otomanos estiveram presentes na Tríplice Aliança e lutaram ao lado da Alemanha. O conflito estendeu-se de 1914 a 1918 e foi encerrado com a derrota da Tríplice Aliança.

Com a derrota otomana, seu império foi dissolvido, e a Palestina foi ocupada pelos britânicos entre 1917 e 1920. A partir de 1920, a ocupação dos britânicos oficializou-se como domínio, então, surgiu a Palestina Britânica. O atual conflito entre palestinos (árabes) e israelenses surgiu nesse momento.

O conflito iniciou-se porque os britânicos prometeram tanto a judeus quanto aos palestinos que um Estado nacional seria criado naquela região. Esse compromisso tornou-se um problema, uma vez que ambos queriam formar um Estado nacional no mesmo local e não aceitavam negociação.

Com isso, os judeus começaram a organizar-se em defesa da criação de seu Estado na Palestina. Além disso, milhares de judeus começaram a mudar-se para a Palestina e a estabelecer-se em cidades da região. Com isso, a população judia em Jerusalém saltou de 6 mil pessoas, em 1850, para mais de 34 mil, em 1923. 

II. ISRAEL – A FIGUEIRA 

1. O símbolo da figueira. “Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começarem a brotar, vendo-o sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” (Mt 24.32-34).

Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da sua volta está próximo.

A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que o verão se aproxima.

Israel é simbolizado na Bíblia a três plantas: videira, oliveira e figueira (cf. Joel 1.7; Oseias 9.10). Não é sem razão que a figueira aparece nos primórdios da Bíblia (Gn 3.7). Duas parábolas de Jesus ocupam-se dela (Lc 13.6; 21.29), e mais o incidente da maldição da figueira perto de Betânia (Mc 11.12-21).

Esta parábola da figueira encerra o “discurso escatológico” que encontramos nos três Evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. Depois da descrição da violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada. 

2. O renascimento de Israel como nação soberana. Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da sua volta está próximo.

A figueira que representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha inaugurou a Assembleia Geral da ONU e teve papel determinante na condução do Comitê̂ Especial que discutiu a divisão da Palestina. Ao final da Assembleia, 33 países, inclusive o Brasil, votaram a favor da partilha da Palestina em dois territórios: um para os judeus, com 53% do total, outro para os árabes, com 47%. E, no dia 14 de maio de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus.

À volta dos judeus à terra de seus ancestrais foi um dos maiores milagres de todos os tempos.

Ezequiel 36.24 “E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra.”

Após 19 séculos, com a criação do moderno Estado de Israel, milhares de judeus dispersos pelo mundo, saíram de 120 nações para formar o seu país e assim cumprir o que está escrito na Bíblia. 

3. A retomada de Jerusalém como capital de Israel. O fato mais extraordinário ocorrido durante a guerra dos seis dias, em junho de 1967, não foi a derrota infligida pelo exército de Israel as nações árabes. E, sim, a reconquista de Jerusalém que, desde que fora destruída pelo General Tito, 70 d.C., vinha sendo pisoteada pelos gentios. Cumprindo-se a profecia de Jesus: “E cairão a fio da espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24).

O tempo dos gentios (calendário profético para as nações), que teve início em 568 a.C., começa chegar ao fim. 

4. “Vede a figueira e todas as árvores” (Lc 21.29). A figueira como já vimos representa Israel, mas as outras árvores quem são? As outras árvores são os países árabes que também foram reconhecidos como nação nestes últimos anos. O único país que ainda falta ser reconhecido como nação para cumprir esta profecia de Jesus são os palestinos, que aguardam que a ONU o reconheça como nação e lhes de um território. 

5. A última geração. “...que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” (V. 34).

A palavra geração no grego é genea que significa “raça”. Portanto, é imperativo ver “esta geração” como se referindo à geração com a qual os eventos do retorno de Jesus (parusia) ocorrerão. Então essencialmente o que Jesus está dizendo é que, quando os eventos do fim dos tempos começarem, eles vão acontecer rapidamente, no prazo máximo de uma geração.

O maior sinal da volta de Jesus a esse mundo, é saber que a figueira brotou. Israel é o relógio de Deus na terra. Essa expressão “relógio de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que vivem antenados no que acontece com o Estado Israelense. O renascimento da nação de e os constantes conflitos que ocorrem nesse território ganham visão escatológicos e são vistos como o cumprimento das profecias bíblicas acerca do fim dos tempos e o retorno de Cristo.

Em 1948, a figueira começou a brota, mas, em 1967, na guerra dos 6 dias, Israel reconquista de Jerusalém que e após quase 2000 mil anos tendo sido “pisada pelos gentios”, JERUSALÉM volta às mãos dos judeus, tornando-se a capital eterna, e indivisível.

Agora que estes sinais foram cumpridos, Israel voltou à sua terra, Jerusalém voltou à soberania de Israel, que sinal indicará em que horas proféticas estamos?

Tomando por base o Salmos 90.10, “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.”

Dentro deste contexto histórico faço uma teoria, comparando uma geração conforme o salmista é de 70 anos e por sua força poderá chagar aos 80 anos!

Contado o tempo de 1948 até os 2018, conclui que a soma é de 70 anos, “e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos...”, isto é, pomos entender que a soma de mais 10 anos é igual a 2028.

Não estou marcando data, pois já disse que apenas uma teoria. Pelos sinais em evidência, podemos afirmar que estamos nos últimos dias nesta terra. Não sabemos o dia e a hora, Jesus mesmo declarou que: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” (Mateus 24.24).

O versículo diz, “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe”, o que significa que a hora e o dia do retorno do Senhor são desconhecidos. Em outras palavras, a hora específica do retorno do Senhor não é conhecida por ninguém, mas os sinais nos revelam que Ele está voltado.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau-SC