TEXTO
ÁUREO
“Vigiai, pois, porque não sabeis a que
hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42)
VERDADE
PRÁTICA
Jesus pode voltar a qualquer momento,
por isso temos de estar preparados.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
25.1-13
“Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2 E cinco delas eram prudentes, e
cinco, loucas. 3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo. 4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas
lâmpadas. 5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram. 6 Mas, à
meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro! 7 Então,
todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. 8 E as
loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas
lâmpadas se apagam. 9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que
nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós. 10
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas
entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. 11 E, depois, chegaram
também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta! 12 E ele,
respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. 13 Vigiai, pois,
porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.
OBJETIVO
GERAL
Ressaltar a necessidade de se estar
preparado para a vinda do Grande Rei, pois ela pode acontecer a qualquer
momento.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Apesar de muito conhecida, a parábola
das dez virgens é uma das mais difíceis de ser interpretada. Contudo, sua
mensagem principal é muito evidente: É urgente estar preparado para
encontrar-se com o nosso Noivo! Independentemente do entendimento que se pode
ter, escatologicamente falando, acerca das personagens dessa narrativa bem como
a dificuldade de encaixá-las nesta ou naquela escola de interpretação
escatológica, o aspecto do despertamento é o assunto central a ser passado.
Houve uma época que essa mensagem era muito pregada e os crentes tinham temor e
ansiavam pela vinda de Jesus. De um tempo a esta parte pouco se ouve acerca
desse tema, portanto, aproveite a aula de hoje para destacar essa bendita
esperança.
INTRODUÇÃO.
- A parábola das dez virgens ensina (|que
somos responsáveis, individualmente, pela nossa condição espiritual, ou seja, estar
preparado para a vinda do Grande Rei, pois ela pode acontecer a qualquer
momento.
- Nessa parábola, Jesus declara
solenemente a impossibilidade de sabermos o momento da sua volta, por isso,
temos de estar preparados para tal acontecimento. Devemos (estar prontos para o
momento em que Jesus voltar a fim de levar seu povo para o céu.
- A vinda do Senhor será uma ocasião de
grande regozijo para os crentes fiéis, sendo comparada a um banquete de
casamento. Desde já a coroa da justiça está guardada para “todos os que amarem
a sua vinda” (2ª Tm 4.8). Infelizmente, para muitos será tempo de desengano,
julgamento e desespero.
I.
INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
1.
O Reino dos céus será semelhante a dez virgens.
Essa é uma das parábolas que, ao longo
do tempo, já recebeu muitas interpretações por ser um texto importante, porém
nada fácil de entender (Mt 25.1-13). Das diversas vezes que encontramos em
Mateus a expressão “Reino dos céus” (3.2; 4.17; 5.3; 10.7; 11.12; 13.24,31,33,44
etc.), essa é uma delas em que o sentido não se refere apenas ao Reino trazido
por Cristo com a mensagem do Evangelho, mas sim como sinônimo de vida eterna e
de Reino plenamente instaurado (5.20; 7.21; 8.11; 11.11; 13.47-50 etc.).
A
palavra “virgens”
significava que eram sábias, irrepreensíveis, simbolizando os crentes cuja vida
exterior era sem qualquer mancha, pois os que seguem a Cristo são chamados de
"virgens" (Ap 14.4; 2 Co 11.2).
2.
Duas classes de virgens.
- A Parábola das Dez Virgens é um comentário adicional
sobre a Parábola dos Dois Servos (Mt 24.45-51). Note como Mateus liga as
duas parábolas com o conectivo 'então' usado frequentemente por ele.
- Na parábola anterior os servos são recompensados ou
condenados de acordo com o comportamento íntegro ou abusivo de cada um.
-
Nesta parábola as virgens prudentes e loucas (ou sábias e tolas) são avisadas a
perseverar enquanto esperam o noivo. Visto que Jesus tinha parado de
condenar os líderes judeus (Mt 23.39), sua intenção tem de ser que as virgens
prudentes e loucas sejam seus seguidores.
-
A parábola fala que havia duas classes de virgens, ou seja, “prudentes” e “loucas”
(v.2).
Prudentes. Como já foi dito, as cinco virgens prudentes simbolizam
os crentes fiéis, sinceros, constantes e santos.
-
Essas mulheres sinceras carregavam um “estoque” de boas obras, quebrantamento,
misericórdia, e isso alimentava a chama espiritual do amor que queimava em seus
corações.
-
Elas não andavam na escuridão do pecado, mas brilhavam por onde passavam. Tal
postura combina com o que Jesus ensinou sobre os salvos serem a “luz do mundo” (Mt 5.14).
Loucas. Já as outras cinco virgens, apesar de também serem
religiosas, foram classificadas como “loucas”, pois diferentemente das primeiras
que se aprovisionaram (v.4).
-
Confiavam que apenas a sua religiosidade fosse suficiente para levá-las até o lugar
onde o noivo estava (v.3).
- Sentindo-se seguras e autossuficientes em sua “santidade”.
-
Acharam que a sua pureza bastava, mas, isso impediu que elas carregassem o óleo
da unção, compaixão, amor etc.
-
As cinco loucas representam os crentes mornos e nominais, sem a vestidura
espiritual da justiça de Cristo (Mt 7.21- 23).
-
As virgens loucas apenas seguiam uma prática religiosa (TRADIÇÕES E USOS E
COSTUMES), no entanto, isso não foi suficiente para manter acesa a chama do
Espírito de Deus em seus corações, pois assim como as outras, elas cansaram e
adormeceram (v.5), porém, acabaram permanecendo na escuridão da religiosidade
vazia (v.11).
3.
O que representa o azeite.
-
O azeite, através da Bíblia, é símbolo do Espírito Santo, posto que sua missão
é ungir, iluminar, purificar, separar etc. (vv.3,4).
-
Nesta parábola, especificamente, representa a presença permanente do Espírito
Santo, aliada à fé verdadeira e à santidade necessárias à salvação (Ef 4.30).
-
Portanto, ter azeite, neste caso, vai além do falar em línguas estranhas ou das
manifestações de poder, pois indica a necessidade de se evidenciar o fruto do
Espírito, sinal de que Ele está conosco (Mt 7.16-20; 12.33; Gl 5.22).
- Não é sem importância o fato de Jesus
usar uma imagem que os profetas do Antigo Testamento identificam com o próprio
Deus, sendo Israel identificado com a noiva (Is 54.5; Jr 31.32; Os 2.16). Aqui
as virgens na festa de casamento ao os membros da igreja, ao passo que a festa
de casamento simboliza o tempo do fim (veja também Mt 22.1-34).
4.
A chegada do Noivo.
-
Os cristãos primitivos viviam na expectativa do retorno de Cristo ainda em sua
geração (1ª Ts 5.1-11), e todos os crentes devem assim viver, pois não sabemos
em que hora tal acontecimento se dará (Mc 13.32-37).
4.1.
Nesta parábola, Jesus fala a respeito de Sua chegada. (v.6).
-
O Noivo (Jesus) chegará à meia-noite, ou seja, no momento em que a terra estará
completamente imersa pelas trevas.
-
Ao afirmar isso, Jesus declara que Ele voltará no momento em que a humanidade
estiver envolvida, com maior intensidade, nas trevas do pecado (Mt 4.16; 6.23;
Jo 3.19). Será nessa hora que a chama do amor de muitos se apagará, contudo,
nesse momento a luz dos fiéis tornar-se-á ainda mais necessária e percebida (Mt
4.12; Jo 1.5).
-
Tradicionalmente o noivo vai primeiro para a casa do pai da noiva, para
finalizar o contrato e levá-la a sua casa, para a festa de casamento.
-
As 'damas de honra' são uma descrição inexata das dez virgens, já que elas não
estão na companhia da noiva, mas esperando o retorno do noivo à sua casa.
-
As 'lâmpadas' poderiam ser tochas empapadas de óleo usadas para a procissão do
casamento; por conseguinte as mulheres prudentes levam jarros de óleo para
enchê-las quando necessário.
-
Se as virgens prudentes compartilhassem o óleo, nenhuma delas teria luz para
saudar o Senhor.
- A porta está fechada, e a exclusão da
festa é final. Dada a presença da danação eterna nas parábolas paralelas
constantes antes e depois desta, é claro que não está em vista uma comutação da
pena. Note o paralelo com a Parábola das Bodas em Mateus 22.1-14, onde a pessoa
sem roupas adequadas é expulsa da festa de casamento" (SHELTON, James 8.
In ARRINGTON, French L; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal.
1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2003, p.135).
II.
O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
1.
A importância da vinda de Jesus.
- A importância da doutrina da segunda
vinda do Senhor pode ser percebida pelos números que dão conta de que há mais de 1.500 referências a
ela no Antigo Testamento e cerca de 300 em o Novo Testamento, sendo mencionada, apenas
pelo apóstolo Paulo, cerca de 50 vezes.
-
Assim, com a parábola das dez virgens, Jesus nos adverte sobre a necessidade de
vivermos vigilantes,
ou seja, Ele alerta para que não deixemos de amar o próximo, chama a atenção
para a obrigação de fazermos o bem, vivermos em santidade e levarmos a mensagem
do Evangelho, que fala da reconciliação entre Deus e os homens, através de
Cristo (v.13).
2.
O significado do Arrebatamento.
- Dentre as
muitas promessas feitas por Jesus, destaca-se a do Arrebatamento da Igreja
(Mt 24.40,41; Jo 14.3).
A
palavra arrebatamento, no contexto da escatologia cristã, é procedente do verbo
grego harpazõ, e significa: Arrancar, levar, tirar por força ou
violência; tirar algo com rapidez e de forma inesperada, urgência que Cristo
irá tirar a Sua Igreja da terra.
O
arrebatamento, por conseguinte, é retirada brusca, inesperada e sobrenatural da
Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada às regiões celestes, onde
unir-se-á, eterna e plenamente, com o Senhor Jesus.
O
arrebatamento da Igreja marca o início do chamado “O Dia de Cristo” (1ª Co 1.8;
2ª Co 1.14; Fp 1.6; 2ª Tm 4.8).
-
A segunda vinda de Jesus a este mundo será um evento que se dará em duas etapas
distintas.
- Na primeira fase, Jesus virá secretamente para arrebatar sua Igreja, composta pelos
santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos serão imediatamente
trasladados para o céu por Jesus (Jo 10.28,29; 1ª Ts 4.16,17).
-
O arrebatamento terá Lugar nas nuvens e somente os salvos o perceberão (1ª Co
15.51,52; 1ª Ts 4.13-17).
- Na segunda fase, Jesus voltará com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória
e poder, descendo sobre o Monte das Oliveiras, ou seja, virá publicamente, pois
todo o mundo o verá (Mt 25.31-46; Jd 14,15; Ap 19).
3.
Quando se dará o Arrebatamento. Entre as duas fases da segunda vinda de
Cristo, haverá um período de sete anos conhecido como a Grande Tribulação (Dn
9.25-27; Mt 24.21,22; Ap 7.13,14).
3.1.
A Igreja será arrebatada antes deste período que antecederá a ira de Deus (Ap
3.10).
A esse ensino bíblico-escatológico, dá-se o nome de Pré-Tribulacionismo.
- De acordo com o que foi ensinado na
parábola das dez virgens, é inconcebível que Deus permita que os redimidos
passem pela Grande Tribulação, que culminará com o derramamento da ira santa
sobre a civilização pecadora (Ap 15.1).
-
Vimos que todas as dez virgens (as prudentes e as loucas) foram surpreendidas
com a chegada inesperada do noivo (vv.5- 7), indicando que a parábola das dez virgens refere-se a
crentes vivos - fiéis e infiéis-, antes da Grande Tribulação.
-
A chegada do noivo se deu repentinamente, assim como Jesus também voltará de
forma inesperada (Mt 24.36,44; Ap 22.12a). Por essa razão, devemos estar
preparados, com vestes brancas, porque a volta do Senhor ocorrerá na hora em
que menos imaginamos.
III.
UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE
1.
Prontidão e santificação.
- A parábola das dez virgens ressalta o
valor de cada cristão estar pronto e com a vida:
Santificada, isto é, vivendo
de forma separada das coisas profanas;
Consagrando a vida a uma
única coisa - agradar ao seu Noivo, o Senhor Jesus (Ap 19.7).
- Os principais conceitos relacionados à
santificação são a separação daquilo que é pecaminoso por um lado, e, por
outro, a consagração àquilo que é justo e que está de acordo com a vontade de
Deus (Lv 19.2; Rm 6.19,22; 2 Go 6.14; Ef 5.3; 1ª Ts 5.23; 1ª Pe 1.15).
2.
Estar cheio do Espírito Santo é um estilo de vida.
-
Viver na plenitude do Espírito Santo é a maior necessidade para a nossa vida
hoje, mas ninguém pode ser
cheio do Espírito Santo de Deus se não adotar um estilo de vida santo.
- Santidade é o caminho para receber o poder do Espírito
Santo (Lc 1.28,30).
-
A santificação, em contraste com a justificação, que ocorre no momento da conversão a Cristo (Rm
6.4-23), é um processo progressivo que perdura por toda a nossa vida, pois
enquanto aqui estivermos, somos pecadores regenerados que precisamos do
trabalho diuturno do Espírito (Rm 8.1-17; 2ª Co 3.18; 2ª Pe 3.18).
-
Deus tem grande alegria em ver que os seus filhos procuram viver em santidade,
cheios do Espírito Santo, abundantes nos dons visando edificar a Igreja,
fazendo discípulos e cuidando bem de cada pessoa. Por isso, cabe a cada um a
seguinte reflexão: O meu estilo de vida agrada a Deus?
3. Andando em santidade para com todos.
- No intuito de vivermos uma vida santa
e cheia do Espírito Santo, devemos quebrantar o coração, tornando-o completamente
consagrado, dedicando-o a Deus e ao seu trabalho (Rm 8.14; Ef 5.18).
- Nosso compromisso é agradar ao Senhor,
andando em santidade, de maneira fiel e leal a Deus, à família, à igreja, ao
nosso pastor, aos irmãos de fé (Hb 12.14).
- Não podemos perder de vista que a
promessa de uma vida plena e cheia do Espírito Santo é para todos os filhos de
Deus, portanto, para todos nós hoje (At 2.38,39).
- A mensagem da parábola das dez virgens
é um convite a buscarmos ter uma vida de santidade e cheia do Espírito Santo.
CONCLUSÃO.
Assim
como as virgens prudentes, devemos estar com nossas lâmpadas cheias para irmos
ao encontro do noivo! Que nossas lâmpadas possam estar sempre acesas. Para
isso, elas devem estar cheias de azeite. Devemos estar vigilantes contra toda a
ação de Satanás que tentará por todos os meios desviar a nossa atenção da
realidade do arrebatamento da Igreja (Ef 5.14). Que possamos estar de prontidão
para a vinda do nosso Noivo. Não é tempo de ficarmos prostrados e sim atentos
para ouvir a voz de Deus (Mt 26.41).
“Vigiai, pois, porque não sabeis quando
virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se
pela manhã, para que vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que
vos digo, digo-as a todos: Vigiai!” (Mc 13.35-37).
“Porque, assim como o relâmpago sai do
oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do
Homem” (Mt 24.27).