TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O POVO OUVE A PALAVRA DE DEUS


Neemias 8.3-5: “E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. 4 Esdras, o escriba, ficava em pé sobre um estrado de madeira, que fizeram para esse fim e estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Ananías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. 5 E Esdras abriu o livro à vista de todo o povo (pois estava acima de todo o povo); e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé”.

INTRODUÇÃO. Desde os dias de Moisés, o Senhor deu a Lei ao Seu povo. Ela é um código de regras espirituais que traz, acima de tudo, ensino sobre o relacionamento com Deus e com o nosso semelhante. Nos dias de Neemias, a Lei trouxe renovação espiritual ao povo de Deus. Esdras, o escriba, leu, ensinou e interpretou a Lei divina ao povo, e isto, trouxe grande alegria e entendimento. Ainda, hoje, através da Sagradas Escrituras o crente se renova com a Palavra de Deus.

I. O ANSEIO DO POVO PELA PALAVRA DE DEUS

1. Desde o Sinai, Israel passou a dar importância à Lei do Senhor.E te será por sinal sobre tua mão e por memorial entre teus olhos, para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito. Portanto guardarás este estatuto a seu tempo, de ano em ano” (Êx 13.9-10).

1. 1. A meditação diária na Lei de Deus é o segredo da vitória. “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Js 1.8).

1.2. Houve uma época que o livro fora perdido, mas ao ser encontrado e lido, trouxe mudanças espirituais. “Disse Hilquias a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E entregou o livro a Safã” (2ª Cr 34.15).

1.3. A Palavra de Deus deve estar, sempre, perto de nós. “Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo” (Sl 119.97).

2. O desejo pela Palavra.

2.1. Após o Senhor dar descanso ao povo, houve um grande ajuntamento na praça para receberem o livro da Lei. “Então todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel” (Ne 8.1).

2.2. Após 70 anos no cativeiro, o povo demonstrou desejo pela Palavra de Deus. (Sl 119.17-40).

3. A Lei é trazida ao povo.
3.1. Esdras foi o portador da Lei perante todos em Jerusalém. “E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês” (Ne 8.2).

3.2. Foi o momento esperado por todos após 70 anos longe de sua pátria e sem ouvir a vós de Deus. “Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião. Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas, pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira”? (Sl 137.1-4).

3.3. O prazer do crente deve estar na Lei do Senhor. “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite” (Sl 1.1-2).

4. O povo estava atento a Lei.

4.1. Neemias relata o desejo do povo pela Palavra. “E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei” (Ne 8.3).

4.2. A Palavra de Deus operou gloriosamente no coração do povo. “Acharam-se as tuas palavras, e eu as comi; e as tuas palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração; pois levo o teu nome, ó Senhor Deus dos exércitos” (Jr 15.16).

4.3. A Palavra de Deus é um alimento para nossas almas.
“Depois me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, fala à casa de Israel. Então abri a minha boca, e ele me deu a comer o rolo. E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel” (Ez 3.1-3).

II. ESDRAS TRAS A LEI PERANTE O POVO

1. Moisés escreveu a Lei do Senhor. “Moisés escreveu esta lei, e a entregou aos sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca do pacto do Senhor, e a todos os anciãos de Israel” (Dt 31.9).

1.1. O sacerdote (escriba) era o responsável pela transcrição da Lei. “Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, escreverá para si, num livro, uma cópia desta lei, do exemplar que está diante dos levitas sacerdotes. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fim de os cumprir” (Dt 17.18-19).

1.2. Os levitas eram homens separados para o ministério do ensino.
“Mas também para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem dado por intermédio de Moisés” (Lv 10.11). “Ensinarão os teus preceitos a Jacó, e a tua lei a Israel; chegarão incenso ao seu nariz, e porão holocausto sobre o teu altar” (Dt 33.10).

1.3. Neste ministério, eles percorriam as cidades ensinando ao povo.
E com eles os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobadonias e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e Jeorão. E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor; foram por todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo” (2º Cr 17.8-9).

1.4. Ordenou que fosse lida no tempo e no local pelo Senhor. “Quando todo o Israel vier a comparecer perante ao Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher, lereis esta lei diante de todo o Israel, para todos ouvirem. Congregai o povo, homens, mulheres e pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro das vossas portas, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir todas as palavras desta lei; e que seus filhos que não a souberem ouçam, e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra a qual estais passando o Jordão para possuir” (Dt 31.11-13).

2. A lei devia ser ensinada e obedecida. “Guardarás, pois, os mandamentos, os estatutos e os preceitos que eu hoje te ordeno, para os cumprires. Sucederá, pois, que, por ouvirdes estes preceitos, e os guardardes e cumprirdes, o Senhor teu Deus te guardará o pacto e a misericórdia que com juramento prometeu a teus pais; ele te amará, te abençoará e te fará multiplicar; abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, o teu grão, o teu mosto e o teu azeite, a criação das tuas vacas, e as crias dos teus rebanhos, na terra que com juramento prometeu a teus pais te daria” (Dt 7.11-13).

2.1. O ensino é uma ordenança divina. Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atá-las-eis por sinal na vossa mão, e elas vos serão por frontais entre os vossos olhos; e ensiná-las-eis a vossos filhos, falando delas sentados em vossas casas e andando pelo caminho, ao deitar-vos e ao levantar-vos” (Dt 11.18-19).

2.2. Esdras leu e ensinou a Lei, quando ajuntou o povo na praça em Jerusalém. “E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei” (Ne 8.3).

2.3. O ensino é uma ordenança de Jesus. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.19-20).

2.4. A igreja deve perseverar no ensino da Palavra. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42).

2.5. A falta do ensino leva o crente ao erro. “Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). O ensino da Palavra de Deus, faz conhecer sua posição espiritual.

2.6. A Palavra traz alegria e comunhão entre o povo. “Então todo o povo se foi para comer e beber, e para enviar porções, e para fazer grande regozijo, porque tinha entendido as palavras que lhe foram referidas” (Ne 8.12).

2.7. O ensino tem por finalidade nos ajudar a compreender as Escrituras. “Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? e rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse” (At 8.31).

2.8. Os levitas foram convocados por Deus para o ensino. “Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura” (Ne 8.8).

2.9. O ensino deve ser uma das qualidades do líder.
“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar” (1ª Tm 3.2).

III. O ENSINO PRODUZ MUDANÇA NO OUVINTE

1. O ensino produz quebrantamento. “E Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus; não pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei” (Ne 8.9).

1.1. O Senhor sempre estará junto de um crente quebrantado. “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito” (Sl 34.18).

2. O ensino nos torna benignos.

2.1. A benignidade é a disposição para a prática do bem. “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32).
“Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10).

2.2. O mandamento bíblico é que devemos socorrer os necessitados. “Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber” (At 20.35).
“Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano. E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso”? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tg 2.15-17).
“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus? (1ª Jo 3.17).

2.3. É a verdadeira religião. “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo” (Tg 1.17).

IV. A LEI DO SENHOR PRODUZ BENÇÃOS ESPIRITUAIS

1. O homem espiritual tem prazer na lei do Senhor. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus” (Rm 7,22).

1.1. A obediência traz bênçãos. “Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra; e todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se ouvires a voz do Senhor teu Deus” (Dt 28.1-2).

1.2. A Lei quando foi lida pelos levitas trouxe grandes bênçãos ao povo. “Então todo o povo se foi para comer e beber, e para enviar porções, e para fazer grande regozijo, porque tinha entendido as palavras que lhe foram referidas” (Ne 8.12).

2. O Senhor fortalece Seus povo.

2.1. Quando a quebrantamento, choro, arrependimento e confissão, o Senhor renova Seu povo. “Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10b).

2.2. Após o ensino, o povo se consagra ao Senhor Deus. “E Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus; não pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei” (Ne 8.9b.).

2.3. O povo estava livre como um pássaro. “Escapamos, como um pássaro, do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos. O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 124.7-8).

3. Aquele dia foi santificado ao Senhor.

3.1. O verdadeiro dia santo é aquele que passamos na presença do Senhor. “Os levitas, pois, fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais” (Ne 8.11).

3.2. A Palavra produz a verdadeira santidade em nossa vida. “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).

3.3. Por isso devemos meditar sempre. “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3).

4. O povo entendeu a Lei.

4.1. O Senhor Jesus deixou os dons ministeriais para o crescimento da Igreja. “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 
4.11-12).

4.2. Esdras tinha habilidade para ensinar. “Então todo o povo se foi para comer e beber, e para enviar porções, e para fazer grande regozijo, porque tinha entendido as palavras que lhe foram referidas” (Ne 8.12).

4.3. Para compreendermos a Palavra hoje, contamos com a presença do Espírito Santo. “Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito” (Jo 14.26).

“Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras” (Jo 16.13).


CONCLUSÃO. Em todo o tempo a Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alam. Através dela podemos compreender a bondade e a misericórdia do Senhor. A Lei do Antigo Testamento nos conduziu a Cristo, que nos trouxe a lei do amor. Mas, para que possamos entender este grande amor, precisamos estudar a Palavra. Ela nos guiara em toda verdade para que: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13).

Pr. Elias Ribas
Dr. em Teologia
Igreja Assembléia de Deus
Blumenau - SC

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A CELEBRAÇÃO DA FESTA DOS TABERNÁCULOS


Neemias 8.13-16:Ora, no dia seguinte ajuntaram-se os cabeças das casas paternas de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, na presença de Esdras, o escriba, para examinarem as palavras da lei; 14 e acharam escrito na lei que o Senhor, por intermédio de Moisés, ordenara que os filhos de Israel habitassem em cabanas durante a festa do sétimo mês; 15 e que publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas cidades, e em ramos de oliveiras, de zambujeiros e de murtas, folhas de palmeiras, e ramos de outras árvores frondosas, para fazerdes cabanas, como está escrito. 16 Saiu, pois, o povo e trouxe os ramos; e todos fizeram para si cabanas, cada um no eirado da sua casa, nos seus pátios, nos átrios da casa de Deus, na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim”.

INTRODUÇÃO. As festas estabelecidas por Deus tinham por finalidade levar o Seu povo a se aproximar do Senhor e a maioria confraternização espiritual. Dentre todas, a festa dos tabernáculos revelava a misericórdia divina, enquanto Israel caminhava no deserto e mostrava Seu cuidado em preservar um povo, que havia sido eleito em Abraão. Para autenticar o propósito divino das festas, Jesus se fez presente em todas elas durante o tempo que esteve na terra.

I. DEUS INSTITUIU FESTAS PARA O SEU POVO

1. Deus estabeleceu festas para celebração.Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis como santas convocações” (Lv 23.2).

1.1. As festas são exclusiva ao Senhor. “São estas as festas fixas do Senhor, santas convocações, que proclamareis no seu tempo determinado” (Lv 23.4).

2. Uma oportunidade para alegrar-se em Deus.

2.1. O mandamento sobre a festa dos tabernáculos. “Nela não comerás pão levedado; por sete dias comerás pães ázimos, pão de aflição (porquanto apressadamente saíste da terra do Egito), para que te lembres do dia da tua saída da terra do Egito, todos os dias da tua vida” (Dt 16.3).

2.2. As festas judaicas ofereciam aos homens, reunirem com suas famílias. “De ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar quinhões a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas” (1º Sm 1.3-4).

2.3. As famílias se reuniam juntas. “E na tua festa te regozijarás, tu, teu filho e tua filha, teu servo e tua serva, e o levita, o peregrino, o órfão e a viúva que estão dentro das tuas portas” (Dt 16.14).

2.4. O povo de Deus é sempre alegre. “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai- vos” (Fl 4.4).

2.5. Uma festa de gratidão pelos benefício recebido do Senhor. “E te alegrarás por todo o bem que o Senhor teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro que está no meio de ti” (Dt 26.11).

3. Uma oportunidade para estar diante do Senhor.

3.1. As festas judaicas oferecia aos homens, certamente com suas famílias. “De ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar quinhões a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas” (1º Sm 1.3-4).

3.2. Uma oportunidade para estarem diante do Senhor. “Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor” (Dt 16.16).

3.3. A Igreja primitiva diariamente estavam no templo.
“E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração” (At 2.46).

4. Uma oportunidade para ofertar.

4.1. A ordenança divina era para que ninguém aparece vazio diante do Senhor. “...na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor” (Dt 16.16b).

4.2. Conforme suas posses. “Cada qual oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver dado” (Dt 16.17).

4.3. O ato de ofertar é mandamento divino. “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra” (2ª Co 9.7-8).

II. A FESTA DOS TABERNÁCULOS É UM MEMORIAL

Dentre as três grandes festas comandadas por Deus, a Festa dos Tabernáculos é a de maior significado profético para nós cristãos. É comemorado no décimo-quinto dia do mês de Tishri, duas semanas após Rosh Hashanah e, usualmente, cai final de Setembro ou princípio de Outubro.

1. Uma festa ordenada por Deus.
“Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Desde o dia quinze desse sétimo mês haverá a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias” (Lv 23.33-34).

1.1. A Festa dos Tabernáculos tinha como objetivo fazer o povo se lembrar do tempo em que morou em tendas, durante a peregrinação pelo deserto, e que Deus o sustentou ali, após havê-lo tirado da escravidão no Egito. “Para que as vossas gerações saibam que eu fiz habitar em tendas de ramos os filhos de Israel, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 23.43.

2. O Senhor instituiu não só a festa mas também a data.

2.1. O que significa pentecoste. O termo “Pentecostes” se originou a partir do grego pentēkostḗ, que significa “quinquagésimo”, em referência aos 50 dias que se sucedem depois da Páscoa.

2.2. No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas.
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2,1-4).

3. Uma oportunidade para sacrificar ao Senhor.

3.1. Nas festas instituídas por Deus, o povo tinha oportunidade para sacrificar ao Senhor “Estas são as festas fixas do Senhor, que proclamareis como santas convocações, para oferecer-se ao Senhor oferta queimada, holocausto e oferta de cereais, sacrifícios e ofertas de libação, cada qual em seu dia próprio” (Lv 23.37).

3.2. O crente no tempo da graça também sua oportunidade de sacrificar ao Senhor. “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1-2).

4. Uma festa que Jesus participou.

4.1. Jesus participou das festas judaicas. “Depois disso havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 5.1).

4.2. Na festa dos Tabernáculos. “Depois disto andava Jesus pela Galileia; pois não queria andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. Ora, estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. 11 Ora, os judeus o procuravam na festa, e perguntavam: Onde está ele”? (Jo 7.1-2, 11).

4.3. Na festa dos Tabernáculos Jesus se manifesta a multidão. “Diziam então alguns dos de Jerusalém: Não é este o que procuram matar? E eis que ele está falando abertamente, e nada lhe dizem. Será que as autoridades realmente o reconhecem como o Cristo? Entretanto sabemos donde este é; mas, quando vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é. Jesus, pois, levantou a voz no templo e ensinava, dizendo: Sim, vós me conheceis, e sabeis donde sou; contudo eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis” (Jo 7.25-28).

4.4. Nesta festa Jesus faz um dos grandes convites a multidão. “Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7.37-38).

4.5. O cristão também deve aproveitar as oportunidades para pregar o evangelho. “Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho”! (1ª Co 9.16).

III. A FESTA DOS TABERNÁCULOS NOS DIAS DE NEEMIAS

1. O povo que estava voltando do cativeiro babilônico, pouco a pouco estavam retornando para as ordenanças divinas concernente as festas em Israel. “E os que vieram do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze do primeiro mês” (Ed 6.19).

1.1. Esdras ao ler menciona o mês da comemoração da festa ordenada por pelo Senhor a Moisés. “E acharam escrito na lei que o Senhor, por intermédio de Moisés, ordenara que os filhos de Israel habitassem em cabanas durante a festa do sétimo mês” (Ne 8.14).

1.2. Trouxe alegria entre o povo. “E toda a comunidade dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas, e habitaram nelas; pois não tinham feito assim os filhos de Israel desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia. E houve mui grande regozijo” (Ne 8.17).

2. O desejo em obedecer à Lei.

2.1. Ouviram a Lei. “E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês” (Ne 8.2).

2.2. Os sacerdotes se reuniram para examinar a Lei do Senhor. “Ora, no dia seguinte ajuntaram-se os cabeças das casas paternas de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, na presença de Esdras, o escriba, para examinarem as palavras da lei” (Ne 8.13).

2.3. O crente deve examinar a Escrituras para entender a vontade do Senhor. “Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.17).

3. A Lei revela a ordenança divina.

3.1. Após examinarem as escrituras acharam o propósito divino para o povo de Deus. “E acharam escrito na lei que o Senhor, por intermédio de Moisés, ordenara que os filhos de Israel habitassem em cabanas durante a festa do sétimo mês” (Ne 8.14).

3.2. Jamais podemos desprezar as Escrituras. “Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15.4).

4. Os líderes convocaram o povo para cumprir a Lei.

4.1. Diante da descoberta da lei, estando no sétimo mês (Ne 8.1a), os líderes de Judá conclamaram o povo, dizendo: “E que publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas cidades, e em ramos de oliveiras, de zambujeiros e de murtas, folhas de palmeiras, e ramos de outras árvores frondosas, para fazerdes cabanas, como está escrito” (Ne 8.15).

4.2. Nos dias atuais, para cumprir com os objetivos divinos é necessário trabalhar. “Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, chegando- se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; mas não foi. Chegando-se, então, ao segundo, falou-lhe de igual modo; respondeu-lhe este: Não quero; mas depois, arrependendo-se, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram eles: O segundo. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus” (Mt 21.28-31).

IV. O POVO DE DEUS FESTEJA A LIBERDADE

1. Após 70 anos distante de Jerusalém, era o momento festivo para comemorar a liberdade. “E toda a comunidade dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas, e habitaram nelas; pois não tinham feito assim os filhos de Israel desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia. E houve mui grande regozijo” (Ne 8.17).

1.1. Assim como eles vivemos em intensa festividade, pois também fomos libertos do cativeiro de Satanás. “E que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado” (Cl 1.13).

2. Cada um teve a oportunidade de festejar.

2.1. Com o material nas mãos, os judeus puderam festejar, cada um no seu lugar, cumprindo assim o mandamento do Senhor. “Saiu, pois, o povo e trouxe os ramos; e todos fizeram para si cabanas, cada um no eirado da sua casa, nos seus pátios, nos átrios da casa de Deus, na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim” (Ne 8.16).

2.2. O cristão deve festejar sua vitória para que jamais esqueça das misericórdias do Senhor. “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios” (Sl 103.1-2).

3. A festa trouxe renovação ao povo.

3.1. As festas do Senhor haviam sido esquecida desde os dias de Josué. “E toda a comunidade dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas, e habitaram nelas; pois não tinham feito assim os filhos de Israel desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia. E houve mui grande regozijo” (Ne 8.17).

3.2. O Senhor Jesus nos deixou uma grande festa. “E, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim” (1ª Co11.24).
O propósito: “Fazei isto em memória de mim” (Lucas 22.19). A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna. A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1ª Co 2.1-2) em nossas mentes.

3.3. Através dele podemos renovar nossa aliança com Ele. “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha” (1ª Co 11.26).

4. A lei foi lida durante a festa.

4.1. Durantes os sete dias de festa a Palavra de Deus era lida todos os dias. “E Esdras leu no livro da lei de Deus todos os dias, desde o primeiro até o último; e celebraram a festa por sete dias, e no oitavo dia houve uma assembleia solene, segundo a ordenança” (Ne 8.18).

4.2. O crente também deve festar lendo a Palavra de Deus. “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.13-15).

CONCLUSÃO. As festas, que sempre tiveram um importante significado na vida de Israel, foram desprezadas pelo povo de Deus. Foi preciso um “cativeiro” para fazê-los voltar ao primeiro amor e encontrar um novo significado espiritual para os mandamentos de Deus. Do mesmo modo, a Igreja não pode desprezar os mandamentos do Senhor Jesus, pois eles trazem alegria e renovação espiritual para todos nós.

Pr. Elias Ribas
Igreja Ev. Assembléia de Deus
Blumenau - SC.

sábado, 9 de setembro de 2017

O COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS


Neemias 10.28-31: “E o resto do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os netineus e todos os que se tinham separado dos povos das terras para a Lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os sábios e os que tinham capacidade para entender 29 firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos; 30 e que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos; 31e de que, trazendo os povos da terra no dia de sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada tomaríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano sétimo e toda e qualquer cobrança.

INTRODUÇÃO. Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor e Salvador, comprometemo-nos diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não há possibilidade alguma de dizermos que somos seus seguidores sem vivê-los. Israel descobriu, após muito sofrimento, que se tivesse guardado a Lei, o povo não terminaria no cativeiro, as cidades não teriam sido devastadas e os muros não necessitariam de reconstrução. Quando pautamos nossa vida nas Sagradas Escrituras, naturalmente passamos a ter comunhão com o Senhor e a Sua boa mão permanece sobre nós. O avivamento experimentado pelo povo de Deus, fez com que os israelitas assumissem um compromisso de obedecer ao Senhor e à Sua Palavra.

I. DEUS INSTITUIU TRÊS GRANDES ALIANÇA

1. Desde que o Senhor criou o homem, Deus fez várias alianças para estabelecer propósitos.

1.1. Aliança com Abraão. “Estabelecerei o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, como pacto perpétuo, para te ser por Deus a ti e à tua descendência depois de ti. Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus” (Gn 17.7-8).

Desde a chamada de Abraão, Deus fez uma aliança com Seu povo. Nela estava incluso todo um propósito de estabelecer Israel, como nação, na terra. Apesar dos fracassos do povo de Deus a aliança foi mantida. Ela se tornou parte de Israel. Ao restaurar Seu povo do cativeiro reconduzi-los à Jerusalém, o Senhor manteve Sua aliança e esperou que Israel fizesse a sua parte. O povo fez, e uma nova oportunidade surgiu na vida daqueles que, sinceramente, buscavam o concerto do Senhor.

1.2. Aliança com Noé. “Sim, estabeleço o meu pacto convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio, para destruir a terra” (Gn 9.11).

1.3. Aliança em Horebe. “Também tomou o livro do pacto e o leu perante o povo; e o povo disse: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos” (Êx 24.7).

1.4. Aliança com Cristo. “Pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26.28).

II. A ALIANÇA NOS DIAS DE NEEMIAS

1. Um concerto com Deus. Após a restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e profundo avivamento, levando-os a firmar o solene compromisso de obedecer rigorosamente a Palavra de Deus. “E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos” (Ne 9.38).

2. Os líderes como exemplo - (Ne 10.28-29). Nesse concerto, os líderes judaicos portaram-se exemplarmente e foram admirados pelo povo. Quando o obreiro age com fidelidade e amor, todos o seguem com alegria e obedecem, com júbilo, o que Deus nos ordena em Sua Palavra.

2.1. Liderança é, acima de tudo, caráter e exemplo. “Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1ª Pe 5.1-3).
Sem tais quesitos, os resultados são deploráveis.

III. OBEDECENDO A PALAVRA DE DEUS

1. A instrução das Escrituras.Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura” (Ne 8.8).

1.1. Humilharam-se e arrependeram diante do Senhor com jejuns e sacos. “Ora, no dia vinte e quatro desse mês, se ajuntaram os filhos de Israel em jejum, vestidos de sacos e com terra sobre as cabeças” (Ne 9.1).

1.2. Sob a liderança de Neemias, o povo, seguindo o exemplo de seus líderes, assumiu o compromisso de observar integralmente a Lei de Deus. “Firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos” (10.29).

É urgente romper com o estilo de vida deste presente século e assumir, com temor e tremor, o que nos prescreve o Livro dos livros.

“A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples” (Sl 119.130).

O progresso da família, da Igreja ou da nação depende fundamentalmente da observância da Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é o guia seguro e infalível que nos conduz a uma vida vitoriosa e abundante.

1.3. A exposição da Palavra traz esperança. “E achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste com ele o pacto de que darias à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e tu cumpriste as tuas palavras, pois és justo. Também viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste o seu clamor junto ao Mar Vermelho” (Ne 9.7-8).

IV. O CUIDADO COM O TEMPLO DO SENHOR

1. O Templo. Os israelitas amavam o Santo Templo, pois era o lugar em que adoravam ao Senhor. Por causa disso, comprometeram-se a ofertar, voluntária e regularmente, os “dízimos da terra” para a manutenção do culto divino (Ne 10.32-38).

1.1. Para os israelitas, servir a Deus naquele santuário era um ato de indizível ventura. Infelizmente, muitos já não sentem alegria de estar na casa de Deus. A Bíblia, porém, exorta-nos a que não deixemos “a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25).

1.2. O salmista sentia alegria enquanto se encaminhava ao santuário divino. “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).

2. A manutenção da casa do Senhor.
2.1. O Sacerdócio fora uma instituição divina. “Depois farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão” (Êx 28.1).

2.2. Nos dias de Neemias o povo havia negligência com suas contribuições. “Pois os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas alçadas dos cereais, do mosto e do azeite para aquelas câmaras, em que estão os utensílios do santuário, como também os sacerdotes que ministram, e os porteiros, e os cantores; e assim não negligenciarmos a casa do nosso Deus” (Ne 10.39).

2.3. A Bíblia ensina que aquele que nos abençoa, deve ser também ser abençoado por nós. “E o que está sendo instruído na palavra, faça participante em todas as boas coisas aquele que o instrui” (Gl 6.6.).

2.4. Não podemos desamparar a obra de Deus. “Porque a ministração deste serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também transborda em muitas ações de graças a Deus” (2ª Co 9.12).

2.5. A contribuição para Casa de Deus é uma ordenança divina! “Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus; para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel, e para toda a obra da Casa do nosso Deus” (Ne 10.32-34).

Em virtude do concerto estabelecido entre Deus e o seu povo, os judeus, sob a liderança de Neemias, restauraram a contribuição para a manutenção da Casa do Senhor no valor de “um terço de um siclo” – quatro gramas de prata. As ofertas eram trazidas com alegria aos oficiantes do culto. Os crentes verdadeiramente avivados tudo fazem com júbilo, porque desejam agradara Deus em todas as coisas. Como estamos adorando a Deus?

Após o concerto, os israelitas comprometeram-se a ofertar para a Casa do Senhor e manter a pureza do culto divino.

3. O dia de adoração.
1. Sábado. “E de que, trazendo os povos da terra no dia de sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada tomaríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano sétimo e toda e qualquer cobrança (10.31).

No Antigo Testamento, os judeus santificavam o sábado como o dia de adoração ao Senhor. Uns vendilhões e mercadores, porém, desprezando a lei divina, expunham suas mercadorias, nos portais de Jerusalém, exatamente nesse dia. Assim, desviavam os judeus de sua devoção a Deus. A fim de manter a pureza do culto divino, Neemias viu-se obrigado a tomar sérias medidas, proibindo qualquer comércio no dia de culto. Ele mandou que as portas da cidade fossem fechadas nesse dia. Isso agradou a DEUS e levou o povo a total consagração a DEUS.

Temos nós reservado, pelo menos um dia na semana, para cultuarmos ao Senhor? Sejamos mais assíduos à Escola Dominical, aos cultos de ensino e aos demais trabalhos da Igreja. Que jamais desprezemos o culto divino.


CONCLUSÃO. Quando o povo de Deus, avivado por Sua Palavra, compromete-se com os supremos negócios de seu Reino, a Igreja desdobra-se em adoração e serviços, para que o Evangelho chegue aos confins da terra. Os crentes, então, passam a contribuir e a testemunhar com amor e intenso júbilo, porque sabem que “Deus ama ao que dá com alegria” (2ª Co 9.7). Sem avivamento não pode haver verdadeira adoração. Aviva, ó Senhor, a tua obra.

Pr. Elias Ribas
Igreja Assembléia de Deus
Blumenau - SC