Lucas 10.27 “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Romanos 12.8-14 “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que
reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita
misericórdia, com alegria. 9 O
amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor
fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 Não sejais vagarosos no cuidado; sede
fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; 12 alegrai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, perseverai na oração; 13 comunicai
com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; 14 abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não
amaldiçoeis.
INTRODUÇÃO. Nestes dois mandamentos resume toda a lei (Rm 13.9). Como era impossível o coração pecaminoso atingir o padrão, Cristo cumpriu-a por nós, a dupla lei do amor (1ª Jo 4.7-19).
O cristão precisa entender a lição que trata a respeito do amor, pois o objetivo é que venhamos compreender a singularidade e a importância desse aspecto do fruto do Espírito.
Podemos agrupar os nove aspectos do fruto do Espírito Santo da seguinte maneira:
1. Os atributos que tratam do nosso relacionamento com Deus: amor, paz e alegria.
2. Os que tratam do nosso relacionamento com o próximo: longanimidade, benignidade e bondade.
3. Os que tratam do nosso relacionamento com nós mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio. Porém, nesta lição, veremos o aspecto do amor. A maior marca de uma igreja não é sua teologia, seu templo, tradições, mas sim o seu amor para com o Senhor Jesus e para com o próximo.
I. A FUNÇÃO DA LEI
A lei era composta por 613 mandamentos divididos em: Sociais, religiosos e morais.
O decálogo é o esboço e a linha mestra da lei de Moisés.
1. A lei veio revelar o pecado. Rm 7.7 “Que diremos então? A lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”.
2. Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas escritas no
livro da lei.
Gl 3.10-12 “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição, (claro se eu sou gentio e há uma verdade para eu viver, há um evangelho, há uma revelação, e eu vivo debaixo das obras da lei, eu estou debaixo de maldição), porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas escritas no livro da lei, para praticá-las. Ora, a lei não é da fé, mas o homem que fazer estas coisas por ele viverá.”
3. Escritura encerrou tudo sob o pecado. Gl 3.21-22 “É porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei. Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem.”
4. A lei estava enferma. Rm 8.3 “Portanto o que fora impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado.”
5. A função da lei foi patológica (descobri a causa da doença): revelar o pecado do homem. Mas ela não pode curar.
Gl 3.22-26 “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. 23 Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. 24 De maneira que a lei nos serviu de tutor, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. 25 Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de tutor. 26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”
Gl 2.16 “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.”
Rm 3.19-20 “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. 20 Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.”
II. JESUS CUMPRIU A LEI
1. O que significa cumprir a lei. Mt 5.17-18 “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumprir. 18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.”
Jesus disse que veio cumprir a lei e os profetas (Mt 5.17). O que significa isso? O verbo grego para “cumprir” é pleroo e significa “cumprir, completar, encher”. O Antigo Testamento contém instrução e doutrina sobre Deus, o mundo e a salvação, mas sua revelação é parcial. A manifestação do Filho de Deus tornou explícito o que antes estava implícito, e assim o Senhor completou a revelação (Hb 1.1,2).
2. Cumprimento das profecias. Hb 1.1-2 “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho. 2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.”
Jesus iniciou o seu ministério terreno dizendo: “o tempo está cumprido” (Mc 1.14,15). Diversas vezes encontramos no Novo Testamento, a declaração como: “Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura” (Jo 19.36), ou fraseologia similar, principalmente no Evangelho de Mateus (Mt 1.22; 2.17,19; 4.14) dentre outras citações. As profecias se cumpriram em Cristo.
3. Preceitos cerimoniais. Lc 24.46-48 “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos. 47 E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. 48 E destas coisas sois vós testemunhas.”
O Senhor Jesus
cumpriu o sistema cerimonial da lei na sua morte (Mt 27.50,51; Lc 24.46). As
instituições de Israel com suas festas, os sábados, os holocaustos e os
diversos tipos de sacrifícios da lei de Moisés eram tipos e figuras que se
cumpriram em Cristo (Hb 5.4,5; 1ª Co 5.7). Assim, as cerimônias cessaram, mas o
significado foi confirmado (Cl 2.17).
4. A lei era a sombras das coisas vindouras. Cl 2.16-17 “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. 17 Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.”
5. A lei durou até que viesse de Jesus Cristo. Gl 3.19-20 “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.”
6. Cristo é mediador de um Novo Testamento. Hb 9.15-17 “E por isso é mediador de um Novo Testamento, para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro Testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?”
Hb 10.1 “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.”
7. O fim da lei é Cristo. Rm 10.4 “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.”
8. Embora a lei fosse boa, trouxe a morte. Rm 7.12-13 “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. 13 Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.”
9. A lei não justificou ninguém. Gl 3.11-12 “E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora a lei não é fé, mas o homem que fizer estas coisas por elas viverá”.
10. Os que voltam para lei estão desviados. 1ª Tm 1.6-7 “Desviando-se alguns, se entregam às vãs contendas. Querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.”
11. Os que vivem na lei estão desligados de Cristo. Gl 5.4 “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da
graça decaístes.”
III. A LEI DE CRISTO
1ª Co 9.20-21 “Procedi para os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.”
1. Quem ama a Deus ama o
próximo e cumpre a lei.
1.1. Jesus resumiu toda a Lei em dois mandamentos. Mateus 22.37-40 Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. 38- Este é o primeiro e maior mandamento. 39- E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo. 40- estes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.”
1.2. A de lei Cristo é o amor. Gl 5.14 “Toda a lei se resume num só mandamento: Ame o seu próximo como a si mesmo”.
1.3. O amor é uma dívida impagável. Rm 13.8 “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei.”
O que Paulo quer dizer em cada passagem é que tanto o amor quanto a lei estão relacionados com a justiça. Elas não estão em conflito a este respeito”.
Jo 15.10 “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.”
1ª Co 13.13 “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.”
Jo 13.35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
2ª Jo 1.6 “E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor.”
1ª Jo 4.8-9 “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9 Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.”
Quem não ama, não conhece a Deus, ou seja, não tem um verdadeiro conhecimento de Deus; não tem apenas pontos de vista d’Ele, nem sentimentos certos em relação a Ele. A razão para isso está implícita no que é afirmado imediatamente, que “Deus é amor” e, é claro, se eles não têm amor reinando em seus corações, eles não podem fingir ser como ele.
2. Os mandamentos de Deus não são pesados. 1ª Jo 5.2-3 “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.3 Porque este é o amor de Deus: Que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.”
CONCLUSÃO:
A lei do Velho Testamento não revelou o amor de Deus para as nações. A lei foi dada para os Hebreus e ela apenas apontava o pecado. Mas Ele enviou o Seu Filho cumprir a Lei e revelar o Seu amor para a humanidade. Pela Lei Ele se tornou maldito, para que nós nos tornasse bendito.
Jo 3.16 “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17- Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. 18- Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.
Ef 3.17-19 “Para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, 18 possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade,19 e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus.”
Não há amor maior que o amor de Deus por nós, Ele quer que conheçamos em essência todas as medidas desse amor: largura, comprimento, altura e profundidade. O apóstolo Paulo ainda diz que esse amor excede, isto é, ultrapassa nosso conhecimento.
Pr. Elia
Ribas
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