TEOLOGIA EM FOCO: maio 2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

CRISTO REVELADO NA TIPOLOGIA


O termo “tipologia bíblica” se refere às pessoas, eventos e instituições do Antigo Testamento que serve de sombra ou prefiguração de pessoas e eventos do Novo Testamento. A representação inicial se chama “tipo”, e a realização dela, “antítipo”.

Podemos compreender melhor o livro de Hebreus, se estivermos cientes do fato de que o autor revela muitos antítipos de tipologia do livro de Levíticos no Antigo Testamento. Lemos em Hb 10.1 Diz: “Visto que a lei tem a sobra dos bens vindouros, mas não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente eles oferecem”.

Temos aqui um exemplo: o “tipo” é a antiga aliança, ou seja, a Lei; sua realização, ou “antítipo” é a nova aliança proporcionada pela morte de Cristo no Calvário.

Seria incompleto este o estudo da Cristologia sem algumas referências às muitas fontes textuais que prefigura no Antigo Testamento, a pessoa e obra de Cristo.

Hb no capítulo 4, nos mostra que tanto Arão como Melquisedeque foram “tipos de Cristo” no que diz respeito ao seu sacerdócio.

Hb no capítulo 3, mostra que Moisés foi um “tipo” de Cristo no seu papel de libertador: nesta função aparece também Josué. Devemos lembrar, que o “antítipo” se manifesta bem superior ao “tipo” que prefigura. Não há, por exemplo, na vida de Cristo, aquelas fraquezas e falhas humanas nos indivíduos que lhe serviram de “tipo”.

Em Números capítulo 21 relata como Moisés levantou a serpente de bronze no deserto, e como todos os israelitas que contemplavam ficavam curados da picada das cobras vivas. Em Jo 3.14-15 Jesus diz: “do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que n’Ele crê tenha a vida eterna”. Este tipo cumpriu-se no Calvário, quando Jesus foi feito pecador por nós, conforme 2ª Co 5.21; Gl 3.13.

Os três dias e três noites passados por Jonas no ventre do peixe servem de “tipo” do intervalo entre a crucificação de Cristo no Calvário e Sua ressurreição no terceiro dia. Em Mt 12.40 Jesus diz: “Assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra”.

No capítulo 22 de Gn, a prontidão de Abraão para sacrificar seu filho Isaque, serve de “tipo” de Deus, que deu Seu filho unigênito em sacrifício por nós, pecadores.

Vejamos a seguir algumas instituições do Antigo Testamento cuja realização se encontra em Jesus Cristo: os sacrifícios de animais, o sacerdócio, o tabernáculo e templo, e lei Mosaica. No que diz respeito ao sacrifício de animais para expiação de pecados, lemos em Hb 9.13-14: “Se o sangue de bodes e de touros, e a cinza de uma novilha, aspergida sobre os contaminados, os santifica, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito Santo, A si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servimos ao Deus vivo!”.

Acerca do sacerdócio, lemos em Hb 7.26-27 “Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separados dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de pecados, depois pelo do povo, porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu”.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.br


domingo, 4 de maio de 2014

SOFRIMENTOS DE CRISTO


 “Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 As minhas costas dei aos que me feriram, a minha face aos que me arrancaram os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontaram, e me cuspiam. Zc 13.6 Está escrito E se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá ele: são as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Is 53.5).

“E a hora nona exclamou Jesus com alta voz: Eloi, Eloi, lama sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34).


“Em agonia, orava mais intensamente. O seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão” (Lc 22.44).

I. Jesus padeceu para nos levar a Deus
“Pois Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelo injusto, para levar-nos a Deus. Ele, na verdade, foi morto na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1ª Pe 3.18).
“Convinha que aquele por quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o autor da salvação deles” (Hb 2.10).
“E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13.12).

II. Jesus era um Varão de Dores
 “Era desprezado, e o mais indigno entre os homens, homem de dores, e experimentado no sofrimento. Como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.3).

III. Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém
(E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela (Lc 19.41).

IV. Na morte de Lázaro
“Jesus, vendo-a chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. Diz a Bíblia: Jesus chorou” (Jo 11.33).
“Agora o meu coração está angustiado, e que direi? Pai salva-me desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim” (Jo 12.27).

V. Jesus foi desprezado (na sua Pátria)
“Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama a sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13.55).
“Os que passaram, blasfemavam dele dizendo: Ah! Tu que destrói o templo, e em três dias o edifica” (Mc 15.29).
 “Muitos diziam: Está possuído por um demônio, e está fora de si. Por que ouvis?” (Jo 10.20).
“Os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas as coisas e zombavam dele” (Lc 16.14).
“Salva-te a ti mesmo, desce da cruz. E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros, e não pode salvar-se a si mesmo. O Cristo, Rei de Israel, desça Agora da cruz para que o vejamos e acreditemos” (Mc 15.30-32).

VI. Suportou humilhações
“E foram crucificados com Ele dois assaltantes, um à direita e outro à esquerda” (Mt 27.38).
 “E ela deu a luz a seu filho primogênito, envolveu-o em panos, e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.7).
“Na sua humilhação negaram-lhe justiça. Quem contará sua geração? Sua vida é tirada na terra” (At 8.33).
“Pois já conheceis a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de vós, se fez pobre, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (2ª Co 8.9).
“Mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. 8 E, achando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.7).

Deus enviou Seu Filho ao mundo para resgatar o homem; Ele pagou com sua morte no calvário o preço da minha e da tua salvação. Hoje a porta está aberta e Jesus está a convidar: “Vinde a mim todos os cansados e oprimidos que Eu vos aliviarei”.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.b