TEOLOGIA EM FOCO

domingo, 2 de março de 2025

A HISTÓRIA DE AGAR

 


]Gn 16.11 “Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição.” 

INTRODUÇÃO:

Ismael foi o primeiro filho de Abraão, nascido de uma escrava egípcia chamada Hagar ou Agar. 

O nome Ismael - do hebraico Yishmaél, Ishmael, ligado a yishmá - significa “Deus ouve”. 

Ele era considerado o herdeiro principal de Abraão, mas perdeu essa posição quando Isaque nasceu. Ismael também foi o pai de 12 tribos. 

I. CONTEXTO HISTÓRICO 

1. A promessa a Abraão. Gn 12.1-3 “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 3 E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” 

1. Ele exige duas coisas e Abraão.

1.1. Sai da tua terra.

1.2. Vai para terra que eu te mostrarei. 

2. Deus faz a Abraão sete promessas.

2.1. Farei de ti uma grande nação.

2.2 Abençoar ter-te-ei.

2.3. Engrandecerei o seu nome.

2.4. E tu serás uma bênção

2.5. Eu abençoarei os que te abençoarem.

2.6. Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.

2.7. Em ti serão benditas todas as famílias da terra. 

Seus pais integravam um grupo que adorava a lua na cidade de Ur. 

Deus escolheu e chamou Abraão quando ele ainda vivia em Ur dos Caldeus. Abraão pertencia a uma família pagã. Porém, ele acreditou em Deus de todo o coração. Decidiu obedecê-lo, tornando-se o pai de uma importante nação, Israel. Por intermédio de Israel, todas as nações da terra seriam abençoadas e restauradas. Deus tinha um plano perfeito para a vida de Abraão e para a humanidade. 

Abraão saiu da sua terra e do meio da sua parentela para um lugar que ele não conhecia. É preciso fé para obedecer a Deus e cumprir toda sua vontade. 

3. O nome de Abrão. O nome Abrão surgiu a partir de Ibrim, que significa “hebreus”, que por sua vez originou o nome Abram, que quer dizer “pai elevado”, “pai ilustre”, “grande pai” ou “pai exaltado”. 

4. O desespero de Abraão. Gn 15.2 “Então disse Abrão: Senhor Deus, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer?” 

Então Abrão providenciou que seu servo, Eliezer de Damasco, se tornasse seu herdeiro. 

De acordo com os costumes da época, um casal rico e sem filhos poderia adotar um herdeiro para receber sua herança. 

Quase sempre um escravo, o herdeiro seria responsável pelo sepultamento e luto de seus pais adotivos. 

Se um filho nascesse após a adoção de um escravo-herdeiro, o filho natural poderia então tomar seu lugar. 

Aos 86 anos ele teve um filho com Agar, criada de Sarai. Essa criança, chamada Ismael, foi uma bênção, mas não era a que Deus prometera. 

II. ISMAEL: O FILHO DE ABRAÃO E AGAR 

Ismael é conhecido como o filho de Abraão e Agar, de acordo com as escrituras sagradas. Sua história é marcada por desafios e provações, mas também por promessas e bênçãos divinas. 

1. O plano de Sara. Gn 16.-2 “Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, tendo, porém, uma serva Egípcia por nome Agar. 2 Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz filhos, toma, pois, a minha serva e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai”. 

A história de Ismael começa quando Abraão e sua esposa, Sarai, não podiam ter filhos porque Sarai era estéril. Sarai, então, decide dar sua serva, Agar, a Abraão como esposa secundária, na esperança de que ela pudesse conceber um filho para o casal. 

2. Agar despreza Sara. Gn 16.4-5 “E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos. 5 Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o Senhor julgue entre mim e ti.” 

3. Agar foge para o deserto. Gn 15.6-14 “E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face. 7 E o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. 8 E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai minha senhora. 9 Então lhe disse o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos. 10 Disse-lhe mais o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será. 11 Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição. 12 E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos. 13 E ela chamou o nome do Senhor, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também aqui para aquele que me vê? 14 Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede.” 

E foi ali no deserto que o Anjo do Senhor apareceu a Agar, marcando sua história. Ao chamá-la pelo nome e lhe fazer perguntas diretas, como quem verdadeiramente a conhece, o Anjo ordena que ela honre sua senhora (e assim ao Senhor) e volte para casa. Que Ismael, seu filho, fizesse parte da descendência de Abraão não era o plano de Deus, mas tampouco frustrou Seus planos. Além da promessa que já havia sido feita a Sara e Abraão, o Senhor faz no deserto uma promessa à geração de Agar, transformando rejeição em esperança. 

4. O Deus que vê, também é o Deus que ouve. V. 7 “E o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.” 

4.1. O anjo no deserto. V. 8 “E Ele disse: Agar, serva de Sarai, donde vens? E para onde vais?” 

4.2. A resposta de Agar. Gn 16.8 “Fujo da presença de Sarai, minha senhora”. 

4.3. O anjo ordena que ela volte. V. 9 “Então lhe disse o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos.” 

4.4. O Senhor faz no deserto uma promessa à geração de Agar, transformando rejeição em esperança.

Vs. 10-12 “Disse-lhe mais o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será. 11 Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição. 12 E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.” 

Ele não prometeu boas mudanças; Ele não disse que Sara mudaria sua atitude e seria mais misericordiosa e compassiva, ou que a vida de Agar se tornaria muito mais fácil agora. Ele não disse nada disso. Ele apenas disse: Volta para tua senhora e humilha-te sob suas mãos”. 

4.5. Agar dá um nome ao Senhor. V. 13 “E ela chamou o nome do Senhor, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também aqui para aquele que me vê?” 

No entanto, antes de Agar voltar, ela faz algo absolutamente único, algo que ninguém mais na Bíblia faz: ela dá um nome ao Senhor. Nós temos vários exemplos nas Escrituras onde um lugar foi designado de acordo com o que Deus fez lá. 

III. O NASCIMENTO DOS FILHOS DE ABRAÃO 

1. O nascimento de Ismael.
Gn 16.15 “E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael.” 

2. O Nascimento de Isaque, o filho da promessa. Gn 21.5-8 “E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho. 6 E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo. 7 Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice. 8 E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado. 

3. Agar e Ismael são mandados embora. Gn 21.9-10 “E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava. 10 E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho.”

Gn 16.14 “Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba. 

Assim, mais uma vez, Agar é rejeitada e, sem escolhas, se vê obrigada a partir e sair errante pelo deserto. 

IV. AGAR NO DESERRTO 

1. Agar segue o caminho do deserto. Gn 21.15-16 “E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores. 16 E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou.” 

2. Deus cuida do menino. Gn 21.17 “E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.” 

Deus ouviu o choro de Ismael, de onde decorre o significado do seu nome: “Deus ouve”. 

3. Deus faz uma promessa a Ismael. Gn 21.18 “Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação.” 

4. Agar não teve dúvida da promessa, abriu os olhos e viu um poço. Gn 21.19 “E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino. 20 E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro.” 

Deu de beber ao menino e seguiu o seu caminho. Ismael cresceu no deserto de Parã, tornou-se flecheiro e casou-se com uma mulher egípcia (Gn 21,19-21). 

CONCLUSÃO:

Agar serva Egípcia de Sara não apenas deu à luz o filho primogênito de Abraão, mas foi tão especial aos olhos do Senhor que ela se tornou a única mulher na Torá a quem Ele se dirigiu duas vezes. 

Agar foi rejeitada por Sara e por Abraão, mas foi celebrada pelos olhos de Deus e assistida por Ele. 

O Deus que a viu errante e sozinha, não permitiu que essa mãe fosse abandonada no deserto.

Ele vai até ela e a redireciona novamente para que sua vida e a de seu filho fosse por Ele transformada. 

Somente o Deus que nos ouve e vê pode nos tirar dessa situação de deserto que muitos de nós estamos vivendo. 

Levante-se, tome seus filhos pela mão e siga, o Senhor é contigo! 

Para garantir genealogias em torno do patriarca, Deus muda o rumo da história sem romper os laços de pertença. E o que é mais provocador, Deus ouve grito de uma mulher estrangeira e apoia a sua rebeldia. Deus não aceita a opressão e a violência! 

Pr. Elias Ribas Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau -SC

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

A DOUTRINA DA TRINDADE


INTRODUÇÃO:

A doutrina da Trindade é um dos estudos mais importantes da fé cristã. Se para constatar a existência de Deus, é nos suficiente a fé e a razão; para compreender a Trindade, carecemos, conjuntamente, da revelação divina que só encontramos na Bíblia Sagrada. Não é algo que se aprende através da luz natural da razão; e, sim, da iluminação espiritual que nos proporciona o Espírito Santo na Palavra de Deus. 

Apesar de o termo não se encontrar nas Sagradas Escrituras, as evidências que atestam a doutrina são, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, incontestáveis. 

A doutrina da Trindade não divide Deus em três partes. A Bíblia é clara que todas as três Pessoas são cada uma cem por cento Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são plenamente Deus. 

I. O QUE É A SANTÍSSIMA TRINDADE 

A doutrina da trindade é um mistério que ultrapassa a nossa possibilidade de compreensão. Nossa mente jamais conseguirá explicar adequadamente, o que é a Santíssima Trindade. Aliás, foi o que certa vez confessou Agostinho, um dos maiores teólogos do Ocidente. Todavia, contamos nós com a assistência do Espírito Santo que, por intermédio das Sagradas Escrituras, revela-nos o necessário para aceitarmos a beleza dessa verdade. 

1. Definição. Doutrina segundo a qual a divindade, embora una em sua essência, subsiste eternamente nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Com trindade queremos dizer que Deus subsiste em três pessoas. Na natureza do único Deus, há três distinções e estas três são iguais. As três Pessoas são iguais na substância e nos atributos absolutos e morais. Há três distinções eternas na substância de Deus. No entanto, não há três deuses; as Escrituras Sagradas ensinam que Deus é um e que além Dele não existe outro Deus (Dt 6.4). Embora sejam obras das três pessoas conjuntamente, atribui-se a criação primariamente ao Pai, a redenção ao Filho e a santificação ao Espírito Santo. No entanto, em cada uma dessas operações divinas os três estão presentes cooperando juntamente. 

II. HÁ UM DEUS 

Is 45.5-6 “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças; 6 Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.” 

Is 40.18 “A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?” 

Dt 4.35 “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão ele.” 

A doutrina da Trindade significa que há um Deus que existe eternamente como três Pessoas distintas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Dito de outra forma, Deus é um em essência e três em pessoa. Essas definições expressam três verdades cruciais:

1. O Pai é Deus

2. O Filho é Deus

3. O Espírito Santo.

São Pessoas distintas, (2) cada Pessoa é plenamente Deus, (3) há apenas um Deus. 

1ª Co 8.6 “Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.” 

III. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO 

A doutrina da Santíssima Trindade não é exclusiva do Novo Testamento; é uma ampliação de uma verdade que se acha desde o Gênesis ao profeta Malaquias. Então, por que a rejeitam os judeus? Pelas mesmas razões que os levaram a repudiar a messianidade de Jesus de Nazaré: cegueira espiritual e dureza de coração (2ª Co 3.14-16). A Trindade é claramente apresentada tanto na criação do Universo, como na expectativa messiânica da alma hebreia e em cada episódio da História Sagrada. 

A Sagada Escritura menciona o uso da palavra Elohim no plural e que é usado propriamente com formas plurais da linguagem. Elohim (deuses) ocorre cerca de 2.500 vezes no VT, enquanto que a forma singular ocorre 250 vezes, e a mesma designa falsos deuses. 

1. A Trindade na criação do Universo. Gn 1.1 “No princípio criou Deus o céu e a terra.”

Se levarmos em conta que a palavra hebraica Elohim (Gn 1.1; Dt 6.4) no hebraico é: YAHWEH nosso Elohim (Deuses) é echad YAHWEH. A palavra echad permite uma unidade de mais de um (Gn 2.24; Êx 36.13 e 2º Sm 2.25) a palavra hebraica Elohim é um substantivo plural, concluiremos: a Santíssima Trindade encontrava-se ativa na criação do Universo. 

2. A Trindade na criação do homem. Em Gn 1.26 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. 

A quem Deus se dirigiu quando disse: “façamos a nossa imagem?” O sujeito está subtendido, “nós” façamos. A expressão: “nossa imagem e semelhança” demonstram que havia uma pluralidade na divindade. Sem dúvida estava ali a presença do Pai do Filho, e do Espírito Santo (Jo 1.1-3). 

3. Três pessoas distintas no livro do profeta Isaías.  Is 6.8 “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.”

O profeta Isaías revela a Trindade, quando afirma: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós? A expressão “Por nós”, os teólogos dos primeiros séculos, sempre entenderam o plural como se referindo mais uma vez, à divina Trindade. 

IV. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO 

1. No batismo de Jesus. Marcos 1.10-12 “E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de Nazaré da Galileia, foi batizado por João, no Jordão. 10 E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele. 11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo. 12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto.”

No batismo de Jesus, vemos o Pai falando do céu e o Espírito descendo do céu na forma de uma pomba quando Jesus sai da água. 

2. Jesus afirma a Trindade. Jesus fala de um nome que pertence ao Pai, ao Filho e ao nome do Espírito Santo dizendo:

Mt 28.19 “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. 

Crer que o Pai é o Filho e o Filho é o Espírito não tem sentido e contraria a Palavra de Deus. Não existe razão para não crermos na Trindade divina, pois devemos refutar qualquer conceito herético que o diabo traz através dos falsos pregadores. 

3. A Igreja e a trindade. Ef 4.4-6 “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.” 

4. Na vida da Igreja Primitiva. Nos Atos dos Apóstolos, a Santíssima Trindade aparece operando ativamente, desde os primeiros versículos:

At 1.1-2, “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo quanto Jesus começou a fazer e ensinar, até o dia em que foi levado para cima, depois de haver dado mandamento, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera”. 

5. A Trindade na proclamação do Evangelho. At 5.31-32:O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro; 31 sim, Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecados. 32 E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem”. 

6. A trindade nos dons espirituais. 1ª Co 12.4-5 “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. 5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” 

7. A trindade na exposição de João. Jo 5.6-9 “Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade. 7 Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. 8 E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num. 9 Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou.” 

Cada Pessoa é plenamente Deus. Uma vez que o Pai enviou o Filho ao mundo (Jo 3.16), Ele não pode ser a mesma pessoa que o Filho. Da mesma forma, depois que o Filho voltou ao Pai (Jo 16.10), o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo ao mundo (Jo 14.26; At 2.33). Portanto, o Espírito Santo deve ser distinto do Pai e do Filho. 

8. A trindade no ministério de Jesus. Lc 4.18-19 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e para proclamar o ano aceitável do Senhor”. 

No livro do profeta Isaías há uma passagem que é impossível não ver a manifestação da Santíssima Trindade. “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Is 61.1). 

At 10.38 “Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele”. 

9. Na morte de Estevão. At 7.55Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus.” 

10. Na chamada do apóstolo Paulo. At 9.17Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.” 

11. Na chama dos apóstolos. At 13.2-3 “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. 3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” 

12. No Concílio de Jerusalém. At 15.8,10,11, 28 E Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo, assim como a nós; Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? 10 Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? 11 Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles também. 28 Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias. 

13. A trindade na benção apostólica. 2ª Co 13.14 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” 

A benção apostólica aponta para a Trindade. A graça de Cristo nos revela o amor de Deus (cf.11) que, por sua vez, nos dá a filiação por meio do Espírito Santo que produz comunhão fraternal entre os filhos de Deus. 

14. Nos ministérios. Rm 15.16 “Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.” 

V. A BÍBLIA SAGRADA ATRIBUI A CADA PESSOA DA TRINDADE AS PERFEIÇÕES DIVINAS 

1. Eternidade. O Pai (Rm 16.26); o Filho (Ap 22.13); o Espírito Santo (Hb 9.14). 

2. Onipresença. O Pai (Jr 23.24); o Filho (Mt 28.20); o Espírito Santo (Sl 139.7-12).

3. Onisciência. O Pai (Mt 10.29-30); o Filho (10 2.24-25); o Espírito Santo (1ª Co 2.9-11). 

4. Onipotência. O Pai (Gn 17.1); o Filho (Ap 1.8); o Espírito Santo (Rm 15.19). 

5. Santidade. O Pai (Jo 17.11); o Filho (At 3.14); o Espírito Santo (At 5.3-4). 

6. Doador Da Vida Eterna. O Pai (Rm 6.23); o Filho (Jo 11.25); o Espírito Santo (Gl 6.8).

VI. O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO SÃO PESSOAS DISTINTAS 

1. A Bíblia fala do Pai como Deus. Fl 1.2 “Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo.” 

Jr 23.23 “Porventura sou eu Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe?” 

2. Jesus como Deus.

2.1. O Logos estava com Deus e era Deus. Jo 1.1-3 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” 

2.2. Jesus desceu dos céus. João 3.13Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu”. 

2.3. Jesus é reconhecido como Deus - Jo 20.28 “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!” 

2.4. Esta a destra do Pai. Hebreus 1.1 Sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”. 

2.5. Jesus o verdadeiro Deus. 1ª Jo 5.20: “Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. 

2.6. Jesus é a imagem do Deus invisível - Colossenses 1.12-15 “Dando graças ao Pai que vos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, 13 e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado; 14 em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; 15 o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”. 

2.7. Jesus é Deus e Salvador. Tito 2.13 “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.” 

2.8. Abriu mãos de Seus direitos. Fl 2.5-11 “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. 6 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. 9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. 11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” 

2.9. Nele foram criados os céus e a Terra. Cl 1.15-17 “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. 16 Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. 17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” 

2.10. Jesus homem, mas plenamente Deus. Cl 2.9:Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”.

Jo 1. 1-3 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” 

Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade (Jo 17.5). Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16). Ele sempre foi adorado pelos anjos no céu. Cristo Jesus sempre foi (e continuará sempre sendo) Deus por natureza, a expressa imagem da Divindade. Ele sempre possuiu toda a glória e louvor no céu. Com o Pai e o Espírito Santo, ele sempre reinou sobre o universo. Mas abdicou de tudo isso por amor de nós. 

3. Jesus como Deus no Velho Testamento.

3.1. Jesus o Emanuel – Desus conosco. Is 7.14 “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” 

3.2. Jesus o Deus forte. Is 9.6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” 

4. O Espírito Santo como Deus.

4.1. A Divindade do Espírito Santo. Atos 5.3-4 “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? 4 Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” 

Quando Pedro falou a Ananias, acusou-o de ter mentido ao “Espírito Santo”, (v. 3). No verso seguinte Pedro disse: “mentiste a Deus”. 

4.2 O Espírito Eterno. Hebreus 9.14 “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”

4.3. A onipotência (todo o poder) do Espírito. Lc 1.35 “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 

4.4 A Onipresença do Espírito Santo. Salmo 139.7-10 “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? 8 Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar. 10 Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.” 

Indica a onipresença (estar presente em toda à parte) do Espírito, ao exclamar Davi: “Para onde irei do Teu Espírito”? 

O espírito Santo veio para ficar conosco. Jo 14.16 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” 

4.5. A onisciência (todo conhecimento) do Espírito Santo. 1ª Co 2.10-11 “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. 11 Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” 

4.6. Jesus foi gerado pelo Espírito Santo. Mt 1.18-20 “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. 19 Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo”. 

4.7. A promessa do Espírito Santo. At 2.33 “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. 

4.8. O Espírito Santo no dia do Pentecoste. At 1.1-4 “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar. 2 E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” 

4.9. O pentecoste em Samaria. At 8.15-17 “Os quais, tendo descido, oraram por eles para que rec9ebessem o Espírito Santo. 16 (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). 17 Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.” 

4.10. O Espírito Santo testifica de Jesus. Jo 15.26-27 “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim. 27 E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.” 

4.11. O Espírito Santo fala. Hb 3.7 “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz.” 

4.12. O Espírito Santo deu o parecer na reunião apostólica. At 15.28 “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias.” 

4.13. O Espírito Santo revela. 1ª Co 2.10 “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” 

4.14. O Espírito Santo entristece. Ef 4.30 “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” 

4.15. A tríplice obra do Espírito Santo no pecador. Jo 16.8 “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” 

A. Convencer do pecado. “Porque não creem em mim” (v. 8).

B. Convencer da justiça. “...porque vou para meu Pai” (Sua ascensão) (v. l0).

C. Convencer do juízo “...porque o príncipe deste mundo (Satanás) está julgado” (v. 11).

4.16. O Espírito Santo guia em toda verdade. Jo 16.13 “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” 

4.17. O Espírito Santo intercede e geme por nós. Rm 8.26 “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.  

4.18. O Espírito Santo examina nossos corações. Rm 8.27 “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.  

4.19. O Espírito Santo deseja. 1ª Co 12.11 “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” 

4.20. O Espírito Santo nos dons. 1ª Co 12.7-11 “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. 8 Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência. 9 E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar. 10 E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. 11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” 

4.21. O Espírito Santo habita em nós. Jo 14.17 “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” 

1ª Co 3.16 “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 

1ª Co 6.19 “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”

4.22. O Espírito Santo ama. Rm 15.30 “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus.” 

4.23. O Espírito Santo ressuscitou Jesus. Rm 8.11 “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” 

4.24. “Não se pode blasfemar contra o Espírito Santo. Mc 3.28-29 “Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem. 29 Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo.” 

4.25. Quem não tem o Espírito Santo não é de Deus. Rm 8.9 “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” 

VII. O PAI E O FILHO ENVIARAM O ESPÍRITO SANTO 

1. O Pai e o Filho. Jo 5.19-22 “Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. 20 Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. 21 Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. 22 E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” 

Jo 14.24 “Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.”

2. No monte da transfiguração. Jo 17.5 “E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.” 

3. Na ressureição de Lázaro. Jo 11.41 “Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.” 

4. Jesus orando ao Pai antes de Sua crucificação. Jo 17.1-5 “Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti. 2 Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. 3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. 4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. 5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” 

5. O Pai enviou Seu Filho Jesus Cristo ao mundo. Jo 5.23-24 “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” 

Jo 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” 

6. Jesus voltou ao Pai. Jo 16.10 “... porque vou para meu Pai, e não me vereis mais.” 

7. O Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo ao mundo. Jo 16.7 “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. 8 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” 

8. O Pai enviou o consolador. Jo 16.26 “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” 

9. O pai e Jesus enviaram o Espírito Santo. At 2. 33 “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” 

10. O Espírito Santo glorifica o Filho. Jo 16.13-15 “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. 14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. 15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. 

11. Jesus e o Pai são um. Jo 17.21 “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” 

Jo 10.30 “Eu e o Pai somos um.” 

Jesus e o Pai tem a mesma essência.

CONCLUSÃO: O fato de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas distintas significa, em outras palavras, que o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo não é o Pai. Jesus é Deus, mas não é o Pai ou o Espírito Santo. O Espírito Santo é Deus, mas não é o Filho nem o Pai. São Pessoas diferentes, não três maneiras diferentes de olhar para Deus. 

Tendo visto que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas distintas, que cada um deles é plenamente Deus, e que, no entanto, há um só Deus, devemos concluir que todas as três Pessoas são o mesmo Deus. Em outras palavras, há um Deus que existe como três Pessoas distintas.

Pr. Elias Ribas Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC