SUMÁRIO
ESBOÇO DE
NEEMIAS
O CONTEXTO HISTÓRICO DO CATIVEIRO BABILÔNICO
QUANDO A
CRISE MOSTRA A SUA FACE
NEEMIAS, UM
HOMEM QUE ESTÁ A SERVIÇO DE DEUS
NEEMIAS
RECEBE ORDENS PARA IR Á JERUSALÉM
OS MUROS E AS
PORTAS DE JERUSALÉM SÃO RECONTRUÍDAS
NEEMIAS
RESISTE À OPOSIÇÃO DOS INIMIGOS
VIGILÂNCIA,
UM DEVER PARA O CRISTÃO
NEEMIAS DESPERTA TODOS A PRATICAR JUSTIÇA
VENCENDO AS
ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
NEEMIAS OBTÉM VITÓRIA TOTAL
O POVO OUVE A PALAVRA DE DEUS
A CELEBRAÇÃO DA FESTA DOS TABERNÁCULOS
O COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS
A
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO
O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR
A
RESTAURAÇÃO DA ALIANÇA QUEBRADA
A INTEGRIDADE DE UM LÍDER
FONTE DE
PESQUISA
ESBOÇO DE
NEEMIAS
I. A RECONSTRUÇÃO DOS
MUROS (SOB A LIDERANÇA DE NEEMIAS), 1.1-7.73.
O
CONTEXTO HISTÓRICO DO CATIVEIRO BABILÔNICO
1. Com a morte de Salomão, em 931 a.C., o reino de
Israel foi dividido. O Reino do Norte teve dezenove reis e oito dinastias. Em
um período de 209, nenhum desses reis buscou a Deus, sendo todos rebeldes. Deus
enviou-lhe profetas, mas os nobres e o povo não se arrependeram. Então Deus os
entregou nas mãos da Assíria, em 722 a.C. Eles foram levados cativeiro e nunca
foram restaurados.
2. O Reino do Sul teve vinte reis na mesma dinastia
davídica. Judá não aprendeu a lição do Reino do Norte e também começou a se
desviar de Deus. Os Reis taparam os ouvidos à voz profética, prenderam e
mataram os profetas. Então Deus os entregou nas mãos de seus inimigos e eles
foram levados cativo no ano 586 a.C. para a Babilônia e lá permaneceram setenta
anos.
3. Após a queda da Babilônia o povo judeu retornou
do cativeiro em três levas. O rei Ciro determinou a volta dos cativos quando
tomou conhecimento que Jeremias havia profetizado a seu respeito (Jr 25.11-12;
29.10).
4. Os
que voltaram enfrentaram a proposta sedutora dos samaritanos para se associarem
na reconstrução do templo. Os judeus rejeitaram a proposta veemente. Perceberam
que os samaritanos não estavam interessados na reconstrução de Jerusalém, mas
na destruição do próprio povo judeu. Ed 4.1-3: “Ora, ouvindo os
adversários de Judá e de Benjamim que os que tornaram do cativeiro edificavam o
templo ao Senhor, Deus de Israel, 2 chegaram-se a Zorobabel e aos chefes das
casas paternas, e disseram-lhes: Deixai-nos edificar convosco; pois, como vós,
buscamos o vosso Deus; como também nós lhe temos sacrificado desde os dias de
Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir para aqui. 3 Responderam-lhes,
porém, Zorobabel e Jesuá e os outros chefes das casas paternas de Israel: Não
convém que vós e nós edifiquemos casa a nosso Deus: mas nós sozinhos a
edificaremos ao Senhor, Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da
Pérsia”.
5. A rejeição foi motivada por sentimentos
religiosos e não por preconceito racial.
Ed 6.21: “Assim
comeram a páscoa os filhos de Israel que tinham voltado do cativeiro, com todos
os que, unindo-se a eles, se apartaram da imundícia das nações da terra para
buscarem o Senhor, Deus de Israel”.
2ª Rs 17.24 33.34: “Depois o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de
Hamate e de Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria em lugar dos
filhos de Israel; e eles tomaram Samaria em herança, e habitaram nas suas
cidades. Temiam também ao Senhor, e
dentre o povo fizeram para si sacerdotes dos lugares altos, os quais exerciam o
ministério nas casas dos lugares altos. 33 Assim temiam ao Senhor, mas também
serviam a seus próprios deuses, segundo o costume das nações do meio das quais
tinham sido transportados. 34 Até o dia de hoje fazem segundo os antigos
costumes: não temem ao Senhor; nem fazem segundo os seus estatutos, nem segundo
as suas ordenanças; nem tampouco segundo a lei, nem segundo o mandamento que o
Senhor ordenou aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel”.
6. A rejeição da oferta samaritana provocou forte
oposição e a construção do templo foi paralisada por ordem do rei Artaxerxes
(Ed 4.11-21). O resultado foi que a cidade ficou despovoada (Ne 11.1). O povo
voltou para Jerusalém, mas a restauração ainda não havia acontecido. O templo,
a cidade e o povo estavam debaixo de grande miséria e opróbrio.
Neste interim, Neemias recebeu a visita de Hanani
na cidade de Susâ, a resistência de inverno dos reis persas, no ano 444 a., no
vigésimo ano de Artaxerxes I (464-423), ou seja, treze anos depois de Esdras
subir a Jerusalém, e 142 anos depois do cativeiro babilônico (Ed 7.7). Essa
visita de Hanani foi providencial. A partir dela um novo horizonte se abriu na
vida de Neemias e um novo futuro chegou para a cidade de Jerusalém. Aquele foi
o Kairós de Deus, o tempo da
oportunidade.
QUANDO A CRISE
MOSTRA A SUA FACE
“As palavras
de Neemias, filho de Hacalias. No mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu
na cidadela de Susã, 2 veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns de Judá;
então, lhes perguntei pelos judeus que escaparam e que não foram levados para o
exílio e acerca de Jerusalém. “E disseram-me: Os restantes, que não foram
levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e
o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo” (Ne 1.1-3).
INTRODUÇÃO. O Enfoque deste
estudo apresenta a crise que levou Neemias a interceder diante de Deus pelo
povo e a agir para que a restauração de Jerusalém fosse promovida.
I.
A CRISE EM JERUSALÉM
1.
Antecedentes Históricos. A desobediência ao Senhor, causou:
1.1. O reino
do Norte foi destruído pela Assíria e levado cativo à Mesopotâmia em 722 a .C.
1.2. Em 586 a .C. o reino do Sul
também foi levado cativo por Nabucodonosor para a Babilônia onde permaneceram
por setenta anos (Jr 25.11).
2.
Deus dá o escape. Deus usa o rei Ciro, que permite um grupo de
judeus retornar a Jerusalém, a fim de reconstruir os muros da cidade e reerguer
o Santo Templo (Dn 8.3; Ed 1.1).
II.
O CHAMADO DE NEEMIAS
1.1. O nome
significa: “Deus consola”. “Consolação de Já” (um dos nomes de DEUS), ou
“Aquele a quem Jeová conforta”. Tomá-lo-emos, portanto, como um tipo do
ESPÍRITO SANTO, o Consolador ou Confortador, que se identifica com as nossas
necessidades, e se dispõe a dirigir-nos na obra de restauração dos muros da
nossa personalidade.
1.2. Filho de
Hacalias e irmão de Hanani (Ne 1.1-2; 7.2). Nasceu em Susã, Pérsia, por volta
de 480 a .C.
1.3. Copeiro
do Rei Artaxerxes I na corte persa (Ne 1.11; 2.1). Serviu na corte do rei
Artaxerxes I (465 a
424 a .C.),
filho de Assuero ou Xerxes I, marido da rainha Ester.
1.4. É
informado de que Jerusalém inda estava em ruínas (Ne 1. 2-3).
1.5. Hanani
fez a viagem de 1.600
quilômetros de Jerusalém a Susã para visitar seu irmão,
Neemias. Hanani disse que o povo de Jerusalém encontrava-se numa situação
precária e insegura, sujeito às agressões dos povos que controlavam as regiões
adjacentes à cidade (Ne 1.2; 2.3).
1.6. Suplica
ao Senhor pelo seu povo (Ne 1. 4-11).
1.7. É
agraciado por Deus e o rei lhe permite reconstruir os muros de Jerusalém (Ne 2.2-9).
1.8. Muros
fendidos e doutrina, portas queimadas e liberalismo.
III. NEEMIAS E A REALIDADE DO CATIVEIRO
1. O
cativeiro foi uma realidade que aconteceu nos dias de Jeremias. “No quinto
mês, no décimo dia do mês, que era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei
de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradão, capitão da guarda, que assistia na
presença do rei de Babilônia. E queimou a casa do Senhor, e a casa do rei; como
também a todas as casas de Jerusalém, todas as casas importantes, ele as
incendiou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda,
derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém” (Jr 52.12-14).
2.
O cativeiro foi um juiz divino contra o pecado.
2.1. Deus já havia avisado ao povo acerca do
cativeiro. 2º Cr
36.15,16,21: “E o Senhor, Deus de seus pais, falou-lhes
persistentemente por intermédio de seus mensageiros, porque se compadeceu do
seu povo e da sua habitação. 16 Eles, porém, zombavam dos mensageiros de Deus,
desprezando as suas palavras e mofando dos seus profetas, até que o furor do
Senhor subiu tanto contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve. 21 Para se cumprir a palavra do Senhor proferida pela boca
de Jeremias, até haver a terra gozado dos seus sábados; pois por todos os dias
da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.”
2.2. Quando não damos ouvidos à
Palavra do Senhor, sofremos os danos pela nossa rebeldia. “Por
que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A
Urias, o heteu, mataste à espada, e a sua mulher tomaste para ser tua mulher;
sim, a ele mataste com a espada dos amonitas. Agora, pois, a espada jamais se
apartará da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o
heteu, para ser tua mulher” (2º Sm 12.9-10).
3. Neemias estava vivendo esta realidade em
seus dias, preso na fortaleza de Susâ (Ne 1.1).
4.
As notícias que chegavam a Neemias não eram boas (Ne 1.3).
5.
As notícias inquietavam o coração de Neemias (Ne 1.4).
Diante da realidade deste mundo, os gemidos dos
crentes expressam a sua profunda tristeza ante essas circunstâncias. “Porque
sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até
agora; e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também
gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a redenção do nosso
corpo” (Rm 8.22-23).
6. O
cativeiro estava chegando ao fim.
6.1. Através do profeta Daniel entendemos que,
nos dia de Neemias, o cativeiro estava chegando ao fim. “No ano primeiro de
Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei
sobre o reino dos caldeus no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi
pelos livros que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias,
que haviam de durar as desolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Dn
9.1-2).
6.2. A profecia de Jeremias havia se cumprido. “Acontecerá, porém, que quando se cumprirem os setenta
anos, castigarei o rei de Babilônia, e esta nação, diz o Senhor, castigando a
sua iniquidade, e a terra dos caldeus; farei dela uma desolação perpetua” (Jr
25.12).
6.3. Para Neemias havia chegado o tempo de
clamar ao Senhor. “Eles são teus servos e o teu
povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão” (Ne
1.10).
7. Neemias se preocupa com Jerusalém.
7.1. Neemias
era copeiro no palácio do rei, mas se preocupou com sua pátria. “Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à
oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e
faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era
eu copeiro do rei” (Ne 1.11).
8. Neemias se preocupa com a sorte de Jerusalém.
“E disseram-me: Os restantes, que ficaram do
cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de
Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo” (Ne 1.3).
Naqueles dias
nada mais interessava a Neemias, a não a aflição de seu povo. “Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te
amam” (Sl 122.6).
Neemias 1.1-11: “As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu
no mês de Quislev, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza, 2 Que veio
Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus
que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 3 E
disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em
grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas
queimadas a fogo. 4 E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e
chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus
dos céus. 5 E disse: Ah! Senhor Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que
guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus
mandamentos; 6 Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos,
para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite,
pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos
de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos
pecado. 7 De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os mandamentos,
nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo. 8
Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós
transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos. 9 E vós vos convertereis a
mim, e guardareis os meus mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os
vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei
ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 10 Eles são
teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua
forte mão. 11 Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do
teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze
prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era eu
copeiro do rei”.
INTRODUÇÃO: Neemias era um copeiro do rei “Artaxerxes” que
governava a Pérsia. Ele é identificado como filho de Hacalias, um descendente
da tribo de Judá e da família real de Davi acompanhou Zorobabel no primeiro
destacamento de retorno dos exilados (Ez 2.2; Ne 7.7).
1. Neemias,
um líder sintonizado com os céus (vs. 2-3).
Neemias, enquanto caminhava em torno das paredes do
palácio, ouviu algumas pessoas conversando na língua hebraica. Tendo verificado
que havia retornado recentemente da Judéia, foi informado por um de seus irmão
chamado Hanani e alguns que vieram de Judá que lhe informaram a situação de
Jerusalém e da condição de inacabada e desolada bem como o estado de defesa dos
exilados retornaram. As comissões previamente entregue a Zorobabel e Esdras
extensão apenas para a reparação do templo e residências particulares, as
paredes e portas de a cidade tinha sido autorizado a permanecer uma massa de
ruínas em pedaços, como haviam sido.
II. A
ANGÚSTIA DE NEEMIAS
1. Alguns anos depois da expedição de
Esdras a Jerusalém, em 444 a .C.
Neemias recebe algumas notícias preocupantes a respeito da cidade. Ele
sente o chamado de Deus para deixar o conforto do palácio e viajar para Israel
com o propósito de reconstruir os muros que estavam fendidos e as portas
queimadas a fogo (Ne 1.3).
2. Quando
Neemias soube das más notícias sobre Jerusalém seu coração se quebrantou.
“Tendo eu
ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e
estive jejuando e orando perante o Deus dos céus” (1.4).
No texto da lamentação de Neemias no versículo 4, encontramos
cinco verbos que dizem como o coração deste homem foi movido por causa dos
sofrimentos do povo de Deus, ele se sentou, lamentou, chorou, jejuou e orou.
2.1. Ele sentou. Neemias ao saber a situação caótica de Jerusalém ficou contristado e a
primeira coisa que fez foi sentar. Mas porque Neemias sentou?
Esta palavra “sentar” tem a ideia de uma habitação
permanente, ou seja, suas reações aconteciam em um ambiente de oração. A oração
era fundamental, não suplementar. Sua obra era banhada em oração.
2.2. Ele
lamentou e chorou. São
palavras frequentemente usadas para os períodos de luto na Bíblia. Neemias
lamentou e chorou por algum tempo. Inconscientemente, Neemias estava imitando o
luto dos judeus cativos n a Babilônia, anos antes “Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar,
recordando-nos de Sião” (Sl 137.1).
As tristes
notícias de Jerusalém levaram Neemias a chorar diante de Deus. Jesus também
chorou por Jerusalém. “E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela,
dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a
paz! mas agora isso está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti
em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te
apertarão de todos os lados” (Lc 19.41-42).
2.3. Ele
jejuou. O jejum era exigido
somente dos judeus, uma vez por ano, no dia anual de expiação “Também isto vos será por estatuto perpétuo: no sétimo
mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e não fareis trabalho algum,
nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vos” (Lv 16.29). Neemias
passou vários dias em jejum, chorando e orando. Jejum bíblico não significa
simplesmente “deixar de comer”. O jejum bíblico sempre acontece acompanhado com
oração. Todos podem orar sem jejuar, mas ninguém pode jejuar sem orar. Jejum
bíblico significa privar-se de alimento por uma razão espiritual: comunicação e
relação com o Pai.
Neemias não se
conteve em chorar e lamentar, também começou a jejuar por Jerusalém.
O nosso choro
deve ter uma finalidade especifica, por isso Jesus diz: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão
consolados” (Mt 5.4).
2.4. Ele
orou.
A. A importância da oração. Neemias
também conhecia o poder da oração. Neemias tornou-se um árbitro entre Deus e os
moradores da Judéia. A oração era um hábito para ele. Porém, neste caso, pelo
menos, Neemias orou pela simples razão de que somente Deus poderia realizar o
que precisava ser realizado em Jerusalém.
A oração é o
que nos sustenta quando os problemas se levantam contra nós.
O Deus do céu que vê em secreto, não tendo oportunidade
de fazê-lo abertamente. A oração é o que nos sustenta quando os
problemas se levantam contra nós.
Esta é a primeira das doze orações registradas no
livro (2.4, 4.4, 9; 5.19; 6.9, 14; 9.5; 13.14, 22, 29, 31). O Livro de Neemias
abre e fecha com uma oração.
B. Orando em tempos de crise.
Oração, súplica e lamento (Ne 1.4).
Reconhecendo o Senhorio de Deus (Ne 1.5).
Confessando seus próprios pecados (Ne 1.6-7).
Perseverança na oração (Ne 1.1; 2.1).
Confiança plena em Deus (Ne 1.8-11).
Oração chave que abre as portas do céu (Dn 10.12).
C.
Neemias reconhece a grandeza de Deus. “E disse: ah! SENHOR, Deus dos céus, Deus grande e temível”! (v. 5).
Neemias não
pede nada antes de reconhecer a grandeza e o caráter do Deus. Em sua oração ele
focaliza a grandeza de Deus, antes de pensar na grandeza do seu problema.
Quanto maior Deus se torna para ele, menor se torna o seu problema. O
verdadeiro intercessor aproxima-se de Deus sabendo que Ele é soberano,
onipotente, capaz de resolver qualquer problema.
D. Neemias iniciou a sua oração adorando a
Deus.
Adoração com primazia sobre o pedido (Ne 1.5).
Devemos exaltar a Deus ante de pedir.
Adorar pelo que Ele é.
E não pelo que pode fazer por você.
V. 6: “Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus
olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti,
dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos
pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa
de meu pai temos pecado”.
A persistência na oração alcançara objetivos
sobrenaturais.
“E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e
achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem
busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á” (Lucas 11.9-10).
F. Neemias reconhece a desobediência do povo.
Vs. 6-7: “Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus
olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti,
dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos
pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa
de meu pai temos pecado. 7 De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos
os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu
servo”.
3. Neemias confessou seus pecados e os pecados do
povo.
Neemias sabia que o pecado dos israelitas havia
causado o juízo de Deus, que resultou na destruição de Jerusalém. O que é mais
impressionante sobre a sua confissão é que ele inclui-se no reconhecimento
desses pecados: “os quais temos
cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado” (v. 6).
O pecado foi à causa do cativeiro. Deus entregou o
povo nas mãos do rei da Babilônia. O pecado foi à causa da miséria dos que
voltaram do cativeiro. O pecado produz fracasso, derrota, vergonha e opróbrio.
Aqui está um segredo da verdadeira liderança. Os verdadeiros líderes são
aqueles que reconhecem suas falhas. Quando os líderes esquecem a gravidade de
seus pecados, eles tropeçam e perdem a capacidade de liderança.
4. Lembrou Deus de suas promessas.
Vs. 8: “Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés,
teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos”.
5. Sua fé apoia-se somente na Palavra.
V. 9: “E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus
mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na
extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido
para ali fazer habitar o meu nome”.
6. Orou com total submissão.
V. 11: Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à
oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e
faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era
eu copeiro do rei”.
CONCLUSÃO. Um
líder é uma pessoa do povo. Um líder vê as necessidades dos outros e sofre com
eles. Neemias viu a necessidade e chorou. Mas ainda mais importante do que suas
lágrimas foi o fato de que Neemias orou. Mais importante do que sua amizade com
as pessoas foi a sua amizade com Deus, pois é somente Deus que é capaz de mudar
o coração do rei e prover nossas muitas necessidades.
Abraão se importou e clamou a Deus pela vida de Ló (Gn 18-19). Moisés se
importou e libertou os israelitas do Egito. Davi levou a nação e o reino de
volta ao Senhor. Ester se importou e arriscou sua vida para salvar a sua nação
de genocídio. Paulo levou o Evangelho por todo o Império Romano. Deus ainda
está procurando por pessoas que se importam, pessoas como Neemias, quem se
importam o suficiente para lamentar, chorar, jejuar e clamar a Deus por ajuda,
e, em seguida, oferecer-se para o trabalho.
É tempo dos verdadeiros intercessores se levantarem. Onde estão os
intercessores de Deus? Onde estão os Neemias de Deus?
NEEMIAS RECEBE
ORDENS PARA IR Á JERUSALÉM
Neemias 2.1-9: “No mês de nisã, no ano
vigésimo do rei Artaxerxes, uma vez posto o vinho diante dele, eu o tomei para
oferecer e lhe dei; ora, eu nunca antes estivera triste diante dele. 2 O rei me
disse: Por que está triste o teu rosto, se não estás doente? Tem de ser
tristeza do coração. Então, temi sobremaneira 3 e lhe respondi: viva o rei para
sempre! Como não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros
de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo? 4 Disse-me o
rei: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus 5 e disse ao rei: se é do
agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua presença, peço-te que me
envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. 6
Então, o rei, estando a rainha assentada junto dele, me disse: Quanto durará a
tua ausência? Quando voltarás? Aprouve ao rei enviar-me, e marquei certo prazo.
7 E ainda disse ao rei: Se ao rei parece bem, deem sê-me cartas para os
governadores dalém do Eufrates, para que me permitam passar e entrar em Judá, 8
como também carta para Asafe, guarda das matas do rei, para que me dê madeira
para as vigas das portas da cidadela do templo, para os muros da cidade e para
a casa em que deverei alojar-me. E o rei mas deu, porque a boa mão do meu Deus
era comigo. 9 Então, fui aos governadores dalém do Eufrates e lhes entreguei as
cartas do rei; ora, o rei tinha enviado comigo oficiais do exército e
cavaleiros”.
INTRODUÇÃO: Neemias revela tristeza por
causa da condição dos muros. Mesmo vivendo em palácio, pois era copeiro do rei,
não ficou indiferente ao estado deplorável dos judeus de Jerusalém. Após um
período de jejum e oração, Deus começou a trabalhar para que ele fosse a
Jerusalém, usando um rei ímpio; tudo isto para que se cumprisse a Palavra do
Senhor.
I. A TRISTEZA DE NEEMIAS
1. A tristeza é um estado da alma. “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te
perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação
que há na sua presença” (Sl 42.5).
1.1. Havia
muitas razões para Neemias estar assim:
A. O povo em
miséria.
B. Muros
fendidos.
C. E as portas
queimadas.
2. Uma tristeza visível.
2.1. O próprio
rei identificou a tristeza de seu coração.
“O rei me
disse: Por que está triste o teu rosto, se não estás doente?” (v. 2).
A Bíblia diz
que pela dor do coração o espírito se abate. “O
coração alegre aformoseia o rosto; mas pela dor do coração o espírito se abate (Pv
15.13).
2.2. A Bíblia
diz que devemos chorar com os que chora. “Alegrai-vos
com os que se alegram; chorai com os que choram” (Rm 12.15).
3. Uma tristeza por Jerusalém.
3.1. Diante do
rei Neemias revelou sua tristeza. “E lhe respondi: viva o rei para sempre! Como
não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros de meus
pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo?” (v. 3).
3.2. Para um judeu piedoso, esquecer de
Jerusalém significava perder sua própria força e alegria. “Se eu me esquecer de
ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. Apegue-se-me a
língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à
minha maior alegria” (Sl 137.5-6).
4. A tristeza tocou o coração do rei.
4.1. Neemias
havia orado e jejuado para o encontro com o rei (Ne 1.1b). Por isto, o coração
do rei foi tocado. “Disse-me o rei: Que me pedes agora?...” (v. 4).
4.2. O Senhor
havia aceitado o sacrifício de seu servo. “Lembre-se
de todas as tuas ofertas, e aceite os teus holocaustos” (Sl 20.3).
4.3. O coração
do rei já estava nas mãos do Senhor. “Como
corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde
quer” (Pv 21.1).
II. NEEMIAS PEDE AJUDA AO REI
1. O maior desejo de Neemias era ir à
Jerusalém ver a real situação das notícias que lhe chegaram. “E lhe
respondi: viva o rei para sempre! Como não me estaria triste o rosto se a
cidade, onde estão os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas
consumidas pelo fogo”? (Ne 1.3).
1.1. Por isto
intercedeu ao rei dizendo: “E disse ao rei: se é do agrado do rei, e se o teu
servo acha mercê em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos
sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique” (v. 5).
1.2. Neemias
foi claro em sua petição. “Pedis e não recebeis,
porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg 4.3).
Muitas vezes
não recebemos por pedimos mal.
1.3. O crente
deve ter ousadia em pedir. “Pelo que eu vos
digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”
(Lc 11.9).
2. O rei concede permissão a Neemias.
2.1. Diante do
exposto, o rei e a rainha, concedem permissão a Neemias. “Então, o rei, estando
a rainha assentada junto dele, me disse: Quanto durará a tua ausência? Quando
voltarás? Aprouve ao rei enviar-me, e marquei certo prazo” (v. 6).
2.2.
Prudentemente Neemias pediu um certo tempo. “Aprouve ao rei enviar-me, e
marquei certo prazo” (v. 6b).
2.3. Em todo
tempo Neemias agiu com sabedoria e com prudência. “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede
prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10.16).
3. Neemias pede carta ao rei.
3.1. Neemias
sabia das dificuldades que iria enfrenta nesta jornada para Jerusalém. “E ainda
disse ao rei: Se ao rei parece bem, deem sê-me cartas para os governadores
dalém do Eufrates, para que me permitam passar e entrar em Judá” (v. 7).
3.2. As cartas
levariam a chancela do rei, abririam as portas para ele em todos os lugares e
demonstrariam que ele estava debaixo da autoridade.
4. Neemias pede madeira ao rei.
4.1. Diante da
necessidade que havia em Jerusalém, Neemias atreveu-se a pedir madeira ao rei para
cobrir as portas da cidade, o muro e para ajudar na casa que o hospedasse.
“Como também
carta para Asafe, guarda das matas do rei, para que me dê madeira para as vigas
das portas da cidadela do templo, para os muros da cidade e para a casa em que
deverei alojar-me” (2.8a).
4.2. Deus
realmente havia tocado no coração do rei. “...E o rei mas deu, porque a boa mão
do meu Deus era comigo” (Ne 2.8b).
III. NEEMIAS RECEBE ORDENS PARA IR A
JERUSALÉM
1. Neemias partiu de Susâ, aproximadamente
em 445 a.C.
1.1. A
legalidade se sua viagem era provada.
1.2. Neemias
partiu debaixo das ordens reais e da potente mão de Deus.
2. O rei envia emissário com Neemias.
“Então, fui
aos governadores dalém do Eufrates e lhes entreguei as cartas do rei; ora, o
rei tinha enviado comigo oficiais do exército e cavaleiros” (v. 9).
2.1. O rei
enviou com Neemias uma guarda especial.
A. Certamente
para dar proteção ao “copeiro real”.
B. Isto
demonstra o apreço que o rei tinha por Neemias.
3. Os inimigo da obra de Deus não se
agradarão de Neemias.
3.1. Ao
saberem da chegada de Neemias os inimigos se levantam. “Disto ficaram sabendo
Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita; e muito lhes desagradou que
alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel” (v. 10).
A oposição de
Neemias centraliza-se em Sambalate governador da província de Samaria e Tobias
que era de uma família antiga e famosa que reinava em Amom por muitas gerações.
3.2. Em todo o
tempo a obra de Deus terá inimigos ferrenhos. “Porque
uma porta grande e eficaz se me abriu; e há muitos adversários” (1ª Co
16.9).
3.3. Mas, graças a Deus somos
vitoriosos. “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem
os justifica; Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem
ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede
por nós; quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a
perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está
escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados
como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que
vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.33-37).
4. Neemias visita Jerusalém à noite.
4.1. A
estratégia de Neemias foi visitar Jerusalém. “Cheguei,
pois, a Jerusalém, e estive ali três dias” (Ne 2.11).
4.2. Neemias
foi sábio e agiu com prudência. Diante das circunstâncias adversas, revelar o
plano poria a perder tudo. “De noite, saí pela Porta do Vale, para o lado da
Fonte do Dragão e para a Porta do Monturo e contemplei os muros de Jerusalém,
que estavam assolados, cujas portas tinham sido consumidas pelo fogo” (2.13).
4.3. O crente
deve ser vigilante. “Vigiai, estai firmes na fé,
portai-vos varonilmente, sede fortes” (1ª Co 16.13).
IV.
A HABILIDADE DE NEEMIAS PARA RECONSTRUIR JERUSALÉM
1. Ao chegar em Jerusalém esteve três dias
descansando em segredo de sua missão. (Ne 2.11).
1.1. Após três
dias faz uma visita para certificar do que havia ouvido. “E lhe respondi: viva
o rei para sempre! Como não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão
os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo”?
(Ne 2.3).
1.2. Ele viu a
real situação de Jerusalém, pois tudo era ruina. “Então, à noite me levantei, e
uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no
coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão o que
eu montava. De noite, saí pela Porta do Vale, para o lado da Fonte do Dragão e
para a Porta do Monturo e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam
assolados, cujas portas tinham sido consumidas pelo fogo. Passei à Porta da
Fonte e ao açude do rei; mas não havia lugar por onde passasse o animal que eu
montava. Subi à noite pelo ribeiro e contemplei ainda os muros; voltei, entrei
pela Porta do Vale e tornei para casa” (Ne 2.12-15).
1.3. Como
servos de Deus não devemos deixar a obra cair no descrédito, mas empenharmos
para mantê-la, em nome de Jesus. “Para isso
também trabalho, lutando segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente”
(Cl 1.29).
2. Neemias procurou manter sigilo.
2.1. A missão
de Neemias exigia sigilo absoluto. “Não sabiam os magistrados aonde eu fora nem
o que fazia, pois até aqui não havia eu declarado coisa alguma, nem aos judeus,
nem aos sacerdotes, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que
faziam a obra (v. 16).
2.2. A Bíblia diz que o homem
sábio cala-se. “Pela bênção dos retos se exalta a cidade; mas pela boca dos
ímpios é derrubada. Quem despreza o seu próximo é falto de senso; mas o homem
de entendimento se cala” (Pv 11.12-13).
2.3. Jesus, durante Seu ministério guardou
sigilo de sua missão. “E os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se
diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus. E ele lhes advertia com
insistência que não o dessem a conhecer” (Mc 3.11-12).
2.4. Mesmo diante de Pilatos não abriu a boca. “Perguntou-lhe
então Pilatos: Não ouves quantas coisas testificam contra ti? E Jesus não lhe
respondeu a uma pergunta sequer; de modo que o governador muito se admirava” (Mt
27.13-14).
3. Neemias declara seu propósito.
3.1. Após
verificar as condições da cidade Neemias convoca todos para revelar-lhes o
propósito de sua missão. “Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que
estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois,
reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio. 18 E lhes
declarei como a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o
rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E fortaleceram as
mãos para a boa obra (vs. 17-18).
3.2. Tudo tem
seu tempo até para falar. “Tempo de rasgar, e
tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar” (Ec 3.7).
3.3. Declarou a verdade cumprindo com a palavra do
profeta Amós. “Também trarei do cativeiro o meu povo Israel; e eles
reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e
beberão o seu vinho; e farão pomares, e lhes comerão o fruto” (Am 9.14).
3.4. Como Neemias devemos nos
levantar para edificar a Casa de Deus, sobre o verdadeiro fundamento. “Segundo
a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o fundamento,
e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus
Cristo” (1ª Co 3.10-11).
4. Neemias confia no poder de Deus.
4.1. Como
sempre acontece, a voz do inimigo se fez ouvir, Sambalate e Tobias se declararam
contra a obra de Deus. “Porém Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita,
e Gesém, o arábio, quando o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram, e
disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?’ (2.19).
4.2. Mas, a
confiança de Neemias no Senhor os fez calar. “Então, lhes respondi: o Deus dos
céus é quem nos dará bom êxito; nós, seus servos, nos disporemos e
reedificaremos; vós, todavia, não tendes parte, nem direito, nem memorial em
Jerusalém” (2.20).
4.3. A obra de
Deus é feita com confiança, fé e ousadia. “Mas,
havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis,
tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o evangelho de Deus em meio de
grande combate” (1ª Ts 2.2).
COCLUSÃO: Mesmo nas situações mais
adversas jamais devemos nos deter, pois certamente o Senhor estará ao nosso
lado para nos garantir a vitória. Assim sucedeu com Neemias nos seus dias.
Lutou com o Senhor em oração e conseguiu o desejo do seu coração: ir à
Jerusalém e edificar os muros caídos. O exemplo de dedicação, fé e coragem
deste homem de Deus, deve ser seguido por todos nós, ainda, hoje.
O MURO E AS
PORTAS DE JERUSALÉM SÃO RECONSTRUÍDAS
Neemias
3.1-5: “Então se levantou Eliasibe, o sumo sacerdote, juntamente com os
seus irmãos, os sacerdotes, e edificaram a porta das ovelhas, a qual
consagraram, e lhe assentaram os batentes. Consagraram-na até a torre dos cem,
até a torre de Henanel. 2 E junto a ele edificaram os homens de Jericó; também
ao lado destes edificou Zacur, o filho de Inri. 3 Os filhos de Hassenaá
edificaram a porta dos peixes, colocaram-lhe as vigas, e lhe assentaram os batentes,
com seus ferrolhos e trancas. 4 Ao seu lado fez os reparos Meremote, filho de
Urias, filho de Hacoz; ao seu lado Mesulão, filho de Berequias, filho de
Mesezabel; ao seu lado Zadoque, filho de Baaná; 5 ao lado destes repararam os
tecoítas; porém os seus nobres não meteram o pescoço os serviço do Senhor”.
INTRODUÇÃO. Para realização da obra do
Senhor necessitamos contar com obreiros fiéis. Neemias sabia que, apesar dos
adversários, a obra avançaria sob os cuidados de pessoas que estavam
interessadas na prosperidades da cidade. Ainda, hoje, a obra de Deus necessita
de homens que tenham o coração disposto a fazer aquilo que o Senhor nos
confiou.
I. NEEMIAS E A REALIDADE DE JERUSALÉM
1. O profeta Jeremias havia predito que
Jerusalém seria transformada em ruinas, por causa dos pecados de Judá. “E farei de Jerusalém montões de pedras, morada de
chacais, e das cidades de Judá farei uma desolação, de sorte que fiquem sem
habitantes” (Jr 9.11).
1.1. Essa era a realidade nos dias de Neemias (Ne 1.3).
1.2.
Se transgredirmos contra o Senhor nossa casa espiritual se torna deserta. “Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas
vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta a sua ninhada
debaixo das asas, e não quiseste! Eis aí, abandonada vos é a vossa casa. E eu
vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele
que vem em nome do Senhor” (Lc 13.34-35).
2.1. Os muros de Jerusalém foram edificados ainda nos
dias de Salomão. “Ora, Salomão aparentou-se com Faraó, rei do Egito, pois tomou
por mulher a filha dele; e a trouxe à cidade de Davi, até que acabasse de
edificar a sua casa, e a casa do Senhor, e a muralha de Jerusalém em redor” (1º
Rs 3.1).
2.2. Para isso ele estabeleceu tributos ao povo. “A
razão da leva de gente para trabalho forçado que o rei Salomão fez é esta:
edificar a casa do Senhor e a sua própria casa, e Milo, e o muro de Jerusalém,
como também Hazor, e Megido, e Gezer” (1º Rs 9.15).
2.3. No reinado de Ezequias os muros foram reforçados,
até que veio Nabucodonosor e derrubou os muros de Jerusalém. “E o Senhor, Deus
de seus pais, falou-lhes persistentemente por intermédio de seus mensageiros,
porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação. Também queimaram a casa de
Deus, derribaram os muros de Jerusalém, queimaram a fogo todos os seus
palácios, e destruíram todos os seus vasos preciosos” (2º Cr 36.15,19).
2.4. Essa era a realidade nos dias de Neemias. “De
noite, saí pela Porta do Vale, para o lado da Fonte do Dragão e para a Porta do
Monturo e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam assolados, cujas portas
tinham sido consumidas pelo fogo” (Ne 2.13).
3. As portas
foram queimadas.
3.1. As portas de Jerusalém que um dia se abriram para
que entrasse o Rei da Glória (Sl 24.9), foram queimadas em um grande incêndio,
de Judá. “E queimou a casa do Senhor, e a casa do rei; como também a todas as
casas de Jerusalém, todas as casas importantes, ele as incendiou” (Jr 52.13).
3.2. Jeremias lamentou essa desolação. “Os caminhos de Sião pranteiam, porque não
há quem venha à assembleia” (Lm 1.4).
3.3. Tudo era ruína.
“Sepultadas na terra estão as suas
portas; ele destruiu e despedaçou os ferrolhos dela; o seu rei e os seus
príncipes estão entre as nações; não há lei; também os seus profetas não
recebem visão alguma da parte do Senhor” (Lm
2.9).
4. Jerusalém estava sob Juízo divino.
4.1. O salmo
79 retrata de forma poética a triste realidade de Jerusalém. “Ó Deus, as nações invadiram a tua herança; contaminaram
o teu santo templo; reduziram Jerusalém a ruínas” (Sl 79.1).
4.2. Nele o
salmista apela para a misericórdia divina. “Até
quando, Senhor? Indignar-te-ás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo? 8 Não te lembres contra nós das iniquidades
de nossos pais; venha depressa ao nosso encontro a tua compaixão, pois estamos
muito abatidos” (Sl 79.5,8).
4.3. Entretanto,
através do profeta Miqueias, o Senhor já havia profetizado o juízo sobre
Jerusalém. “Quanto a mim, estou cheio do poder
do Espírito do Senhor, assim como de justiça e de coragem, para declarar a Jacó
a sua transgressão e a Israel o seu pecado. 12 Portanto, por causa de vós, Sião
será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o
monte desta casa em lugares altos dum bosque” (Mq 3.8,12).
4.4. Mas o
Senhor por ser benigno, jamais desprezaria seu povo. “Naquele dia porei os chefes de Judá como um braseiro ardente no meio de
lenha, e como um facho entre gavelas; e eles devorarão à direita e à esquerda a
todos os povos em redor; e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio
lugar, mesmo em Jerusalém” (Zc 12.6).
II. NEEMIAS CONTOU COM HOMENS FIÉIS
1. Para edificar a cidade, reparar os muros e as portas, Neemias pode
contar com obreiros fiéis. “Que os homens nos considerem, pois, como
ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. 2 Ora, além disso, o
que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel” (1º Co 4.2).
1.1. Em todo o capítulo 3 de
seu livro, Neemias relaciona os nomes dos que, fielmente, contribuíram para o
reparo do muro e das portas de Jerusalém (Ne 3.1-3).
1.2. Cada um imbuído num
espírito de fidelidade, faziam sua parte na obra de Deus. “Depois dele fizeram
os reparos os sacerdotes que habitavam na campina; depois Benjamim e Hassube,
defronte da sua casa; depois deles Azarias, filho de Maaséias, filho de
Ananias, junto à sua casa” (Ne 3.22-23).
1.3. A obra de Deus é feita por homens e
mulheres que se desprendem e se lançam para fazer parte nesta grande Seara,
tapando os muros e as brechas, impedindo assim a invasão de heresias, pecados e
tudo o que possa “destruir” o reino de Deus. “Portanto, meus amados e saudosos
irmãos, minha alegria e coroa, permanecei assim firmes no Senhor, amados. Rogo
a Evodia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no Senhor. E peço também a ti,
meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no
evangelho, e com Clemente, e com os outros meus cooperadores, cujos nomes estão
no livro da vida” (Fl 4.1-3).
2. A importância da fidelidade na obra de Deus.
2.1. O trabalho do Senhor
sempre foi feito por servos fiéis. “E não se
tomavam contas aos homens em cujas mãos entregavam aquele dinheiro para o dar
aos que faziam a obra, porque eles se haviam com fidelidade” (2º Rs
12.15).
2.2. Foi a fidelidade de cada um que fez avançar
a obra em Jerusalém. “A porta da fonte,
reparou-a Salum, filho de Col-Hoze, governador do distrito de Mizpá; edificou-a
e a cobriu, e lhe assentou os batentes, com seus ferrolhos e trancas; edificou
também o muro da piscina de Selá, do jardim do rei, até os degraus que descem
da cidade de Davi. 27 Depois repararam os tecoítas outra parte, defronte
da grande torre que se projeta, e até o muro de Ofel. 28 Para cima da porta dos
cavalos fizeram os reparos os sacerdotes, cada um defronte da sua casa; (Ne
3.15, 27-28).
2.3. O Senhor estará sempre
procurando obreiros fiéis para que lhe sirvam na Sua obra. “Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que
habitem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá” (Sl 101.6).
3. Todos podem participar da obra.
3.1. A lista de nomes que
Neemias nos apresenta é algo maravilhoso, ali se encontra um grupo de irmãos
colaboradores:
A.
Sacerdotes (Ne 3.1).
B.
Ourives, boticários (Ne 3.8).
C.
Maiorais de distrito (Ne 3.15).
D. Mercadores
(Ne 3.32).
3.2. Isso significa que no
reino de Deus há lugar para todos, indistintamente. “Depois subiu ao monte, e chamou a si os que ele mesmo queria; e vieram a
ele. Então designou doze para que estivessem com ele, e os mandasse a
pregar; e para que tivessem autoridade de expulsar os demônios. Designou, pois,
os doze, a saber: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e
João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos
do trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu,
Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu” (Mc 3.13-19).
4. Cada um faz sua parte.
4.1. Na edificação dos muros cada um dando sua
participação. Ne 3.22,23,31,32: “Depois dele fizeram os reparos os sacerdotes
que habitavam na campina; 23 depois Benjamim e Hassube, defronte da sua casa;
depois deles Azarias, filho de Maaséias, filho de Ananias, junto à sua casa. 31
Depois dele reparou Malquias, um dos ourives, uma parte até a casa dos netinins
e dos mercadores, defronte da porta da guarda, e até a câmara superior da
esquina. 32 E entre a câmara da esquina e a porta das ovelhas repararam os
ourives e os mercadores”.
4.2. O apóstolo Paulo nos
mostra a maneira correta que se faz a obra de Deus; cada pessoa faz sua parte “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu
como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada
um como edifica sobre ele” (1ª Co 3.10).
4.3. A diversidade de
ministérios faz parte do plano de Deus, para que todos possam participar deste
grande empreendimento espiritual. “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente
apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de
milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 29
Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são
todos operadores de milagres? 30 Todos têm dons de curar? falam todos em
línguas? interpretam todos? 31 Mas procurai com zelo os maiores dons. Ademais,
eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente” (1ª Co 12.28-31).
III. A IMPORTANCIA DAS PORTAS DE JERUSALÉM
1. Através do livro de Neemias identificamos as portas que havia em Jerusalém, naqueles dias, e sua importância histórica e espiritual (Ne 3.3,6,13,15).
1.1. Cada porta tinha sua
importância para a entrada e saída de pessoas, dos comerciantes e animais. “Ao seu lado Ézer, filho de Jesuá, governador de Mizpá,
reparou outra parte, defronte da subida para a casa das armas, no ângulo” (Ne 3.19).
1.2. Nos dias de Neemias estas
portas foram restauradas por judeus fiéis e dedicados. “Os filhos de Hassenaá edificaram a porta dos peixes,
colocaram-lhe as vigas, e lhe assentaram os batentes, com seus ferrolhos e
trancas” (Ne 3.3).
2. A importância das portas naqueles dias.
2.1. As portas servia para
impedir a entrada de inimigos e oferecia segurança ao povo. “Ora, Jericó se conservava rigorosamente fechada por
causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem entrava” (Js 6.1).
2.2. Nos dias de Neemias,
depois de recuperadas, as portas ofereciam segurança aos poucos habitantes de
Jerusalém. “E eu lhes disse: Não se abram as
portas de Jerusalém até que o sol aqueça; e enquanto os guardas estiverem nos
postos se fechem e se tranquem as portas; e designei dentre os moradores de Jerusalém
guardas, cada um por seu turno, e cada um diante da sua casa” (Ne 7.3).
2.3. Jesus conheceu estas
portas e entrou por elas várias vezes. “Estando
próxima a páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 2.13).
“Depois disso havia uma festa
dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, próximo à porta das
ovelhas, há um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres”
(Jo 5.1-2; outras ref. 7.10; 12.12,13).
3. Jerusalém uma cidade de muitas portas.
3.1. Cada porta tinha sua
importância histórica e cultural. “Então de noite me levantei, eu e uns poucos
homens comigo; e não declarei a ninguém o que o meu Deus pusera no coração para
fazer por Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão aquele que eu
montava. Assim saí de noite pela porta do vale, até a fonte do dragão, e até a
porta do monturo, e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam demolidos, e
as suas portas, que tinham sido consumidas pelo fogo” (Ne 2.13-14).
3.2. Cada porta oferecia a
entrada e saída. “Assim saí de noite pela porta do vale....” (Ne 2.14ª).
3.3. Em nossa vida há,
também, muitas portas por onde podemos entrar e sair. “Entrai pela porta
estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e
muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o
caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram” (Mt 7.13,14).
3.4. Mas Jesus é a única
porta de acesso ao reino de Deus. “Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim” (Jo 14.6).
4. O simbolismo das portas.
A Bíblia Sagrada, quando
trata a respeito da reconstrução dos muros de Jerusalém, no Antigo Testamento
no livro de Neemias, menciona as doze portas da cidade com os seus primitivos nomes.
A. Porta do Gado (Ne 3.1). Essa era a porta por onde passavam as ovelhas destinadas ao sacrifício
da Páscoa. Ela nos lembra “O Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo
1.29).
B. Porta do Peixe (Porta de Damasco) - (Ne 3.3). Simboliza o nosso trabalho em ganhar almas: “Disse-lhes:
Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Eles, pois, deixando
imediatamente as redes, o seguiram” (Mt 4.19-20).
C. Porta Velha (Porta de Jafa) – (Ne 3.6). Simboliza a tradição, de
marcos antigos:
Essa é a porta da Palavra. Paulo, falando
sobre JESUS e a Igreja, diz: “Tendo-a purificado (com a lavagem da água, pela
Palavra” (Ef 5.26).
A água da Palavra de DEUS nos lava, mas a
água da palavra estranha joga lama sobre nós. A única palavra viva, é a Palavra
de DEUS, expressa na Bíblia. Toda palavra que não suporta o teste do que está
escrito na Bíblia, passa pela sua peneira, é água suja, lama pura, e não deve
ser abraçada.
Hoje há muitas doutrinas de homens e de
demônios, que trazem verdadeiras prisões. Certos líderes, em nome da
autoridade, manifestam um espírito controlador, que não procede de DEUS, e
tornam seus liderados verdadeiros prisioneiros de sistemas e de homens,
esquecidos do conselho de Pedro: “Apascentai o rebanho de DEUS, que está entre
vós, não por força... “Nem como dominadores sobre os que vos foram confiados,
mas servindo de exemplo ao rebanho” (1ª Pe 5.2,3).
I. Porta dos Cavalos (Ne 3.28) - Livres de Cargas.
“Assim diz o Senhor Deus: A porta do átrio
interior, que dá para o oriente, estará fechada durante os seis dias que são de
trabalho; mas no dia de sábado ela se abrirá; também no dia da lua nova se
abrirá. E o príncipe entrará pelo caminho do vestíbulo da porta, por fora, e
ficará parado junto da ombreira da porta, enquanto os sacerdotes ofereçam o
holocausto e as ofertas pacíficas dele; e ele adorará junto ao limiar da porta.
Então sairá; mas a porta não se fechará até a tarde” (Ez 46.1-2).
L. Porta de Mifcade (da Atribuição) (Ne 3.31).
1. Em Jerusalém está o templo que fora restaurado. “E acabou-se esta casa no terceiro dia do mês de Adar,
no sexto ano do reinado do rei Dario” (Ed 6.15-16).
1.1. E, agora, é preciso
protege-lo com os muros. “Pelo que nos lugares baixos por detrás do muro e nos
lugares abertos, dispus o povo segundo suas famílias com as suas espadas, com
as suas lanças, e com os seus arcos” (Ne 4.13).
1.2. É preciso fechar todas
as brechas. “Mas, ouvindo Sambalate e Tobias, e
os arábios, o amonitas e os asdoditas, que ia avante a reparação dos muros de
Jerusalém e que já as brechas se começavam a fechar, iraram-se sobremodo” (Ne
4.7).
1.3. Para que o inimigo não
encontre ocasião contra o povo de Deus. “Sede
sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como
leão, e procurando a quem possa tragar” (1ª Pe 5.8).
1.4. A vida espiritual do
crente precisa estar bem protegida com os muros da oração e da Palavra de Deus[ER1] .
“Tomai também o capacete da salvação, e a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus. Com toda a oração e súplica orando em
todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e
súplica, por todos os santos” (Ef 6.17-18).
2. Muro significa segurança.
2.1. Uma cidade sem muros
está sujeita à invasão do inimigo. “Houve uma
pequena cidade em que havia poucos homens; e veio contra ela um grande rei, e a
cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras” (Ec 9.14).
2.2. Por isso, todas as
cidades, daqueles dias, eram muradas. “Cidades
estas todas fortificadas com altos muros, portas e ferrolhos, além de muitas
cidades sem muros” (Dt 3.5).
2.3. O crente está seguro
dentro dos muros da salvação. “Naquele dia se
entoará este cântico na terra de Judá: uma cidade forte temos, a que Deus pôs a
salvação por muros e antemuros” (Is 26.1).
2.4. A salvação nos foi
anunciada desde o princípio. “Como escaparemos
nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada
inicialmente pelo Senhor, foi- nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hb
2.3).
3. Muro significa doutrina, ensino.
3.1. A Palavra de Deus tem
sido em todo o tempo um muro de proteção para o povo de Senhor. “Adquire a
sabedoria, adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das palavras
da minha boca. Não a abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará.
A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que
possuis adquire o entendimento” (Pv 4.5-7).
3.2. Assim como os muros
protegiam Jerusalém. “Haja paz dentro de teus
muros, e prosperidade dentro dos teus palácios” (Sl 122.7).
3.3. O ensino deve cercar a
vida do crente para que não seja atingido pelos dardos das heresias. “Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por
meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8).
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e
de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a
infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação,
pela que há em Cristo Jesus” (2ª Tm 3.14-15).
4. Muro significa proteção.
4.1. Desde que saiu do Egito, Israel esteve
debaixo da proteção de Deus. “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna e
os dois para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os
alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Não desaparecia de diante
do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite” (Êx 13.21,22).
4.2. O povo de Deus sempre
precisará ser protegido pelo Senhor. “Pois eu,
diz o Senhor, lhe serei um muro de fogo em redor, e eu, no meio dela, lhe serei
a glória” (Zc 2.5).
4.3. Como ovelhas, somos
indefesos. “Desgarrei-me como ovelha perdida;
busca o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos” (Sl 119.176).
4.4. Assim como o muro
oferecia proteção a Israel, o Senhor é a proteção do Seu povo. “Porque morrestes, e a vossa vida está escondida com
Cristo em Deus” (Cl 3.3).
“Porque a porção do Senhor é
o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num
erma de solidão e horrendos uivos; cercou-o de proteção; cuidou dele,
guardando-o como a menina do seu olho” (Dt 32.9-10).
CONCLUSÃO. Para que o povo de Deus se sentisse seguro foi
necessário empreender esforços, reconstruir os muros e as portas de Jerusalém.
Isto se deu num clima de fé, coragem e participação de todos os que amavam a
obra do Senhor. Mesmo diante das dificuldades devemos nos esforçar para que os
muros da fé, do amor e da esperança sejam erguidos para a proteção e segurança
do povo de Deus.
NEEMIAS RESISTE
À OPOSIÇÃO DOS INIMIGOS
Neemias
4.1-6: “Ora, quando Sambalate ouviu que edificávamos o muro, ardeu em ira,
indignou-se muito e escarneceu dos judeus; 2 e falou na presença de seus irmãos
e do exército de Samaria, dizendo: Que fazem estes fracos judeus?
Fortificar-se-ão? Oferecerão sacrifícios? Acabarão a obra num só dia?
Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas? 3 Ora, estava ao
lado dele Tobias, o amonita, que disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa
derrubará o seu muro de pedra. 4 Ouve, ó nosso Deus, pois somos tão
desprezados; faze recair o opróbrio deles sobre as suas cabaças, e faze com que
eles sejam um despojo numa terra de cativeiro. 5 Não cubras a sua iniquidade, e
não se risque de diante de ti o seu pecado, pois que te provocaram à ira na
presença dos edificadores. 6 Assim edificamos o muro; e todo o muro se completou
até a metade da sua altura; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar”.
INTRODUÇÃO.
Em todo o tempo, a obra de Deus tem sofrido ações nefasta do inimigo. Isto
sucede por causa de sua inveja pelo crescimento do reino de Deus. Os muros de
Jerusalém eram, aos olhos de Sambalate, algo que fortaleceria Jerusalém e
enfraqueceria as demais nações. A presença do templo e a edificação dos muros
causaram desespero aos inimigos da causa divina. Ainda hoje, onde a obra de
Deus avança, porém existem inimigos que tentam combatê-la. Mas, em Jesus, somos
mais que vencedores.
I. OS
ATAQUES DOS INIMIGOS AO POVO DE DEUS
1. Desde
o princípio o povo de Deus tem sofrido oposição do inimigo.
“E foram açoitados os oficiais dos filhos de Israel, postos sobre eles
pelos exatores de Faraó, que reclamavam: Por que não acabastes nem ontem nem
hoje a vossa tarefa, fazendo tijolos como dantes? Então os oficiais dos
filhos de Israel viram-se em aperto, porquanto se lhes dizia: Nada diminuireis
dos vossos tijolos, da tarefa do dia no seu dia” (Êx 5.14,19).
1.1. Caminhando no deserto, Israel sofreu seu
primeiro ataque. “Então veio Amaleque, e
pelejou contra e Israel em Refidim” (Êx 17.8).
1.2. Desde os tempos antigos o povo de Deus tem
sido afrontado. “Disse mais o filisteu: Desafio
hoje as fileiras de Israel; dai-me um homem, para que nós dois pelejemos”
(1º Sm 17.10).
1.3. Ainda, hoje a igreja é
perseguida por causa do nome de Jesus. “Retiraram-se pois da presença do
sinédrio, regozijando-se de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo
nome de Jesus. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de
ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo” (At 5.41-42).
2. Israel
ainda sofre oposição.
2.1. Israel é uma nação escolhida por Deus, por
isso seus opositores se levantaram contra seu nascimento. “Quem jamais ouviu
tal coisa? quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num
só dia? nasceria uma nação de uma só vez? Mas logo que Sião esteve de parto,
deu à luz seus filhos. Acaso farei eu abrir a madre, e não farei nascer? diz o
Senhor. Acaso eu que faço nascer, fecharei a madre? diz o teu Deus” (Is 66.8).
2.2. Desde o deserto, Israel sofreu oposição. “Deixa-nos,
pois, passar pela tua terra; não passaremos pelos campos, nem pelas vinhas, nem
beberemos a água dos poços; iremos pela estrada real, não nos desviando para a
direita nem para a esquerda, até que tenhamos passado os teus termos.
Respondeu-lhe Edom: Não passaras por mim, para que eu não saia com a espada ao
teu encontro” (Nm 20.17-18).
2.3. Em todo o tempo os judeus sempre foram
perseguidos pelos inimigos. “Mas os meus
inimigos são cheios de vida e são fortes, e muitos são os que sem causa me
odeiam” (Sl 38.19).
2.4. A rivalidade entre
Israel e o mundo Árabe. “Disse-lhe ainda o anjo do Senhor: Eis que concebeste,
e terás um filho, a quem chamarás Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua
aflição. Ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será
contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos
os seus irmãos” (Gn 16.11-12).
Esta rivalidade vem dos
tempos antigos de Isaque a Ismael, onde é dito que Ismael seria como jumento
selvagem e sua mão seria contra todos. Isso é fato e muito verdadeiro em nossos
dias, pois o islamismo são inimigos declarado de
Israel e do cristianismo. Em muitos países islâmicos é crime um muçulmano se
converter à fé cristã. Seus líderes fazem propaganda falsa contra o
cristianismo e escondem as fraquezas de sua religião.
3. Jesus
sofreu oposição.
3.1. Da oposição do inimigo, nem mesmo Jesus
escapou. “Considerai, pois aquele que suportou
tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis,
desfalecendo em vossas almas” (Hb 12.3).
3.2. Em Seu ministério sofreu oposição dos
religiosos (Mt 12.1-7).
3.3. Oposição do povo (Lc 4.29).
3.4. Oposição dos líderes da nação (Mt 26.59).
3.5. Todos desejavam sua morte (Jo 11.53-54).
3.6. Por isso, devemos estar preparados para
sofrer com Jesus (Jo 15.20).
II. O
INIMIGO SE LEVANTA CONTRA A OBRA
1. Neemias,
em seu livro, descreve a sutileza do inimigo contra a obra de restauração dos
muros. “Ora, quando Sambalate ouviu que edificávamos o muro, ardeu em ira,
indignou-se muito e escarneceu dos judeus” (Ne 4.1).
1.1. Desde que chegou a Jerusalém, ele sofreu todo
o tipo de oposição. “O que ouvindo Sambalate, o
horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesem, o arábio, zombaram de nós,
desprezaram-nos e disseram: O que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra
o rei”? (Ne 2.19).
1.2. Mesmo frente às ciladas do inimigo, a obra
seguiu adiante. “Sambalate e Gesem mandaram
dizer-me: Vem, encontremo-nos numa das aldeias da planície de Ono. Eles, porém,
intentavam fazer-me mal” (Ne 6.2).
1.3. Satanás sempre se levantará contra a obra
de Deus e Seu povo. “E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; pois, o que
eu também perdoei, se é que alguma coisa tenho perdoado, por causa de vós o fiz
na presença de Cristo, para que Satanás não leve vantagem sobre nós; porque não
ignoramos as suas maquinações” (2º Co 2.10-11).
2. A
indignação do inimigo.
2.1. Diante da determinação de Neemias,
Sambalate se indignou. “Ora, quando Sambalate
ouviu que edificávamos o muro, ardeu em ira, indignou-se muito e escarneceu dos
judeus” (Ne 4.1).
2.2. Já vimos que
o Filho de Deus sofreu a indignação dos religiosos. “Ora, se um homem recebe a
circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, como vos
indignais contra mim, porque no sábado tornei um homem inteiramente são”? (Jo
7.23).
2.3. Portanto,
devemos estar preparados para tais situações ao fazermos a obra de Deus. “Não
te enfades por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a
iniquidade” (Sl 37.1).
3. A ironia do inimigo.
3.1. A incredulidade de Sambalate o fez
menosprezar Neemias e seu propósito de reforma. “E falou na presença de seus irmãos
e do exército de Samaria, dizendo: Que fazem estes fracos judeus?
Fortificar-se-ão? Oferecerão sacrifícios? Acabarão a obra num só dia?
Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas”? (Ne 4.2).
3.2. Zombava de
Neemias dizendo. “Acabarão a obra num só dia? Vivificarão dos montões de pó as
pedras que foram queimadas”? (Ne 4.2b).
3.3. Infelizmente
sempre nos depararemos com a ironia dos inimigos da obra de Deus.
4. O desprezo do inimigo.
4.1. Sambalate, desprezava o trabalho que
Neemias estava realizando. “Ora, estava ao lado dele Tobias, o amonita, que
disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra” (Ne
4.3).
4.2. Diante de tal situação, a Bíblia nos ensina
a resistir o inimigo, ficando firmes na fé. “Ao qual
resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo
entre os vossos irmãos no mundo” (1ª Pe 5.9).
4.3. Até mesmo Jesus foi desprezado pelos homens.
“Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem
de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens
escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is
53.3).
III.
USANDO ARAMAS ESPIRITUAIS CONTRA O INIMIGO
1. Face a
tantas palavras desanimadoras e irônicas, Neemias não se calou diante do
Senhor; ele fez uma oração de juízo contra Sambalate.
“Ouve, ó nosso Deus, pois somos tão desprezados;
faze recair o opróbrio deles sobre as suas cabaças, e faze com que eles sejam
um despojo numa terra de cativeiro. 5 Não cubras a sua iniquidade, e não se
risque de diante de ti o seu pecado, pois que te provocaram à ira na presença
dos edificadores” (Ne 4.4-5).
1.1. Neemias agiu certo, pois as armas de nossa
milícia não são carnais, mas sim, poderosa em Deus. “Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus,
para demolição de fortalezas” (2ª Co 10.4-5).
2. Neemias intercede aos céus.
2.1. Quando estivermos em situação semelhante à
de Neemias, devemos interceder ao Senhor. “Ouve-me, Senhor, pois grande é a tua
benignidade; volta-te para mim segundo a tua muitíssima compaixão. Não escondas
o teu rosto do teu servo; ouve-me depressa, pois estou angustiado. Aproxima-te
da minha alma, e redime-a; resgata-me por causa dos meus inimigos. Tu conheces
o meu opróbrio, a minha vergonha, e a minha ignomínia; diante de ti estão todos
os meus adversários” (Sl 69.16-19).
2.2. O Senhor quer ouvir
nosso clamor. “Ouve, ó nosso Deus, pois somos tão desprezados” (Ne 4.4ª).
2.3. A intercessão muda as
situações, e, é mandamento bíblico. “Exorto,
pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de
graças por todos os homens” (1ª Tm 2.1).
3. Neemias clama pelo juízo divino.
3.1. Neemias, sabendo com quem estava lidando,
pediu o Juízo divino sobre Sambalate, dizendo: “...faze recair o opróbrio deles
sobre as suas cabaças, e faze com que eles sejam um despojo numa terra de
cativeiro...” (Ne 4.4b).
3.2. Há momentos que devemos
orar com ousadia perante Deus, para que nossos inimigos saibam quem é o Senhor.
“Ó Senhor, Deus da vingança, ó Deus da vingança, resplandece! Exalta-te, ó juiz
da terra! dá aos soberbos o que merecem. Até quando os ímpios, Senhor, até
quando os ímpios exultarão? Até quando falarão, dizendo coisas arrogantes, e se
gloriarão todos os que praticam a iniquidade”? (Sl 94.1-4).
4. Neemias
faz oração imprecatória.
4.1. Neemias orou, perante o Senhor, para que
seu inimigo recebesse sobre si o castigo divino. “Não cubras a sua iniquidade,
e não se risque de diante de ti o seu pecado, pois que te provocaram à ira na
presença dos edificadores” (Ne 4.5).
4.2. O melhor lugar de entregar os nossos
inimigos é nas mãos do Senhor. “Porque na mão do
Senhor há um cálice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele dá a
beber; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes” (Sl
75.8).
IV A
DISPOSIÇÃO DO POVO EM ENFRENTAR O INIMIGO
1. Diante de tantas palavras de desânimo e desprezo, o povo reagiu com trabalho. “Assim edificamos o muro; e todo o muro se completou até a metade...” (Ne 4.6a).
1.1. Esta é a melhor maneira de encarar o
inimigo da obra de Deus: trabalhando para o Senhor: “Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor, e esforça-te, sumo
sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e esforçai-vos, todo o povo da terra, diz
o Senhor, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o Senhor dos exércitos” (Ag
2.4).
1.2. O Senhor jamais
se esquece do nosso trabalho. “Porque Deus não é injusto, para se esquecer da
vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes
aos santos, e ainda os servis” (Hb 6.4).
2. O povo se inclinou a trabalhar.
2.1. Neemias apresentou a
razão do sucesso da obra, dizendo: “porque o coração do povo se inclinava a
trabalhar” (Ne 4.6b).
2.2. Todo o trabalho para
Deus deve ser feito de coração. “E tudo quanto
fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens” (Cl 3.23).
2.3.
A obra de Deus deve ser realizado em verdadeiro espírito de união e consenso. “Dou
graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre, em
todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria pela vossa
cooperação a favor do evangelho desde o primeiro dia até agora; tendo por certo
isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia
de Cristo Jesus” (Fl 1.3-6).
2.4. Dessa maneira Neemias e
seus colaboradores conseguiram avançar com a obra do muro. “Mas, ouvindo Sambalate e Tobias, e os arábios, o
amonitas e os asdoditas, que ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que
já as brechas se começavam a fechar, iraram-se sobremodo” (Ne 4.7).
2.5. Não se pode
parar a obra por causa de adversários, mas avançar pela fé. “Os quais por meio da fé venceram reinos,
praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram
a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças,
tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros” (Hb 11.33-34).
2.6. Devemos
seguir o exemplo de Jesus que, diante de ameaças, sempre avançou na obra de
Deus. “Naquela mesma hora chegaram alguns fariseus que lhe disseram:
Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te. Respondeu-lhes Jesus: Ide
e dizei a essa raposa: Eis que vou expulsando demônios e fazendo curas, hoje e
amanhã, e no terceiro dia serei consumado. Importa, contudo, caminhar hoje,
amanhã, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de
Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti
são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha
ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste”! (Lc 13.31-34).
3. O povo se une contra o inimigo.
3.1. Vendo que não conseguiam
parar a obra, os inimigos se urinaram contra o povo de Deus. “E coligaram-se todos, para virem guerrear contra
Jerusalém e fazer confusão” (Ne 4.8).
3.2.
Mas a ofensiva veio de forma maravilhosa. “Nós, porém, oramos ao nosso Deus, e
pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (Ne 4.9).
3.3.
A melhor forma de vencer o inimigo é através de nossa união. “Para que todos
sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um
em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21).
“Oh!
quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”! (Sl 133.1).
COCLUSÃO.
O povo de Deus sempre sofrerá oposição do inimigo, mas nem por isso devemos
desistir ou desanimar. A Bíblia afirma que maior é o que está em nós, do que
está no mundo; por isso, nada pode parar ou impedir o crescimento da obra de
Deus. Os muros da oração, da doutrina e da vigilância espiritual precisam ser
seguidos e Deus conta conosco para essa grande obra.
VIGILÂNCIA, UM
DEVER PARA O CRISTÃO
Neemias 4.10-13: “Então disse Judá: Desfalecem as forças dos
carregadores, e há muito escombro; não poderemos edificar o muro. 11 E os
nossos inimigos disseram: Nada saberão nem verão, até que entremos no meio
deles, e os matemos, e façamos cessar a obra. 12 Mas sucedeu que, vindo os
judeus que habitavam entre eles, dez vezes nos disseram: De todos os lugares de
onde moram subirão contra nós. 13 Pelo que nos lugares baixos por detrás do
muro e nos lugares abertos, dispus o povo segundo suas famílias com as suas
espadas, com as suas lanças, e com os seus arcos”.
INTROUÇÃO. Como não bastasse o trabalho
braçal para edificar o muro, Neemias tinha, também o trabalho de vigiar as
cidades dos inimigos. As notícias chegavam de todas as partes sobre os planos
dos adversários da obra. Mas, com a graça e a sabedoria de Deus, Neemias
conclamou o povo para que se armasse e estivesse unidos, pois só assim
venceria, Sambalate e sua turma. Ainda, hoje, inimigos se levantam contra a
obra de Deus e, por isso, precisamos ser vigilantes e estarmos revestidos com a
armadura espiritual.
1. Os inimigos do povo de Deus
intensificaram seus ataques contra Neemias e seu grupo abnegados trabalhadores.
“E coligaram-se todos, para virem guerrear
contra Jerusalém e fazer confusão” (Ne 4.8).
1.1. Por isso,
foi necessário redobrar a vigilância: (Ne 4.13).
1.2. A
vigilância deve ser uma característica do salvo em Cristo. “Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente,
sede fortes” (1ª Co 16.13).
1.3. Até a
volta de Cristo. “Bem-aventurados aqueles
servos, aos quais o senhor, quando vier, achar vigiando! Em verdade vos digo
que se cingirá, e os fará reclinar-se à mesa e, chegando-se, os servirá”
(Lc 12.37).
2. A estratégia do inimigo.
2.1. O inimigo
percebeu que as forças do povo combalidas pelo exaustivo esforço de trabalho (4.10).
2.2. Secretamente
os adversários intentaram infiltrar entre os operários para os matarem (4.11).
2.3. Os
objetivos eram um só. Fazer cessar a obra (4.11).
2.4. Nos dias
de Paulo havia também os a que, secretamente, vinham espiar a liberdade dos
crentes em Cristo Jesus. “E isto por causa dos
falsos irmãos intrusos, os quais furtivamente entraram a espiar a nossa
liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar” (Gl 2.4).
2.5. Por isso,
devemos estar sempre vigiando (Mc 13.37).
3. Uma ameaça confirmada.
3.1. Estrategicamente,
Sambalate fez anunciar entre o povo suas ameaças (Ne 4.12).
3.2. Notemos
neste versículo a expressão “dez vezes nos disseram”, isto significa que eles
estavam dispostos a cumprirem seu propósito.
3.3. Diante
das ameaças do inimigo, a igreja deve orar confiante mente. “Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e
concede aos teus servos que falam com toda a intrepidez a tua palavra” (At
4.29).
4. A vigilância é redobrada.
4.1. Neemias sabendo
dos planos dos adversários da obra, redobrou a vigilância (Ne 4.13).
4.2. Para
fazer frente aos ataques do inimigo devemos estar preparados. “Na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da
justiça à direita e à esquerda” (2ª Co 6.7).
4.3. Também
devemos estar revestidos das aramas da luz. “A
noite é passada, e o dia é chegado; dispamo-nos, pois, das obras das trevas, e
vistamo-nos das armas da luz” (Rm 13.12).
4.4. Nesta
luta contra o mundo invisível, as armas eficaz é a fé. “Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de
Deus”? (1ª Jo 5.5).
II. NEEMIAS, UM LÍDER DESTEMIDO
1. O Senhor não tem prazer nos que recuam. “Pois ainda em bem pouco
tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da fé; e
se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele”
(Hb10.37-38).
1.1. Com as
mãos no arado, não podemos olhar para traz. “Jesus,
porém, lhe respondeu: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto
para o reino de Deus” (Lc 9.62).
1.2. Neemias
sabia de sua missão e não recuou. “Olhei,
levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Não os
temais”! (Ne 4.14a).
1.3. Ele era um homem destemidos. “No amor não há medo
antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem
tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1ª Jo 4.18).
2. Neemias
anima o povo.
2.1. Neemias
trouxe ânimo ao povo lembrando-os da grandeza do Senhor: “Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por
vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas”
(Ne 4.14b).
2.2. Era uma batalha pela reconquista de Jerusalém,
era o tempo de guerra. No livro de
Eclesiastes o grande sábio Salomão diz: “que a tempo de guerra, e tempo de paz”
(Ec 3.8).
2.3. Era tempo
de confiar no Todo Poderoso de Israel. “É meu
Deus, a minha rocha, nele confiarei; é o meu escudo, e a força da minha
salvação, o meu alto retiro, e o meu refúgio. O meu Salvador; da violência tu
me livras” (2º Sm 22.3).
3. O povo continuava a obra.
3.1. É
maravilhoso como Deus age. “Porque desde a
antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu
um Deus além de ti, que opera a favor daquele que por ele espera” (Is
64.4).
3.2. Ele
trabalha de maneira gloriosa. “Mas Jesus lhes
respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17).
3.3. No caso
de Neemias, o Senhor agiu através da troca de informações. “Quando os nossos inimigos souberam que nós tínhamos
sido avisados, e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao
muro, cada um para a sua obra” (4.15).
A. O inimigo
não sabia que o povo já tinha conhecimento dos planos deles.
B. Dessa
maneira o Senhor dissipou o conselho dos ímpios (Sl 1.4-6).
C. E o povo
voltou, cada um sua obra, pois Deus tinha
dissipado o conselho do inimigos.
“Quando os nossos inimigos souberam que nós tínhamos
sido avisados, e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao
muro, cada um para a sua obra” (Ne 4.15).
3.4. Nada pode parar a obra de Deus. “Naquele
dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e
todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samaria.
E uns homens piedosos sepultaram a Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo
porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres,
os entregava à prisão. No entanto os que foram dispersos iam por toda parte,
anunciando a palavra. E descendo Filipe à cidade de Samaria, pregava-lhes a
Cristo” (At 8.1-5).
4.1. Neemias,
sabendo dos planos do inimigo, dividiu o povo, uns armados e outros trabalhando.
“Desde aquele dia metade dos meus moços
trabalhavam na obra, e a outra metade empunhava as lanças, os escudos, os
arcos, e as couraças; e os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá. Os
que estavam edificando o muro, e os carregadores que levavam as cargas, cada um
com uma das mãos fazia a obra e com a outra segurava a sua arma” (Ne
4.16-17).
4.2. Para
pelejar contra os inimigos da obra de Deus devemos estar armados e sermos
valentes. “Dos gaditas se passaram para Davi, ao
lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam
manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão
ligeiros como corças sobre os montes” (1ª Cr 12.8),
4.3. A graça
de Deus nos dá a vitória. “Mas graça a Deus que
nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus
Cristo” (1ª Co 15.57).
III. A VITÓRIA VEM ATRAVÉS DA UNIÃO
1. Neemias, era
um homem de estratégia. “E cada um
dos edificadores trazia a sua espada à cinta...” (Ne 4.18a).
1.1. Procurou manter junto dele, aquele que tocava a
trombeta. “E o que tocava a trombeta estava no meu lado” (Ne 4.18b).
1.2. Ele agiu como o Senhor ordenou no passado (Ne
10.1-9).
1.3. Seu plano era ajuntar o povo para fazer frente
aos adversários da obra.
1.4. O povo dividido jamais conseguira vencer o
inimigo. “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino
dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra
si mesma não subsistirá” (Mt 12.25).
1.5. A vitória vem através da união. “Rogo-vos,
irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e
que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no
mesmo parecer” (1ª Co 1.10).
2. Não
podemos trabalhar afastado.
2.1. Neemias, percebeu que, devido a extensão do muro
o povo estava afastado uns dos outros “Disse eu aos nobres, aos magistrados e
ao resto do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos separados no muro,
longe uns dos outros” (Ne 4.19).
2.2. Por isso, ele alertou a todos contra um possível
ataque do inimigo. “Em qualquer lugar em que ouvirdes o som da trombeta, ali vos
ajuntareis conosco. O nosso Deus pelejará por nós” (4.20).
2.3.
Na obra de Deus não podemos trabalhar afastados um dos outros. “Decorridos
alguns dias, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar os irmãos por todas as
cidades em que temos anunciado a palavra do Senhor, para ver como vão. Ora,
Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos. Mas a Paulo não
parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha
apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. E houve entre eles tal
desavença que se separaram um do outro, e Barnabé, levando consigo a Marcos,
navegou para Chipre” (At 15.36-39).
2.4. É necessário colaboração e união. “Só Lucas está
comigo. Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério”
(2ª Tm 4.11).
3. Devemos
atentos à convocação.
3.1. Para convocar o povo a peleja, Neemias usaria a
trombeta. “Em qualquer lugar em que ouvirdes o som da trombeta, ali vos
ajuntareis conosco. O nosso Deus pelejará por nós” (Ne 4.20).
3.2. Neemias demonstra total confiança no Senhor.
“Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não pode ser abalado,
mas permanece para sempre” (Sl 125.1).
3.3. Nós também fomos convocados para uma peleja. “Pois
não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as
hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes” (Ef 6.12).
3.4. Por isso devemos estar atentos ao toque da
trombeta. “Já tocaram a trombeta, e tudo prepararam, mas não há quem vá à
batalha” (Ez 7.1a).
4. Devemos
manter a guarda.
4.1. Diante da eminente invasão do inimigo, Neemias
manteve a guarda diuturnamente. “Assim trabalhávamos na obra; e metade deles
empunhava as lanças desde a subida da alva até o sair das estrelas” (Ne 4.21).
4.2. Era um momento onde todos deveriam participar da
segurança. “Também nesse tempo eu disse ao povo: Cada um com o seu moço
pernoite em Jerusalém, para que de noite nos sirvam de guardas, e de dia
trabalhem” (Ne 4.22).
4.3. Era preciso manter a guarda. “Desta maneira nem
eu, nem meus irmãos, nem meus moços, nem os homens da guarda que me
acompanhavam largávamos as nossas vestes; cada um ia com a arma à sua direita”
(Ne 4.23).
4.4. Nós também, fomos chamados pelo Senhor para
manter a guarda de sua obra; por isso, não podemos nos calar diante do inimigo.
“E Jerusalém, sobre os teus muros pus atalaias, que não se calarão nem de dia,
nem de noite; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não descanseis” (Is
62.6).
VI. VIGILÂNCIA, UM MANDAMENTO PARA O
CRISTÃO
1. O profeta Habacuque nos ensina sobre a
importância da vigilância. “Sobre a minha
torre de vigia me colocarei e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei,
para ver o que me dirá, e o que eu responderei no tocante, a minha queixa” (Hc
2.1).
1.1. A vigilância para o crente é um mandamento do
Senhor. “Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc 13.37).
2. O crente
deve vigiar contra a tentação.
2.1. A
tentação é uma realidade na vida do crente. “Não
vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não
deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação
dará também o meio de saída, para que a possais suportar” (1ª Co 10.13).
2.2. Jesus também
foi tentado. “Então foi conduzido Jesus pelo
Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo” (Mt 4.1).
2.3. Todos, ainda
hoje sofrem com a tentação. “Cada um, porém, é
tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.14).
2.4. Por isso, Jesus disse: “Vigiai e orai, para que
não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca” (Mc 14.38).
2.5. Somente Ele pode socorrer os que são tentados.
“Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados” (Hb 2.18).
3. O crente
deve vigiar contra o inimigo.
3.1. O apóstolo Pedro alerta o cristão a vigiar. “Sede
sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como
leão, e procurando a quem possa tragar” (1ª Pe 5.8).
3.2. O inimigo semeia.
A. O joio. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o
inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se” (Mt 13.25).
B. A contenda. “Há seis coisas que o Senhor detesta;
sim, há sete que ele abomina. 19 testemunha falsa que profere mentiras, e o que
semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16,19).
C. A divisão. “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que
promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos
deles” (Rm 16.17).
3.3. O inimigo
semeia tudo que possa impedir o desenvolvimento da obra de Deus. “Corríeis
bem; quem vos impediu de obedecer à verdade? Esta persuasão não vem daquele que
vos chama” (Gl 5.7-8).
4. O crente
deve vigiar a vinda de Jesus.
4.1. A maior esperança do crente é a vida eterna com o
Senhor. “Na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir,
prometeu antes dos tempos eternos” (Tt 1.2).
4.2. Mas, para isso ele deve vigiar até a vinda de
Cristo. “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (Mt
24.42).
4.3. Para este momento glorioso devemos todos estar.
A. Preparados. “As prudentes, porém, levaram azeite em
suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas” (Mt 25.4).
B. Santificado. “E todo o que nele tem esta esperança,
purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” (1ª Jo 3.3).
C. Pacientes. “Portanto, irmãos, sede pacientes até a
vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra,
aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas”
(Tg 5.7).
D. Esperançosos. “Aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo
Jesus” (Tt 2.13).
E. Vigilantes. “(Eis que venho como ladrão.
Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu,
e não se veja a sua nudez)” (Ap 16.15).
CONCLUSÃO. A vigilância deve ser cultivada a cada dia na vida do
verdadeiro cristão. Por ela alcançamos a promessa de vida eterna. Durante a
nossa carreira muitos obstáculos surgirão para nos impedir de realizar a obra
de Deus e para nos desanimar de edificar os muros espirituais que podem nos dar
a segurança de salvação. O exemplo deixado por Neemias, deve ser seguido por
todos os que desejam vencer no reino de Deus.
NEEMIAS DESPERTA TODOS A PRATICAR
JUSTIÇA
Neemias
5.6-10: “Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me
indignei. 7 Então consultei comigo mesmo; depois contendi com do nobres e com
os magistrados, e disse-lhes: Estais tomando juros, cada um de seu irmão. E
ajuntei contra eles uma grande assembleia. 8 E disse-lhes: Nós, segundo as
nossas posses, temos resgatado os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às
nações; e vós venderíeis os vossos irmãos, ou seriam vendidos a nós? Então se
calaram, e não acharam o que responder. 9 Disse mais: Não é bom o que fazeis;
porventura não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos
povos, os nosso inimigos? 10 Também eu, meus irmãos e meus moços lhes temos
emprestado dinheiro e trigo. Deixemos, peço-vos este ganho”.
INTRODUÇÃO. Na época em que Neemias reedificava os muros de
Jerusalém, havia desigualdade econômica entre o povo de Deus. Uns tinham demais
e outros de menos. O povo passando necessidade, procurava o governador para
dizer-lhe de suas agonias e decepção com os que detinham o poder. Neemias toma
uma atitude contra a situação e repreende seus irmãos, mostrando-lhe a
realidade do povo de Jerusalém. Entretanto, seu exemplo foi o maior sermão já
ouvido. Por isso, Paulo disse: “Se o exemplo dos fiéis”.
I. NEEMIAS
ENFRENTA A REALIDADE SOCIAL
1.1. À medida
que foram voltando do cativeiro, os judeus encontraram uma situação dominante,
os ricos sugavam dos pobres que, sem dinheiro, empenhavam casas, terras e até
os filhos para sobreviverem. Ne 5.3-5:
“Também havia os que diziam: Estamos empenhando nossos campos, as nossas vinhas
e as nossas casas, para conseguirmos trigo durante esta fome. 4 Havia ainda
outros que diziam: Temos tomado dinheiro emprestado até para o tributo do rei
sobre os nossos campos e as nossas vinhas. 5 Ora, a nossa carne é como a carne
de nossos irmãos, e nossos filhos como os filhos deles; e eis que estamos
sujeitando nossos filhos e nossas filhas para serem servos, e algumas de nossas
filhas já estão reduzidas à escravidão. Não está em nosso poder evitá-lo, pois
outros têm os nossos campos e as nossas vinhas”.
1.2. Agora na posição de
governador, Neemias se empenha para diminuir as desigualdades sócias dos seu
povo. “Então consultei comigo mesmo; depois
contendi com do nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Estais tomando
juros, cada um de seu irmão. E ajuntei contra eles uma grande assembleia”
(Ne 5.7).
1.3.
Na obra de Deus não pode haver distinção. “Mas se fazeis acepção de pessoas,
cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores” (Tg
2.9).
1.4.
O dever do cristão é ajudar a todos os necessitados. “Pois não havia
entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas,
vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos
apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade” (At 4.34-35).
2. Havia um clamor na cidade.
2.1. Havia um
grande clamor social pós Exilio. “Então se
levantou um grande clamor do povo e de duas mulheres contra os judeus, seus
irmãos” (Ne 5.1).
2.2. Nos setenta
anos no cativeiro eles haviam se esquecido da lei. “Se teu irmão empobrecer e vender uma parte da sua possessão, virá o seu
parente mais chegado e remirá o que seu irmão vendeu” (Lv 25.35).
2.3. Os ricos estavam
se enriquecendo às custas dos pobres. “Não
tomarás dele juros nem ganho, mas temerás o teu Deus, para que teu irmão viva
contigo” (Lv 25.36).
2.4. O
mandamento divino é que devemos ajudar a todos. Gl 6.2,9,10: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a
lei de Cristo. 9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos desfalecido. 10 Então, enquanto temos
oportunidade, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé”.
3. O povo estava endividado.
3.1. A
necessidade levou alguns a empenhar suas terras e agora estavam endividados. “Também havia os que diziam: Estamos empenhando nossos
campos, as nossas vinhas e as nossas casas, para conseguirmos trigo durante
esta fome” (Ne 5.3).
3.2. No livro da lei, o Senhor já havia instruído o
Seu povo acerca dessas coisas. “Se venderdes alguma coisa ao vosso próximo ou a
comprardes da mão do vosso próximo, não vos defraudareis uns aos outros” (Lv
25.14).
3.3. Alguns porém, haviam esquecido a Lei do Senhor.
Devemos, portanto, observar os mandamentos divinos. “O que oprime ao pobre
insulta ao seu Criador; mas honra-o aquele que se compadece do necessitado” (Pv
14.31).
4. O povo
tornou-se escravo da situação.
4.1. A
situação era caótica, até mesmo os filhos foram tomados por escravos. “Ora, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos, e
nossos filhos como os filhos deles; e eis que estamos sujeitando nossos filhos
e nossas filhas para serem servos, e algumas de nossas filhas já estão
reduzidas à escravidão. Não está em nosso poder evitá-lo, pois outros têm os nossos
campos e as nossas vinhas” (Ne 5.5).
4.2. A lei divina era totalmente contrária este tipo
de situação. “Também, se teu irmão empobrecer ao teu lado e vender-se a ti, não
o farás servir como escravo” (Lv 25.39).
4.3.
Infelizmente, a ganância e o desprezo pela Palavra, levou os ricos à
transgredirem. “Não eram estas as palavras que o Senhor proferiu por
intermédio dos profetas antigos, quando Jerusalém estava habitada e próspera,
juntamente com as suas cidades ao redor dela, e quando o Sul e a campina eram
habitados? E a palavra do Senhor veio a Zacarias, dizendo: Assim falou o Senhor
dos exércitos: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um
para com o seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro,
nem o pobre; e nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu irmão.
Eles, porém, não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os
ouvidos, para que não ouvissem” (Zc 7.9-11).
II. NEEMIAS UM HOMEM DE ATITUDES
1. O homem de Deus não pode ficar omisso às
situações perversas contra o povo de Deus. “Ouvindo
eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me indignei” (Ne 5.6).
1.1. O clamor do povo entristeceu Neemias. É por esta
razão que o apóstolo Paulo escreveu ao coríntios dizendo: “Quem enfraquece, que
eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase”? (2ª Co
11.29).
1.2. Os líderes da igreja primitiva haviam instituído
a diaconia para resolverem as questões sociais. “Ora, naqueles dias,
crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra
os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição
diária. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é
razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei,
pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço” (At 6.1-3).
2. Neemias
contende com os ricos.
2.1. Neemias,
o líder do povo, procura os responsáveis para resolver o problema. “Então consultei comigo mesmo; depois contendi com do
nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Estais tomando juros, cada um de seu
irmão. E ajuntei contra eles uma grande assembleia” (Ne 5.7).
2.2.
O apóstolo Paulo nos ensina que, os que possuem riquezas, jamais devem oprimir
seus irmãos. “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem
ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede
abundantemente todas as coisas para delas gozarmos; 18 que pratiquem o bem, que
se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos, 19 entesourando
para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a
verdadeira vida” (1ª Tm 6.17-19).
2.3. Deus condena a usura. “Do teu irmão não exigirás
juros; nem de dinheiro, nem de comida, nem de qualquer outra coisa que se
empresta a juros” (Dt 23.19).
3. Neemias
condena a escravidão.
3.1. A falta
de temor a Deus trouxe de volta a prática da escravidão entre os judeus
infiéis.
“E disse-lhes: Nós, segundo as nossas posses, temos
resgatado os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às nações; e vós
venderíeis os vossos irmãos, ou seriam vendidos a nós? Então se calaram, e não
acharam o que responder” (Ne 5.8).
3.2. Neemias,
como um arauto, denunciava e exortava os magistrados por causa dessa situação.
“Restituí-lhes hoje os seus campos, as suas
vinhas, os seus olivais e as suas casas, como também a centésima parte do
dinheiro, do trigo, do mosto e do azeite, que deles tendes exigido” (Ne
5.11).
3.3. Neemias fez um concerto com o povo. “Então
disseram: Nós lhe restituiremos, e nada lhes pediremos; faremos assim como
dizes. Então, chamando os sacerdotes, fi-los jurar que fariam conforme
prometeram” (Ne 5.12).
3.4. Somente em obediência a Deus estaremos aptos a fazer sua obra. “Apega-te, pois, a Deus, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem. Aceita, peço-te, a lei da sua boca, e põe as suas palavras no teu coração. Se te voltares para o Todo-Poderoso, serás edificado; se lançares a iniquidade longe da tua tenda” (Jó 22.21-23).
3.4. Somente em obediência a Deus estaremos aptos a fazer sua obra. “Apega-te, pois, a Deus, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem. Aceita, peço-te, a lei da sua boca, e põe as suas palavras no teu coração. Se te voltares para o Todo-Poderoso, serás edificado; se lançares a iniquidade longe da tua tenda” (Jó 22.21-23).
III. NEEMIAS, UM HOMEM DE EXEMPLO
1. O verdadeiro líder deve ter uma vida de
exemplo. “Ninguém despreze a tua mocidade,
mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na
pureza” (1ª Tm 4.12).
1.1. A atitude
tomada por Neemias levou o povo a segui-lo, e a se converterem a Deus. “Também sacudi as minhas vestes, e disse: Assim sacuda
Deus da sua casa e do seu trabalho todo homem que não cumprir esta promessa;
assim mesmo seja ele sacudido e despojado. E toda a congregação disse: Amém! E
louvaram ao Senhor; e o povo fez conforme a sua promessa (Ne 5.13).
1.2. Foi um
momento de alegria para todo o povo; eles estavam voltando ao primeiro amor. “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro
amor” (Ap 2.4).
1.3. A força
do exemplo marca os verdadeiros filhos de Deus. “Porque
eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo
13.15).
2. Neemias demostra integridade.
2.1. O
testemunha dado por Neemias mostrou a todos a sua integridade. “Também sacudi as minhas vestes, e disse: Assim sacuda
Deus da sua casa e do seu trabalho todo homem que não cumprir esta promessa;
assim mesmo seja ele sacudido e despojado. E toda a congregação disse: Amém! E
louvaram ao Senhor; e o povo fez conforme a sua promessa” (Ne 5.13).
2.2. A
integridade de Neemias nos lembra de Paulo diante dos Coríntios, mesmo podendo
participar de tudo. “Esta é a minha defesa para com os que me acusam.
Não temos nós direito de comer e de beber”? (1ª
Co 9.3-4).
2.3. Por amor à causa, Paulo preferiu viver em
integridade. “Mas eu de nenhuma destas coisas tenho usado. Nem escrevo isto
para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, do que alguém
fazer vã esta minha glória” (1ª Co 9.15).
2.4. Paulo também pode ser o nosso exemplo. “Sede meus
imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1ª Co 11.1).
3. Neemias,
um homem de temor.
3.1.
Infelizmente os exemplos anteriores não foram nada bons para o povo. “Mas os primeiros governadores, que foram antes de
mim, oprimiram o povo, e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta siclos
de prata; e até os seus moços dominavam sobre o povo....” (Ne 5.15a).
3.2. O exemplo de Neemias era diferente. “Porém eu
assim não fiz, por causa do temor de Deus” (Ne 5.15b).
3.3. O verdadeiro temor aborrece o mal. “O temor do
Senhor é odiar o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca
perversa, eu os odeio” (Pv 8.13).
3.4. O verdadeiro temor nos concede uma vida de
vitória. “O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará
satisfeito, e mal nenhum o visitará” (Pv 19.13).
3.5. O temor de Deus é a marca do discípulo de Cristo.
“E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a
obra de cada um, andai em temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1ª Pe
1.17).
4. Neemias,
um homem de trabalho.
4.1. O clamor do povo. “Então se levantou um grande
clamor do povo e de duas mulheres contra os judeus, seus irmãos” (Ne 5.1).
No meio da grande obra, foi ouvido entre os judeus um
grande clamor. Eles não estavam gritando contra os samaritanos, os amonitas, ou
os árabes, mas contra seu próprio povo! Judeus estavam explorando judeus, e a
situação econômica tornou-se tão desesperada que até as mulheres se juntaram ao protesto. A crise havia chegado a um nível tal
que não ameaçava apenas a sobrevivência das famílias mais pobres, mas inclusive
a conclusão da restauração dos muros.
4.2. Houve uma
grande fome (v. 3). “Pois havia alguns que diziam: Nós, nossos filhos e
nossas filhas somos muitos; que se nos dê trigo, para que comamos e vivamos.
Também havia os que diziam: Estamos empenhando nossos campos, as nossas vinhas
e as nossas casas, para conseguirmos trigo durante esta fome” (Ne 5.2-3).
Os administradores anteriores tinha sobrecarregado o
povo (v. 15). Os tempos eram tão ruins que as crianças eram vendidas como
escravas, casas e vinhas estavam hipotecados, e o dinheiro foi emprestado a
juros. A realização de esmagamento de Neemias era que não estrangeiros, mas as
próprias pessoas estavam forçando estas medidas intolerável sobre os outros.
4.3. Em meio ao caos, Neemias demostrou ser um homem
de trabalho. “Também eu prossegui na obra deste muro, e terra nenhuma
compramos; e todos os meus moços se ajuntaram ali para a obra” (Ne 5.16)
4.4. O trabalho enobrece o homem. “Mas pela graça de
Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito
mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo”
(1ª Co 15.10).
4.5. Sobre isto, temos o exemplo de Jesus. “Mas Jesus
lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17).
IV. NEEMIAS,
UM HOMM GENEROSO
1. O líder
deve ser também generoso. “Mas o
nobre projeta coisas nobres; e nas coisas nobres persistirá” (Is 32.8).
1.1. Isto porque sua vida deve servir de exemplo e ser imitada por todos. “Não porque não tivéssemos direito, mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2ª Ts 3.9).
1.1. Isto porque sua vida deve servir de exemplo e ser imitada por todos. “Não porque não tivéssemos direito, mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2ª Ts 3.9).
1.2.
Neemias sabia disso e procurou dar exemplo de liberalidade e generosidade. “Sentavam-se
à minha mesa cento e cinquenta homens dentre os judeus e os magistrados, além
dos que vinham ter conosco dentre as nações que estavam ao redor de nós. Ora, o
que se preparava para cada dia era um boi e seis ovelhas escolhidas; também se
preparavam aves e, de dez em dez dias, provisão de toda qualidade de vinho.
Todavia, nem por isso exigi o pão devido ao governador, porquanto a servidão
deste povo era pesada” (Ne 5.17-18).
1.3. Em Cristo, encontramos o exemplo perfeito. “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua
pobreza fôsseis enriquecidos” (2ª Co 8.9).
2. Todos
comiam a sua mesa.
2.1. Neemias recebia em sua casa todos que ali chegavam.
“Sentavam-se à minha mesa cento e cinquenta homens dentre os judeus e os
magistrados, além dos que vinham ter conosco dentre as nações que estavam ao
redor de nós” (Ne 5.17).
2.2. O homem
de Deus não se prende nas coisas materiais. “Não
confieis na opressão, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas
aumentarem, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10).
3. Havia fartura em sua casa.
3.1. A
prosperidade é uma promessa de Deus para o crente fiel. “A riqueza adquirida às pressas diminuirá; mas quem a
ajunta pouco a pouco terá aumento” (Pv 13.11).
“Há tesouro precioso e azeite na casa do sábio; mas o
homem insensato os devora” (21.20).
3.2. Na vida
de Neemias não era diferente, apesar da pobreza da terra, ele tinha fartura. “Ora,
o que se preparava para cada dia era um boi e seis ovelhas escolhidas; também
se preparavam aves e, de dez em dez dias, provisão de toda qualidade de vinho.
Todavia, nem por isso exigi o pão devido ao governador, porquanto a servidão
deste povo era pesada” (Ne 5.18).
3.3. Neemias tinha consciência da servidão do seu povo e se preocupava com eles. “...porquanto a servidão deste povo era pesada” (Ne 5.18b).
4. Neemias sempre buscava ao Senhor.
3.3. Neemias tinha consciência da servidão do seu povo e se preocupava com eles. “...porquanto a servidão deste povo era pesada” (Ne 5.18b).
4. Neemias sempre buscava ao Senhor.
4.1. Em todos os momentos de
sua vida, Neemias estava a clamar ao Senhor. “Lembra-te
de mim para teu bem, ó meu Deus, e de tudo quanto tenho feito em prol deste
povo” (Ne 5.19).
4.2.
Somente o Senhor pode recompensar o trabalho que temos com o povo de Deus.
“Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para
com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis”
(Hb 6.10).
4.3.
Há recompensa para os trabalhadores da obra de Deus. “Vós, porém, esforçai-vos,
e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra terá uma recompensa” (2º
Cr 15.7).
CONCLUSÃO. Todo o esforço de Neemias para mudar a situação
daquele povo foi recompensado. Valeu a pena tratar com os nobres e magistrados
a favor dos pobres da terra. Neemias alcançou a vitória de Deus e nos deixou um
grande exemplo de liderança e administração. Seu exemplo perante o povo deixou
marcas profundas naquelas vidas já sem esperança. Isto nos ensina que,
trabalharmos com seriedade a obra de Deus, o Senhor nos concede grandes
vitórias.
VENCENDO AS
ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
Ne 6.1-7:
“Quando Sambalate, Tobias e Gesem, o arábio, e o resto dos nossos inimigos
souberam que eu já tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha
alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, 2
Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, encontremo-nos numa das aldeias da
planície de Ono. Eles, porém, intentavam fazer-me mal. 3 E enviei-lhes
mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei
descer. Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter
convosco? 4 Do mesmo modo mandaram dizer-me quatro vezes; e do mesmo modo lhes
respondi. 5 Então Sambalate, ainda pela quinta vez, me enviou o seu moço com
uma carta aberta na mão, 6 na qual estava escrito: Entre as nações se ouviu, e
Gesem o diz, que tu e os judeus intentais revoltar-vos, e por isso tu estás
edificando o muro, e segundo se diz, queres fazer-te rei deles; 7 e que
constituíste profetas para proclamarem a respeito de ti em Jerusalém: Há rei em
Judá. Ora, estas coisas chegarão aos ouvidos do rei; vem pois, agora e
consultemos juntamente”.
INTRODUÇÃO. Todo aquele que se levantar
para fazer a obra de Deus sofrerá a oposição do inimigo. Nesse aspecto, até
Jesus sofreu com os intentos de Satanás contra seu ministério e sua vida
estando aqui na terra. Os apóstolo sofreram a ação dos religiosos contra Igreja.
Enfim, ainda hoje sofremos para realizar o trabalho do Senhor. As lições que
Neemias nos deixou são de grande valia nestes momentos finais da Igreja na
terra.
I. O SUCESSO NA OBRA INCOMODA O INIMIGO
“Ora, a serpente era o mais
astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta
disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis
dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher:
Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse
fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn
3.1-5).
1.1. A partir
do Éden, o inimigo lança uma ofensiva para desfazer os planos de Deus sobre o
povo escolhido. “Até quando, ó Deus, o
adversário afrontará? O inimigo ultrajará o teu nome para sempre”? (Sl
74.10).
1.2. Nos dias
de Neemias todos os esforços foram feitos por Sambalate e seu grupo, a fim de
parar o avanço da obra. “Ouve, ó nosso Deus,
pois somos tão desprezados; faze recair o opróbrio deles sobre as suas cabeças,
e faze com que eles sejam um despojo numa terra de cativeiro” (Ne 4.4.).
1.3. O reino
de Deus avança mesmo diante das dificuldades. “Assim,
pois, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo
edificada, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se
multiplicava” (At 9.31).
2. Neemias conclui a obra do muro.
2.1. Através
de muitas batalhas, o muro foi concluído e as brechas reparadas. “Quando Sambalate, Tobias e Gesem, o arábio, e o resto
dos nossos inimigos souberam que eu já tinha edificado o muro e que nele já não
havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos
portais” (6.1).
2.2. Os adversários
de Neemias, sob a liderança de Sambalate, não desistiram de maquinar o mal.
“Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, encontremo-nos numa das aldeias da
planície de Ono. Eles, porém, intentavam fazer-me mal” (6.2.).
2.3. Já sabemos pela experiência, que sempre
haverá descontentes na obra de Deus. “Mas Judas Iscariotes, um dos seus
discípulos, aquele que o havia de trair disse: Por que não se vendeu este
bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque
era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava” (Jo
12.4-6).
3. O inimigo intenta o mal contra Neemias.
3.1. O desejo
do adversário é sempre nos fazer mal e Neemias viveu esta realidade. “Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo,
anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar” (1ª
Pe 5.8).
3.2. A
estratégia era leva-lo a uma reunião, mas ele descobriu. “Porém intentavam
fazer-me mal” (Ne 6.2).
3.3. O
conselho dos ímpios será sempre contra aqueles que fazem a obra de Deus. “Ora, chegada a manhã, todos os principais sacerdotes e
os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem”
(Mt 27.1).
“Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram
entre si matá-lo. Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. E como
eles guardavam as portas de dia e de noite para tirar-lhe a vida, os
discípulos, tomando-o de noite, desceram-no pelo muro, dentro de um cesto” (At
9.23-25).
4. A grande decisão de Neemias.
4.1. A
resposta de Neemias à proposta de Sambalate foi imediata. “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma
grande obra, de modo que não poderei descer” (Ne 6.3a).
4.2. Enquanto trabalhamos para o Senhor, estamos nas
regiões celestiais. “E nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez
sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus” (Ef 2.6). “Bendito seja o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nas regiões celestes em Cristo” (Ef 1.3).
4.3. Se pararmos, cairemos nas mãos do inimigo.
“Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas
mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram,
deixando-o meio morto” (Lc 10.30).
4.4. Que nada nos
separe do amor de Cristo. “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a
vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem
potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos
poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38-39).
II. NEEMIAS É ACUSADO PELO INIMIGO
1. O crente em Jesus deve saber que é um
escolhido de Deus. “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus”?
(Rm 8.33).
1.1. Pela Palavra de Deus, sabemos
que Satanás sempre será nosso acusador diante de Deus. “Então respondeu Satanás
ao Senhor, e disse: Porventura Jó teme a Deus debalde? Não o tens protegido de
todo lado a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? Tens abençoado a obra de suas
mãos, e os seus bens se multiplicam na terra. Mas estende agora a tua mão, e
toca-lhe em tudo quanto tem, e ele blasfemará de ti na tua face”! (Jó 1.9-11).
“Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a
salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo;
porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso
Deus os acusava dia e noite” (Ap 12.10).
1.2. Neemias,
também, não esteve livre dele. “Na qual estava escrito: Entre as nações se
ouviu, e Gesem o diz, que tu e os judeus intentais revoltar-vos, e por isso tu
estás edificando o muro, e segundo se diz, queres fazer-te rei deles” (6.6).
1.3. A nossa
alegria, entretanto, é que o Senhor nos concede vitória. “Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor
Jesus Cristo” (1ª Co 15.57).
2. O inimigo envia uma carta.
2.1. O inimigo
nos acusa nas mais diversas formas. “E quando
fui informado que haveria uma cilada contra o homem, logo to enviei, intimando
também aos acusadores que perante ti se manifestem contra ele” (At
23.30).
2.2. Neemias
foi, formalmente, acusado por uma carta. “Então
Sambalate, ainda pela quinta vez, me enviou o seu moço com uma carta aberta na
mão” (Ne 6.5).
2.3. As cartas geralmente eram usadas para manifestar
acusação contra alguém. “Ezequias, pois, tendo recebido a carta das mãos dos
mensageiros, e tendo-a lido, subiu à casa do Senhor, e a estendeu perante o
Senhor” (2º Rs 19.14).
“E
escreveu-lhe uma carta nestes termos: Cláudio Lísias, ao excelentíssimo
governador Félix, saúde. Este homem foi preso pelos judeus, e estava a ponto de
ser morto por eles quando eu sobrevim com a tropa e o livrei ao saber que era
romano” (At 23.25-27).
2.4. Através da Palavra de Deus, podemos responder às
acusações. “A vossa palavra seja sempre com graça, temperada com sal, para
saberdes como deveis responder a cada um” (Cl 4.6).
3. Neemias é
acusado de revolta.
3.1. As acusações contra Neemias davam conta que o
muro reedificado seria um ato de rebeldia perante o rei da Pérsia (Ne 6.6.).
3.2.
Era uma forma “baixa” de acusar um servo de Deus. “Bem-aventurados sois
vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra
vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão
nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11-12).
3.3. Das
acusações dos inimigos, nem Jesus escapou. “Então Pilatos saiu a ter com
eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem? Responderam-lhe: Se
ele não fosse malfeitor, não to entregaríamos”
(Jo 18.29).
3.4 O apóstolo
Paulo também foi acusado pelos inimigos. “Tendo ele comparecido,
rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra ele
muitas e graves acusações, que não podiam provar. Paulo, porém, respondeu em
sua defesa: Nem contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César,
tenho pecado em coisa alguma” (At 25.7-8).
4. Neemias é acusado de ser rei.
4.1. A
intenção do inimigo é acabar consono. “E que
constituíste profetas para proclamarem a respeito de ti em Jerusalém: Há rei em
Judá. Ora, estas coisas chegarão aos ouvidos do rei; vem pois, agora e
consultemos juntamente” (6.7).
4.2. Estas acusações
eram para desviar Neemias de seu propósito de edificar os muros de Jerusalém. (6.7b).
4.3. Mesmo desviando do povo que queria aclamá-lo rei
(Jo 6.15), Jesus foi questionado por Pilatos (Jo 18.33) e revelou-lhe a verdade
do seu reino (Jo 18.36).
III. O INIMIGO PLANEJA CONTRA A VIDA DE
NEEMIAS
1. Sambalate agora, intenta contra a vida
do homem de Deus.
“Fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de
Meetabel, que estava em recolhimento; e disse ele: Ajuntemo-nos na casa de
Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão matar-te; sim, de
noite virão matar-te” (6.10).
1.1. O povo de
Deus sempre foi alvo do inimigo. “E Hamã disse
ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as
províncias do teu reino um povo, cujas leis são diferentes das leis de todos os
povos, e que não cumpre as leis do rei; por isso não convém ao rei deixá-lo
ficar. Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu porei nas mãos dos
que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do
rei” (Et 3.8-9).
1.2. Nos dias
de Ester o Senhor muda a sorte do seu povo. “Mas,
vindo isto perante o rei, mandou ele por cartas que o mau intento que Hamã
formara contra os judeus, se tornasse sobre a sua cabeça; pelo que penduraram a
ele e a seus filhos numa forca” (Et 9.25).
2. A resposta de Neemias ao inimigo.
2.1. Diante de
tantas acusações, o servo de Deus responde ao seu adversário. “Então mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes, coisa
nenhuma sucedeu, mas tu mesmo o inventas” (Ne 6.8).
2.2. Segundo o
apóstolo Paulo, essa é a característica dos homens perversos. “Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus,
injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao
pais” (Rm 1.30).
2.3. Mas o Senhor conhece o coração dos justos (Sl
139.23).
3. Neemias
busca força em Deus.
3.1. Neemias busca força no Senhor, quando atemorizado
pelo inimigo. “Pois todos eles nos procuravam, dizendo: As suas mãos hão de
largar a obra, e não se efetuará. Mas agora, ó Deus, fortalece as minhas mãos”
(6.9).
A Bíblia diz: “Se enfraqueces no dia da angústia, a
tua força é pequena” (Pv 24.10).
3.2.
Diante dos terrores do inimigo o crente deve se refugiar na força do Senhor. “O
Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da
minha vida; de quem me recearei? Quando os malvados investiram contra mim, para
comerem as minhas carnes, eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e
caíram. Ainda que um exército se acampe contra mim, o meu coração não temerá;
ainda que a guerra se levante contra mim, conservarei a minha confiança” (Sl 27.1-3).
4. A cilada
do inimigo no templo.
4.1. Ardilosamente,
um profeta convoca Neemias para ir ao templo sob ameaças de morte. “Fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de
Meetabel, que estava em recolhimento; e disse ele: Ajuntemo-nos na casa de
Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão matar-te; sim, de
noite virão matar-te” (6.10).
4.2. Tudo isso
não passava de uma grande cilada, pois somente aos sacerdotes era permitido
entrar no primeiro tabernáculo. “Ora, estando
estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os
sacerdotes, celebrando os serviços sagrados” (Hb 9.6).
4.3. Somente os levitas poderiam estar na porta da casa
do Senhor. “Para servir de memória aos
filhos de Israel, a fim de que nenhum estranho, ninguém que não seja da
descendência de Arão, se chegue para queimar incenso perante o Senhor, para que
não seja como Corá e a sua companhia; conforme o Senhor dissera a Eleazar por
intermédio de Moisés” (Nm 16.40).
O sacerdote
era sujeito as leis especiais para ministrar (Lv 10.8). Suas obrigações eram de
três categorias:
A. Ministrar
no santuário perante o Senhor.
B. Ensinar ao
povo a guardar a Lei de Deus.
C. Tomar
conhecimento da vontade divina, consultando o Urim e tumim (Êx 29.10; Nm 16.40;
Ed 2.63).
IV. A REAÇÃO DE NEEMIAS CONTRA O INIMIGO
1. Os servos de Deus sofrem todos os tipos de provocações. “Em tudo
somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2ª Co 4.8-9).
1.1. Neemias
não se prostra diante das perseguições. “Eu,
porém, respondi: Um homem como eu fugiria? e quem há que, sendo tal como eu,
possa entrar no templo e viver? De maneira nenhuma entrarei” (6.11).
1.2. Nas
perseguições devemos confiar inteiramente na força do Senhor. “Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder” (Ef 6.10).
2. Neemias não se acovarda.
2.1. O Senhor
não se agradava de covardes. “Agora, pois,
apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido volte, e
retire-se do monte Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil
ficaram” (Jz 7.3).
2.2. Neemias
era um homem de coragem e conhecia os mandamentos do Senhor, por isso
respondeu. “Eu, porém, respondi: Um homem como
eu fugiria?....” (Ne 6.11a).
2.3. O templo não seria o esconderijo do líder que o
Senhor levantou em favor do Seu povo. “....E quem há que, sendo tal como eu,
possa entrar no templo e viver? De maneira nenhuma entrarei” (Ne 6.11b).
2.4. Seu refúgio estava em Deus. “Esconde-me do
secreto conselho dos maus, e do ajuntamento dos que praticam a iniquidade” (Sl
64.2).
“Um varão servirá de abrigo contra o vento, e um
refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a
sombra duma grande penha em terra sedenta” (Is 32.2).
3. Neemias
descobre a falsidade do inimigo.
3.1. O líder
chamado por Deus, precisa ter discernimento. “E
percebi que não era Deus que o enviara; mas ele pronunciou essa profecia contra
mim, porquanto Tobias e Sambalate o haviam subornado” (Ne 6.12a).
3.2. Sambalate, sem temor a Deus, subornou o falso
profeta para confundir Neemias.
“E percebi que não era Deus que o enviara; mas ele
pronunciou essa profecia contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o haviam subornado”
(Ne 6.12b).
3.3. Tudo foi descoberto pelo homem de Deus. “Eles o
subornaram para me atemorizar, a fim de que eu assim fizesse, e pecasse, para
que tivessem de que me infamar, e assim vituperassem” (6.13).
3.4. O crente espiritual discerne todas as coisas.
“Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é
discernido” (1ª Co 2.15).
4. Neemias
os entrega nas mãos de Deus.
4.1. Neemias
ao descobrir o intento mal de Sambalate e Tobias, os entrega nas mãos do Senhor.
“Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate,
conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias, e dos demais profetas
que procuravam atemorizar-me” (Ne 6.14).
4.2.
Há momentos em nossa vida que devemos, tão somente, orar, e entregar os que
desejam nosso mal nas mãos do Senhor. “Porque os meus inimigos falam de
mim, e os que espreitam a minha vida consultam juntos, dizendo: Deus o
desamparou; persegui-o e prendei-o, pois não há quem o livre. Ó Deus, não te
alongues de mim; meu Deus, apressa-te em socorrer-me. Sejam envergonhados e
consumidos os meus adversários; cubram-se de opróbrio e de confusão aqueles que
procuram o meu mal” (Sl 71.10-13).
CONCLUSÃO. Em todo o tempo haverá
inimigos contra o povo de Deus. Eles tentarão todos os meios para nos confundir
e nos afastar do propósito de Deus. Entretanto, a lição deixada por Neemias nos
infunde confiança e certeza que o Senhor será nossa vitória. Jamais podemos
desanimar diante das astucia do adversário, mas confiar inteiramente no Senhor
e na força do Seu poder.
NEEMIAS
OBTÉM VITÓRIA TOTAL
Neemias 6.15-16: “Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinquenta
e dois dias. Quando todos os nosso inimigos souberam disso, todos os povos que
havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito em seu próprio conceito;
pois perceberam que fizemos esta obra com o auxílio do nosso Deus”.
Neemias 7.1-2: “Ora, depois que o muro foi edificado, tendo eu
assentado as portas, e havendo sido designados os porteiros, os cantores e os
levitas, pus Hanâni, meu irmão, e Hananias, governador do castelo, sobre
Jerusalém; pois ele era homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos”.
INTRODUÇÃO. Não foram poucas as lutas que Neemias enfrentou, mas a
vitória veio. Tudo aconteceu por sua persistência em fazer a vontade de Deus e
empenhar-se na Sua obra. Toda vitória exige luta. Para o crente significa
envolvimento no reino de Deus, o qual é conquistado com garra. Neemias, mais
uma vez mostra-nos que a fé aliada a perseverança, nos dará sempre um resultado
glorioso: a vitória.
I. O POVO DE DEUS É SEMPRE VITORIOSO
1. Desde os dias dos patriarcas, o povo de Deus tem sido mais que
vencedor.
“Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado
com Deus e com os homens e tens prevalecido” (Gn 32.28).
1.1. A vitória sempre fez
parte da história deste povo. “Assim Josué
prostrou a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada” (Êx 17.13).
1.2. Em nome do Senhor dos
Exércitos. “E clamavam uns para os outros,
dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia
da sua glória” (Is 6.3).
1.3. Eles venceram fortalezas.
“Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram
as trombetas; ouvindo o povo o sonido da trombeta, deu um grande brado, e o
muro caiu rente com o chão, e o povo subiu à cidade, cada qual para o lugar que
lhe ficava defronte, e tomaram a cidade” (Js 6.20).
1.4. Gigantes. “E Davi,
metendo a mão no alforje, tirou dali uma pedra e com a funda lha atirou,
ferindo o filisteu na testa; a pedra se lhe cravou na testa, e ele caiu com o
rosto em terra. Assim Davi prevaleceu contra o filisteu com uma funda e com uma
pedra; feriu-o e o matou; e não havia espada na mão de Davi” (1ª Sm 17-49-50).
1.5. Em Jesus somos mais que
vencedores. “Mas em todas estas coisas somos
mais que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37).
2. A vitória fortalece o crente.
2.1. Uma das grandes
declarações de vitória na vida espiritual está registrada na primeira epístola
de João. “Eu vos escrevi, meninos, porque
conheceis o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o
princípio. Eu escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus
permanece em vós, e já vencestes o Maligno” (1ª Jo 2.14).
2.2.
Isso só acontece quando, vitoriosamente, vivemos uma vida de fé. “Porque todo o
que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé” (1ª Jo 5.4).
2.3. A vitória fortalece o
crente que, a cada dia, confiar no Senhor. “Ora,
houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; porém Davi se
fortalecia cada vez mais, enquanto a casa de Saul cada vez mais se enfraquecia”
(2º Sm 3.1).
3. A vitória aumenta nossa fé.
3.1. Cada vitória alcançada
aumenta nossa fé. “Porque, partindo de vós
fez-se ouvir a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e na Acaia, mas
também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se divulgou, de tal maneira
que não temos necessidade de falar coisa alguma” (1ª Ts 1.8).
3.2. É glorioso saber que, através da fé,
alcançamos grandes e preciosas vitórias em Deus. “Os quais por meio da fé
venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca
dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza
tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos
estrangeiros” (Hb 11.33-34).
3.3. A fé dos irmãos que
oravam por Pedro. “Pedro, pois, estava guardado
na prisão; mas a igreja orava com insistência a Deus por ele” (At 12.5).
3.4. Quando ele saiu da prisão. “Mas Pedro
continuava a bater, e, quando abriram, viram-no e pasmaram. Mas ele, acenando-lhes com a mão para que
se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse: Anunciai
isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar” (At 12. 16-17).
3.5. Aumentou encorajando-os
a continuar a obra de Deus. “E a palavra de Deus
crescia e se multiplicava” (At 12.24).
4. A vitória glorifica o nome do Senhor.
4.1. Toda vitória deve
glorificar o nome do Senhor. “E invoca-me no dia
da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás (Sl 50.15).
4.2. A vitória sobre Faraó
trouxe alegria ao povo e glória para o nome de Jeová. “Então cantaram Moisés e
os filhos de Israel este cântico ao Senhor, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque
gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O Senhor é a
minha força, e o meu cântico; ele se tem tornado a minha salvação; é ele o meu
Deus, portanto o louvarei; é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei” (Êx
15.1-2).
4.3. A vitória concedida aos apóstolos.
“Deitaram mão nos apóstolos, e os puseram na prisão pública. Mas de noite um
anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, tirando-os para fora, disse: Ide, apresentai-vos no templo, e falai ao povo todas
as palavras desta vida” (At 5.18-20).
4.4. O nome do Senhor foi
glorificado. “Retiraram-se pois da presença do sinédrio, regozijando-se de
terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus. E todos os
dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a
Jesus, o Cristo” (At 5.41-42).
4.5. O propósito de Deus em
cada vitória é que Seu nome seja glorificado. “Se
alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra,
ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja
glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio
para todo o sempre. Amém” (1ª Pe 4.11).
II. EM JERUSALÉM DEUS DÁ VITÓRIA A NEEMIAS
1. A Bíblia afirma que o choro pode durar um tempo. “Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está
a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de
júbilo” (Sl 30.5).
1.1. Neemias, teve um tempo
de luta. “O que ouvindo Sambalate, o horonita, e
Tobias, o servo amonita, e Gesem, o arábio, zombaram de nós, desprezaram-nos e
disseram: O que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei”?
(Ne 2.19)
1.2. Mas a alegria veio
quando os muros foram acabados. “Acabou-se,
pois, o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinquenta e dois dias”
(Ne 6.15).
1.3. Diante de toda a
tribulação o Senhor nos dá o escape da vitória para que possamos triunfar. “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas
fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis
resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais
suportar” (1ª Co 10.13).
2.1. Neemias terminou a obra
diante dos ataques do inimigo. “E coligaram-se
todos, para virem guerrear contra Jerusalém e fazer confusão” (Ne 4.8).
2.2. Para Neemias foi uma
grande vitória acabar os muros. “Acabou-se,
pois, o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinquenta e dois dias”
(Ne 6.15).
A
conclusão da obra se deu em 25 de elul, após 52 dias de grande trabalho e
concentração, aproximadamente em agosto-setembro de 445 a.C.
2.3. O fim de uma obra nos dá
sabor de vitória. “Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder,
de amor e de moderação. Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso
Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa comigo dos
sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus” (2ª Tm 4.7-8).
2.4. Jesus também terminou a
obra do Pai. “E a vida eterna é esta: que te
conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu
enviaste” (Jo 17.3).
2.5. Mesmo diante de tantas adversidades. “Então
os principais sacerdotes e os fariseus reuniram o sinédrio e diziam: Que
faremos? Porquanto este homem vem operando muitos sinais. Se o deixarmos assim,
todos crerão nele, e virão os romanos, e nos tirarão tanto o nosso lugar como a
nossa nação” (Jo 11.47-48).
3. A vitória trouxe temor aos inimigos.
3.1. A notícia do término da
obra trouxe temor aos adversários de Neemias. “Quando
todos os nosso inimigos souberam disso, todos os povos que havia em redor de
nós temeram, e abateram-se muito em seu próprio conceito; pois perceberam que
fizemos esta obra com o auxílio do nosso Deus” (6.16).
3.2.
Deus prepara uma mesa de vitória para o crente. “Preparas uma mesa perante mim
na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice
transborda” (Sl 23.5).
3.3.
Deus é glorificado. “Bendito seja o Senhor, que não nos entregou, como
presa, aos dentes deles. 7 Escapamos, como um pássaro, do laço dos
passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos” (Sl 124.6-7).
3.4. Exalta O poder do Seu
nome. “Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; seja
a tua glória sobre toda a terra” (Sl 57.5).
III.A VITÓRIA TROXE ORDEM EM JERUSALÉM
1. A última das seis tentativas de parar
a obra tinha falhado.
1.1. O término da obra causou
um certo alvoroço entre os inimigos do povo de Deus, que mandaram cartas uns
aos outros, ainda na tentativa de atemorizar o servo de Deus.
“Além disso, naqueles dias o nobres de Judá enviaram muitas cartas a
Tobias, e as cartas de Tobias vinham para eles” (Ne 6.17).
1.2.
Durante a construção do muro, várias cartas pessoais tinham sido trocadas entre
alguns nobres de Judá e Tobias. Este e seu filho Joanã tinham casado com
mulheres judias. Alguns dos nobres contavam as bondades de Tobias a Neemias e,
então, relatavam a Tobias tudo o que ficavam sabendo do governador. Com essas
cartas, eles esperavam apanhar Neemias em uma armadilha com suas próprias
palavras ou intimidá-lo.
“Também as boas ações dele contavam perante mim, e as minhas palavras
transmitiam a ele. Tobias, pois, escrevia cartas para me atemorizar” (Ne 6.19).
2. Neemias estabeleceu a ordem em
Jerusalém.
“Ora,
depois que o muro foi edificado, tendo eu assentado as portas, e havendo sido
designados os porteiros, os cantores e os levitas” (Ne 7.1).
2.1.
A obra de Deus é feita de ordem e decência. “Por esta causa te deixei em Creta,
para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está, e que em cada cidade
estabelecesses anciãos, como já te mandei” (Tt 1.5). “Mas faça-se tudo
decentemente e com ordem” (1ª Co 14.40).
3.1. Sabemos que é o Senhor é
quem guarda a cidade. “Se o Senhor não edificar
a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade,
em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1).
3.2. Uma cidade sem portas é
uma cidade sem segurança. “Ora, depois que o
muro foi edificado, tendo eu assentado as portas...” (Ne 7.1.a).
3.3.
As portas das cidades eram lugar de importância naqueles dias. “À tarde
chegaram os dois anjos a Sodoma. Ló estava sentado à porta de Sodoma e,
vendo-os, levantou-se para os receber; prostrou-se com o rosto em terra” (Gn
19.1).
“Ora,
o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, vestidos de seus trajes reais, estavam
assentados cada um no seu trono, na praça à entrada da porta de Samaria; e
todos os profetas profetizavam diante deles (1ª Rs 22.10).
“Assim me
disse o Senhor: Vai, e põe-te na porta de Benjamim, pela qual entram os reis de
Judá, e pela qual saem, como também em todas as portas de Jerusalém. E
dize-lhes: Ouvi a palavra do Senhor, vós, reis de Judá e todo o Judá, e todos
os moradores de Jerusalém, que entrais por estas portas” (Jr 17.19-20).
3.4.
Assim como a porta de nosso coração. “Eis que estou à porta e bato; se alguém
ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e
ele comigo” (Ap 3.20).
4.1. Os cantores sempre tomaram parte nas
batalhas do Senhor. “Tendo ele tomado
conselho com o povo, designou os que haviam de cantar ao Senhor e louvá-lo
vestidos de trajes santos, ao saírem diante do exército, e dizer: Dai graças ao
Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre. Ora, quando começaram a
cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de
Moabe e do monte Seir, que tinham vindo contra Judá; e foram desbaratados” (2ª
Cr 20.21-22).
“...os
cantores e os levitas” (Ne 7.1c).
4.2. O cântico
faz parte da vida daqueles que foram libertos pelo Senhor. “Também me
tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma
rocha, firmou os meus passos. Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao
nosso Deus; muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor” (Sl 40.2-3).
4.3. Na carta de Paulo aos
colossos a igreja é convidada a cantar. “A
palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e
admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais,
louvando a Deus com gratidão em vossos corações” (Cl 3.16).
IV. NEEMIAS TRABALHOU COM OBREIROS FIÉIS
1. Deus sempre escolhe os fiéis para Sua obra. “Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que
habitem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá” (Sl
101.6).
1.1. Ele testemunho de Moisés,
fiel em toda sua casa. “Mas não é assim com o
meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa” (Nm 12.7).
1.2. Através de Paulo
aprendemos que os despenseiros devem ser fiéis. “Ora,
além disso, o que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado
fiel” (1ª Co 4.2).
1.3. O ministro deve ser fiel
a seu ministério. “Dou graças àquele que me
fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu
ministério” (1ª Tm 1.12).
1.4. Neemias era feliz porque
podia contar com homens e mulheres féis. “E por
tesoureiros pus sobre os celeiros Selemias, o sacerdote, e Zadoque, o escrivão,
e Pedaías, dentre os levitas, e como ajudante deles Hanã, filho de Zacur, filho
de Matanias, porque foram achados fiéis; e se lhes encarregou de fazerem a
distribuição entre seus irmãos” (Ne 13.13).
2. A fidelidade dos cooperadores.
2.1. A fidelidade deve ser a
principal marca do homem de Deus. “Amado,
procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, especialmente para
com os estranhos” (3ª Jo 5).
2.2. Neemias escolheu seus
irmãos a cooperador porque eram fiéis. “Ao seu
lado Uziel, filho de Haraías, um dos ourives; ao lado dele Hananias, um dos
perfumistas; e fortificaram Jerusalém até o muro largo” (Ne 3.8).
“Pus Hanâni, meu irmão, e Hananias, governador do castelo, sobre
Jerusalém; pois ele era homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos” (Ne
7.2).
2.3. Somente homens fiéis
poderão fazer parte da obra de Deus. “E o que de
mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam
idôneos para também ensinarem os outros” (2ª Tm 2.2).
As expressões “fiel e temente
a Deus” revelam a integridade espiritual desses homens.
3. A fidelidade em acatar ordens.
3.1. Os nomeados por Neemias
receberam ordens expressas sobre a guarda da cidade. “E eu lhes disse: Não se abram as portas de Jerusalém até que o sol
aqueça; e enquanto os guardas estiverem nos postos se fechem e se tranquem as
portas; e designei dentre os moradores de Jerusalém guardas, cada um por seu
turno, e cada um diante da sua casa” (Ne 7.3.).
3.2. Para que tudo fosse
cumprido era necessário obediência. “É pois para
isso também que escrevi, para, por esta prova, saber se sois obedientes em
tudo” (2ª Co 2.9).
3.3. É mandamento bíblico submissão
ao superiores. “Exorta os servos a que sejam
submissos a seus senhores em tudo, sendo-lhes agradáveis, não os contradizendo”
(Tt 2.9-10).
4. A fidelidade na vigilância.
4.1. A razão das ordens de
Neemias era sua preocupação com vigilância da cidade. “Ora, a cidade era larga e grande, mas o povo dentro dela era pouco, e
ainda as casa não estavam edificadas” (Ne 7.4).
4.2. Nestas circunstância,
Jerusalém seria presa fácil dos inimigos. “Houve
uma pequena cidade em que havia poucos homens; e veio contra ela um grande rei,
e a cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras” (Ec 9.14).
4.3. O Senhor nos chamou para
vigiarmos sua obra, portanto não podemos relaxar. “Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste
vigiar uma hora”? (Mc 14.37).
CONCLUSÃO. Concluir uma obra é sinal de vitória. Quando chegamos ao
fim do projeto, ficamos satisfeito e nos sentimos vencedores. Assim sucedeu a
Neemias quando viu o término da obra de restauração dos muros de Jerusalém. Vitorioso,
ele estabelece ordens para guardar e proteger o patrimônio do povo de Deus, nos
dando, assim, grandes lições administrativas e espirituais.
O
POVO OUVE A PALAVRA DE DEUS
Neemias
8.3-5: “E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas,
desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que
podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. 4
Esdras, o escriba, ficava em pé sobre um estrado de madeira, que fizeram para
esse fim e estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Ananías,
Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum,
Hasbadana, Zacarias e Mesulão. 5 E Esdras abriu o livro à vista de todo o povo
(pois estava acima de todo o povo); e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em
pé”.
INTRODUÇÃO. Desde os dias de Moisés, o Senhor deu a Lei ao Seu
povo. Ela é um código de regras espirituais que traz, acima de tudo, ensino
sobre o relacionamento com Deus e com o nosso semelhante. Nos dias de Neemias,
a Lei trouxe renovação espiritual ao povo de Deus. Esdras, o escriba, leu,
ensinou e interpretou a Lei divina ao povo, e isto, trouxe grande alegria e
entendimento. Ainda, hoje, através da Sagradas Escrituras o crente se renova
com a Palavra de Deus.
I. O ANSEIO DO POVO PELA PALAVRA DE DEUS
I. O ANSEIO DO POVO PELA PALAVRA DE DEUS
1. Desde o Sinai, Israel passou a dar importância à
Lei do Senhor. “E te será por
sinal sobre tua mão e por memorial entre teus olhos, para que a lei do Senhor
esteja em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito.
Portanto guardarás este estatuto a seu tempo, de ano em ano” (Êx 13.9-10).
1. 1. A meditação
diária na Lei de Deus é o segredo da vitória. “Não se aparte da tua boca o
livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de
fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o
teu caminho, e serás bem sucedido” (Js 1.8).
1.2. Houve uma época que o livro fora perdido, mas ao ser encontrado e lido, trouxe mudanças espirituais. “Disse Hilquias a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E entregou o livro a Safã” (2ª Cr 34.15).
1.2. Houve uma época que o livro fora perdido, mas ao ser encontrado e lido, trouxe mudanças espirituais. “Disse Hilquias a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E entregou o livro a Safã” (2ª Cr 34.15).
1.3. A Palavra de Deus deve estar, sempre, perto de
nós. “Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo” (Sl
119.97).
2. O desejo pela
Palavra.
2.1. Após o Senhor dar descanso ao povo, houve um
grande ajuntamento na praça para receberem o livro da Lei. “Então todo o povo
se ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a
Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha
ordenado a Israel” (Ne 8.1).
2.2. Após 70 anos no cativeiro, o povo demonstrou
desejo pela Palavra de Deus. (Sl 119.17-40).
3.1. Esdras foi o portador da Lei perante todos em
Jerusalém. “E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de
homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no
primeiro dia do sétimo mês” (Ne 8.2).
3.2. Foi o
momento esperado por todos após 70 anos longe de sua pátria e sem ouvir a vós
de Deus. “Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos
a chorar, recordando-nos de Sião. Nos salgueiros que há no meio dela penduramos
as nossas harpas, pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções;
e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos
cânticos de Sião. Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra
estrangeira”? (Sl 137.1-4).
3.3. O prazer do crente deve
estar na Lei do Senhor. “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho
dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de
dia e noite” (Sl 1.1-2).
4.1. Neemias
relata o desejo do povo pela Palavra. “E leu nela diante da praça que está
fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos
homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo
estavam atentos ao livro da lei” (Ne 8.3).
4.2. A Palavra de
Deus operou gloriosamente no coração do povo. “Acharam-se as tuas palavras, e
eu as comi; e as tuas palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração;
pois levo o teu nome, ó Senhor Deus dos exércitos” (Jr 15.16).
4.3. A Palavra de Deus é um alimento para nossas
almas.
“Depois me disse: Filho do
homem, come o que achares; come este rolo, e vai, fala à casa de Israel. Então
abri a minha boca, e ele me deu a comer o rolo. E disse-me: Filho do homem, dá
de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou.
Então o comi, e era na minha boca doce como o mel” (Ez 3.1-3).
II. ESDRAS
TRAS A LEI PERANTE O POVO
1. Moisés escreveu a Lei do Senhor. “Moisés escreveu esta lei, e a entregou aos
sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca do pacto do Senhor, e a todos os
anciãos de Israel” (Dt 31.9).
1.1. O sacerdote
(escriba) era o responsável pela transcrição da Lei. “Será também que,
quando se assentar sobre o trono do seu reino, escreverá para si, num livro,
uma cópia desta lei, do exemplar que está diante dos levitas sacerdotes. E o
terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer
ao Senhor seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos,
a fim de os cumprir” (Dt 17.18-19).
1.2. Os levitas eram homens separados para o
ministério do ensino.
“Mas também para ensinar aos filhos de Israel todos os
estatutos que o Senhor lhes tem dado por intermédio de Moisés” (Lv 10.11).
“Ensinarão os teus preceitos a Jacó, e a tua lei a Israel; chegarão incenso ao
seu nariz, e porão holocausto sobre o teu altar” (Dt 33.10).
1.3. Neste ministério, eles percorriam as cidades
ensinando ao povo.
“E
com eles os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas,
Adonias, Tobias e Tobadonias e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e
Jeorão. E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor; foram
por todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo” (2º Cr 17.8-9).
1.4. Ordenou que fosse lida
no tempo e no local pelo Senhor. “Quando todo o Israel vier a comparecer
perante ao Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher, lereis esta lei diante
de todo o Israel, para todos ouvirem. Congregai o povo, homens, mulheres e
pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro das vossas portas, para que
ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir
todas as palavras desta lei; e que seus filhos que não a souberem ouçam, e
aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra
a qual estais passando o Jordão para possuir” (Dt 31.11-13).
2. A lei devia
ser ensinada e obedecida. “Guardarás, pois, os mandamentos, os estatutos e
os preceitos que eu hoje te ordeno, para os cumprires. Sucederá, pois, que, por
ouvirdes estes preceitos, e os guardardes e cumprirdes, o Senhor teu Deus te
guardará o pacto e a misericórdia que com juramento prometeu a teus pais; ele
te amará, te abençoará e te fará multiplicar; abençoará o fruto do teu ventre,
e o fruto da tua terra, o teu grão, o teu mosto e o teu azeite, a criação das
tuas vacas, e as crias dos teus rebanhos, na terra que com juramento prometeu a
teus pais te daria” (Dt 7.11-13).
2.1. O ensino é uma ordenança
divina. “Ponde, pois, estas minhas
palavras no vosso coração e na vossa alma; atá-las-eis por sinal na vossa mão,
e elas vos serão por frontais entre os vossos olhos; e ensiná-las-eis a vossos
filhos, falando delas sentados em vossas casas e andando pelo caminho, ao
deitar-vos e ao levantar-vos” (Dt 11.18-19).
2.2. Esdras leu e ensinou a
Lei, quando ajuntou o povo na praça em Jerusalém. “E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a
alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam
entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei” (Ne
8.3).
2.3. O ensino é uma ordenança de Jesus.
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos” (Mt 28.19-20).
2.4. A igreja deve perseverar no ensino da
Palavra. “E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42).
2.5. A falta do ensino leva o crente ao erro. “Jesus,
porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de
Deus” (Mt 22.29). O ensino da Palavra de Deus, faz conhecer sua posição
espiritual.
2.6. A Palavra traz alegria e comunhão entre o povo.
“Então todo o povo se foi para comer e beber, e para enviar porções, e para
fazer grande regozijo, porque tinha entendido as palavras que lhe foram
referidas” (Ne 8.12).
2.7. O ensino tem por finalidade nos ajudar a
compreender as Escrituras. “Ele respondeu: Pois como poderei entender, se
alguém não me ensinar? e rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse” (At
8.31).
2.8. Os levitas foram convocados por Deus para o
ensino. “Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o
sentido, de modo que se entendesse a leitura” (Ne 8.8).
2.9. O ensino deve ser uma das qualidades do
líder.
“É necessário,
pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante,
sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar” (1ª Tm 3.2).
III. O
ENSINO PRODUZ MUDANÇA NO OUVINTE
1. O ensino
produz quebrantamento. “E Neemias,
que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam
o povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus; não
pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei”
(Ne 8.9).
1.1. O Senhor sempre estará junto de um crente
quebrantado. “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os
contritos de espírito” (Sl 34.18).
2. O ensino
nos torna benignos.
2.1. A benignidade é a disposição para a prática do
bem. “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos
uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32).
“Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as
doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este
dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não vos entristeçais, pois a alegria
do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10).
2.2. O mandamento bíblico é que devemos socorrer os
necessitados. “Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é necessário
socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus, porquanto ele
mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber” (At 20.35).
“Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem
falta de mantimento cotidiano. E algum de vós lhes disser: Ide em paz,
aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o
corpo, que proveito há nisso”? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta
em si mesma” (Tg 2.15-17).
“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão
necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus? (1ª
Jo 3.17).
2.3. É a verdadeira religião. “A religião pura e
imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas
suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo” (Tg 1.17).
IV. A LEI DO
SENHOR PRODUZ BENÇÃOS ESPIRITUAIS
1. O homem
espiritual tem prazer na lei do Senhor.
“Porque, segundo o homem interior,
tenho prazer na lei de Deus” (Rm 7,22).
1.1. A obediência
traz bênçãos. “Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, tendo
cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor
teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra; e todas estas bênçãos
virão sobre ti e te alcançarão, se ouvires a voz do Senhor teu Deus” (Dt
28.1-2).
1.2. A Lei quando foi lida pelos levitas trouxe
grandes bênçãos ao povo. “Então todo o povo se foi para comer e beber, e para
enviar porções, e para fazer grande regozijo, porque tinha entendido as
palavras que lhe foram referidas” (Ne 8.12).
2. O Senhor
fortalece Seus povo.
2.1. Quando a quebrantamento, choro, arrependimento e
confissão, o Senhor renova Seu povo. “Portanto não vos entristeçais, pois a
alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10b).
2.2. Após o ensino, o povo se consagra ao Senhor Deus.
“E Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas
que ensinavam o povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor
vosso Deus; não pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as
palavras da lei” (Ne 8.9b.).
2.3. O povo
estava livre como um pássaro. “Escapamos, como um pássaro, do laço dos
passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos. O nosso socorro está no
nome do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 124.7-8).
3. Aquele dia foi santificado ao Senhor.
3.1. O verdadeiro dia santo é aquele que
passamos na presença do Senhor. “Os levitas,
pois, fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo;
por isso não vos entristeçais” (Ne 8.11).
3.2. A Palavra produz a verdadeira santidade em nossa
vida. “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
3.3.
Por isso devemos meditar sempre. “Bem-aventurado o homem que não anda
segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se
assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na
sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às
correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não
cai; e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3).
4. O povo entendeu a Lei.
4.1.
O Senhor Jesus deixou os dons ministeriais para o crescimento da Igreja. “E
ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas,
e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11-12).
4.2.
Esdras tinha habilidade para ensinar. “Então todo o povo se foi para comer e
beber, e para enviar porções, e para fazer grande regozijo, porque tinha
entendido as palavras que lhe foram referidas” (Ne 8.12).
4.3.
Para compreendermos a Palavra hoje, contamos com a presença do Espírito Santo.
“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito”
(Jo 14.26).
“Quando
vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade;
porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as
coisas vindouras” (Jo 16.13).
CONCLUSÃO. Em todo o tempo a Lei do Senhor é perfeita e refrigera
a alam. Através dela podemos compreender a bondade e a misericórdia do Senhor.
A Lei do Antigo Testamento nos conduziu a Cristo, que nos trouxe a lei do amor.
Mas, para que possamos entender este grande amor, precisamos estudar a Palavra.
Ela nos guiara em toda verdade para que: “até que todos cheguemos à unidade da
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida
da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13).
A
CELEBRAÇÃO DA FESTA DOS TABERNÁCULOS
Neemias 8.13-16: “Ora, no dia seguinte ajuntaram-se os cabeças das casas paternas
de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, na presença de Esdras, o escriba,
para examinarem as palavras da lei; 14 e acharam escrito na lei que o Senhor,
por intermédio de Moisés, ordenara que os filhos de Israel habitassem em
cabanas durante a festa do sétimo mês; 15 e que publicassem e fizessem passar
pregão por todas as suas cidades, e em ramos de oliveiras, de zambujeiros e de
murtas, folhas de palmeiras, e ramos de outras árvores frondosas, para fazerdes
cabanas, como está escrito. 16 Saiu, pois, o povo e trouxe os ramos; e todos
fizeram para si cabanas, cada um no eirado da sua casa, nos seus pátios, nos átrios
da casa de Deus, na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim”.
INTRODUÇÃO. As festas estabelecidas por Deus tinham por
finalidade levar o Seu povo a se aproximar do Senhor e a maioria
confraternização espiritual. Dentre todas, a festa dos tabernáculos revelava a
misericórdia divina, enquanto Israel caminhava no deserto e mostrava Seu
cuidado em preservar um povo, que havia sido eleito em Abraão. Para autenticar
o propósito divino das festas, Jesus se fez presente em todas elas durante o
tempo que esteve na terra.
I. DEUS
INSTITUIU FESTAS PARA O SEU POVO
1. Deus estabeleceu festas para
celebração. “Fala aos filhos
de Israel, e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis como santas
convocações” (Lv 23.2).
1.1.
As festas são exclusiva ao Senhor. “São estas as festas fixas do Senhor, santas
convocações, que proclamareis no seu tempo determinado” (Lv 23.4).
2. Uma oportunidade para alegrar-se em Deus.
2. Uma oportunidade para alegrar-se em Deus.
2.1.
O mandamento sobre a festa dos tabernáculos. “Nela não comerás pão levedado;
por sete dias comerás pães ázimos, pão de aflição (porquanto apressadamente
saíste da terra do Egito), para que te lembres do dia da tua saída da terra do
Egito, todos os dias da tua vida” (Dt 16.3).
2.2.
As festas judaicas ofereciam aos homens, reunirem com suas famílias. “De
ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor
dos exércitos em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias,
os dois filhos de Eli. No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar quinhões
a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas” (1º Sm 1.3-4).
2.3.
As famílias se reuniam juntas. “E na tua festa te regozijarás, tu, teu filho e
tua filha, teu servo e tua serva, e o levita, o peregrino, o órfão e a viúva
que estão dentro das tuas portas” (Dt 16.14).
2.4.
O povo de Deus é sempre alegre. “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo, regozijai- vos” (Fl 4.4).
2.5.
Uma festa de gratidão pelos benefício recebido do Senhor. “E te alegrarás por
todo o bem que o Senhor teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita,
e o estrangeiro que está no meio de ti” (Dt 26.11).
3. Uma oportunidade para estar diante do
Senhor.
3.1.
As festas judaicas oferecia aos homens, certamente com suas famílias. “De
ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor
dos exércitos em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias,
os dois filhos de Eli. No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar quinhões
a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas” (1º Sm 1.3-4).
3.2.
Uma oportunidade para estarem diante do Senhor. “Três vezes no ano todos os
teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher: na
festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não
aparecerão vazios perante o Senhor” (Dt 16.16).
3.3.
A Igreja primitiva diariamente estavam no templo.
“E,
perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam
com alegria e singeleza de coração” (At 2.46).
4. Uma oportunidade para ofertar.
4.1.
A ordenança divina era para que ninguém aparece vazio diante do Senhor. “...na
festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não
aparecerão vazios perante o Senhor” (Dt 16.16b).
4.2.
Conforme suas posses. “Cada qual
oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver
dado” (Dt 16.17).
4.3.
O ato de ofertar é mandamento divino. “Cada um contribua segundo propôs
no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao
que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a
fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa
obra” (2ª Co 9.7-8).
II. A FESTA DOS TABERNÁCULOS É UM MEMORIAL
Dentre
as três grandes festas comandadas por Deus, a Festa dos Tabernáculos é a de
maior significado profético para nós cristãos. É comemorado no décimo-quinto
dia do mês de Tishri, duas semanas
após Rosh Hashanah e, usualmente, cai
final de Setembro ou princípio de Outubro.
1. Uma festa ordenada por Deus.
“Disse
mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Desde o dia quinze
desse sétimo mês haverá a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias” (Lv
23.33-34).
1.1.
A Festa dos Tabernáculos tinha como objetivo fazer o povo se lembrar do tempo
em que morou em tendas, durante a peregrinação pelo deserto, e que Deus o
sustentou ali, após havê-lo tirado da escravidão no Egito. “Para que as vossas
gerações saibam que eu fiz habitar em tendas de ramos os filhos de Israel, quando
os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 23.43.
2. O Senhor instituiu não só a festa mas
também a data.
2.1. O que significa
pentecoste. O termo “Pentecostes” se originou a partir do grego pentēkostḗ, que significa
“quinquagésimo”, em referência aos 50 dias que se sucedem depois da Páscoa.
2.2.
No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da
páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma
de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
em outras línguas.
“Ao cumprir-se o dia de
Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um
ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam
sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam,
e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que
falassem” (At 2,1-4).
3. Uma oportunidade para sacrificar ao
Senhor.
3.1.
Nas festas instituídas por Deus, o povo tinha oportunidade para sacrificar ao
Senhor “Estas são as festas fixas do Senhor, que proclamareis como santas
convocações, para oferecer-se ao Senhor oferta queimada, holocausto e oferta de
cereais, sacrifícios e ofertas de libação, cada qual em seu dia próprio” (Lv
23.37).
3.2.
O crente no tempo da graça também sua oportunidade de sacrificar ao Senhor.
“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos
corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação
da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12.1-2).
4. Uma festa que Jesus participou.
4.1. Jesus participou das
festas judaicas. “Depois disso havia uma festa
dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 5.1).
4.2.
Na festa dos Tabernáculos. “Depois disto andava Jesus pela Galiléia;
pois não queria andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. Ora,
estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. 11 Ora, os judeus o procuravam na festa, e perguntavam:
Onde está ele”? (Jo 7.1-2, 11).
4.3.
Na festa dos Tabernáculos Jesus se manifesta a multidão. “Diziam então
alguns dos de Jerusalém: Não é este o que procuram matar? E eis que ele está
falando abertamente, e nada lhe dizem. Será que as autoridades realmente o
reconhecem como o Cristo? Entretanto sabemos donde este é; mas, quando vier o
Cristo, ninguém saberá donde ele é. Jesus, pois, levantou a voz no templo e
ensinava, dizendo: Sim, vós me conheceis, e sabeis donde sou; contudo eu não
vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não
conheceis” (Jo 7.25-28).
4.4.
Nesta festa Jesus faz um dos grandes convites a multidão. “Ora, no seu
último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se
alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do
seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7.37-38).
4.5.
O cristão também deve aproveitar as oportunidades para pregar o evangelho.
“Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta
essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho”! (1ª Co 9.16).
III. A FESTA DOS TABERNÁCULOS NOS DIAS
DE NEEMIAS
1. O povo que estava voltando do
cativeiro babilônico, pouco a pouco estavam retornando para as ordenanças
divinas concernente as festas em Israel. “E os que vieram do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze do
primeiro mês” (Ed 6.19).
1.1.
Esdras ao ler menciona o mês da comemoração da festa ordenada por pelo Senhor a
Moisés. “E acharam escrito na lei que o Senhor, por intermédio de Moisés,
ordenara que os filhos de Israel habitassem em cabanas durante a festa do sétimo
mês” (Ne 8.14).
1.2. Trouxe alegria entre o
povo. “E toda a comunidade dos que tinham
voltado do cativeiro fez cabanas, e habitaram nelas; pois não tinham feito
assim os filhos de Israel desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia.
E houve mui grande regozijo” (Ne 8.17).
2. O desejo em obedecer à Lei.
2.1.
Ouviram a Lei. “E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação,
tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com
entendimento, no primeiro dia do sétimo mês” (Ne 8.2).
2.2.
Os sacerdotes se reuniram para examinar a Lei do Senhor. “Ora, no dia seguinte
ajuntaram-se os cabeças das casas paternas de todo o povo, os sacerdotes e os
levitas, na presença de Esdras, o escriba, para examinarem as palavras da lei”
(Ne 8.13).
2.3.
O crente deve examinar a Escrituras para entender a vontade do Senhor. “Por
isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef
5.17).
3. A Lei revela a ordenança divina.
3.1.
Após examinarem as escrituras acharam o propósito divino para o povo de Deus.
“E acharam escrito na lei que o Senhor, por intermédio de Moisés, ordenara que
os filhos de Israel habitassem em cabanas durante a festa do sétimo mês” (Ne
8.14).
3.2.
Jamais podemos desprezar as Escrituras. “Porquanto, tudo que dantes foi
escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela
consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15.4).
4. Os líderes convocaram o povo para
cumprir a Lei.
4.1.
Diante da descoberta da lei, estando no sétimo mês (Ne 8.1a), os líderes de Judá
conclamaram o povo, dizendo: “E que
publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas cidades, e em ramos de
oliveiras, de zambujeiros e de murtas, folhas de palmeiras, e ramos de outras
árvores frondosas, para fazerdes cabanas, como está escrito” (Ne 8.15).
4.2. Nos dias
atuais, para cumprir com os objetivos divinos é necessário trabalhar. “Mas
que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, chegando- se ao primeiro, disse:
Filho, vai trabalhar hoje na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; mas não foi.
Chegando-se, então, ao segundo, falou-lhe de igual modo; respondeu-lhe este:
Não quero; mas depois, arrependendo-se, foi. Qual dos dois fez a vontade do
pai? Disseram eles: O segundo. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os
publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus” (Mt 21.28-31).
IV. O POVO DE DEUS FESTEJA A LIBERDADE
1. Após 70 anos distante de Jerusalém,
era o momento festivo para comemorar a liberdade. “E toda a comunidade dos que tinham voltado do
cativeiro fez cabanas, e habitaram nelas; pois não tinham feito assim os filhos
de Israel desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia. E houve mui
grande regozijo” (Ne 8.17).
1.1.
Assim como eles vivemos em intensa festividade, pois também fomos libertos do
cativeiro de Satanás. “E que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou
para o reino do seu Filho amado” (Cl 1.13).
2. Cada um teve a oportunidade de
festejar.
2.1.
Com o material nas mãos, os judeus puderam festejar, cada um no seu lugar,
cumprindo assim o mandamento do Senhor. “Saiu, pois, o povo e trouxe os ramos;
e todos fizeram para si cabanas, cada um no eirado da sua casa, nos seus
pátios, nos átrios da casa de Deus, na praça da porta das águas, e na praça da
porta de Efraim” (Ne 8.16).
2.2.
O cristão deve festejar sua vitória para que jamais esqueça das misericórdias
do Senhor. “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim
bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças
de nenhum dos seus benefícios” (Sl 103.1-2).
3. A festa trouxe renovação ao povo.
3.1. As festas do Senhor
haviam sido esquecida desde os dias de Josué. “E
toda a comunidade dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas, e habitaram
nelas; pois não tinham feito assim os filhos de Israel desde os dias de Josué,
filho de Num, até aquele dia. E houve mui grande regozijo” (Ne 8.17).
3.2. O Senhor Jesus nos
deixou uma grande festa. “E, havendo dado
graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em
memória de mim” (1ª Co11.24).
O propósito: “Fazei isto em memória de mim” (Lucas 22.19). A Ceia do Senhor é nossa oportunidade
para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a
esperança da vida eterna. A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do
nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual
os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto
preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do
evangelho (1ª Co 2.1-2) em nossas mentes.
3.3. Através dele podemos
renovar nossa aliança com Ele. “Porque todas as
vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte
do Senhor, até que ele venha” (1ª Co 11.26).
4. A lei foi lida durante a festa.
4.1. Durantes os sete dias de
festa a Palavra de Deus era lida todos os dias. “E
Esdras leu no livro da lei de Deus todos os dias, desde o primeiro até o
último; e celebraram a festa por sete dias, e no oitavo dia houve uma assembleia
solene, segundo a ordenança” (Ne 8.18).
4.2.
O crente também deve festar lendo a Palavra de Deus. “Até que todos
cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado
de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais
sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina,
pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.13-15).
CONCLUSÃO. As festas, que sempre tiveram um importante
significado na vida de Israel, foram desprezadas pelo povo de Deus. Foi preciso
um “cativeiro” para fazê-los voltar ao primeiro amor e encontrar um novo
significado espiritual para os mandamentos de Deus. Do mesmo modo, a Igreja não
pode desprezar os mandamentos do Senhor Jesus, pois eles trazem alegria e
renovação espiritual para todos nós.
O COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS
Neemias 10.28-31: “E o resto do povo, os
sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os netineus e todos os que
se tinham separado dos povos das terras para a Lei de Deus, suas mulheres, seus
filhos e suas filhas, todos os sábios e os que tinham capacidade para entender
29 firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram
num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo
ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os
mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos; 30 e
que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas
deles para os nossos filhos; 31e de que, trazendo os povos da terra no dia de
sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada tomaríamos deles no
sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano sétimo e toda e
qualquer cobrança.
INTRODUÇÃO. Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor e Salvador, comprometemo-nos
diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não há possibilidade alguma de
dizermos que somos seus seguidores sem vivê-los. Israel descobriu, após muito
sofrimento, que se tivesse guardado a Lei, o povo não terminaria no cativeiro,
as cidades não teriam sido devastadas e os muros não necessitariam de
reconstrução. Quando pautamos nossa vida nas Sagradas Escrituras, naturalmente
passamos a ter comunhão com o Senhor e a Sua boa mão permanece sobre nós. O
avivamento experimentado pelo povo de Deus, fez com que os israelitas
assumissem um compromisso de obedecer ao Senhor e à Sua Palavra.
I.
DEUS INSTITUIU TRÊS GRANDES ALIANÇA
1.
Desde que o Senhor criou o homem, Deus fez várias alianças para estabelecer
propósitos.
1.1.
Aliança com Abraão. “Estabelecerei
o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, como
pacto perpétuo, para te ser por Deus a ti e à tua descendência depois de ti.
Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações,
toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus” (Gn 17.7-8).
Desde a chamada de Abraão, Deus fez uma aliança com
Seu povo. Nela estava incluso todo um propósito de estabelecer Israel, como
nação, na terra. Apesar dos fracassos do povo de Deus a aliança foi mantida.
Ela se tornou parte de Israel. Ao restaurar Seu povo do cativeiro reconduzi-los
à Jerusalém, o Senhor manteve Sua aliança e esperou que Israel fizesse a sua
parte. O povo fez, e uma nova oportunidade surgiu na vida daqueles que,
sinceramente, buscavam o concerto do Senhor.
1.2. Aliança com Noé. “Sim, estabeleço o meu pacto convosco; não será mais
destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio, para
destruir a terra” (Gn 9.11).
1.3. Aliança em Horebe. “Também tomou o livro do pacto e o leu perante o povo;
e o povo disse: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos”
(Êx 24.7).
1.4. Aliança com Cristo. “Pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é
derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26.28).
II.
A ALIANÇA NOS DIAS DE NEEMIAS
1.
Um concerto com Deus. Após a
restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e
profundo avivamento, levando-os a firmar o solene compromisso de obedecer
rigorosamente a Palavra de Deus. “E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e
o escrevemos” (Ne 9.38).
2.
Os líderes como exemplo - (Ne 10.28-29). Nesse
concerto, os líderes judaicos portaram-se exemplarmente e foram admirados pelo
povo. Quando o obreiro age com fidelidade e amor, todos o seguem com alegria e
obedecem, com júbilo, o que Deus nos ordena em Sua Palavra.
2.1. Liderança é, acima de tudo, caráter e
exemplo. “Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles
e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de
revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas
espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa
vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de
exemplo ao rebanho” (1ª Pe 5.1-3).
Sem
tais quesitos, os resultados são deploráveis.
III.
OBEDECENDO A PALAVRA DE DEUS
1.
A instrução das Escrituras. “Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e
deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura” (Ne 8.8).
1.1. Humilharam-se e arrependeram diante do
Senhor com jejuns e sacos. “Ora, no dia
vinte e quatro desse mês, se ajuntaram os filhos de Israel em jejum, vestidos
de sacos e com terra sobre as cabeças” (Ne 9.1).
1.2.
Sob a liderança de Neemias, o povo, seguindo o exemplo de seus líderes, assumiu
o compromisso de observar integralmente a Lei de Deus. “Firmemente aderiram a
seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram num anátema e num
juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de
Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do
Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos” (10.29).
É
urgente romper com o estilo de vida deste presente século e assumir, com temor
e tremor, o que nos prescreve o Livro dos livros.
“A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento
aos simples” (Sl 119.130).
O
progresso da família, da Igreja ou da nação depende fundamentalmente da
observância da Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é o guia seguro e infalível
que nos conduz a uma vida vitoriosa e abundante.
1.3. A exposição da Palavra traz esperança. “E achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste com ele o pacto de que darias à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e tu cumpriste as tuas palavras, pois és justo. Também viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste o seu clamor junto ao Mar Vermelho” (Ne 9.7-8).
1.3. A exposição da Palavra traz esperança. “E achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste com ele o pacto de que darias à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e tu cumpriste as tuas palavras, pois és justo. Também viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste o seu clamor junto ao Mar Vermelho” (Ne 9.7-8).
IV.
O CUIDADO COM O TEMPLO DO SENHOR
1.
O Templo. Os israelitas amavam o
Santo Templo, pois era o lugar em que adoravam ao Senhor. Por causa disso,
comprometeram-se a ofertar, voluntária e regularmente, os “dízimos da terra”
para a manutenção do culto divino (Ne 10.32-38).
1.1.
Para os israelitas, servir a Deus naquele santuário era um ato de indizível
ventura. Infelizmente, muitos já não sentem alegria de estar na casa de Deus. A
Bíblia, porém, exorta-nos a que não deixemos “a nossa congregação, como é
costume de alguns” (Hb 10.25).
1.2.
O salmista sentia alegria enquanto se encaminhava ao santuário divino.
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).
2. A
manutenção da casa do Senhor.
2.1.
O Sacerdócio fora uma instituição divina. “Depois
farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de
Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe e
Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão” (Êx 28.1).
2.2.
Nos dias de Neemias o povo havia negligência com suas contribuições. “Pois os filhos de Israel e os filhos de Levi devem
trazer ofertas alçadas dos cereais, do mosto e do azeite para aquelas câmaras,
em que estão os utensílios do santuário, como também os sacerdotes que
ministram, e os porteiros, e os cantores; e assim não negligenciarmos a casa do
nosso Deus” (Ne 10.39).
2.3.
A Bíblia ensina que aquele que nos abençoa, deve ser também ser abençoado por
nós. “E o que está sendo instruído na palavra,
faça participante em todas as boas coisas aquele que o instrui” (Gl
6.6.).
2.4.
Não podemos desamparar a obra de Deus. “Porque a
ministração deste serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também
transborda em muitas ações de graças a Deus” (2ª Co 9.12).
2.5. A contribuição para Casa de Deus é uma
ordenança divina! “Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada
ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus; para os
pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo
holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as
coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel,
e para toda a obra da Casa do nosso Deus” (Ne 10.32-34).
Em
virtude do concerto estabelecido entre Deus e o seu povo, os judeus, sob a
liderança de Neemias, restauraram a contribuição para a manutenção da Casa do
Senhor no valor de “um terço de um siclo” – quatro gramas de prata. As ofertas
eram trazidas com alegria aos oficiantes do culto. Os crentes verdadeiramente
avivados tudo fazem com júbilo, porque desejam agradara Deus em todas as
coisas. Como estamos adorando a Deus?
Após o concerto, os israelitas
comprometeram-se a ofertar para a Casa do Senhor e manter a pureza do culto
divino.
3.
O dia de adoração.
1. Sábado. “E de que, trazendo os povos da terra no dia de
sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada tomaríamos deles no
sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano sétimo e toda e
qualquer cobrança (10.31).
No
Antigo Testamento, os judeus santificavam o sábado como o dia de adoração ao
Senhor. Uns vendilhões e mercadores, porém, desprezando a lei divina, expunham
suas mercadorias, nos portais de Jerusalém, exatamente nesse dia. Assim,
desviavam os judeus de sua devoção a Deus. A fim de manter a pureza do culto
divino, Neemias viu-se obrigado a tomar sérias medidas, proibindo qualquer
comércio no dia de culto. Ele mandou
que as portas da cidade fossem fechadas nesse dia. Isso agradou a DEUS e levou
o povo a total consagração a DEUS.
Temos
nós reservado, pelo menos um dia na semana, para cultuarmos ao Senhor? Sejamos
mais assíduos à Escola Dominical, aos cultos de ensino e aos demais trabalhos
da Igreja. Que jamais desprezemos o culto divino.
CONCLUSÃO. Quando o povo de
Deus, avivado por Sua Palavra, compromete-se com os supremos negócios de seu
Reino, a Igreja desdobra-se em adoração e serviços, para que o Evangelho chegue
aos confins da terra. Os crentes, então, passam a contribuir e a testemunhar
com amor e intenso júbilo, porque sabem que “Deus ama ao que dá com alegria”
(2ª Co 9.7). Sem avivamento não pode haver verdadeira adoração. Aviva, ó
Senhor, a tua obra.
A ORGANIZAÇÃO DO
SERVIÇO RELIGIOSO
Neemias 12.27-31,43: “E, na dedicação dos muros de Jerusalém,
buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de
fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas. 28
E se ajuntaram os filhos dos cantores,
tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa, 29
como também da casa de Gilgal e dos
campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias
nos arredores de Jerusalém. 30 E
purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as
portas, e o muro. 31 Então, fiz
subir os príncipes de Judá sobre o muro e ordenei dois grandes coros e
procissões, sendo um à mão direita sobre o muro da banda da Porta do Monturo. 43
E sacrificaram, no mesmo dia, grandes
sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até
as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se
ouviu até de longe”.
INTRODUÇÃO. A dedicação dos muros é o
tema central de Neemias 12. Neemias não somente restaurou os muros e as portas
de Jerusalém, como restabeleceu o ministério levítico.
Depois de
terem se mudado para a cidade, os cidadãos decidiram dedicar esse projeto a
Deus. No entanto, encontramos muito mais do que isso. Encontramos pessoas cujos
corações estavam realmente felizes. Mesmo cheio de incertezas quanto ao futuro,
mesmo que tivessem que pedir ajuda financeira para construir suas casas, eles
realmente estavam alegres, porque os seus olhos estavam no Senhor. A celebração
foi marcada pela alegria, louvor e cânticos em ações de graças ao Senhor (Ne
12.24,27). Em sua infinita misericórdia, Deus transformou em regozijo o lamento
de seu povo. Assim, puderam os sacerdotes reiniciar suas atividades na festa de
dedicação dos muros.
I. OS
SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL
1. Os que
vieram com Zorobabel. “Ora, estes são os
sacerdotes e os levitas que subiram com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com
Jesuá: Seraías, Jeremias, Esdras” (Ne 12.1).
No início do
capítulo 12 de Neemias tem uma relação dos sacerdotes que vieram a Jerusalém
juntamente com Zorobabel. Como se sabe, foi esse abnegado servo de Deus quem
liderou o primeiro grupo de exilados judeus que, autorizados por Ciro, o Grande,
deixou a Babilônia rumo à Cidade Santa. Zorobabel incentivou a reconstrução do
Templo e restabeleceu a adoração a Deus. Sem tais ações, a restauração de
Jerusalém seria impossível. Observe: só foram admitidos como ministros do altar
os que puderam comprovar a sua ascendência levítica. Isso nos ensina que o
ministério cristão deve ser exercido por aqueles que realmente foram chamados
por Deus.
2. O
ministério sacerdotal.
2.1. Os levitas são os sacerdotes de Israel. Esse
papel começou com Arão e seus quatro filhos, enquanto o povo andava pelo
deserto. Em seguida a função sacerdotal, visto que eles eram dessa tribo,
passou aos levitas (Nm 3.5-10).
2.2. Sua
missão. Os sacerdotes tinham como missão representar o povo diante de Deus. Portanto,
deveriam eles, ser santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens (Lv
21.16-21).
2.3. Todo
sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote. Várias eram as suas
funções: tornar possível a mediação entre o povo e Deus, fazer a expiação pelos
pecados da nação, ensinar a Lei de Deus, queimar incenso e cuidar do castiçal e
da mesa dos pães da proposição (Lv 10.11; Ez 44.23).
3. O
ministério dos levitas.
3.1. O Ministério dos levitas em detalhes encontramos descrito no livro
de primeiro Crônicas capítulo 6. (Os cantores, Hemã, Asafe e Etã, e filhos,
encarregados por Davi da música do templo (1º Cr 6,16ss).
3.2. Eram os descendentes de Levi os
responsáveis pelos cultos de adoração a Deus. Somente os levitas estavam
autorizados pelo Senhor a servir no Tabernáculo. Eles tinham como função
primordial ensinar a Palavra de Deus e como se deve adorá-lo (Dt 33.10). 3.3. Exímios
músicos que eram, eles requeriam que o seu ministério fosse plenamente
restaurado, a fim de participarem do culto de dedicação dos muros de Jerusalém.
Consciente dessa urgência, Neemias restabeleceu-os de imediato em suas várias
funções. Senhor, ajuda-nos a ser mais zelosos para com as coisas que nos
confiaste.
II. A
DEDICAÇÃO DOS MUROS
1. Uma
grande festa espiritual aconteceu na dedicação dos muros de Jerusalém. Aquela
inauguração foi celebrada com música, louvores ao Criador.
1.1. A participação dos levitas.
“E, na
dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares,
para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto,
saltérios, alaúdes e harpas” (Ne 12.27).
1.2. Era
imprescindível a presença dos levitas na realização dos sacrifícios e na
condução do culto ao Senhor. Afinal, eles eram os responsáveis pela adoração
divina. O que aprendemos nesse ponto? Os obreiros têm hoje uma grande
responsabilidade diante de Deus: levar o povo a adorá-lo na beleza de sua
santidade.
2. A
participação dos cantores.
2.1. A dedicação dos muros foi um tempo precioso para
louvar a Deus. Neemias organizou dois corais para caminhar em sentidos opostos
por cima dos muros até que os dois se encontrassem no templo. “E se
ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém
como das aldeias de Netofa, como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá
e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores
de Jerusalém” (Ne 12.28-29).
2.2. Na
dedicação dos muros de Jerusalém, fazia-se obrigatória a apresentação de
cânticos de adoração e louvor a Deus. Por isso, Neemias reuniu os 148 cantores
que descendiam de Asafe (Ne 7.44) e mais 245 que procediam de outras famílias
levíticas (Ne 7.67), para que bendissessem ao Senhor. Que importância damos à
verdadeira música sacra no culto divino? Que as nossas orquestras e corais
sejam assíduos na adoração a Deus.
2.3. Devemos celebrar louvores a Deus pelas
nossas vitórias. “Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no
firmamento do seu poder! Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme
a excelência da sua grandeza! Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com
saltério e com harpa! Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com
instrumentos de cordas e com flauta! Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o
com címbalos altissonantes! Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao
Senhor”! (Sl 150.1-6).
2.4. Devemos celebrar louvores a Deus com união
entre os irmãos. “Naquele dia ofereceram grandes
sacrifícios, e se alegraram, pois Deus lhes dera motivo de grande alegria;
também as mulheres e as crianças se alegraram, de modo que o júbilo de
Jerusalém se fez ouvir longe” (12.43).
2.5. Devemos celebrar
louvores a Deus com grande alegria. “Disse-lhes
mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não
têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor.
Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne
8.10).
“Louvai a Deus com brados de
júbilo, todas as terras. Cantai a glória do seu nome, dai glória em seu louvor”
(Sl 66.1-2).
2.6. Devemos
celebrar louvores a Deus com vida pura. “E
purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as
portas, e o muro” (12.30).
2.7. Devemos celebrar louvores a Deus
com muita ordem e arte (Ne 12.8,9,24,27,36,42).
Os levitas
eram encarregados de celebrar. Dentre eles havia os cantores, os músicos,
netofatitas (compositores – 12.8) bem como regente.
A palavra netofatita
no hebraico, significa gotejante ou destilar como gotas. Isso significa falar
por inspiração, ou seja, eles eram poetas e compositores.
2.8. Devemos celebrar louvores a Deus com a fidelidade
de nossas ofertas. “No mesmo dia foram nomeados homens sobre as câmaras do
tesouro para as ofertas alçadas, as primícias e os dízimos, para nelas
recolherem, dos campos, das cidades, os quinhões designados pela lei para os
sacerdotes e para os levitas; pois Judá se alegrava por estarem os sacerdotes e
os levitas no seu posto, observando os preceitos do seu Deus, e os da
purificação, como também o fizeram os cantores e porteiros, conforme a ordem de
Davi e de seu filho Salomão. Pois desde a antiguidade, já nos dias de Davi e de
Asafe, havia um chefe dos cantores, e havia cânticos de louvor e de ação de
graça a Deus. Pelo que todo o Israel, nos dias de Zorobabel e nos dias de
Neemias, dava aos cantores e aos porteiros as suas porções destinadas aos
levitas, e os levitas separavam as porções destinadas aos filhos de Arão”
(12.44-47).
3. A
purificação dos sacerdotes e do povo.
3.1. Deus exigiu consagração do povo para
entrar na terra prometida. “Disse Josué
também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio
de vós” (Js 3.5).
3.2. Neemias sabia que sem preparação
espiritual o Senhor não abençoaria. “E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o
povo, e as portas, e o muro” (Ne 12.30).
3.3. O Senhor exige consagração para Sua obra.
“Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela,
purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor” (Is 52.11).
3.4. A fim de continuar a celebração dos muros, o coração
tinha que ser preparado. Da mesma forma, precisamos nos lembrar de que, antes
de ministrar aos outros, nossos corações devem estar limpos diante de Deus.
Santidade precede felicidade. “Assim,
pois, importa que os homens nos considerem como ministros de CRISTO, e
despenseiros dos mistérios de DEUS” (1ª Co 4.1).
3.5. Como os
filhos de Levi estavam à frente das solenidades da dedicação dos muros de
Jerusalém, requeria-se fossem eles um exemplo de pureza e santidade. Caso
contrário, como poderiam eles purificar o povo? Mas, como agiam fielmente, os
levitas purificaram os demais judeus para que ninguém ficasse de fora daquela
ocasião tão especial (Ne 12.30b).
3.6. Que
ninguém se esqueça da ordenação divina. “Fidelíssimos são os teus testemunhos;
à tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre” (Sl 93.5).
De que valem
as circunstâncias e pompas do culto se os adoradores acham-se distantes de Deus
e comprometidos com o mundo? Não agia assim o Israel do Antigo Testamento?
Ouçamos o que diz o Senhor por intermédio de Isaías: “Este povo se aproxima de
mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está
longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens,
que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).
É urgente, pois,
que adoremos a Deus não apenas com os lábios, mas principalmente com o coração.
É também chegado o momento de se ensinar aos crentes o valor e a atualidade da
doutrina da santificação; sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). É da
vontade de Deus, pois, que todos os seus adoradores sejam santos (1ª Ts 4.3).
III.
CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA
1. A
dedicação dos muros de Jerusalém trouxe grande alegria ao povo.
1.1. A festa de dedicação. “Naquele dia ofereceram grandes sacrifícios, e se
alegraram, pois Deus lhes dera motivo de grande alegria; também as mulheres e
as crianças se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se fez ouvir longe”
(12.43).
1.2. O povo
participou da festa. “A outra companhia dos que
davam graças foi para a esquerda, seguindo-os eu com a metade do povo, sobre o
muro, passando pela torre dos fornos até a muralha larga” (12.38).
Neemias,
então, determinou que fossem organizados dois grandes cortejos, dos quais
participariam os levitas, os cantores e os príncipes de Judá (Ne 12.27-43). Um
cortejo foi liderado por Esdras; o outro, por Neemias. Os grupos, embora
caminhassem em direções opostas, encontrar-se-iam no Santo Templo. Ali,
finalmente, foi realizado o grande culto em ação de graças a Deus. Como estamos
adorando a Deus? Damos-lhe a devida honra?
2. Uma
liturgia santa.
2.1. Neemias
teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus
ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente. O salmista adverte-nos.
“Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores
da terra” (Sl 96.9).
2.2. Não
podemos nos achegar à presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e
exige santidade do seu povo. Não podemos transformar o culto divino num
espetáculo deprimente.
3. Os sacrifícios
(v.43).
3.1. O
sacrifícios sempre fez parte do ritual de dedicação. “E todos os animais para sacrifício das ofertas pacíficas foram vinte e
quatro novilhos, sessenta carneiros, sessenta bodes, e sessenta cordeiros de um
ano. Esta foi a oferta dedicatória do altar depois que foi ungido” (Nm 7.88).
3.2. Nos dias de
Salomão um grande holocausto se fez ao Senhor. “Então o rei e todo o
Israel com ele ofereceram sacrifícios perante o Senhor. 63 Ora, Salomão deu,
para o sacrifício pacífico que ofereceu ao Senhor, vinte e dois mil bois e
cento e vinte mil ovelhas. Assim o rei e todos os filhos de Israel consagraram
a casa do Senhor” (1ª Rs 8.62-63).
3.3. Na
consagração do templo foram oferecidos muitos sacrifícios a Deus. “Naquele dia ofereceram grandes sacrifícios, e se
alegraram, pois Deus lhes dera motivo de grande alegria; também as mulheres e
as crianças se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se fez ouvir longe”
(Ne 12.43).
3.4. Os judeus
reconheceram os benefícios do Senhor e demonstraram o desejo de adorá-lo em santidade
e pureza. “Adorai o SENHOR na beleza da sua
santidade; tremei diante dele, todas as terras” (Sl 29.2).
3.5. Na Nova
Aliança, não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais ao Senhor.
Todavia, devemos apresentar-nos a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável
que é o nosso culto racional (Rm 12.1). Dediquemos-lhe, pois,
incondicionalmente nossa vida por tudo que Ele é e tem feito por nós.
O povo de Israel adorou e bendisse o nome do
Senhor na festa de dedicação dos muros.
CONCLUSÃO. Ensina-nos a vida de Neemias que
devemos ser gratos a Deus por todas as bênçãos que d’Ele temos recebido. Assim
como fez Neemias, cultuemos ao Senhor reverentemente. O culto e a adoração a
Deus não podem ser feitos de qualquer maneira. Que o nosso culto, por
conseguinte, seja dirigido com decência e ordem (1ª Co 14.40).
O
EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR
Neemias 13.1-8: “Naquele dia, leu-se no
livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e
os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus, 2 porquanto não tinham saído
ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; antes, assalariaram contra
eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda que o nosso Deus converteu a maldição
em bênção. 3 Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda
mistura. 4 Ora, antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da
Casa do nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias; 5 e fizera-lhe uma câmara
grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares, o incenso, os utensílios
e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, e
cantores, e porteiros, como também a oferta alçada para os sacerdotes. 6 Mas, durante tudo isso,
não estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de
Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de alguns dias, tornei a alcançar
licença do rei. 7 E vim a Jerusalém e compreendi o mal que Eliasibe fizera para
beneficiar a Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos pátios da Casa de Deus, 8 o que muito me desagradou;
de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara”.
INTRODUÇÃO. No capítulo 13 de Neemias
nos mostra que a vida cristã não termina após uma vitória. Muitos fracassam por
imaginar o contrário. Após vencerem uma batalha, concluem que a guerra
terminou. O que não deveria acontecer com o povo de Deus, ou seja, a quebra de
promessas que haviam sido feitas a Deus, ocorreu.
Neemias
descobriu que o fogo da devoção havia se apagado em Jerusalém. Seu primeiro
mandato como governador durou onze anos e meio, depois dos quais voltou ao
palácio a fim de dar seu relatório ao rei. É provável que tenha permanecido na
Babilônia por doze anos. Porém, quando voltou a Jerusalém, descobriu que a
situação se deteriorara drasticamente, pois o povo não cumprira os votos que
havia feito (Ne 10).
I.
A AMEAÇA DO ECUMENISMO
1.
Uma mistura proibida por Deus.
“Naquele dia, leu-se no
livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e
os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus, 2 porquanto não tinham saído
ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; antes, assalariaram contra
eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda que o nosso Deus converteu a maldição
em bênção” (vs.
1-2).
1.1. A proibição
de Deus não é racial, mas religiosa. Os amonitas e moabitas adoravam outros
deuses. Eles não só foram hostis ao povo de Deus, mas contrataram um profeta
amante do dinheiro para amaldiçoar o povo de Deus (v. 1).
1.2. A
tolerância com o mal foi a causa da quebra da aliança firmada. O sacerdote
Eliasibe que sempre fora um opositor velado, com a ausência de Neemias por 12
anos, abusivamente usa seu posto para desviar o povo de Deus. “4 Ora, antes disso,
Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do nosso Deus, se
tinha aparentado com Tobias” (v. 4).
1.3. Rute era
moabita, mas ao converter-se foi aceita no meio do povo e tornou-se da linhagem
do Messias. Mas aqui, o caso é diferente. A mistura com aqueles que adoram
outros deuses corrompe a teologia, o culto e a moral.
2.
Um afastamento necessário.
“Sucedeu, pois, que,
ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura” (v. 3).
2.1. Deus
nunca ordenou o seu povo a se unir com os pagãos com o fim de ganhá-los. A
ordem de Deus é sempre: Retirai-vos do meio deles…” (2º Co 6.17); 2)
“Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices de seus pecados e para
não participardes de seus flagelos” (Ap 18.4).
2.2. A Palavra
traz santificação. O v. 3 diz que o povo ao ouvir a Palavra de Deus apartou de
Israel todo elemento misto.
2.3. Foi a
leitura pública das Escrituras que tornou Israel consciente das suas obrigações
diante de Deus como seu povo.
2.4. Há muita
coisa do mundo entrando na igreja que precisa ser tirado. “Procurei a igreja e
a encontrei no mundo; procurei o mundo e o achei na igreja”.
2.5. Existem
doutrinas falsas entrando nos seminários, nos púlpitos, nas igrejas.
II.
A PROFANAÇÃO DA CASA DE DEUS
1.
A família sacerdotal se une aos inimigos de Deus.
1.1. Eliasibe,
o sacerdote se aparenta com Tobias, o amonita. Ele se torna aliado do inimigo.
Ele faz aliança com o próprio adversário. Ele corrompe o sacerdócio. “Ora, antes disso,
Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do nosso Deus, se
tinha aparentado com Tobias” (v. 4).
1.2. O neto do
sacerdote tornou-se genro de Sambalá, o arqui-inimigo de Israel. “Também um dos filhos de Joiada, filho do sumo
sacerdote Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de
mim” (v. 28).
1.3. Formaram
uma aliança espúria, perigosa. Quando Neemias expulsou esse sacerdote, diz
Flávio Josefo que, Sambalá construiu para ele um templo em Gerisim, e aí
começou o culto pagão dos Samaritanos.
2.
A família sacerdotal leva o inimigo para dentro da Casa de Deus.
“E fizera-lhe uma câmara
grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares, o incenso, os utensílios
e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, e
cantores, e porteiros, como também a oferta alçada para os sacerdotes” (v. 5).
2.1. Se não
bastasse o parentesco com o inimigo, agora, Eliasibe leva Tobias para dentro do
templo. Ele põe o inimigo dentro da Casa de Deus. Certamente ele substitui os
sacerdotes e levitas que cuidavam da Casa de Deus, por um homem vil, que
perseguira tão tenazmente o povo de Deus.
2.2. Não há
maior corrupção do que essa de tirar da Casa de Deus os obreiros fiéis e
colocar no lugar, o próprio inimigo.
2.3. Eliasibe,
um líder que aproveita a ausência de Neemias para destruir a obra de Deus. “Mas, durante tudo isso,
não estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de
Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de alguns dias, tornei a alcançar
licença do rei” (v. 6).
Eliasibe era o
grande líder religioso, mas em vez de usar sua influência para abençoar o povo,
usou-a para minar a sua fé.
3.
A família sacerdotal beneficia o próprio inimigo, e contamina a Casa de Deus.
3.1. Eliasibe
fez uma câmara grande para Tobias exatamente no lugar onde eram depositados os
dízimos e ofertas para os sacerdotes, levitas e cantores. “E lhe fizera uma câmara grande, onde dantes se
recolhiam as ofertas de cereais, o incenso, os utensílios, os dízimos dos
cereais, do mosto e do azeite, que eram dados por ordenança aos levitas, aos
cantores e aos porteiros, como também as ofertas alçadas para os sacerdotes
(v. 5).
3.2. Neemias
diz que ele fizera isso para beneficiar Tobias. “E
vim a Jerusalém; e soube do mal que Eliasibe fizera em servir a Tobias,
preparando-lhe uma câmara nos átrios da casa de Deus” (v.7).
3.3. Os dízimos
e as ofertas para o sacerdócio tiveram outro destino. “Também soube que os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira
que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para
o seu campo” (v. 10).
O v. 10 nos
informa que os obreiros da Casa de Deus, por falta de sustento, precisaram
fugir para os campos e o inimigo instalou-se dentro da Casa de Deus e a
profanou. O verbo fugir indica fugir por perseguição. Quantos obreiro hoje, tem
fugido para os campos por cauda da perseguição!
3.4. A
corrupção religiosa é mais ignominiosa. A parcialidade já é um grave pecado,
mas o favorecimento daqueles que são inimigos do povo de Deus é uma declarada
apostasia.
4.
Atitudes de Neemias para corrigir essa profanação da Casa de Deus.
“Isso muito me desagradou; pelo que lancei todos os
móveis da casa de Tobias fora da câmara. Então,
por minha ordem purificaram as câmaras; e tornei a trazer para ali os
utensílios da casa de Deus, juntamente com as ofertas de cereais e o incenso”
(vs. 8-9).
4.1. Sentiu
grande indignação. “Isso muito me desagradou...
(v. 8a). Neemias era um homem capaz de chorar e também de sentir grande
indignação. Ele não era condescendente com o pecado. Ele irou-se contra aquele
terrível mal.
4.2. Lançou
fora todos os móveis de Tobias. Há coisas que são impróprias dentro da Casa de
Deus. Neemias fez uma faxina na Casa de Deus. O inimigo deve sair e também tudo
aquilo que lhe pertence.
4.3. Purificou
as câmaras da Casa de Deus. A Casa de Deus precisa ser um lugar consagrado, exclusivo
para o serviço de Deus.
4.4. Mandou
trazer de volta os utensílios e as ofertas. Os objetos sagrados precisam estar
na Casa de Deus. As ofertas retidas precisam ser novamente trazidas.
III.
A DISPERSÃO DOS OBREIROS DE DEUS
1.
Quando a igreja deixa de cumprir o seu papel, as contribuições são retidas.
“Também soube que os quinhões dos levitas não se lhes
davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham
fugido cada um para o seu campo” (v. 10).
1.1. O
sacerdócio estava corrompido. As contribuições estavam sustentando Tobias e não
os obreiros de Deus. Então, os sacerdotes, levitas e cantores deixaram o seu
posto e o povo reteu os dízimos e as ofertas.
1.2. Esse
tempo vivido por Neemias em sua segunda visita a Jerusalém é praticamente o
mesmo do tempo do profeta Malaquias. O povo antes do cativeiro trazia o dízimo
para subornar a Deus; agora, ostensivamente, eles o retém para roubar a Deus.
1.3. A
retenção do dízimo é desamparar a Casa de Deus (Ne 10.39).
Malaquias
alertou os sacerdotes para esse problema nesse tempo: reter o dízimo e
administrar o dízimo.
2.
Quando a igreja retém as contribuições e as ofertas, os obreiros se ocupam com
outras atividades.
“....de maneira que os levitas e os cantores, que
faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo” (v. 10b).
2.1. O projeto
de Deus é que os sacerdotes e levitas trabalhassem integralmente na sua obra.
Eles deviam cuidar exclusivamente das coisas de Deus. Mas, com a retenção do
sustento, eles foram para os campos e a Casa de Deus foi desamparada.
2.2. Com a falta de ensino da Palavra o povo entregou-se a uma vida espiritual frágil e a um grande declínio moral.
3. Quando os obreiros de Deus voltam a abraçar a vocação divina, o povo responde com fidelidade em suas contribuições financeiras.
2.2. Com a falta de ensino da Palavra o povo entregou-se a uma vida espiritual frágil e a um grande declínio moral.
3. Quando os obreiros de Deus voltam a abraçar a vocação divina, o povo responde com fidelidade em suas contribuições financeiras.
“Então contendi com os magistrados e disse: Por
que se abandonou a casa de Deus? Eu, pois, ajuntei os levitas e os cantores e
os restaurei no seu posto. Então todo o Judá trouxe para os celeiros os dízimos
dos cereais, do mosto e do azeite” (vs.11-12).
Neemias
contendeu com os magistrados. Eles deixaram de agir, eles foram frouxos na
liderança, permitindo a corrupção do sacerdócio e a dispersão dos obreiros.
4.
A administração financeira na igreja precisa ser feita com integridade e transparência.
“E por tesoureiros pus sobre os celeiros Selemias, o
sacerdote, e Zadoque, o escrivão, e Pedaías, dentre os levitas, e como ajudante
deles Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, porque foram achados fiéis; e se
lhes encarregou de fazerem a distribuição entre seus irmãos” (v. 13).
4.1. Neemias é
um homem íntegro. E ele entende que as coisas de Deus precisam ser tratadas com
seriedade, integridade e transparência. Ele nomeia pessoas fiéis para cuidar
dos dízimos e ofertas na Casa de Deus.
4.2. Hoje,
muitas igreja lidam com dinheiro de forma suspeita. “Irmãos, sede imitadores meus e observai
os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Pois muitos andam
entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até
chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o
deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se
preocupam com as coisas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde
também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fl 3.17.20).
[...] Há
igrejas que se tronaram empresas comerciais. Estão mercadejado a Palavra de
Deus e transformam o Evangelho de Jesus em objeto de liquidação. Vende às
pessoas um lugar no céu; não tem nenhum escrúpulo de cobrar quantias vultosas
por uma oração de libertação e cura. Negociam com os carismas de Deus, dizendo
estarem incentivando a fé. De acordo com o apóstolo Paulo, os que agem assim se
tornam inimigos da cruz de Cristo, porquanto o seu Deus é o ventre e a sua
glória é a vergonha (Fp 3.18-19). [PAULO CÉZAR LIMA. Separando o Verdadeiro do
Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, Pg. 90. Editora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ.
4.3. Zelo pelos recursos da igreja. As
finanças da igreja local devem ser empregadas com fidelidade, sabedoria e transparência
na expansão do Reino de Deus e no socorro aos mais necessitados. Tomando o
exemplo de Neemias, administremos os bens que os santos consagram a Deus com
lisura e temor (Pv 1.7). Menos do que isso, repito, é inaceitável.
IV.
A PROFANAÇÃO DO DIA DO SENHOR
1. O líder deve estar atento ao povo. “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem
dos teus rebanhos” (Pv 27.23).
1.1.
Procurando ver como procedem. “Naqueles dias vi
em Judá homens que pisavam lugares no sábado, e traziam molhos, que carregavam
sobre jumentos; vi também vinho, uvas e figos, e toda sorte de cargas, que eles
traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles quanto ao dia em
que estavam vendendo mantimentos” (Ne 13.15).
1.2. Neemias
viu o erro do povo, pois estavam desviando do mandamento da Lei. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar
(Êx 20.8).
1.3. O líder é
o responsável peal ordem na casa de Deus. “Por
esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o
está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei”
(Tt 1.5).
2.
Neemias viu que o povo havia quebrado aliança do dia do Senhor e a consequente
profanação do culto foi uma das fortes causas da queda de Judá.
2.1. O sábado
foi dado como descanso. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis
dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do
Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem
tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
estrangeiro que está dentro das tuas portas” (Êx 20-8-10).
2.2. Era
expressamente proibido trabalhar no sábado (Êx 35.3; Nm 15.32).
2.3. O sábado
foi separado como santo (Êx 16.23-29; 20.10-11; 31.17).
2.4. A guarda
do sábado era um sinal entre o Deus que guarda a aliança e o seu povo (Ez
20.12,20).
3.
O sábado estava sendo profanado.
3.1. O trabalho e o comércio no
dia do Senhor é visto como um mal. “Naqueles dias vi em Judá
homens que pisavam lugares no sábado, e traziam molhos, que carregavam sobre
jumentos; vi também vinho, uvas e figos, e toda sorte de cargas, que eles
traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles quanto ao dia em
que estavam vendendo mantimentos. 16 E em Jerusalém habitavam homens de Tiro,
os quais traziam peixes e toda sorte de mercadorias, que vendiam no sábado aos
filhos de Judá, e em Jerusalém” (vs. 15-17).
3.2. Neemias
mais uma vez se levanta para defender a Lei do Senhor.
“Então
contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando
o dia de sábado”? (vs. 17).
3.3. Neemias, preocupado com o descanso do povo,
falou acerca do juízo divino aos desobedientes. “Porventura não fizeram vossos pais assim, e não trouxe
nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? Contudo vós ainda
aumentais a ira sobre Israel, profanando o sábado” (Ne 13.18).
3.4. A maior
fraqueza do povo é o pecado. Judá não foi derrotado apenas pelo inimigo. Foi
Deus quem trouxe todo o mal contra o seu povo para discipliná-lo por causa da
sua desobediência.
3.5. O
comércio no dia do Senhor corrompia completamente o propósito do descanso e da
adoração nesse dia.
3.6. A quebra do dia do Senhor e
a consequente profanação do culto foi uma das fortes causas da queda de Judá. “Porventura não fizeram vossos pais assim, e não trouxe
nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? Contudo vós ainda
aumentais a ira sobre Israel, profanando o sábado” (Ne 13.18).
4.
Medidas práticas devem ser tomadas para que o dia do Senhor seja observado.
Neemias
“E sucedeu que, ao começar a
fazer-se escuro nas portas de Jerusalém, antes do sábado, eu ordenei que elas
fossem fechadas, e mandei que não as abrissem até passar o sábado e pus às
portas alguns de meus moços, para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado.
Então os negociantes e os vendedores de toda sorte de mercadorias passaram a
noite fora de Jerusalém, uma ou duas vezes. Protestei, pois, contra eles,
dizendo-lhes: Por que passais a noite defronte do muro? Se outra vez o
fizerdes, hei de lançar mão em vós. Daquele tempo em diante não vieram no
sábado. Também ordenei aos levitas que se purificassem, e viessem guardar as
portas, para santificar o sábado. Nisso também, Deus meu, lembra-te de mim, e
perdoa-me segundo a abundância da tua misericórdia” (Ne 13.19-22).
4.1. Hoje, uma
das maiores causas do secularismo galopante é a quebra da observância do dia do
Senhor. Não nos preparamos para o dia do Senhor. Não nos deleitamos nesse dia.
Muitos se entregam a um lazer profano. Outros entregam-se ao trabalho e ao
desejo do lucro. Outros esquecem-se de Deus.
4.2. A
inobservância do dia do Senhor é um forte sinal da decadência espiritual da
igreja. Na Europa e na América muitas igrejas estão vazias. Hoje, muitos
crentes deixaram de se congregar.
4.3. Neemias
ordena, determina, controla, vigia, fiscaliza, protesta, ameaça, põe guardas.
Ele não apenas fala, ele age. Ele não apenas ensina, ele toma medidas práticas
para eliminação do mal. “E sucedeu que, ao
começar a fazer-se escuro nas portas de Jerusalém, antes do sábado, eu ordenei
que elas fossem fechadas, e mandei que não as abrissem até passar o sábado e
pus às portas alguns de meus moços, para que nenhuma carga entrasse no dia de
sábado” (v. 19).
4.4. Quando o
lucro toma o culto do culto, então, estamos em grande perigo. Quando se passa a
confiar na provisão mais do que no provedor.
4.5. O domingo
é o dia do Senhor. Nesse dia devemos descansar de nossas atividades: trabalho e
estudo e reservarmos esse dia para o descanso e para o culto. Nesse dia deve-se
cessar todo o trabalho nos lembrarmos de Deus. A profanação do dia do Senhor é
um sinal do secularismo.
CONCLUSÃO. A restauração da
cidade de Jerusalém tem muito a ver com a forte liderança espiritual de
Neemias: Homem sensível, íntegro, leal a Deus, ao rei e ao povo; estável
emocionalmente, tinha grande discernimento espiritual, profunda coragem e era
comprometida com a Palavra e com a oração.
A Palavra foi
lida e Neemias está orando. O grande líder Neemias começa o livro orando e
termina o livro orando. Sem a Palavra de Deus e sem dependência de Deus não há
restauração do povo de Deus.
Se não
estivermos comprometidos com a Palavra de Deus, nossa administração será
reprovada por Deus e pelos homens. Entre as coisas que mais contribuem para a
queda do obreiro (além daí sensualidade, da soberba e do poder) está o amor ao
dinheiro! (1ª Tm 6.10). Tomemos, pois, o exemplo de Neemias. Ajamos com
fidelidade e sabedoria em todas as coisas. E o nome de Cristo será exaltado em
nossa vida.
A RESTAURAÇÃO DA
ALIANÇA QUEBRADA
Neemias 13.22-26: “Também ordenei aos levitas que se purificassem,
e viessem guardar as portas, para santificar o sábado. Nisso também, Deus meu,
lembra-te de mim, e perdoa-me segundo a abundância da tua misericórdia. 23 Vi
também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas,
e moabitas; 24 e seus filhos falavam no meio asdodita, e não podiam falar
judaico, senão segundo a língua de seu povo. 25 Contendi com eles, e os
amaldiçoei; espanquei alguns deles e, arrancando-lhes os cabelos, os fiz jurar
por Deus, e lhes disse: Não darei vossas filhas a seus filhos, e não tomareis
suas filhas para vossos filhos, nem para vós mesmos. 26 Não pecou nisso
Salomão, rei de Israel? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e
ele era amado de seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Contudo
mesmo a ele as mulheres estrangeiras o fizeram pecar. 27 E dar-vos-íamos nós
ouvidos, para fazermos todo este grande mal, esta infidelidade contra o nosso
Deus, casando com mulheres estrangeiras”?
INTRODUÇÃO. O povo de Deus sempre foi, é, e será separado do mundo.
É mandamento de Deus para que haja diferença entre o que serve a Deus e o que
não serve. Nos dias de Neemias foi necessário uma tomada de posição em face do
desprezo que havia pelos mandamentos do Senhor, com respeito a separação dos
povos e a observância dos preceitos divinos. A luta de Neemias pela santidade
de Judá nos ensina que devemos também lutar, até que consigamos levar o povo s
uma entrega total ao Senhor.
I. ISRAEL, ESCOLHIDO PARA SER SANTO
1. Deus exigiu separação do Seu povo. “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da
tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gn
12.1).
1.1. Deus
nunca ordenou o seu povo a se unir com os pagãos com o fim de ganhá-los. A
ordem de Deus é sempre: 1) Retirai-vos do meio deles…” (2ª Co 6.17); 2)
“Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices de seus pecados e para
não participardes de seus flagelos” (Ap 18.4).
1.2. Deus fez questão de mostrar que Seu povo era
diferente. “Mas contra os filhos de Israel nem mesmo um cão moverá a sua
língua, nem contra homem nem contra animal; para que saibais que o Senhor faz
distinção entre os egípcios e os filhos de Israel” (Êx 11.7).
“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o
ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve” (Ml 3.18).
2. O Senhor
elegeu o Seu povo em santidade.
2.1. Deus escolheu aquele povo para ser
exemplo no meio duma geração incrédula e pecadora. Em tudo deveriam ser santos.
Em sua maneira de alimentar, de se comportar e de adorarem a DEUS.
2.2. No monte
Sinai, Moisés recebeu do Senhor as primeiras instruções acerca da santidade. “E vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa.
São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19.6).
2.3. Deus exigiu santidade de Seu povo. “Então
falou o Senhor a Moisés, dizendo: 2 Santifica-me todo primogênito, todo o que
abrir a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, assim de homens como de
animais; porque meu é” (Êx 13.2).
“E sereis para mim santos; porque eu, o Senhor, sou
santo, e vos separei dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26).
3. O Senhor
exige separação do Seu povo.
3.1. Nos dias
de Neemias o povo havia se corrompido. “Então
Seeanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão, dirigiu-se a Esdras, dizendo:
Nós temos sido infiéis para com o nosso Deus, e casamos com mulheres
estrangeiras dentre os povos da terra; contudo, no tocante a isto, ainda há
esperança para Israel” (Ed 10.2).
3.2. Após a leitura da Lei, Israel descobriu que o
Senhor exigia sua separação dos povos. “Naquele dia leu-se o livro de Moisés,
na presença do povo, e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não
entrassem jamais na assembleias de Deus” (Ne 13.1.).
3.3. Deus é exigente quanto à nossa espiritualidade.
“Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o
incrédulo”? (2ª Co 6.15).
3.4. A mistura sempre foi um perigo na vida de Israel.
“Também subiu com eles uma grande mistura de gente; e, em rebanhos e manadas,
uma grande quantidade de gado” (Êx 12.38).
3.5. Sede santos porque Eu, o Senhor, sou santo. “Mas, como é
santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso
procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo” (1ª
Pe 1.15-16).
3.4. Segui a paz com todos e a santificação,
sem a qual ninguém verá ao Senhor. “Segui
a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb
12.14).
II O PERIGO DO JUGO DESIGUAL
1. O povo
tomou uma decisão.
1.1.
A decisão foi imediata ante ao mandamento do Senhor. “Ouvindo eles esta lei,
apartaram de Israel toda a multidão mista” (Ne 13.3.).
1.2.
Neemias tomou uma posição firme com o povo. “E seus filhos falavam no
meio asdodita, e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de seu povo. Contendi
com eles, e os amaldiçoei; espanquei alguns deles e, arrancando-lhes os
cabelos, os fiz jurar por Deus, e lhes disse: Não darei vossas filhas a seus
filhos, e não tomareis suas filhas para vossos filhos, nem para vós mesmos” (Ne
13.24-25).
2.
A união reprovada por Deus.
2.1. Ao tirar Israel do Egito, ordenou-lhe
Deus, de modo claro e veemente, que não se misturasse com outros povos.
“Guarda-te
que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que
não seja por laço no meio de ti e tomes mulheres das suas filhas para os teus
filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também
teus filhos se prostituam após os seus deuses” (Êx 34.12,16).
2.2.
Esse preceito é repetido em outros textos sagrados. “Não contrairás com elas matrimônios; não darás tuas filhas a seus
filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos” (Dt 7.3).
2.3.
Os israelitas, porém, distanciando-se de Deus, fizeram justamente o contrário:
uniram-se às mulheres pagãs. E o resultado não poderia ser mais desastroso. Mas
agora, avivados pela Palavra de Deus, comprometeram-se a não mais se misturar
com os idólatras através do casamento. “E que não daríamos as nossas filhas aos povos da
terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos” (Ne
10.30).
3.
A dolorosa separação.
3.1. Antes de Neemias, Esdras já havia
conclamado o povo a não se misturar com os gentios: “Por isso não deis vossas
filhas a seus filhos, e não tomeis suas filhas para vossos filhos, nem
procureis jamais a sua paz ou a sua prosperidade; para que sejais fortes e
comais o bem da terra, e a deixeis por herança a vossos filhos para sempre. E
depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da
nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do
que merecem as nossas iniquidades, e ainda nos deixaste este remanescente;
tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos, e a aparentar-nos com os
povos que cometem estas abominações? Não estarias tu indignado contra nós até de
todo nos consumires, de modo que não ficasse restante, nem quem escapasse”? (Ed
9.12-14).
3.2.
Apesar desta ordenação, os judeus mesclaram-se com os pagãos através de
casamentos ilícitos. Tais uniões tiveram de ser desfeitas. Foi uma medida
traumática, mas necessária. “E o resto do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os
cantores, os netineus e todos os que se tinham separado dos povos das terras
para a Lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os sábios e
os que tinham capacidade para entender” (10.28).
O povo é conclamado a desfazer as uniões com
os pagãos, pois Deus não aprova casamentos entre crentes e descrentes.
4.
O jugo desigual.
4.1. Deus não aceita seu povo comungar com
pecadores.
4.2. Somos templo do ESPÍRITO SANTO e não
podemos participar dos pecados alheios. “Ou
não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós,
o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos”? (1ª Co 6.19).
4.3.
Não são poucos os que, atualmente, namoram e até se casam com pessoas alheias à
verdadeira fé cristã, contrariando, assim, a admoestação bíblica. “Não vos
prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça
com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas” (2ª Co 6.14).
Jovem,
cuidado. É melhor obedecer agora do que sofrer mais tarde. Espere no Senhor.
Obedeça aos seus pais. Consulte o seu pastor.
III. O ESFRIAMENTO TRAZ DESPREZO PELO
SAGRADO
1. Neemias luta pela obra de Deus.
1.1. Diante da triste
situação, Neemias contende com os levitas. “Então
contendi com os magistrados e disse: Por que se abandonou a casa de Deus? Eu,
pois, ajuntei os levitas e os cantores e os restaurei no seu posto” (Ne 13.11).
1.2. Os
levitas desprezam o sagrado. “Também soube que
os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os
cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo”
(Ne 13.10).
Quando o povo
esfria, a obra de Deus sofre.
1.3. O
apóstolo Paulo sentiu o desprezo dos amigos. “Na
minha primeira defesa ninguém me assistiu, antes todos me desampararam. Que
isto não lhes seja imputado” (2ª Tm 4.16).
1.4. Jesus foi
desprezado pelos discípulos. “Nisto, todos o
deixaram e fugiram” (Mc 14.50).
1.5. Devemos honrar os que
presidem. “Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós,
presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima
e amor, por causa da sua obras. Tende paz entre vós” (1ª Ts 5.12-13).
2. O povo desprezou o mandamento.
2.1. Deus havia determinado
uma benção para o servos, levitas e sacerdotes. “Tudo o que do azeite há de
melhor, e tudo o que do mosto e do grão há de melhor, as primícias destes que
eles derem ao Senhor, a ti as tenho dado. Os primeiros frutos de tudo o que
houver na sua terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus. Todo o que na tua
casa estiver limpo comerá deles” (Nm 18.12-14).
2.2. Desta maneira o povo os
sustentava e eles exerciam seu ministério. “Todas
as ofertas alçadas das coisas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao
Senhor, eu as tenho dado a ti, a teus filhos e a tuas filhas contigo, como
porção, para sempre; é um pacto perpétuo de sal perante o Senhor, para ti e
para a tua descendência contigo” (Nm 18.19).
2.3. Nos dias
de Neemias o povo desprezou este mandamento. “Então
contendi com os magistrados e disse: Por que se abandonou a casa de Deus? Eu,
pois, ajuntei os levitas e os cantores e os restaurei no seu posto” (Ne
13.11).
2.4. A Bíblia
ensina que, aqueles que anunciam o evangelho vivam do evangelho. “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho” (1ª 9.14).
2.5.
Desamparamos a casa de Deus quando deixamos de contribuir. “Assim fala o Senhor dos exércitos, dizendo: Este povo
diz: Não veio ainda o tempo, o tempo de se edificar a casa do Senhor” (Ag 1.2);
“Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Por que causa? diz o Senhor
dos exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto correis,
cada um de vós, à sua própria casa (Ag 1.9).
2.6. Quando
semeamos no reino de Deus somos ricamente abençoados. “Mas digo isto:
Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em
abundância, em abundância também ceifará, Cada um contribua segundo propôs no
seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que
dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim
de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra;
conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para
sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também
dará e multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça” (2ª Co 9.6-10).
3. O conversão de Judá.
3.1. Muitas vezes o líder
precisa falar com maior autoridade. “Ó
coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado”!
(2ª Co 6.11).
3.2.
Para que o povo entenda melhor o propósito de Deus. “Então todo o Judá trouxe
para os celeiros os dízimos dos cereais, do mosto e do azeite” (Ne 13.12).
3.3.
Um dos sinais da conversão ´´e o coração aberto para obra do Senhor. “Cada um
contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por
constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2ª Co 9.7).
IV. NEEMIAS CONDUZ ISRAEL A NOVOS
PROPÓSITOS
1. O líder deve estar atento ao povo. “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem
dos teus rebanhos” (Pv 27.23).
1.1.
Procurando ver como procedem. “Naqueles dias vi
em Judá homens que pisavam lugares no sábado, e traziam molhos, que carregavam
sobre jumentos; vi também vinho, uvas e figos, e toda sorte de cargas, que eles
traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles quanto ao dia em
que estavam vendendo mantimentos” (Ne 13.15).
1.2. Neemias
viu o erro do povo, pois estavam desviando do mandamento da Lei. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar
(Êx 20.8).
1.3. O líder é
o responsável peal ordem na casa de Deus. “Por
esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o
está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei”
(Tt 1.5).
CONCLUSÃO. Assim que Neemias chegou em
Jerusalém empreendeu uma luta contra tudo e contra todos, a fim de buscar o bem
daquele lugar. Louvado por uns e odiado por outros, Neemias impôs seu estilo de
trabalho e conseguiu o seu objetivo: reconstruir os muros e levar o povo a uma
vida de comunhão com o Senhor. A lição de Neemias sempre estará em nossas
mentes e corações, pois jamais podemos esquecer a luta de um líder pela causa
do Senhor.
A
INTEGRIDADE DE UM LÍDER
Neemias
1.5-11: E
disse: Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o
concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus
mandamentos! 6 Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos,
abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de
dia e de noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos
pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti; também eu e a casa de meu
pai pecamos. 7 De todo nos corrompemos contra ti e não guardamos os
mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo.
8 Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós
transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos.9 E vós vos convertereis a
mim, e guardareis os meus mandamentos, e os fareis; então, ainda que os vossos
rejeitados estejam no cabo do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que
tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 10 Estes ainda são teus
servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte
mão. 11 Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu
servo e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar
hoje o teu servo e dá-lhe graça perante este homem. Então, era eu copeiro do
rei.
INTRODUÇÃO. Nessa última lição,
destacaremos as características de Neemias como líder e servo de Deus. Com
certeza você pode extrair importantes lições para o seu ministério e vida
pessoal, estudando o livro e a vida de Neemias. Aprendemos a respeito de um
homem íntegro que dependia inteiramente do Senhor e da sua Palavra. Como líder
de sua classe siga o exemplo de Neemias e prossiga vitorioso em sua tarefa de
ensinar e aperfeiçoar os santos (Ef 4.11-16).
I. DEUS
ESCOLHE E PREPARA LÍDERES PARA SUA OBRA
1. Um
copeiro a serviço do Reino. Neemias
era copeiro do rei Artaxerxes quando Deus o chamou a liderar o seu povo num momento
de profunda crise moral, espiritual e econômica. Ele tinha como função proteger
a vida do rei, provando-lhe o vinho, a fim de que o monarca não fosse
envenenado. Somente alguém especialmente qualificado poderia exercer semelhante
cargo. Segundo alguns historiadores, os copeiros também aconselhavam o soberano
em assuntos de estado. Não obstante, Neemias abriu mão de todas essas
vantagens, para ajudar seus compatriotas a superar aquele momento tão difícil.
Atualmente, não são poucos os homens e mulheres que tudo renunciam para se
dedicarem integralmente ao Reino de Deus.
2. Uma
rainha a serviço do Reino. Certa
vez, o rei Assuero, já tomado pelo vinho, resolveu exibir a beleza da esposa
aos seus convidados. Como a rainha Vasti se recusasse a comparecer perante ele,
o monarca destronou-a. E para ocupar o seu lugar, o rei determinou que se
convocassem as mais belas moças do reino, a fim de que, dentre estas, fosse
escolhida a substituta de Vasti. E a escolha recaiu sobre Ester, que foi usada
por Deus para operar um grande livramento. Ester destacou-se por uma coragem
singular; ela não temeu perder a própria vida. Somente os grandes líderes agem
assim.
3. Um
pastor de ovelhas a serviço do Reino. Tendo
já rejeitado a Saul, o Senhor determinou ao profeta Samuel que fosse a Belém
ungir, dentre os filhos de Jessé, um rei segundo o seu coração (1ª Sm 16.1). A
escolha divina recaiu sobre o caçula da família que, naquele momento, cuidava
das ovelhas do pai (1ª Sm 16.13). E grandes foram as obras realizadas por Davi.
Deus não olha para a aparência do ser humano, mas para o coração. O que agrada
ao Senhor é um caráter reto e íntegro. Essa é uma das principais
características de um verdadeiro líder.
II. AS
CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER DE DEUS
1.
Integridade espiritual. Neemias
não compactuava com os pecados do povo. Homem íntegro e temente a Deus, não se
limitou a reconstruir os muros e as portas de Jerusalém, mas conduziu a nação a
uma profunda reforma moral e espiritual. Ele restaurou o ministério levítico,
combateu o casamento misto (Ne 13.25) e restabeleceu a guarda do sábado. O
líder espiritual conduz o povo à santidade e a um viver íntegro.
2.
Integridade moral. Neemias
administrou os recursos financeiros e patrimoniais da nação com honestidade,
transparência e sabedoria. Ele não utilizou indevidamente os recursos
financeiros do povo de Deus, mas agiu com muita correção e cuidado (Ne 5.9-12).
Há um ditado popular que diz: “Quer saber quem é realmente uma pessoa? Dê-lhe
poder”. Há certos homens e mulheres que, ao assumirem um cargo de liderança,
mudam completamente. Agem com arrogância e desonestidade. O poder, entretanto,
não corrompeu a Neemias. Ele soube como manter a sua integridade.
3. Um
testemunho irrepreensível. Neemias viveu de forma correta e integra. Não
podemos nos esquecer que liderança é exemplo. O discurso do líder tem de ser
coerente com a sua prática.
III. A VIDA
DEVOCIONAL DO LÍDER DE DEUS
1. A
oração. Na Palavra de Deus, há
vários exemplos de líderes que foram bem-sucedidos graças à oração. Davi e Daniel
oravam três vezes ao dia (Sl 55.17; Dn 6.10). Paulo orava em todo o tempo (Ef
6.18). E Jesus orava diariamente (Mt 26.44). A oração preparou Neemias para
enfrentar impiedosos ataques. Se ele não tivesse o hábito de orar, certamente
teria sucumbido diante das dificuldades. A oração fortalece a alma e as mãos do
homem de Deus.
2. O estudo
da Palavra de Deus. Neemias reuniu
o povo na praça principal da cidade para ouvir a Palavra de Deus (Ne 8.1-3).
Todo crente necessita ler e estudar a Bíblia diariamente, para crescer no
conhecimento do Senhor (2ª Pe 3.18). Infelizmente, há obreiros que, por não
estudarem a Bíblia, acham-se espiritualmente fracos. Um líder nessas condições
porta-se como menino espiritual. Precisamos ter a Palavra de Deus no coração
para não pecarmos contra o Senhor (Sl 119.11).
3. Adoração
ao Senhor. Adorar é uma forma de
agradecer a Deus, reconhecendo-O como o Senhor de nossas vidas, pois tudo o que
somos e temos vêm d’Ele. Observe o que diz o salmista: “Eu te louvarei, Senhor,
de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e
saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo” (Sl 9.1,2).
Neemias adorou
a Deus: “Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o
concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus
mandamentos!” (Ne 1.5). Na dedicação dos muros e portas de Jerusalém, preparou
um culto especial de adoração e louvores a Deus (Ne 12.27) e ordenou que dois
corais fossem à frente dos cortejos durante a celebração (Ne 12.38). O
verdadeiro líder adora a Deus, porque sabe que toda a glória deve ser
endereçada ao Senhor de toda a glória. Aleluia.
VI.
APRENDENDO COM NEEMIAS ALGUNS PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA
1. Tenha um
propósito claro e continue avaliando-o à luz da vontade de Deus. Nada impediu que Neemias permanecesse em
sua trajetória.
2. Seja
direto e honesto. Todos sabiam,
exatamente, do que Neemias precisava, e ele falou a verdade até mesmo quando a
própria verdade aparentemente tornaria o seu objetivo ainda mais difícil de
alcançar.
3. Viva de
uma forma irrepreensível. As
acusações contra Neemias eram falsas e vazias.
4. Seja uma
pessoa que ora constantemente, recebendo poder e sabedoria através de seu
contato com Deus. Todas as ações
de Neemias glorificaram a Deus.
5. Leia e
obedeça a Palavra de Deus. Neemias
amava a Palavra. Ele reuniu o povo na praça principal da cidade para ouvir a
Palavra de Deus.
CONCLUSÃO.
Neemias é um exemplo de liderança bem-sucedida. Ele não
permitiu que nada o impedisse de agradar ao Senhor. Ele soube como conduzir a
reconstrução de Jerusalém e a restauração espiritual dos judeus. A sua vida de
oração, leitura da Palavra de Deus e adoração fizeram com que ele prosseguisse
vitorioso, apesar da oposição que lhe moviam os adversários. Há muito trabalho
no Reino de Deus até ao arrebatamento da Igreja. Trabalhemos, pois, como
Neemias. Sejamos fiéis e íntegros em todas as coisas, a fim de que o nome do
Senhor seja sempre exaltado.
FONTE DE PESQUISA
1. BÍBLIA SHEDD. Traduzida por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do
Brasil, Barueri - SP.
2. DIAS
Hernandes Lopes. Neemias o líder que restaurou uma nação. Reimpressão Janeiro
2012. Editora Hagnos. São Paulo – SP.
3. FERREIRA
Manoel. Vencendo as adversidades, com as armas, Escrituras, na realização da
obra de Deus.
2º Trimestre 2001.
Editora Betel. Rio de Janeiro RJ.
4. RENOVATO
Elinaldo. Integridade e coragem em tempos de crise. 4º Trimestre de 2011. Lições Bíblicas CPAD.
Rio de Janeiro RJ.
Pr. Elias
Ribas
Bacharel em Teologia pelo
Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.
Mestrando em Divindade pelo
Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.
Especialização
em Apologética – ICP - São Paulo.
Grego e
Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.
Exegese do
Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.