TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

A VISÃO DO VALE DE OSSOS SECOS

 


Ezequiel 37.1-10 “Veio sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. 2- E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos. 3- E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes. 4- Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. 5- Assim diz o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. 6- E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR. 7- Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso. 8- E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. 9- E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10- E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.” 

INTRODUÇÃO. Essa visão revela que Deus é poderoso para levar adiante Seu propósito de ter um povo que viva de acordo com a Sua vontade, para testemunho a todas as nações e a glória do Seu Nome. 

Ezequiel está tendo uma revelação de Deus a cerca de um vale de ossos secos. Mas quero dizer que está mensagem não foi direcionada a Igreja de Cristo, mas aos prisioneiros de Israel na Babilônia. Jesus ´o cabeça da Igreja, portanto a Igreja é um organismo vivo e não morto. Israel estava num cativeiro na Babilônio e nós em Cristo Jesus fomos libertados do cativeiro. Porém, desejo aplicar aos desertos e vales que um cristão passa nesta vida. 

Em João 16.33 Jesus diz: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” 

I. PROFETA JEREMIAS UM INSTRUMENTO DE DEUS. 

Ez 3.17 “Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte”. 

Profeta (do hebr. Navi do gr. profhetes), é aquele que fala por alguém; porta voz, atalaia. No antigo Testamento, a pessoa era devidamente vocacionada e autorizada por Deus para falar por Ele e em lugar de Deus (Ez 2.1-10). O profeta era um mestre incontestável quando sob inspiração do Espírito Santo. Porta-voz oficial da divindade, sua missão era preservar o conhecimento divino e manifestar a vontade do único e Verdadeiro Deus. No sentido Bíblico, Profeta é aquele que fala em lugar de outro. Este foi um ministério de larga expansão no decorrer dos séculos, sendo que os escolhidos de Deus para realizar a missão de profeta deviam ser detentores de vocação. (Entre o povo de Deus a mensagem era julgar quanto a sua procedência e quanto ao seu porta-voz). Ainda que por muitas vezes a palavra enfrentasse rejeição, se, contudo, na realidade fosse oriunda do Céu, jamais falharia. 

1. Veio sobre mim a mão do Senhor (v. 1). 

O profeta é um instrumento do Senhor para levar adiante Seu propósito de formar um povo para a Sua glória (At 13.14). Assim, vemos Ezequiel sendo colocado “no meio de um vale que estava cheio de ossos” e andando ao redor dos mesmos (Ez 37.1-20). 

Podemos imaginar o profeta pensando naquela experiência, considerando que era sacerdote e estava proibido de ter contato com “alguma coisa imunda de cadáver” (Lv 22.4). Porém, foi o Senhor quem o levou, assim como Pedro à casa de Cornélio (At 10). 

Os profetas de hoje são vocacionados para anunciar a Palavra de vida para o mundo espiritualmente morto. 

Efésios 2.1,5 “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados. 5 Deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.” 

A influência de Deus em certos momentos, neutraliza a personalidade do profeta para conhecer-lhe uma revelação que nada de humano contem (v. 3). 

II. ME LEVOU, ME PÔS NO MEIO DO VALE 

1. O senhor Deus levou o profeta Ezequiel e colou no meio de um vale de ossos secos. 

1.2. Note que o Senhor levou, mas não abandou ou deixou sozinho no vale. As palavras de Jesus no evangelho de Mateus ele diz: “...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.20). 

1.3. Vale é um lugar de passagem, aprendizado. 

1.4. No deserto Deus se mantem em silêncio. Porém, precisamos aprender no silêncio de Deus. 

2. Deus sempre está no controle da situação. O nosso Deus é Onisciente. Sabe de todos os nossos pensamentos, palavras e obras. Jamais poderemos nos esconder d’Ele, pois Ele conhece nosso levantar e o nosso deitar. 

3. Deus pegou na mão de Ezequiel, porque? Porque o deserto é de Ezequiel, ou seja, cada um de nós tem um deserto e somente o Senhor pode pegar a tua mão para ajudar. 

3.1. Não posso pegar na tua mão e te ajudar a não ser em oração. O teu deserto é teu e o meu é meu. Cada um de nós tem um deserto diferente. Lembra que Israel passou por 40 desertos após a saída do Egito. 

4. No meio do vale. No meio nós temos uma visão de tudo o que está ao nosso redor. 

5. Porque o Senhor nos leva para o vale.

5.1. Enxergar os ossos secos. Enxergar com honestidade nossos ossos secos, nossos erros, nossas falhas. 

Enxergar nossos “ossos secos” requer esvaziamento de nosso orgulho, desmascaramento de mentiras transvertidas em verdades. Requer subjugar nossa prepotência, romper a muralha da aparência e encarar, sob a luz de Cristo, o porão sombrio de nossas almas. Requer, em última análise, enfrentamento de nós mesmos. 

5.2. É necessário vencer a incredulidade. 

5.3. É necessário ouvir e obedecer a voz de Deus. 

5.4. É necessário profetizar transformação. 

III. E ME FEZ ANDAR 

1. O vale não é um lugar de morada, de construir casa, de ficar parado no meio dele. 

1.1. Mas é um lugar de passagem. 

1.2. Um lugar de andar no meio dele.

2. Há determinadas situações que ficamos paralisados, parados no vale. Mas o vale é lugar de andar, caminhar até sair do vale. 

2.1. No vale é lugar de:

A. Louvar.

B. Adorar.

C. Orar.

D. Evangelizar.

E. Pregar. 

Quando Israel saiu do Egito e, faraó mandou seu exército para mata-los e Israel quando fugia deparou com mar vermelho, e todos ficar parados desesperados, então clamaram a Yahweh e o Senhor disse a Moisés: “diga que esse povo marche”. 

IV. É ADMIRÁVEL A SINCERIDADE DE EZEQUIEL 

1. Deus coloca uma responsabilidade sobre a vida do profeta.

1.1. O Senhor faz uma pergunta ao profeta. V. 3 “Filho do homem, porventura viverão estes ossos? 

1.2. Porém o profeta diz: “Senhor DEUS, tu o sabes.” 

2. Ezequiel entrega tudo ao Senhor. Salmo 37.5 “Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.” 

2.1. Entrega tua vida.

2.2. Tua família.

2.3. Teu casamento.

2.4. Tua saúde.

2.5. Tua vida financeira.

2.6. Tuas preocupações;

2.7. Teus desertos e vales. 

3. Profetizar para você mesmo. 

3.1. Profetizar para os outros é bom. Seja você mesmo um profeta para sua família. 

V. PROFETIZA SOBRE O VALE 

V. 4 “Então me disse: profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR.” 

1. O profeta não profetiza o que quer, mas o que Deus quer. 

2. O objetivo do ato é profetizar, falar para o vale de ossos secos. Profetizar é fazer alguém escutar a Palavra de Deus. 

2.1. A fé vem pela pregação, e a pregação pela Palavra de Cristo.

Rm 10.17 “A fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.” 

2.2. Fazer alguém ouvir a Palavra, produz a fé que justifica para a vida eterna.

Rm 5.10 “Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!” 

2.3. Também põe o ouvinte em contato com o Espírito, com Sua obra tríplice: 

A. Converter o homem a Cristo.

B. Arrependendo dos seus pecados.

C. Santificar o convertido. 

VI. DEUS SE RESPONSABILIZA PELA SUA PALAVRA 

Vs. 7 e 8 “Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso. 8 E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. 

1. Deus ordena ao profeta falar. 

1.1. E os ossos começaram se ajuntar. Deus faz o que está desajeitado ir para o lugar. Ele começa a consertar, a bagunça do vale. 

1.2. Ouve um reboliço. 

1.3. Profetiza ao espírito. Vs. 9-10 “Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.” 

CONCLUSÃO:

Deus cumpre Seu plano por intermédio da proclamação do Evangelho e da ação do Espírito Santo, restaurando vidas e capacitando-as a viver de acordo com a vontade de Deus e testemunhar acerca da salvação, para que o Senhor seja glorificado. 

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A VINHA DE NABOTE

 


1º Reis 21.1-5;15,16 “E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jizreelita, tinha uma vinha em Jizreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria. 2 Então Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha ao lado da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor: ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro. 3 Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o SENHOR de que eu te dê a herança de meus pais. 4 Então Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão. 5 Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão? E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora apredrejado Nabote, e morrera, disse a Acabe: Levanta-te, e possui a vinha de Nabote, o jizreelita, a qual te recusou dar por dinheiro; porque Nabote não vive, mas é morto. 16 E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jizreelita, para tomar posse dela. 

INTRODUÇÃO: Neste estudo, obteremos informações sobre o personagem bíblico Nabote e sua vinha. Veremos que este homem foi vítima da cobiça do ímpio rei Acabe que desejou ardentemente possuir a sua propriedade. Definiremos a palavra “cobiça” e destacaremos quais as consequências que podem sobrevir aquele que permite ser inflamado por esse sentimento. Abordaremos ainda a maneira como Deus se pronunciou ante a estratégia de Jezabel com o consentimento de Acabe de apoderar-se do bem alheio, levando o proprietário e sua família a morte. E, por fim, analisaremos como Deus age ante as injustiças cometidas pelos homens. 

I. QUEM ERA NABOTE E COMO ERA A SUA VINHA 

A Bíblia nos dá poucas informações a respeito de Nabote, apenas nos diz que ele era um israelita temente a Deus e nos mostra o seu lugar de origem que era Jezreel. Portanto, ele era um jezreelita (1º Rs 21.1). O nome próprio de Nabote deriva-se do árabe e quer dizer “rebento” ou “fruto”. A Bíblia nos informa que ele era proprietário de uma vinha. O Aurélio diz que “vinha” é a quantidade mais ou menos considerável de videiras (planta que dá uvas) dispostas aproximadamente entre si. A palavra hebraica para vinha é “kerem”, ela está distribuída ao longo do Antigo Testamento pelo menos 92 vezes. A primeira ocorrência está em (Gn 9.20). Em Israel era comum as pessoas plantarem vinhas, no entanto, a vinha de Nabote tinha características que conforme o relato bíblico a tornavam diferente das demais, vejamos algumas informações detalhadas sobre isso: 

1. Estava junto ao palácio. Segundo a narrativa bíblica a vinha de Nabote estava localizada num lugar privilegiado, perto do palácio de campo de Acabe, pois o outro palácio ficava em Samaria

1º Re 21.1 “E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jezreelita, tinha uma vinha em Jezreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria.” 

2. Estava pronta. Para se cultivar uma vinha era necessário bastante esforço. O profeta Isaías fez uma descrição vívida do trabalho envolvido no preparo, plantio e cultivo de uma vinha (Is 5.1-7). A “vinha” estava localizada nas rampas de uma colina (Is 5.1). A terra era limpa de pedras antes que as mais tenras vinhas fossem plantadas (Is 5.2). Uma torre de vigia provia visibilidade sobre a “vinha” (Is 5.2) e um lagar que é um local para esmagar as uvas que eram talhados de uma pedra (Is 5.2). 

Quanto todos os preparativos haviam sido feitos, a “vinha” estava pronta e em alguns anos esperava-se que produzisse frutos. 

Enquanto isso, a vinha exigia poda regular (Lv 25.3,4). As “vinhas” se localizavam principalmente na região montanhosa e nos montes mais baixos. A Bíblia menciona a “vinha” em Timna (Jz 14.5), Jezreel (1º Rs 21.1) e até em En-Gedi (Ct 1.14). 

3. Tinha valor. Para Nabote sua vinha tinha um valor significativo, que ultrapassava o dinheiro e até mesmo a troca por outra vinha melhor (1º Rs 21.2), visto que a recebera como herança dos seus pais, como ele mesmo professa:

1º Re 21.3 “Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais.”

O Aurélio diz que herança é “bem, direito ou obrigação transmitidos por via de sucessão ou por disposição testamentária”. A vinha, no entanto, não era propriedade (herança) particular de Nabote, mas de sua parentela. É possível que Nabote fosse o homem mais velho da família ou aquele que cultivava a terra, mas nem por isso, podia tomar sozinho a decisão de trocar ou vender a propriedade. Ademais, a lei de Israel estabelecia que a herança não podia ser vendida, pois era considerado um dever manter em família a terra de seus ancestrais (Lv 25.25-28; Nm 27.1-11; Nm 36.7-9). Em casos de pobreza extrema, as propriedades podiam ser arrendadas, mas deviam ser devolvidas ao proprietário no ano do Jubileu (Lv 25.10,13,28). 

II. A COBIÇA E OS MALES QUE A ACOMPANHAM 

A Bíblia nos mostra que os pecados de Acabe não se resumiram ao casamento pagão e a idolatria. Este rei perverso também cometia injustiças sociais. Acabe cobiçou a vinha de Nabote e intentou adquiri-la. A palavra “cobiçar” no hebraico “epithumeõ” significa, “fixar o desejo em” (formado de epi, “sobre”, usado intensivamente, ethumos, “paixão”), quer de coisas boas ou ruins, por conseguinte, “almejar, desejar ardentemente, ambicionar”, é usado em (At 20.33) com o significado de “desejar mal”, acerca de “desejar dinheiro e vestuário”. 

1. A cobiça a luz do Antigo Testamento. A Lei de Moisés condenava esse pecado, que aparece descrito no Decálogo (Dez mandamentos) “Não cobiçarás” (Êx 20.17). O texto deixa claro que coisa alguma pertencente a outrem, deve ser desejado. Foi motivado pela cobiça, que Acabe tentou adquirir as terras de Nabote a dinheiro ou em troca de um vinhedo melhor (1º Rs 21.2). 

Mas, como já vimos, Nabote recusou-se negociar, sob a alegação de que aquelas terras faziam parte da herança da sua família (I Rs 21.3). Acabe, embora com relutância e tristeza, já se dispunha a aceitar a decisão de Nabote (1º Rs 21.4). No entanto, Jezabel sua ímpia esposa, não concordou com isso (1º Rs 21.5-7). Por isso dispôs-se junto ao seu marido, realizar uma estratégia diabólica para apropriar-se da vinha de Nabote. A cerca da influência de Jezabel sobre Acabe o escritor sagrado nos diz: “Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do SENHOR; porque Jezabel, sua mulher, o incitava” (1º Rs 21.25). 

2. A cobiça e seus males. Quase sempre, o desejo desordenado da cobiça provoca alguma ação para que o cobiçoso adquira o que quer, ou para que persiga o possuidor do objeto ou da pessoa cobiçados. O ímpio rei Acabe, é um exemplo clássico da cobiça e seus males. Para resolver a sua frustração de não ter conseguido possuir a vinha de Nabote, a rainha Jezabel escreveu uma carta com o selo do rei (para parecer que a correspondência fosse enviada por ele) aos anciãos e nobres daquela cidade onde Nabote morava. Nesta carta, Jezabel pediu que forjassem acusações contra Nabote (1º Rs 21.8-10). Os anciãos transgrediram a lei (Êx 23.1-3), pois arranjaram dois indivíduos de mau caráter, possivelmente comprados pela rainha, acusaram Nabote de blasfêmia, o que seria suficiente para a execução dele (Lv 24.15,16). O terrível plano foi cumprido sem nenhum impedimento. Para que não houvesse dificuldades futuras com a herança de Nabote, ele e seus filhos foram apedrejados (2º Rs 9.26). Perceba quais os males que seguiram a cobiça deste casal: 

MENTIRA. Os anciãos resolveram atender aos intentos de Jezabel. Como podemos ver sempre há homens prontos a venderem seu testemunho por dinheiro a fim de que sirva aos maus propósitos daqueles que os alugam. “E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara” (1º Rs 21.11). 

FALSO TESTEMUNHO. O veredito de morte já estava predeterminado, por Jezabel. Mas, era necessário elaborar um falso julgamento com um simples aspecto de justiça, para que, à vista do povo, desse a impressão de ser um julgamento leal, arranjou-se duas testemunhas, conforme pedia a Lei (Dt 17.6,7); mas eram falsas. “E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que testemunhem contra ele” (1º Rs 21.10-a). 

ASSASSINATO. Por fim, a trama culminou na execução de Nabote, pois o levaram para fora da cidade e o apedrejaram. A injustiça estava claramente executada, pois Nabote foi executado por um crime que jamais cometeu “Então mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado, e morreu” (1º Rs 21.14). 

3. A cobiça a luz do Novo Testamento. A cobiça é alistada entre os pecados destacados por Paulo (Ef 4.19). Aparece na lista dos vícios dos povos pagãos (Rm 1.29). Apesar de não ser especificamente alistada entre as obras da carne (Gl 5.19-21), a cobiça é uma das causas de várias obras carnais, como o adultério, o ódio, as dissensões, etc., devendo ser incluída entre as “tais coisas” que Paulo mencionou, e que não permitem que uma pessoa chegue ao reino de Deus “…que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl 5.21). 

III. A MENSAGEM DE JUSTIÇA DO PROFETA ELIAS 

Em vez de se contrapor a Jezabel que havia utilizado de sua autoridade, transgredindo a lei e ordenando a execução do de Nabote e sua família, o rei Acabe consentiu com os injustos atos de sua perversa esposa, a fim de apossar-se do objeto da sua cobiça, a vinha de Nabote, o que fez logo em seguida “E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para tomar posse dela” (1º Rs 21.16). Todavia o que o casal tramara em oculto, o Deus de Israel estava para revelar. A Bíblia diz que o Senhor enviou o profeta Elias novamente para confrontar Acabe, dessa vez na vinha de Nabote (1º Rs 21.17,18). O rei já havia recebido uma palavra de sentença de morte de um profeta desconhecido “a tua vida será em lugar da sua vida” (1º Rs 20.42); também do profeta Micaías “…se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim” (1º Rs 22.28); e por conseguinte por meio do profeta Elias que anunciou que Acabe morreria e que aconteceria com o seu corpo o mesmo que aconteceu com o de Nabote“No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote lamberão também o teu próprio sangue” (1º Rs 21.19-b) e ainda acrescentou o castigo acerca da sua mulher e da sua descendência (1º Rs 21.23,24). O que aconteceu a seu tempo como fora predito (1º Rs 22.34-38; 2º Rs 9.34-36; 2º Rs 10.1-10). 

IV. COMO DEUS AGE ANTE AS INJUSTIÇAS 

A partir da história de Nabote, podemos concluir que Deus não fecha os olhos as injustiças cometidas pelos homens, pois Ele é justo (Rm 1.17; 10.3; Jo 17.25; Sl 116.5; 2ª Tm 4.8). A justiça é a santidade de Deus em ação, relativamente aos homens. Na sua justiça, Ele zela pelo cumprimento das suas leis e normas dadas aos homens. Na sua santidade e verdade, Deus não pode revogar a sua própria Palavra, nem a sentença imposta aos transgressores, porque elas são imutáveis como Ele o é, a menos que estes se arrependam e abandonem suas práticas pecaminosas. A justiça de Deus leva o homem, que vive deliberadamente em pecado, ao juízo divino (Dt 1.17).

Quanto as injustiças Ele age com: 

IMPARCIALIDADE (sem fazer acepção de pessoas) (Dt 10.17; 2º Cr 19.7; Rm 2.11; Ap 20.12). 

JUSTIÇA (Êx 34.7; Nm 14.18; Na 1.3). 

MISERICÓRDIA para aqueles que se arrependem, livrando-os da condenação (Jr 18.7,8; Jn 3.4-10; Jl 2.12-14; At 3.19; 17.31). 

CONCLUSÃO: Concluímos dizendo que esta lição nos alerta a termos cuidado com a cobiça. Esse terrível sentimento não pode encontrar guarida no coração do salvo, do contrário poderá conduzi-lo a perdição. Aqueles que enveredam por esse caminho, receberão a devida recompensa, pois Deus julgará os segredos dos homens naquele Dia (Rm 2.16; 1º Co 14.25). 

REFERÊNCIAS

CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. MC

BERGSTEN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.

VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

VIDA FRUTÍFERA

 


Jo 15.1-11 Jesus diz: “Eu sou a videira, e meu Pai é o agricultor. 2- Todo ramo que estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. 3- Vós já estais limpos pelas palavras que vos tenho falado. 4- Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5- Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanecer em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6- Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. 7- Se permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. 8- Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos torneis meus discípulos. 9- Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. 10- Se guardares os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. 11- Tenho-vos dito estas coisas para que meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo”.

Introdução:

Na última noite do ministério do Senhor Jesus, depois da Última Ceia, (Mt 16.17-30), Ele canta um hino (Mt 26.30), e sai a caminho do monte das Oliveiras aonde viria a ser entregue por Judas. Porém, entre a saída do cenáculo da última ceia e o monte das Oliveiras, ele começa uma série de ensinamentos aos seus discípulos descritos nos capítulos 14 a 17 do evangelho escrito por João.

 Neste capítulo Jesus faz um uma analogia ao ensinar Seus apóstolos dizendo que, Ele é a Videira Verdadeira e que Seus discípulos são os ramos e o Pai é o Agricultor.

 O significado principal desse ensino aponta para o nosso relacionamento com Cristo, e a dependência que temos dele.

 Quais são as personagens destes textos.

1. O Pai é o agricultor;

2. Jesus é a videira;

3. Os discípulos são os ramos (1-6);

 I. A VIDEIRA NO VELHO TESTAMENTO

 1. No A.T. Israel era a videira de Deus. Sl 80.8 “Trouxe uma videira do Egito, expulsaste as nações e as plantaste.”

 2. Israel falhou na sua missão. Infelizmente, essa videira transgrediu a aliança com Deus, voltando-se para a idolatria:

 Israel é uma videira estéril. Os 10.1 “Israel é uma vide estéril que dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do seu fruto, multiplicou também os altares; conforme a bondade da sua terra, assim, fizeram boas as estátuas.”

 2.1. Israel confundiu privilégio com responsabilidade.

 2.2. Tornou-se egoísta.

 2.3. Israel esqueceu que foi escolhido para ser santo;

 2.4. Deus chamou Israel do Egito para que frutificasse, mas Israel tornou-se infrutífero.

 2.5. Israel falhou na sua missão evangelizadora.

 Numa outra tradução vai dizer que:

“Israel é uma vide frondosa...”

 A palavra frondosa no latim frondōsu e significa: “que tem muitas folhas ou ramos”; “que tem galhos ou copas” “que tem muitas ramificações”.

 Israel falhou na missão de produzir fruto desejado por Deus. Mt 21.43 “Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produza os respectivos frutos”.

 II. A VIDEIRA NO NOVO TESTAMENTO

 1 Agricultor. “...meu Pai é o Agricultor...”.

 O grande proprietário da vinha, o Senhor do reino espiritual.

 Deus tomara “uma videira do Egito” (Sl 80.8), plantando-a na terra de Canaã.

 Então, Ele tomou outra vinha, Seu próprio Filho, e a plantou na terra de Israel.

 2. Jesus é a videira. “Eu sou a videira...”.

 3. A igreja são os ramos desta videira. V. 5 “Eu sou a videira, vós, os ramos.”

 III. DEVEMOS SER FRUTÍFEROS

 1. O castigo dos infrutíferos.

Jesus dizia para os judeus: Lc 3.9 “E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.”

 Ele Corta no gr. Kathairei “podar”; decepar; removendo os indivíduos e congregações inúteis (Lc 13.6-9).

 O Pai espera encontrar fruto e não folhas. Mateus 21.18-19 “E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome; 19- E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.”

 IV. DEUS EXIGE TRÊS CONDIÇÕES PARA DARMOS FRUTO

 1. LIMPEZA. Jo 15.2b “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.”

 A diferença da palavra cortar e limpar.

Cortar no grego é “ékkremamai” e significa cortar; derrubar; decepar. Jesus está dizendo que vai remover tirar, decepar os indivíduos e congregações inúteis.

 Há duas palavras para limpar no grego: Kathairo e “Καθάρισμα ou καθαρίζω”: significa: limpar; podar. Ele limpa por meio da disciplina.

 1.1. Somos limpos pela Palavra de Deus. Jo 15.3 “Vós já estais limpos pelas palavras que vos tenho falado”.

 João 17.17 “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

 A Palavra e Espírito Santo fazem a santificação no cristão (Jo 3.5; 1ª Pe 1.23; Tt 3.5).

 1.2. Deus é quem limpa através da disciplina.

 Hb 12.10 “...Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”.

 Hebreus 12.6 “Porque o Senhor corrige o que ama, e corrige a qualquer que recebe por filho.”

 O Pai o agricultor disciplina a igreja removendo as impurezas do coração;

 Ele disciplina para que produzamos mais fruto.

 O nosso caráter é mudado através pela Palavra de Deus.

 1.3. Deus Limpa para sermos santos.

 Santo quer dizer “separado do pecado e do mundo; tornar sagrado e exclusivo para Deus”.

 Hb 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

 A santificação é o meio para encontrarmos com Deus.

 1.3. A limpeza deve ser completa - (espírito, alma e corpo). 1ª Ts 5.23 “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

 2. PERMANÊNCIA

 Jo 15.4 “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.”.

 O cristão para ter uma alta produtividade precisa permanecer em Cristo.

 Permanecer no grego é Mêno, em relação vital continuamente com Cristo.

 3.2. Permanecer no amor.

 V. 9. “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.”

 João 15.12 “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”

 Mateus 22.37-40 “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

 2.1. Permanecer em Cristo Jesus para o Pai ouvir nossas orações e para sermos abençoado.

V. 7 “Se permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito”.

 3. OBEDIÊNCIA

 V. 10 “Se guardares os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.

 3.1. Obedecer é o segredo da comunhão com o Pai. Mateus 7.24-27 “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.”

 V. O CASTIGO DOS INFRUTÍFEROS

 Se alguém não permanecer. Jo 15.2, 6.

V. 2 “Todo ramo que estando em mim, não der fruto, ele o corta.”

 V. 6. “Se alguém não permanecerdes em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam”.

1. Será cortado (v. 2);

2. Lançado fora (v. 6);

3. Secará (v. 6);

4. Lançado no fogo para ser queimado (v. 6).

 V. TRÊS GRAUS DA FRUTIFICAÇÃO

 1. Dar Fruto. V. 2 “Todo ramo que estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.”

 2. Dar mais Fruto. “...para que produza mais fruto ainda.” (v. 2b).

 A parábola do semeador. Lucas 8.15 “E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança.”

 3. Dar Muito Fruto. V. 5 “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanecer em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”

 4. Ó fruto glorifica o Pai. V. 8 “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos torneis meus discípulos.

 Jesus glorificou Pai. João 17.4 “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”

 Não basta reconhecer a grandeza de Deus. Devemos glorificar. Produção maior de fruto vem do coração purificado pela Palavra e o Espírito Santo.

 5. Qual o fruto que Deus quer encontrar em nós?

 1. “frutos do Espírito” (Gl 5.22; Ef 5.9);

2. “frutos de justiça” (Fp 1.11; cf. Hb 12.11).

3. “fruto de louvor (Hb 13.15).

 - Deus exige fruto, e não folhas

– Vida e não palavras.

- Conversão e não religiosidade. Mateus 15.8 “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.”

 7. A frutificação traz alegria. V. 11 “Tenho-vos dito estas coisas para que meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo”.

 VI. PARA DAR FRUTO CO CRENTE PRECISA MORRER

 Jo 12.24 “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.”

 Rm 14.7 “Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. 8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. 9 Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.”

 Lc 9.23-26 “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. 24 Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. 25 Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? 26 Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos.”

 CONCLUSÃO: O grande significado da alegoria da Videira e os Ramos é a verdade de que somente quem permanece em Cristo poderá dar frutos. Essa verdade também implica na condição de que é impossível um ramo estar na Videira verdadeira e ser definitivamente improdutivo, pois o Pai, como um agricultor, dispensa os cuidados necessários para que os ramos produzam.

 A alegoria da Videira e os Ramos demonstra tanto a responsabilidade humana quanto a soberania de Deus. A responsabilidade humana pode ser vista claramente nas palavras: “Aquele que permanece em mim”. Por outro lado, no mesmo versículo, a soberania de Deus também é claramente expressa: “Porque sem mim nada podem fazer” (Jo 15.5).

 Depois da conversão vem a frutificação.

1. Primeiro lugar você precisa santificar a tua vida pela Palavra (limpeza espiritual);

2. Segundo lugar você precisa permanecer em Cristo (a Videira);

3. Terceiro lugar você precisa dar fruto;

4. Quarto e último lugar, você precisa obedecer a Palavra de Deus. Assim você poderá dar muito fruto.

- O fruto é o que glorifica o Pai.

 Pr. Elias Ribas -  Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

sexta-feira, 11 de julho de 2025

A VIDA DE SANSÃO

 



Jz 13. 1-7 “E os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do SENHOR, e o SENHOR os entregou na mão dos filisteus por quarenta anos. 2 E havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher, sendo estéril, não tinha filhos. 3 E o anjo do SENHOR apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás, e terás um filho. 4 Agora, pois, guarda-te de beber vinho, ou bebida forte, ou comer coisa imunda. 5 Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus. 6 Então a mulher entrou, e falou a seu marido, dizendo: Um homem de Deus veio a mim, cuja aparência era semelhante de um anjo de Deus, terribilíssima; e não lhe perguntei donde era, nem ele me disse o seu nome. 7 Porém disse-me: Eis que tu conceberás e terás um filho; agora pois, não bebas vinho, nem bebida forte, e não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre até ao dia da sua morte.” 

INTRODUÇÃO: Sansão é fruto de um milagre, Deus escolheu e designou para ser nazireu que quer dizer separado. 

A vida de Sansão é de contradição. Ele foi um homem de grande força física, mas exibia grande fraqueza moral. Ele foi juiz por 20 anos e “nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe” (Juízes 13.5), mas continuamente quebrava as regras de um nazireu.

Sansão foi um líder de Israel que ficou conhecido por sua grande força física. Ele lutou contra os filisteus, um povo que oprimia Israel, e matou muitos de seus inimigos. Sansão também ficou conhecido por sua relação com uma mulher chamada Dalila, que destruiu sua força. 

Neste estudo veremos O PECADO PASSO A PASSO na vida de Sansão.

Pretendo neste estudo bíblico apresentar algumas lições extraídas dos pecados de Sansão; apontarei as suas consequências na sua e eventualmente na vida de cada um de nós. 

1. Ao invés de aprender com os nossos, aprendamos com os erros dos outros, e nesse caso os de Sansão. 

2. Eis aqui um homem que brincou muito com o pecado, ele podia ter voltado atrás, mas cada dia mais se afundava, cada vez mais, pois um abismo chama outro abismo, e Sansão mesmo sendo um escolhido de Deus, Nazireu, brincou com o pior. 

I. CONTEXTO HISTÓRICO 

1. Seu nome significa pequeno sol. 

2. O 13º juiz de Israel 

3. Filho de Manoá da tribo de Dã. Jz 13.2 “Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. 3 Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho”. 

Sansão é fruto da escolha e do milagre de Deus. 

4. Nazireu consagrado a Deus desde o ventre. Jz 3.5 “porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será Nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus”. 

5. A função do juiz.

1. Julgar a nação (encargos sociais).

2. Defender a nação dos inimigos. 

6. Julgou Israel por 20 anos. Jz 16.31 “Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, tomaram-no, subiram com ele e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Julgou ele a Israel vinte anos”. 

7. Autor. O Livro de Juízes não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição judaica diz que Samuel escreveu ou compilou o livro. Evidência interna indica que o autor viveu logo após o período dos juízes. Samuel se encaixa nessa qualificação.

O livro dos Juízes conta a história dos filhos de Israel da época em que se estabeleceram na terra de Canaã após a morte de Josué até o nascimento de Samuel (aproximadamente 1400 a.C.–1000 a.C.). Além da curta narrativa do livro de Rute, Juízes fornece o único relato bíblico desse período. 

8. Quando foi escrito. O livro de Juízes foi provavelmente escrito entre 1045 e 1000 AC. Israel viveu 450 anos sob o governo dos juízes. 

9. Versículos-chave. Juízes 2.16-19: “Suscitou o SENHOR juízes, que os livraram da mão dos que os pilharam. 

II. ALGUNS DETALHES PRIMORDIAIS DA PROMESSA DE DEUS A SEUS PAIS 

1. O significado do nome. A palavra Sansão em hebraico שִׁמְשׁוֹן, Shimshon, que significa “filho do sol” foi o último dos juízes dos antigos israelitas mencionados no Livro dos Juízes na Bíblia Hebraica (capítulos 13 a 16) e um dos últimos dos líderes que “julgaram” Israel antes da instituição da monarquia. 

Sansão era da tribo de Dã, dotado de uma força sobre-humana que foi usada para salvar Israel do poder dos filisteus. Sansão foi juiz de Israel durante vinte anos no tempo dos filisteus. 

Sansão nasceu em Israel na época em que seu povo vivia ameaçado pelos filisteus, um povo vindo do Mediterrâneo e que se fixou na costa Sul de Canaã, por volta de 1200 a.C. Seu pai chamado Manué pertencia a tribo de Dã. Sua mãe era estéril. 

2. Ele seria nazireu. A palavra nazireu (do hebraico nazir נזיר da raiz nazar נזר “consagrado”, “separado”), dentro da Torá é o termo que designa uma pessoa separada e consagrado para servir a Deus. Porém, tinha algumas regras: não podia beber vinho ou qualquer outro alimento feito de uva, tocar um corpo morto e cortar o cabelo. 

3. A desobediência do povo de Israel e a opressão pelos filisteus. Jz 13.1-3 “E OS filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou na mão dos filisteus por quarenta anos. 2. E havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher, sendo estéril, não tinha filhos.” 

Pela sétima vez em Juízes lemos: “Novamente os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do SENHOR.” 

4. Sansão é fruto da escolha e do milagre de Deus. V. 3 “E o anjo do Senhor apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás, e terás um filho.” 

5. Como nazireu, sansão não podia: tomar beber vinho, tocar em cadáveres, cortar o cabelo. Jz 13.4-5 “Agora, pois, guarda-te de beber vinho, ou bebida forte, ou comer coisa imunda. 5 Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus.” 

Esse filho seria um nazireu desde o ventre de sua mãe até o dia de sua morte.

Sansão foi destinado por Yavé para salvar o povo de Israel do poder dos filisteus e era dotado de uma força extraordinária. 

III. OS FEITOS DE SANSÃO 

1. Matou um leão Jz 14.5-6 “Desceu, pois, Sansão com seu pai e com sua mãe a Timnate; e, chegando às vinhas de Timnate eis que um filho de leão, rugindo, lhe saiu ao encontro. 6 Então o Espírito do Senhor se apossou dele tão poderosamente que despedaçou o leão, como quem despedaça um cabrito, sem ter nada na sua mão; porém nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que tinha feito.” 

- Sansão era um homem usado por Deus. Apesar de tudo isso olha só o que ele fez, sendo usado por Deus, independente do pecado. 

2. Põe fogo na ceara dos filisteus. Jz 15.4 E foi Sansão, e pegou trezentas raposas; e, tomando tochas, as virou cauda a cauda, e lhes pôs uma tocha no meio de cada duas caudas. 5 E chegou fogo às tochas, e largou-as na seara dos filisteus; e assim abrasou os molhos com a sega do trigo, e as vinhas e os olivais. 15 E achou uma queixada fresca de um jumento, e estendeu a sua mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens.” 

3. Fere mil com uma queixada. Jz 15.15-17 “E achou uma queixada fresca de um jumento, e estendeu a sua mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens. 16 Então disse Sansão: Com uma queixada de jumento, montões sobre montões; com uma queixada de jumento feri a mil homens. 17 E aconteceu que, acabando ele de falar, lançou a queixada da sua mão; e chamou aquele lugar Ramate-Leí.” 

“Ramate-Leí.” “Colina da Queixada” ou “Lugar Elevado da Queixada.” 

Sansão revidou a morte da esposa assassinando, sozinho, mil filisteus. 

4. Ele Arranca os portões de Gaza. Jz 16.3 “Porém Sansão esteve deitado até à meia-noite; então, se levantou, e pegou ambas as folhas da porta da cidade com suas ombreiras, e, juntamente com a tranca, as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima, até ao cimo do monte que olha para Hebrom”. 

5. Na sua morte mata milhares de inimigos. Jz 16.30 “E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”. 

IV. OS ERROS DE SANSÃO 

Pv 13.20 “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal.” NVI). 

1. Escolha errada. Jz 14.1-3 “E DESCEU Sansão a Timna; e, vendo em Timna uma mulher das filhas dos filisteus, 2 Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; agora, pois, tomai-ma por mulher. 3 Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.” 

·         Timna, uma cidade filisteia.

·         Viu ali uma mulher (NVI).

·         Casar com mulher pecadora – ímpia. 

Deus sempre proibiu o jugo desigual entre seus filhos, pois normalmente, o incrédulo acaba destruindo a fé do crente. 

Sansão quebrou o mandamento do Senhor. Dt 7.3-4 “Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; 4 Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.” 

A desobediência da lei leva a morte. Rm 6.23 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” 

2. Não aceitava conselhos. Jz 14.3 “Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.” 

V. 3 Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.” 

Concupiscência dos olhos. 1ª Jo 2.16 “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” 

·         Não consegui enxergar nas palavras de seus pais um aviso.

·         Não deu ouvido a advertência de seus pais; não tinha responsabilidade com seu cargo e chamado. 

3. Tomou atalho saiu do caminho. Juízes 14.8,9 “Depois de alguns dias voltou ele para tomá-la; e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão, eis que no corpo morto do leão havia um enxame de abelhas com mel. 9 E tomou-o nas suas mãos, e foi andando e comendo dele; e foi a seu pai e a sua mãe, e deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que tomara o mel do corpo do leão.” 

Toca no leão morto – SAIU DO CAMINHIO 

Não valorizou e honrou a Aliança com Deus.

3.1. 4 pilares da Aliança com Deus.

A. Obediência.

B. Fidelidade.

C. Santidade.

D. Comunhão. 

Nos atalhos há morte, sair do caminho e é sair da segurança, tomamos atalhos para quase tudo em nossa vida. Dinheiro fácil, alegria de saquinho, transar sem casamento, etc. 

4. Entrou em lugar que não agradara a Deus. Jz 16.1 “E foi Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.” 

Uma mulher prostituta [ishshah]. Três palavras hebraicas são comumente usadas para prostitutas. Uma é ‘ishshah [neste versículo]; a outra é qadesh. Ambas são usadas para aludir à prostituição cultual praticada pelos sacerdotes e sacerdotisas que tinham relações sexuais como forma de culto aos deuses pagãos (1ª Rs 14.24; Os 4.14). O outro termo alude à meretriz comum [zanah], tal qual aquela com quem Sansão teve relações neste trecho. 

5. Fez um banquete – COMO ERA O COSTUME

Jz 14.10 Descendo, pois, seu pai àquela mulher, fez Sansão ali um banquete; porque assim os moços costumavam fazer.” 

- Ele fez o que todos faziam, temos nos tornados a cara do mundo não do visual mas das atitudes no que sido como “pequenos sol” 

Romanos 12.2 “E não sejais conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” 

6. Em Gaza, Sansão contratou uma prostituta. Jz 16.1-3 “Foi Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela. 2 E foi dito aos gazitas: Sansão entrou aqui. Cercaram-no, e toda a noite lhe puseram espias à porta da cidade; porém toda a noite estiveram quietos, dizendo: Até à luz da manhã esperaremos; então o mataremos. 3 Porém Sansão deitou-se até à meia-noite, e à meia-noite se levantou, e arrancou as portas da entrada da cidade com ambas as umbreiras, e juntamente com a tranca as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima até ao cume do monte que está defronte de Hebrom.” 

Pecados não confessados. Pv 28.13 “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.

- Se prostituiu literalmente, mas não só isso, prostituição é qualquer coisa que toma o lugar de Deus em nossa vida. 

7. O ato derradeiro foi quando ele se envolveu com Dalila (16.4), a causa final da sua derrocada. Jz 16.4-5 “E depois disto aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila. 5 Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata”. 

8. Brincar com o pecado. Jz 16.6-19 “Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força, e com que poderias ser amarrado para te poderem afligir. 7 Disse-lhe Sansão: Se me amarrassem com sete vergas de vimes frescos, que ainda não estivessem secos, então me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem. 8 Então os príncipes dos filisteus lhe trouxeram sete vergas de vimes frescos, que ainda não estavam secos; e amarraram-no com elas. 9 E o espia estava com ela na câmara interior. Então ela lhe disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. Então quebrou as vergas de vimes, como se quebra o fio da estopa ao cheiro do fogo; assim não se soube em que consistia a sua força. 10 Então disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim, e me disseste mentiras; ora declara-me agora com que poderias ser amarrado. 11 E ele disse: Se me amarrassem fortemente com cordas novas, que ainda não houvessem sido usadas, então me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem. 12 Então Dalila tomou cordas novas, e o amarrou com elas, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E o espia estava na recâmara interior. Então as quebrou de seus braços como a um fio. 13 E disse Dalila a Sansão: Até agora zombaste de mim, e me disseste mentiras; declara-me pois, agora, com que poderias ser amarrado? E ele lhe disse: Se teceres sete tranças dos cabelos da minha cabeça com os liços da teia. 14 E ela as fixou com uma estaca, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão: Então ele despertou do seu sono, e arrancou a estaca das tranças tecidas, juntamente com o liço da teia. 15 Então ela lhe disse: Como dirás: Tenho-te amor, não estando comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim, e ainda não me declaraste em que consiste a tua força.” 

9. Revelar segredos espirituais. Subornada pelos filisteus, Dalila se aproveitou do afeto que Sansão tinha por ela, e conseguiu arrancar o segredo da sua força. 

Jz 16.16,18E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a sua alma se angustiou até a morte. 17 E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: Nunca passou navalha pela minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem. 18 Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me descobriu ele todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles o dinheiro. 19 Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força.”

E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a sua alma se angustiou até a morte. 17 E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: Nunca passou navalha pela minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem. 18 Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me descobriu ele todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles o dinheiro.” 

10. Não valorizou a presença de Deus. Jz 16.20-21E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele. 21 Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere.” 

Dalila seu nome significa INFORMANTE. Jz 16.4 “E depois disto aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila.” 

No verso 4 diz que Dalila foi a terceira mulher filisteia com quem Sansão se envolveu (Jz 14-1; 16.1). 

11. Sansão quebrou o voto de nazireu. A passagem da ruína de Sansão mostra Dalila cooperando com os líderes dos filisteus que queriam capturá-lo. Após três tentativas malsucedidas, ela conseguiu convencer Sansão a revelar a fonte de sua força: os longos cabelos. 

Quando ele quebrou a última estipulação do voto nazireu, deixando que lhe cortassem o cabelo, o Senhor o deixou (Jz 16.20), e ele foi capturado. 

12. Sansão teve oportunidade de reverter, mas o processo do pecado foi se alastrando, o orgulho e a soberba tomaram conta e ficou simples para satanás dar sua cartada final trazendo Dalila. 

Juízes 16.18-19 “Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me descobriu ele todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles o dinheiro. 19 Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força.” 

Sansão entregou seu coração a Dalila, seu tesouro, e nós onde temos colocado nosso tesouro. 

O Espírito Santo se retirou da vida de Sansão. V. 20 “Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele.” 

V. O PECADO TRÁS CONSEQUÊNCIAS E NINGUÉM ESTÁ LIVRE DELAS, POR MAIS QUE SEJA ESCOLHIDO DE DEUS, POR MAIS QUE TENHA VIVIDO E FEITO MILAGRES EM DEUS, POR MAIS QUE A GRAÇA ESTEJA SOBRE NÓS 

1. As consequências do pecado. Jz 16.21 “Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere. 

1. Perdemos a visão do Reino e de Deus – VAZARAM OS OLHOS.

2. Nos tornamos escravos do pecado - AMARRARAM COM DUAS CADEIAS.

3. Não chegamos a lugar nenhum – GIRAVA UM MOINHO NO CÁRCERE.

4. Zombaram de Sansão. – RIAM DE SANSÃO – v. 25 

2. Deus é misericordioso, e há restauração. Jz 16.22 “E o cabelo da sua cabeça começou a crescer, como quando foi rapado. 23 Então os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom, e para se alegrarem, e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo. 24 Semelhantemente, vendo-o o povo, louvava ao seu deus; porque dizia: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e ao que destruía a nossa terra, e ao que multiplicava os nossos mortos. 25 E sucedeu que, alegrando-se-lhes o coração, disseram: Chamai a Sansão, para que brinque diante de nós. E chamaram a Sansão do cárcere, que brincava diante deles, e fizeram-no estar em pé entre as colunas.” 

Há tempo hoje para o Senhor operar a restauração e te dar o que é teu. Em Deus suas promessas não se tornam vazias, não há perdas nem desistências da parte Dele. 

Jz 16. 28 “Então Sansão clamou ao Senhor, e disse: Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos.” 

3. Clama a Deus hoje não importa o que aconteceu clama. Jz 16.28-30 “Então Sansão clamou ao Senhor, e disse: Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos. 29 Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e arrimou-se sobre elas, com a sua mão direita numa, e com a sua esquerda na outra. 

4. Deus responde e restaura aquilo que era dele, cumpre Seu propósito na vida de Sansão e o restaura. Jz 16.30 “E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida.” 

5. Ele não morreu derrotado porque Deus o restaurou e deixou isso bem claro. Hb 11.32-34 “E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, 33 Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, 34 Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos” 

6. Sua morte e sepultamento. Jz 16.30,31 “E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida. 31- Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, tomaram-no, subiram com ele e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Julgou ele a Israel vinte anos”. 

Sansão foi sepultado entre Zorá (força) e Estaol (equilíbrio).  

CONCLUSÃO:

1. O Senhor Deus nos chama para a salvação. Mt 11.29Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” 

2. Em segundo lugar. Ele nos chama com um propósito. Uma vocação santa.

2ª Tm 1.9 “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos.” 

3. Mas devemos ter o máximo cuidado para não saímos da presença do Senhor. 1ª Pe 5.8-9Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 9 Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” 

Tg 4.7 “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” 

Deus criou tudo com um propósito. Deus tem um propósito para sua vida, ele quer lhe abençoar. Os propósitos de Deus são bons e não podem ser impedidos. Podemos confiar em Deus porque seu propósito é nos mostrar seu amor e perdão. 

Todos temos propósitos para aquilo que fazemos. Quando nossos propósitos são bons e de acordo com a vontade de Deus, ele nos abençoa. Mas Deus frustra os maus propósitos. Nosso propósito deve ser fazer a vontade de Deus. 

Jr 29.11 Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.” 

A biografia de Sansão tem sido até um exemplo para aqueles que se descuidam de sua vida de comunhão com Deus. Achamos que está tudo bem, quando o Espírito Santo já está triste conosco (Ef 4.30). Perdemos as forças espirituais, a graça, a unção e só nos resta a angústia, uma vida de derrota e tristeza. 

Mas se reconhecermos nosso estado e clamarmos ao Senhor, Ele nos renovará e nos levantará para glória do seu nome, amém! 

Pr. Elias Ribas Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC