TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 24 de abril de 2025

A IGREJA DE ESMIRNA


Ap 2.8-11 “E ao anjo da igreja em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu: 9 Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. 10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. 11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.” 

INTRODUÇÃ:

A segunda carta de Apocalipse é destinada para a Igreja em Esmirna. É uma Igreja onde Jesus não identifica nenhum pecado para correção, semelhante à Igreja de Filadélfia (Ap. 3.7-13). Essas duas Igrejas estão em contraste com a Igreja de Laodiceia, que não recebeu elogio algum, apenas repreensão (Ap 3.14-22). Se Laodiceia é a cara do mundo, Esmirna é o rosto do Cristo humilhado e ferido de Deus. 

Entre as 7 Igrejas que estão no livro do Apocalipse (capítulos 2 e 3), a igreja em Esmirna é a que recebeu a menor carta; e a Igreja em Tiatira, é a que recebeu a maior carta (Ap. 2.18-29). 

I. CONTEXTO HISTÓRICO 

1. O significado do nome. Esmirna tem o significado de “mirra”, que por sua vez, significa “perfume” ou “cheiro suave”. A mirra teve um vasto uso em todo o passado distante, sendo considerada uma das mais finas especiarias. 

A palavra Esmirna vem de mirra, uma erva amarga. Portanto, o nome da cidade é um nome bem apropriado para uma Igreja que estava enfrentando perseguição. 

2. Sua localização. Esmirna era uma bela cidade grega da Ásia Menor localizada num braço do mar Egeu, onde atualmente fica a cidade de Izmir, na Turquia. A Igreja estava situada aproximadamente 65 km ao norte de Éfeso. 

A antiga cidade foi destruída pelos lídios em 600 a.C. e reconstruída pelos gregos no final do 4º século a.C. A cidade ganhou nova vida, e pode ser descrita como uma cidade que morreu e tornou a viver. 

A cidade de Esmirna era uma cidade importante e populosa no primeiro século, e era conhecida, principalmente, por sua beleza. 

Na época do Novo Testamento, Esmirna provavelmente tinha uma população de aproximadamente 100.000 habitantes. Por ser um porto excelente, facilitando o comércio entre a Ásia e a Europa, era uma cidade próspera. 

3. Sua fundação. Informa Lucas que, durante o período em que Paulo ficou em Éfeso, na sua terceira viagem evangelística, “todos os habitantes da Ásia” ouviram o evangelho de Jesus (At 19.10). 

4. Religião. Esmirna era uma cidade mais próspera da Ásia Menor, reconhecida por sua riqueza, cultura e por ter uma forte ligação com o Império Romano.

Durante o domínio romano, Esmirna se tornou um centro de idolatria oficial, conhecida como Guardião do Templo (grego, neokoros). Foi a primeira cidade da Ásia a construir um templo para a adoração da cidade (deusa) de Roma (195 a.C.).

A Diana dos romanos (Ártemis, dos gregos), era a deusa-virgem da lua, irmã gêmea de Apolo, poderosa caçadora e protetora das cidades, dos animais e das mulheres.

Em 26 d.C., foi escolhida como local do templo ao imperador Tibério. Foram descobertas imagens, na praça principal da cidade, de Posêidon (deus grego do mar) e de Deméter (deusa grega). 

II. ESMIRNA, UMA IGREJA MÁRTIR 

1. Aquele que morreu e ressuscitou sabe o que é ser mártir. Ap 2.8 “E ao anjo da igreja em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu.” 

Estas coisas diz o primeiro e o último (8): Jesus começa esta carta com as palavras de 1.17, frisando a Sua eternidade. 

2.  A Igreja em Esmirna. Esmirna representa a Igreja Perseguida: entre 100 a 312 d.C. Este tempo foi conhecido como a ‘Era dos Mártires’, em que muitos cristãos morreram por sua fé. 

2. Uma Igreja sofredora. A Igreja de Esmirna, é caracterizada pelo seu sofrimento, mas também pela sua riqueza espiritual. Jesus, na sua carta, reconhece a sua aflição e as difamações dos que se dizem judeus, mas também enfatiza a sua riqueza interior. A Igreja é chamada a permanecer fiel até a morte, recebendo como recompensa a vida eterna. 

2.1. Tribulação. A marca do sofrimento. A primeira marca de uma Igreja, ou de um cristão, que Deus aprecia é o amor (Éfeso), a segunda é o sofrimento (Esmirna). Uma é naturalmente consequência da outra.

A Igreja estava passando por um momento muito difícil, visto que a pressão era muito grande, estava forçando-a a abandonar a fé cristã.

Os cristãos estavam sendo perseguidos, pois eles estavam sendo obrigados a adorar o imperador como Deus. Muitos cristãos estavam sendo mortos por causa de sua fé em Cristo. 

2.2. Designados para a perseguição. 1ª Ts 3.3 “para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmo sabeis que para isto fomos destinados.” 

Tribulação, perseguição e aflição são fatos que fazem parte da vida cristã. Deus não nos chamou para uma vida de mar de rosas, mas para sofrermos o restante das aflições de Cristo. 

At 5.40-42 “E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir. 41 Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo seu nome. 42 E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.” 

2.3. A disposição de sofrer prova a autenticidade do amor. Quando lemos o texto bíblico referente a esta Igreja, logo percebemos que sim é possível ser fiel até a morte, mesmo passando por provações e perseguições. Aqui vemos uma Igreja sofredora, perseguida, caluniada, aprisionada, enfrentando a própria morte, mas uma Igreja fiel que só recebe elogios de Cristo. 

2.4. Estamos dispostos a sofrer apenas por aqueles que amamos. A prova de que os crentes de Esmirna não tinham perdido o primeiro amor, como haviam perdido os crentes de Éfeso, estava no fato de eles estarem preparados e dispostos a sofrerem pelo Senhor, seja em um contexto familiar, amoroso, de amizade ou de compromisso. 

2.5. Os bem-aventurados. Mateus 5.1-12 “Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, 2 e ele se pôs a ensiná-los, dizendo:  3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. 9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. 12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.” 

No verso 10, Jesus promete o Reino dos céus àqueles que forem perseguidos por causa da justiça. Mt 6.33 “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” 

Nessa palavra está implícita a glória do cristão que é a sua coroa.

Tg 1.12 “Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam.” 

Ap 2.10 “Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” 

Ap 3.11 “Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” 

2ª Tm 4.8 “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” 

2.5. O preço de uma vida piedosa. 2ª Tm 3.12 “E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições.” 

Quanto mais o cristão procura santificar-se, pregar a Palavra, orar, jejuar, contribuir com a obra Senhor, parece que as lutas mais aumentam. Uma vida piedosa e consagrada a Deus tem como preço as perseguições, problemas e dissabores. 

2. Pobreza. A pobreza dos cristãos em Esmirna era por causa da tribulação que eles estavam passando, visto que muitos deles eram escravos, de classe baixa e os bens materiais foram tomados pelos perseguidores. 

3. Difamação. A igreja de Esmirna sofreu calúnias, difamações e acusações pelos judeus, que espalharam mentiras a respeito da Igreja e contaminando outras pessoas com acusações essas graves.

A Igreja Perseguida hoje: cerca de 20 cristãos são mortos por dia, num total de 7.300 mártires por ano.

O diabo estava influenciando os judeus a perseguir a Igreja e a ficar atacando, pois ele é o pai mentiroso e o acusador.

João 8.44 “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” 

CONCLUSÃO:

Ainda hoje existe a Igreja Perseguida. Cristãos são proibidos de pregar o evangelho em muitas nações. Mas até mesmo dentro das igrejas existe a perseguição. Jesus disse que seria para nós uma honra ser perseguidos como Ele foi (Mateus 5.11,12). 

Pr. Elias Ribas - Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau -SC

terça-feira, 22 de abril de 2025

A CARTA Á IGREJA DE ÉFESO

 

Ap 2.1-7 “A o anjo da igreja em Éfeso escreve: estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: 2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; 3 E tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. 4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. 5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. 6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. 7 Quem tem ouvidos, ouça o que o espírito diz às igrejas: ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”. 

INTRODUÇÃO: Quando Deus revelou o livro de Apocalipse, João estava na ilha de Pátmos exilado, condenado, sozinho e destinado a morrer ali. 

O livro de apocalipse é sobre Jesus e sua Igreja. É um livro sobre revelação, onde mostra os acontecimentos do fim dos tempos. 

I. O CONTEXTO HISTÓRICO 

1. A cidade de Éfeso. A igreja de Éfeso era a maior igreja da Ásia Menor (atual Turquia), foi um dos centros urbanos mais importantes do mundo antigo, tanto em termos comerciais quanto a cultura religiosa; era uma cidade cheia de idolatria, onde tinha cultos a Deusa Artêmis também conhecida como deusa Diana. 

A cidade era marcada por intensa imoralidade associada ao culto a Diana, onde o templo funcionava como centro de prostituição sagrada. 

A cidade era centro de práticas supersticiosas mágicas. A crendice de amuletos para curar doenças, garantir boa sorte ou proteção. 

2. O início da Igreja. Paulo chegou à cidade de Éfeso por volta de 53-54 d.C. na sua segunda viagem missionária (At 18.19-20), contudo foi na sua terceira viagem, que durou mais de dois anos onde ele se estabeleceu para pregar o evangelho (At 19.10), o qual muitas pessoas se renderam a Cristo e tiveram um avivamento ali.

Depois de 40 anos, Jesus escreve uma carta para a igreja de Éfeso que estava afundada. Veremos a mensagem de Jesus para a igreja. 

II. QUEM DIZ ESTAS COISAS? (v. 1). 

É Jesus que revela a situação das sete Igrejas da Ásia ao apóstolo amado. 

III. QUEM É O ANJO DA IGREJA E AS SETE ESTRELAS? (v. 1). 

O anjo e as sete estrelas são os pastores que o Senhor tem confiado a pregação do Evangelho ao mundo perdido. 

IV. OS SETE CANDEIRO QUEM SÃO? (v. 1). 

É a Igreja que o Senhor Jesus comprou com Seu sangue. 

V. QUEM FALA É UM DEUS ONISCIENTE (V. 2). 

1. Conhece todas as coisas. V. 2a “Conheço as tuas obras...”.

Nada escapa de Seu olhar. Hb 4.13 “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” 

2. Jesus mostra as virtudes da Igreja. V. 2b tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos.” 

2.1. Tinha obras. Enérgica em obras, esforço, trabalho, ação, evangelismo. 

2.2. Perseverança. Uma Igreja que não esmorece perante os ataques do diabo. 

2.3. Uma Igreja tem discernimento - ortodoxa: “...e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos”. 

Aquela que é fiel à doutrina bíblica. Uma Igreja que não suporta os falsos pregadores. A Igreja de Éfeso havia colocado a prova os pregadores da época. A Bíblia nos ensina a provar se os espíritos são de Deus ou não (Jo 4.1).  Aqueles que pregam sem a ortodoxia bíblica devem ser rejeitados. Não devemos aceitar aqueles que se intrometem no meio da Igreja de Cristo para difundir suas heresias e enganos. 

Mt 7.15 “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.” 

At 20.29-30 “Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho. 30 E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.” 

Mas a igreja de Éfeso não tolerou esses erros doutrinários. 

2.4. Uma Igreja de fibra: V. 3E tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.” 

A. Uma Igreja que não abando a fé por qualquer coisa. 

B. Uma igreja que não esmorecia.

Jesus declara que a igreja de Éfeso tinha “perseverança”, ou seja, “resistência inabalável”, isso significa que ela não desistiu diante das tribulações. Os membros não abandonaram a fé, mas permanecem firmes mesmo diante dos sofrimentos. 

Jesus não livrou a igreja do sofrimento, ou seja, todos os cristãos estão sujeitos a passarem por sofrimento. 

Jo 16.33 “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” 

C. Tiago declara que o cristão precisa se alegrar nas tribulações. Tiago 1.2-4 “Meus irmãos, tende grande alegria quando enfrentardes várias tentações. 3 Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.” 

VI. JESUS FAZ UMA RECLAMAÇÃO 

V. 4 “tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.” 

1. Esta Igreja havia perdido o primeiro amor. V. 4 “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”

1.1. A supremacia do amor. 1ª Co 13.1-7 “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e todo o conhecimento, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. 5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. 6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” 

Faltou amor por Cristo, e pelos irmãos que tinham no início da vida cristã; o amor original, puro, fervoroso, alegre. 

1.2. Quem amo perdoa. Colossenses 3.13,14 “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. 14 E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” 

1.3. 1ª João 4.8 “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” 

1.4. 1ª João 4.7 “Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” 

1.5. Pv 10.12 “O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados.” 

Mt 22.37-39 “Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo.” 

VII. JESUS TRAZ UM CONSELHO A ESTA IGREJA (v. 5). 

V. 5 “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” 

1. “Arrepende-te”. Transforma tua maneira de pensar e de agir.

Atos 3.19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e para que venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.” 

Mt 3.8 “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento.”

2. “Volta á prática das primeiras obras”. A igreja de Éfeso tinha a devida escolha de voltar ao primeiro amor ou não. 

Quando Éfeso é chamada ao arrependimento ela estava sendo chamada para voltar a prática das primeiras obras. Ou seja ela precisava fazer as coisas que eram feitas no início. Primeiras obras não significa fazer tudo novo e diferente, mas sim fazer as mesmas coisas só que com entusiasmos motivados pelo amor original ou seja um amor rejuvenescido. 

3. Candeeiro. “....venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” 

Significa, aqui uma visitação especial de julgamento. 

Candeeiro é um suporte para segurar uma lâmpada. Jesus está dizendo que a Igreja é a luz de Cristo nesse mundo.

João 8.12 “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” 

Mt 5.13-16 “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte. 15 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. 16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” 

Mas, ela não brilha sozinha, precisa ter intimidade com o Senhor e se perder a intimidade e perder o amor a Jesus, ela deixará de brilhar e estará em trevas. 

4. Odiava os nicolaítas. V. 6 “....tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. 

Qual Era a Doutrina dos Nicolaítas? O grupo denominado nicolaítas, participava de uma seita que procurava difundir ensinos contrários ao Evangelho e aos ensinamentos já estabelecidos no início da era cristã. Eles ensinavam um evangelho sem renúncia, liberal e sem proibições, ou seja, pode tudo. Ele dizia que sexo fora do casamento não é pecado e incentivava os crentes a comer carne sacrificada aos ídolos. 

O objetivo era corromper as doutrinas das igrejas e perverter os costumes já existentes. 

Nicolaítas: O nome significa “dominador do povo”, mas os Nicolaítas são desconhecidos fora do Apocalipse. 

O erro destes foi de encorajar os crentes a participar em festas idólatras dos pagãos e praticarem a prostituição (Ap 2.14-15). 

3. A igreja precisa ouvir a voz de Jesus. V. 7 “Quem tem ouvidos, ouça o que o espírito diz às igrejas: ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”.

CONCLUSÃO: Jesus é onisciente conhece nossas obras e esforços que fizemos para Ele ou não.

Ele sabe se estamos dentro da ortodoxia bíblica ou se estamos enganando os nossos irmãos.

Ele nos aconselha arrepender, voltar ao primeiro amor.

Ou Ele vira sobre nós com julgamento. 

Pr. Elias Ribas - Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau-SC

segunda-feira, 21 de abril de 2025

ESTEVÃO; PERSEGUIÇÃO COROA DE GLÓRIA DO CRISTÃO

 


1ª Pedro 4.13 “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.” 

Atos 6.8-15Ora, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão; 10 e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então subornaram uns homens para que dissessem: Temo-lo ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. 12 Assim excitaram o povo, os anciãos, e os escribas; e investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao sinédrio; 13 e apresentaram falsas testemunhas que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar e contra a lei; 14 porque nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. 15 Então todos os que estavam assentados no sinédrio, fitando os olhos nele, viram o seu rosto como de um anjo.” 

INTRODUÇÃO:

Vamos estudar a vida de dois grandes homens da história da Igreja: Estêvão e Paulo. Abordaremos a vida de Estêvão, diácono, pregador e mártir do Cristianismo. Aprendemos inúmeras lições com o estudo da vida desse homem. 

O segredo do crescimento da igreja primitiva estava no vigor espiritual dos homens de Deus, mesmo nas dificulda­des. Houve intensa perseguição aos cristãos nos primeiros séculos, mas esse tratamento cruel teve um papel fundamen­tal na expansão do Cristianismo. Em toda sua história, a igreja sempre triunfou em meio às lutas e contratempos. O que se vê nas páginas da história da igreja é que, quanto maior a perseguição, maior o avanço. 

I. UM CRISTÃO PREPARADO 

Não fossem as condições espirituais de Estêvão, ele jamais suportaria as afrontas de seus algozes. Devemos dar graças a Deus porque Ele conhece a fragilidade humana, e, por isso, dá meios ao cristão para enfrentar as perseguições. Não pense você que ser crente consiste apenas em possuir uma carteira de membro de igreja. Ser cristão é estar preparado para os momentos mais difíceis desta vida. 

Sl 103.14 “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.” 

Por que Estêvão venceu a perseguição? 

1. Era cheio Espírito Santo. V. 3. Sua boa reputação perante a comunidade era resultado das qualidades que possuía. O Espírito Santo capacitou e encorajou Estêvão para enfrentar até mesmo a morte. Veja o que Deus pode fazer em nossas vidas, tomando como exemplo o apóstolo Pedro. 

Compare o homem tímido que negou a Jesus: Mt 26.69-75 “Ora, Pedro estava sentado fora, no pátio; e aproximou-se dele uma criada, que disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. 70 Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. 71 E saindo ele para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno. 72 E ele negou outra vez, e com juramento: Não conheço tal homem. 73 E daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Certamente tu também és um deles pois a tua fala te denúncia. 74 Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. 75 E Pedro lembrou-se do que dissera Jesus: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.” 

Compare agora com o ousado e corajoso Pedro, cheio do Espírito, que enfrentou autoridades.

At 4.13 “Então eles, vendo a intrepidez de Pedro e João, e tendo percebido que eram homens iletrados e indoutos, se admiravam; e reconheciam que haviam estado com Jesus.” 

2. Era cheio de sabedoria. V. 3,10. Estêvão era um homem sábio na exposição da Palavra. Não se trata de uma sabedoria humana, mas da sabedoria que vem de Deus para ensinar as verdades do Evangelho. Deus concede sabe­doria, mas usa o conhecimento da Palavra que se adquire pelo estudo e pelo esforço pessoal. Na hora da pregação ou de precisar defender a fé, essa sabedoria é a arma de que o cristão dispõe. 

3. Era cheio de graça e poder. V. 8. Por ser um homem de fé, sinais e maravilhas aconteciam através de sua vida. Quando todos se levantaram contra ele com pedras e ameaças, manteve-se firme. Mas por quê? Porque a vitória que vence a perseguição é a fé. (1ª Jo 5.4 e Ap 2: 10). 

II. O CRISTÃO E SUA COROA 

1ª Pedro 4.13-16 “Mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis. 14 Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus. 15 Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; 16 mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome.” 

Afirmar que a perseguição e o sofrimento por causa do evangelho são motivo de alegria e de glória para o cristão, parece ser uma mensagem que não encoraja a ninguém. Mas é isso que vemos na vida de Estêvão e de todos os homens que entregaram suas vidas por amor a Jesus. Fizeram isso com alegria, apesar da dor. 

Há uma coroa de glória para aquele que perseverar até o fim, (Mt 24.13). Estêvão recebeu o seu prêmio. (At 7.56). 

1. Estêvão confessa a Jesus. At 7.54 “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós. 52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, 53 vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. 54 Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão.” 

Mesmo diante de uma atitude de revolta e agressão, Estêvão teve forças para dizer: V. 60 “E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.” 

Estevão estava confessando Jesus diante dos homens. Mt 10.32-33 “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. 33 Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.” 

Mc 8.38 “Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.” 

2. Jesus recebe-o diante do Pai. At 7.56 “e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus.” 

Ao partir para a eternidade, Estêvão vê os céus abertos e Jesus dá as boas-vindas ao primeiro mártir da história do Cristianismo, que morria por amor a Ele. 

III. CHAMADO À PERSEGUIÇÃO 

Depois da morte de Estêvão, desencadeou-se uma grande perseguição contra a igreja. Quem seria o próximo a morrer por amor a Jesus? 

Naqueles dias, homens e mulheres eram presos e açoitados, e muitos foram mortos. 

At 8.2 “E uns homens piedosos sepultaram a Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele.” 

At 8.10-11 “O que, com efeito, fiz em Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões, como também dei o meu voto contra eles quando os matavam. 11 E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, obrigava-os a blasfemar; e enfurecido cada vez mais contra eles, perseguia-os até nas cidades estrangeiras.” 

Era o início de uma perseguição que atravessaria os séculos e chegaria até nossos dias. Deus usou a perseguição daqueles dias para dar impulso à obra missionária: 

At 8.4 “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os entregava à prisão. 4 No entanto os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra.” 

A igreja precisa conhecer, pelo menos, três grandes verdades a respeito da perseguição: 

1. Designados para a perseguição. 1ª Ts 3.3 “para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmo sabeis que para isto fomos destinados.” 

Tribulação, perseguição e aflição são fatos que fazem parte da vida cristã. Deus não nos chamou para uma vida de mar de rosas, mas para sofrermos o restante das aflições de Cristo.

Cl 1.24 “Agora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vós, e cumpro na minha carne o que resta das aflições de Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja.” 

2. Os bem-aventurados. Mateus 5.1-12 “Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, 2 e ele se pôs a ensiná-los, dizendo:  3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. 9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. 12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.” 

No verso 10, Jesus promete o Reino dos céus àqueles que forem perseguidos por causa da justiça. Mt 6.33 “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” 

Nessa palavra está implícita a glória do cristão que é a sua coroa.

Tg 1.12 “Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam.” 

Ap 2.10 “Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” 

Ap 3.11 “Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” 

2ª Tm 4.8 “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” 

3. O preço de uma vida piedosa. 2ª Tm 3.12 “E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições.” 

Quanto mais o cristão procura santificar-se, pregar a Palavra, orar, jejuar, contribuir com a obra Senhor, parece que as lutas mais aumentam. Uma vida piedosa e consagrada a Deus tem como preço as perseguições, problemas e dissabores. 

CONCLUSÃO:

Os apóstolos começaram a Igreja com grandes perseguições e todos foram levados ao martírio, exceto o apóstolo João. Porém, as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18). 

Em seu ministério, John Wesley enfrentou várias dificuldades, oposições, perseguições, e somente anos depois, ao retornar, é que podia então declarar que a vitória foi alcançada. Quando retornou à Irlanda, havia frutificação; o número de membros multiplicava, em muitos lugares eram construídas capelas espaçosas e cômodas em todos os sentidos, graças à liberalidade do povo cristão. 

Embora Wesley muito se regozijasse com esta prosperidade, compreendia que a existência desta prosperidade havia levado muitos a ficarem acomodados. Então ele declarou: “não há agora, nenhuma oposição da parte dos ricos nem dos pobres. Em consequência disso, não há muito zelo, pois o povo vive satisfeito com sua comodidade. Quando se levanta a perseguição, quantos buscam mais a Deus! Quando tudo está em paz, quantos se esfriam e perdem o primeiro amor! Alguns perecem na tempestade, porém, a maioria esfria na calmaria. Senhor, salva-nos, senão pereceremos!” 

Ainda hoje está comprovado que a Igreja, quando enfrenta intensas perseguições, cresce mais. Deus usa essas situações para burilar nossa vida cristã, e para em alguns momentos nos despertar mais a busca-lo. 

Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 9 de abril de 2025

A VONTADE DO PAI

 


João 4.34 “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. 

INTRODUÇÃO

O maior exemplo de vida segundo a vontade de Deus está em Jesus Cristo. A vontade de Deus e a de Jesus são a mesma coisa. Por isso o Mestre disse que seu sustento é cumprir os planos de Deus. Tudo que Jesus fez foi para cumprir o propósito de Deus e nos ensinar como viver segundo a vontade do Senhor. 

A vontade humana é passageira e nem sempre é o melhor, mas a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2). Por isso precisamos conhecer a vontade de Deus para nossas vidas. 

Você conhece a vontade de Deus para sua vida?

Vamos estudar no evangelho de João onde Jesus usa a Palavra ‘vontade’, explicando qual é o plano de Deus para nossas vidas: 

A VONTADE DE DEUS

1. Nascer de Novo. João 1.13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. 

A primeira coisa que Jesus quer para nossas vidas é o Novo Nascimento. Quando nascemos de novo estamos começando uma nova vida de acordo com a vontade de Deus (Jo 3.7,8). 

Jesus quer que você nasça de novo! 

2. Obedecer a Deus. Jo 5.30 “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou”. 

Obediência é outra característica da vontade de Cristo para nós. Quando obedecemos estamos deixando o nosso próprio querer para aceitar os planos Divinos para nossas vidas. Mas quando desobedecemos estamos nos sacrificando e por isso acontece tanto sofrimento no mundo. 

1º Sm 15.22 “Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.” 

3. Chamado Missionário. João 6.38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”. 

Cada um de nós tem um chamado de Deus para cumprir uma missão. Esta missão é exercer um ministério no Corpo de Cristo (1ª Co 12.12-27). 

Assim como Jesus foi enviado por Deus, também nos envia para pregar o evangelho. Mt 28.18-20 “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19- Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. 20- Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” 

4. Ganhar vidas. João 6.39 “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia”. 

A vontade de Jesus é ganhar as almas das pessoas para Deus. Foi por isso que morreu e comprou nossas vidas com o seu sangue. O propósito do inimigo é “roubar, matar e destruir”, mas Cristo veio para que “tenham vida e vida em abundância” (Jo 10.10). 

O plano Divino é para toda a humanidade. Tito 2.11 “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens.” 

5. Fé.

João 6.40 “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. 

O diabo tentou o homem e a mulher semeando dúvida que os levou a pecar. Gn 3.1-4 “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? 2- E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos. 3-Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. 4- Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.” 

A incredulidade é o maior obstáculo para a ação de Deus em nossas vidas. Por isso, o propósito de Jesus é que tenhamos fé para ver a glória de Deus (Jo 11.40) e acontecer o impossível (Mc 9.23). 

6. Conhecimento da Palavra. João 7.16,17 “Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”. 

Quando aprendemos as Escrituras conhecemos mais sobre Jesus. João 5.39 “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” 

Jesus que é a própria Palavra de Deus encarnada. Jo 1.1 e 14 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 14- E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” 

Somos limpos pela verdade que nos santifica. Jo 17.17 “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” 

7. União dos cristãos. João 17.24 “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo”. 

Jesus veio ao mundo e reuniu Seus discípulos para formar sua Igreja e o seu plano é que todos estejam unidos como um Corpo. 1ª Co 12.27 “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.” 

Como na Igreja Primitiva, devemos viver em comunhão com os irmãos. At 2.42-47 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43- E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.44- E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 45- E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. 46- E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47- Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” 

CONCLUSÃO

Quando amamos uma pessoa procuramos fazer tudo para agradá-la. Assim devemos também procurar fazer a vontade de Deus.

Sl 37.4 “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração.” 

A vontade de Cristo é que após nascer de novo, obedeçamos a Deu, cumpramos nosso chamado missionário ganhando vidas, vivendo em fé e aprendendo a Palavra de Deus junto com os irmãos. 

Pr. Elias Ribas - Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau SC

quarta-feira, 2 de abril de 2025

A VIDA ABUNDANTE EM CRISTO - ROMANOS 8

 


Romanos 8.1-30 

INTRODUÇÃO. Neste contexto Paulo nos ensina algumas questões acerca da nova vida com Cristo.

O capítulo 8, Paulo mostra que a vida cristã é abundante no Espírito, como bênção da justificação pela fé. Este é o ministério do Espírito, que vamos estudar hoje. 

I. OS QUE ESTÃO EM CRISTO JESUS 

1. Nenhuma condenação há para o Cristão fiel. V. 1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. 

2. Estou livre do pecado e da morte. V. 2 “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”. 

Jo 1.29 “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 

Ef 2.8 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” 

·                    Não é pelas obras.

·                    Não é pelas tradições humanas.

·                    Não é pelas filosofias.

·                    Não é pela religiosidade. 

Mas a lei do Espírito a lei de Cristo nos livrou da lei da morte e do pecado. 

3. Impossível a lei nos libertar. V. 3 “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado’. 

Jo 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” 

4. A liberdade do Espírito. V. 4 “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” 

A liberdade em Cristo que gozamos advém do fato de não estarmos debaixo da lei, mas da graça (Rm 6.14). Uma vez debaixo da graça, “não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. É no capítulo 8 que a operação do Espírito Santo na vida do cristão é manifesta com mais clareza. 

II. A INCLINAÇÃO DA CARNE E A INCLINAÇÃO DO ESPÍRITO 

1. Carnais e espirituais. Vs. 5,6 “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. 6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.”

O apóstolo fala de dois grupos de pessoas os carnais e os espirituais. Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais.

O homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). E Jesus afirmou que o homem fala daquilo que o seu coração estiver cheio (Lc 6.45).

O pensamento do homem norteia o seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, resultando em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, resultando em vida e paz. 

2. Inclinação da carne. Vs. 7-8 “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” 

Isso significa ter mente carnal, vida controlada pela carne. Tal pessoa não está sob o domínio do Espírito. Quem assim vive, não pode agradar a Deus (v.8). Só conseguiremos agradar a Deus fazendo-lhe a vontade. Mas só o conseguiremos se estivermos sob a direção do Espírito Santo. 

3. Inclinação do Espírito. Os que são justificados pela fé em Cristo, nasceram de novo, e, portanto, são regenerados. São filhos de Deus. Eles ocupam-se inteiramente das coisas de Deus. Procuram conhecer cada vez mais a Cristo, inteirar-se da Palavra de Deus, dedicar-se à evangelização, à oração, ao jejum, ao louvor. Sua expectativa é a vinda de Jesus! 

4. Agora o cristão vive no Espírito e o Espírito habita em nós. Vs. 8-9 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. 

1 Co 6.18-20 “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 18- Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo. 19- Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20- Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 

III. O ESPÍRITO SANTO MORA EM NÓS 

1. Mudança de homem religioso para homem espiritual.  Interessante é observar o contraste entre os capítulos 7 e 8 de Romanos. No capítulo 7, o apóstolo afirma por duas vezes: “o pecado habita em mim” (Rm 7.17,20). No capítulo 8, é o Espírito Santo quem habita em nós (v. 9).

Agora, somos devedores ao Espírito, que nos deu vida, e não à carne, que resulta em morte (vv.12,13). 

2. O Espírito de Deus. V. 9 “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. 

O Espírito Santo é chamado “Espírito de Cristo” (At 16.7; Fp 1.19). São referências à deidade absoluta de Jesus (Jo 1.1; 9.5; Tt 2.13). Veja que o Espírito Santo, ou “Espírito de Cristo”, habita em nós (v. 9). No versículo seguinte, lemos que Cristo habita em nós (v. 10), e o v.11 diz que somos moradas da Trindade. 

3. O cristão está morto na carne. V. 10 “Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça”. 

Gl 5.17-18 “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. 17 Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.” 

4. O Espírito é vivifica nosso corpo. V. 11 “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”. 

Gl 2.5-7 “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos). 6 E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus.” 

5. Os desejos da carne nos levam para a morte. O caminhar do cristão. Vs. 12-13 “De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis”. 

Jo 6.63 “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida.” 

IV. FILHOS E HERDEIROS DE DEUS 

1. Somos guiados pelo Espírito Santo. V. 14 “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. 

2. Recebemos o Espírito de adoção. V. 15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai”. 

3. Somos filhos de Deus. V. 16 “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. 

4. Somos herdeiros de Cristo. V. 17 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo....”. 

5. Seremos glorificados com Ele. V. 17b “....se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” 

V. A ESPERANÇA DA GLÓRIA FUTURA 

1. Os sofrimentos presentes e a glória futura. Vs. 18-21. Os sofrimentos presentes e a glória futura. 18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. 19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. 20 Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. 21 Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” 

Jo 1.12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” 

Paulo fala sobre o problema do sofrimento e da dor. Ele faz um contraste com o sofrimento do mundo presente com a glória futura que um dia Deus irá revelar pela qual nós participamos. Primeiro vem o sofrimento e depois vem a glória. Os sofrimentos que passamos aqui, comparado com a glória futura, eles são irrelevantes. Nós sabemos que Deus sempre está conosco em nossos desertos Is 43.2 “Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” 

2. A criação geme as dores de um parto. V. 22 “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” 

A Criação não pecou, mas sofre por causa dos nossos pecados. Quando Adão pecou, toda a criação ficou sujeita à maldição. O pecado afetou a tudo o que Deus criou, por isso “a terra e as obras que nela há se queimarão. (2ª Pe 3.10). A terra e todo o universo um dia se desfarão. 

A criação geme pela corrupção do homem, e Igreja sofre pelas perseguições, mas um dia aguardamos a volta de Jesus para restaurar todas as coisas. 

3. Os três gemidos de Romanos 8. 

1. Os gemidos do Espírito Santo intercedendo por nós. Gemidos inexprimíveis: suspiros que não podem ser expressos pela linguagem e pelo intelecto humano.

2. Os gemidos da criação.

3. Os gemidos dos próprios cristãos aguardando a manifestação final e pública da adoção em Cristo (vs. 22-23). 

4. A esperança da salvação. V. 24 “Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera”? 

Hb 11.1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” 

Lm 3.21-24 “Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. 22 As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; 23 Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. 24 A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.” 

Sl 40.1 “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” 

VI. O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO 

1. O Espirito intercede por nós. V. 26 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”. 

O Espírito ora por nós quando somos incapazes orar. Ele ora em nosso favor porque conhece a perfeita vontade do Pai para nós. Então, quando você trouxer seus pedidos a Deus, creia que Ele sempre fará o que é melhor. 

2. Sonda nossos corações. Vs. 27 “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”. 

3. Ele nos predestinou. V. 29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. 

3. Nos justificou. V. 30 “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. 

Pr. Elias Ribas Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau-SC