TEOLOGIA EM FOCO

sábado, 23 de dezembro de 2017

O QUE É ADORAÇÃO


Para que um cristão comece a ADORAR a Deus, precisa ter comunhão, conhecimento, contato, ligação com Deus. Se assim não for, estaremos na mesma adoração dos habitantes de Atenas (Atos 17).

Adorar a Deus é reconhecer e confessar a Sua glória, o Seu poder, a Sua majestade, não importando o que Ele faça ou deixe de fazer. A adoração é pelo que Deus é.

Na adoração, nos humilhamos diante de Deus, reconhecemos e exaltamos a glória, majestade e poder. Às vezes mesmo sem palavras.

Na adoração nada se pede, nada se reivindica, nada se agradece. Apenas se exalta, se glorifica ao Senhor nosso Deus. Apenas... se adora, e se alegra pela simples presença de Deus.

I.         O QUE SIGNIFICA A PALAVRA ADORAÇÃO

A palavra “adoração” aparece uma vez na Bíblia (Atos 8.27). E o substantivo “adorador” aparece apenas uma vez, em João 4.23. Todas as vezes que a Palavra de Deus toca no assunto usa o verbo “adorar”, como nessa própria passagem de João, em que ele é pronunciado nove vezes.
No Velho Testamento, na esmagadora maioria das vezes, trata-se da tradução do verbo hebraico “sahah”. No Novo Testamento é a tradução do verbo grego “proskyneo”. Em ambos, o sentido é de prostrar-se, encurvar-se, inclinar-se, e sempre com o rosto em terra. Trata-se de um ato devido somente a Yahweh ou Jesus.
A palavra “adorar” vem do latim “adorare”. O significado é “dar valor a alguém ou atribuir valor a algo”. Adorar é, essencialmente, reconhecer o valor de Deus. É reconhecer que Deus é digno de ser adorado.
O culto de adoração pelos judeus se dirigia a Yahweh, o Deus de Israel, o Deus Eterno, cujo nome significa “Eu Sou Aquele que Sou”.
Os dois principais verbos para “adorar”, no Novo Testamento, são proskyneo, que significa “adorar” no sentido de prestar-se, amar intensamente; e latreuo, que significa “servir” a Deus.
Adorar é render-se (do grego: “proskuneo”). Reconhecer a nossa inferioridade e a superioridade de Deus, colocando-nos à Sua inteira disposição. A ideia básica é a de submissão. Frequentemente o termo é traduzido por “prostrar-se”. Denota o gesto de curvar-se diante de uma pessoa a quem honramos e ir até o ponto de beijar os seus pés.
Adorar no lat. Adorationem, orar para alguém. Veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo-lhe a soberania sobre o universo. No hebraico temos a palavra sãhâ; enfatiza o ato de prostração e reverência. Adorar é, essencialmente, reconhecer o valor de Deus. É reconhecer que Deus é digno de ser adorado.
O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbo adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio).
Adoração é o ato de adorar reverentemente; considerar com grande temor e devoção; sentir um amor profundamente dedicado. Os verdadeiros adoradores são aqueles que O adoram em todo lugar e em todo tempo. Não somente uma adoração com músicas, mas com suas próprias vidas - seus atos, sua maneira de falar e vestir. Adorar é deixar que Cristo viva em você. Deixar que Ele dirija seus atos, palavras e pensamentos. Demonstramos nossa adoração ao Senhor com músicas e danças, ao ofertar, em como conduzimos nossos empregos, em como tratamos outras pessoas e vivemos nossas vidas.
As palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam ajoelhar-se, prostrar-se (Strong), como em Êx 20.5. As palavras que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica (Strong), como em Mt 4.10 e João 4.24. Adoração então é uma atitude de extremo respeito, inclusive ao divino, que se expressa com ações singulares de reverência e culto.
Um maravilhoso homem de Deus fez a seguinte distinção entre louvor e adoração. “Louvo ao Senhor pelo que Ele tem feito, mas o adoro por Ele ser quem Ele é”.

1. À luz da Bíblia, como podemos definir adoração.
1.1. Adoração é o ato de adorar. É a palavra correta para significar o ato de culto que se presta ao Senhor. É importante frisar que tal culto de adoração pode ser coletivo, familiar ou individual.
1.2. Serviço sagrado, culto ou reverência a Deus por Suas obras - é chagar-se a Deus de modo reverente, submisso e agradecido, a fim de glorificá-lo.
1.3. Adorar é deixar que a alma se curve em contemplação reverente diante do objeto adorado. Adorar a Deus é curvar-se diante d’Ele em meditação de amor e contemplação d’Ele mesmo.
“Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhamos diante do Senhor que nos criou” (Sl 95.6).
“E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram” (Êx 4.31).
“E todos os filhos de Israel vendo descer o fogo, e a glória do Senhor sobre a casa, encurvaram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram e louvaram ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque sua benignidade dura para sempre” (2ª Cr 7.3).
“Então Josafá se prostou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o” (2ª Cr 20.18).
1.4. Adorar é um ato de total rendição, gratidão e exaltação jubilosa a Deus (Sl 95.6; 2º Cr 29.30; Mt 2.11).
1.5. É o Espírito Santo que habilita o crente a adorar com profundidade e temor a Deus (Jo 4.23, 24; Ef 5.18-19; 1ª Co 14.15; At 10.46; Fl 3.3).
1.6. Adoração é vital à nossa vida cristã, pois serve como porta de entrada para a presença de Deus. Por meio da adoração, podemos entrar na sala do trono celestial e prostra-nos diante do Deus Altíssimo, o Criador do universo. Adoração nos conduz a um nível novo e muito maior de intimidade com o Pai. Tenho descoberto que as coisas terrenas tornam-se turvas à medida que permanecemos na presença de Deus. De repente, o Deus que estava tão distante encontra-se mais perto de que nossa respiração, e nada pode afastar- de Sua glória.

II.      LOUVOR E ADORAÇÃO

Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é; O louvor é um elogio a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS. O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS).

1. Qual a diferença entre louvor e adoração segundo a Palavra de Deus.
Como já vimos louvor significa: Elogiar, aplaudir, bendizer, aprovar, enaltecer, glorificar, exaltar. Adoração: render culto, reverenciar (se curvar), amar intensamente, predileção, apreciar.
1.1. O que vem antes, adoração ou louvor? Adoração vem primeiro. Eu afirmo que, adorar e louvar, estão intrinsecamente ligados. Adoração é cantar ou tocar na Igreja? Nem sempre, se não é regada pôr um viver cristão digno do sacrifício de Jesus.
1.2. Adorar é eleger Deus o maior e melhor tesouro. Não há riqueza e nem grandeza que se compare a esse tesouro. Quem verdadeiramente é um adorador pode se considerar a pessoa mais rica do universo.
Hoje em dia cantamos muito e adoramos pouco. Quando só cantamos e usamos muito som o povo grita, pula e dança. Quando o nosso louvor é adoração, o povo chora e se quebra diante do Altíssimo, sentindo a presença do glorioso Espírito Santo.
1.3. Apocalipse capítulo 4 e 5, trazem luz sobre o referido tema acima, vejamos o que está registrado neste dois capítulos:
A. No cap. 4, tem: trono, alguém assentado, vinte e quatro tronos, vinte quatro anciãos, vestes brancas, coroas de ouro, relâmpagos, vozes, trovões, sete tochas de fogo, Espírito de Deus, mar de vidro, quatro seres viventes, proclamação, adoração (prostrar-se-ão), coroas depositadas diante do trono, nova proclamação.
B. No cap. 5, tem: um livro escrito por dentro e por fora selado com sete selos, anjo forte, proclamação, quem é digno de abrir o livro, choro, ancião, consolo e conforto (não chore), “O Leão da tribo de Judá” venceu para abrir o livro e seus sete selos! Um trono, um “Cordeiro”, ressurreto, sete chifres, sete olhos, sete Espíritos de Deus, quatro seres viventes, vinte e quatro anciãos prostraram-se (adoração) diante do “Cordeiro”, harpa, taças, incenso, “novo cântico”, vozes de muitos anjos, seres viventes, anciãos, criaturas (diz respeito ao ser humano).
Bom, aqui encontramos, tanto adoração como louvor.
Diante Dele todos se curvam em adoração, e entoado um novo cântico (louvor), de forma tripla!
1º Os quatros seres viventes e os vinte e quatro anciãos.
2º Anjos milhões de milhões e milhares de milhares junto com os seres viventes e os anciãos.
3º Toda criatura que há no céu e sobre toda a terra, debaixo da terra e sobre o mar

2. Em muitas igrejas atuais, separa-se o louvor da adoração. A ordem do culto é louvar, adorar e explanação da Palavra. O louvor é rápido, e a adoração, lenta.

Na verdade o louvor e adoração nunca deveriam ser separados, pois trabalham juntos. No meu entendimento o louvor é parte da adoração. Se eu não sei quem é Deus, não posso louvá-lo realmente pelo que tem feito. Quando opto por louvá-lo peço que me faças entrar em sua presença. Quando tenho comunhão com Ele e passo a conhecê-lo, meu coração é atraído cada vez mais, de forma irresistível, para Ele com amor. Neste momento, eu adoro. O louvor me apresenta a Ele, e adoração acontece quando lhe entrego meu coração e passo adorá-lo todo o instante. Tanto o louvor como a adoração provém do meu coração.
Creio que a diferença verdadeira entre louvor e a adoração seja que o louvor é um ato voluntário, ao passo que a adoração flui do meu espírito. No livro de Salmos Davi declara: “Dar-te-ei graças, Senhor, Deus meu, de todo o coração, e glorificarei para sempre o teu nome” (Sl 86.12). Davi determinou de antemão que, independentemente do que acontecesse ou de como se sentisse, ele louvaria.
“De novo concebeu e deu à luz um filho; então, disse: Esta vez louvarei o SENHOR. E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar à luz” (Gn 29.35).
Este é o primeiro lugar na escritura em que encontramos a palavra “louvor” e vem de alguém que não tinha muito motivo para qual louvar a Deus. Lia deu à luz o louvor. Veio de seu interior. Ela não permitiu que as circunstâncias mudassem seu coração.
Lia tinha muito pouco prazer na vida. Seu casamento era um desastre, e ela era odiada por sua própria irmã. Mesmo assim, Deus a escolheu para estabelecer a base do louvor em Sua Palavra.
Deus não permite que as tempestades da vida roubem o louvor de seu coração. Você sempre pode louvar e adorar Deus em meio à tempestade.
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. A o mestre de canto. Para instrumentos de cordas” (Hc 3.17-19).
Louvar é um ato voluntário, uma decisão que tomamos a despeito das circunstâncias. Lia louvou ao Senhor pelo que Ele havia feito por ela, ao invés de queixar-se do que Ele não tinha feito. O louvor sempre faz com que foquemos nossa atenção nas mãos de Deus.
Adoração é um ato por meio do qual reverenciamos, honramos e expressamos nosso louvor à pessoa de Deus e aos seus atributos. A adoração é, em síntese, a celebração dos méritos de Deus.
É fácil ver como alguém observa o valor de outra pessoa pela atitude que lhe mostra e pela maneira como a trata. Será que mostramos a Deus quanto Ele é valioso para nós por meio da adoração? Será que mostramos a Deus quanto Ele é dignos para nós?
Resumindo: Louvar está ligado ao elogio ou exaltação que damos a Deus numa espontânea manifestação de alegria. Adorar está ligado à nossa atitude de cultuar, que deve ser a expressão de um coração sincero e verdadeiro.

III.   ADORAR É UM ATO SUBLIME ATO DE SERVIR A DEUS

1. O servir a Deus tem relação direta com adorar a Deus. O serviço que fazemos para Deus por amor e gratidão, sob o estimulo do Espírito Santo, é uma forma de adoração. Na verdade, como afirmou o pastor Russell Shedd: “o Senhor reivindica a totalidade do serviço dos seres a quem Ele resgatou e deu vida”.

2. No ministério ao Senhor, o louvor juntamente com a adoração, vem sempre em primeiro lugar. No entanto, quantas vez ouvi dizer que o período de louvor era meramente a “preparação para a Palavra!” No entanto o louvor é para Deus e a Palavra é para a Igreja.

3. Porém a adoração vem em primeiro lugar. E não visa preparar o coração de ninguém, e sim ministrar ao coração de Deus. O que prova que o culto é feito primeiramente para Deus e não para os homens. Igrejas adoradoras provarão mais do poder de Deus do que qualquer outra, pois quando nos achegamos a Deus, Ele também se achega a nós (Tg 4.8).

Para muitos de nós, quando ouvimos falar em adoração, pensamos no “culto de louvor” da igreja. Trata-se de uma parte importante da nossa vida de adoração, mas não se esqueça de que é apenas uma parte. Você pode adorar quando não há outras pessoas por perto e, é claro, pode adorar mesmo sem música!
Isso não quer dizer que a adoração coletiva não seja bíblica. Apenas estou dizendo que você pode adorar em qualquer lugar sozinho ou coletivamente. O livro de Salmos diz: “Aleluia! De todo o coração renderei graças ao SENHOR, na companhia dos justos e na assembleia” (Sl 11.1).

IV.   ADORAR A DEUS REQUER REVERÊNCIA
Reverência, significa: respeito, veneração, honra que se presta a Deus como ser supremo por excelência.

A reverencia a Deus é manifestada litúrgica e intencionalmente.
Litúrgica: Nos cultos e ajuntamentos solenes para venerar a Deus, demonstrando o nosso amor por Ele.
Intencionalmente: No modo de agir e pensar de cada um que toma o nome de Deus. (Pela retidão, justiça e amor).
“Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência (Tt 2.7).
Deus é infinitamente sublime em majestade, poder, santidade, bondade, amor e glória. Por isso devemos adorara-Lo e servi-Lo com toda reverência, fervor, zelo, sinceridade e dedicação (Hb 12.28-29). Portanto, adoração e reverência são elementos inseparáveis em nosso culto a Deus. Adorar é também exaltar e reconhecer que Deus é o Senhor, Criador de todas as coisas (Sl 95.3-6).

V.      ADORAR A DEUS É EXALTAR SEU NOME (Sl 95.1-11)

Este salmo alerta o crente a verificar se a sua adoração e louvor procedem de um coração obediente ao Senhor. Ele ressalta a grandeza e a magnitude de nosso Deus.
“Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto” (95.6-8).

1. O Salmista convida a Exaltar a Deus por aquilo que Ele é e faz. E sendo Deus infinito, há muitas maneiras de adorá-Lo, conforme o Espírito Santo nos ensina e dirige. A adoração a Deus, no qual vivemos, nos movemos e existimos, é acima de tudo, uma atitude interior do ser humano, imagem e semelhança do Criador (At 17.28). Faz parte da estrutura espiritual de quem crê, teme, ama e serve ao Eterno, a necessidade interior de adorá-Lo (Ef 1.6, 12, 14).

2. Aqueles que adoram e louvam ao Senhor (v.6), precisam também ouvir e obedecer à Sua voz (vv. 7-10). O escritor se refere à desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo no Egito, sob advertência aos crentes sob o novo concerto. O crente que não obedece à voz do Espírito Santo vai endurecendo aos poucos o seu coração, e assim torna-se cada vez menos sensível aos apelos do Espírito (Hb 3.8); daí, vem a ira de Deus sobre uma igreja ou uma pessoa (vvs. 10-11).

VI.   PORQUE ADORAR O CRIADOR

1. Adoramos porque fomos salvos. Deus é o Criador de tudo e de todos e também o nosso Salvador e este é o principal motivo de nossa adoração.
O homem sob o poder do pecado não é capaz de avaliar o perigo eterno que aguardava aquele que é escravo do pecado. Mas uma vez redimido e salvo do pecado, o crente deseja adorar ao Senhor que o salvou.
“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo” (Sl 32.1-2; ler também Sl 34.15-22).

2. Adorar a Deus pelas suas maravilhas. Adoramos a Deus pelas maravilhas realizadas no meio do Seu povo. Durante o Êxodo, os filhos de Israel viram a glória de Deus revelada como poucos já haviam vistos. Eles o viram abrir o mar Vermelho, e faze-los passar pelo leito seco. Depois viram o mar fechar-se sobre o exército egípcio que os perseguia (Êx 15.1-2).
A adoração de Israel foi uma resposta a Deus pelo seu maravilhoso ato de livramento. Assim, a adoração é nossa resposta a Deus por sua fidelidade em nos libertar.
Adoração celebra a aliança entre o Criador e Sua criação. Deus fez uma aliança com Israel na noite da páscoa. Se eles aplicassem o sangue do cordeiro sacrificial, estariam num relacionamento correto com Deus e não seriam visitados pela ira divina.
Nós crentes do Novo Testamento, vivemos sob uma nova aliança com Deus fundamentada no mesmo princípio. Desde que optamos por nos colocar sob o sangue de Jesus, nosso relacionamento com Deus é restaurado.
O desejo de Deus tanto na antiga Aliança quanto na nova aliança é o mesmo: resgatar o povo e leva-lo de volta a seu propósito original – comunhão com Ele.
Nosso Senhor nos criou, nos salvou, resgatou e até planejou que nos aproximássemos d’Ele. Adorar é proclamar que somos libertos de nossos pecados, nossas feridas, nossa vergonha. Toda vez que Deus ministra à nossa vida, quer seja para libertar do pecado ou nos curar, nossa resposta é adoração. Quando você pensa em tudo o que Deus tem feito em sua vida, no quanto Ele o perdoa, como Ele ministra vida ao seu coração quando você sente que ninguém o entende, você não pode fazer outra coisa senão adora-Lo.
Você tem adorado a Deus pela tua salvação, libertação, pela sua família, pela saúde, pela vida, pelos atos de maravilha que Deus realizou e realiza na sua vida todos os dias?
“São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar” (Sl 40.5).
Por tudo o que Deus tem feito, existe apenas uma conclusão possível: a adoração é o temor que lhe é devido. Como o profeta Jeremias falou: “Ninguém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o poder do teu nome. Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isto é a ti devido; porquanto, entre todos os sábios das nações e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti” (Jr 10.6-7).

VII.ADORAÇÃO NÃO É CANTAR OU TOCAR

1. A música é apenas um veículo para adoração. Posso estar surpreendendo alguns irmãos, mas para se adorar a Deus não é necessário haver música. A música não é um item essencial para o ato da adoração. A adoração não é produzida pela música, mas a música é apenas um dos veículos da adoração, assim como do louvor. Como um dos muitos veículos disponíveis, ela pode ser usada ou não. Dependerá muito do adorador, do ambiente, do contexto da adoração. Podemos adorar a Deus cantando ou tocando, mas também podemos adorar perfeitamente a Deus, sem tocar ou cantar, ou seja, sem utilizar música.
Podemos adorar a Deus através de nossas orações, nossas ofertas, nossas atitudes, nosso testemunho, nosso serviço etc., e nada disso envolve necessariamente, a música.

VIII.       POR QUE É IMPORTANTE ADORAR?
É importante adorar a Deus porque Ele é Criador e sustentador de todo o Universo. E na adoração verdadeira Deus recebe toda a honra e glória, todo o louvor e gratidão, toda a adoração e devoção, toda a atenção e reverência, toda a admiração e estima. Em outras palavras, através de nossa adoração, mesmo que nossos esforços sejam débeis, Deus é exaltado pela perfeição do Seu caráter e pela grandeza de Sua pessoa. Ele é reconhecido como o único e verdadeiro Deus; o Deus eterno, imutável, onipotente e soberano. Admitimos Seu senhorio majestoso. Confessamos que só Ele é digno de consideração. Homens e anjos não são nada, o mundo não é nada, a criação inteira não é nada quando comparados a Deus. Ele é exaltado acima de toda a criação!

IX.   Como devemos adorar a Deus

1. Por meio da Fé. Todo ser humano é formado de espírito, alma e corpo cf. 1ª Ts 5.23. O espírito é dotado de duas faculdades que é: fé e consciência.
Fé é a crença de crer e adorar a Deus. Mas muitos usam a sua fé de maneira incorreta, ou seja, adoram a Deus de uma maneira errada. E neste estudo veremos as leis espirituais que regem a verdadeira adoração através da fé.
A fé segundo o escritor em Hb 11.1 “é a certeza de coisa que se esperam, a convicção de fato que não se veem”.
A verdadeira fé é adorar com convicção um Deus que não vemos, um Deus que não enxergamos, mas sentimos pelo seu Espírito. Isto é fé, e esta é a verdadeira adoração, e desta maneira que o cristão deve adorar, pois Deus é Espírito e devemos adorar em Espírito. É por isso que Paulo diz em 2ª Co 5.7 que andamos por fé e não pelo que vemos.
Quando alguém adora um deus que vê, não está adorando em espírito e em verdade. Nós não vemos o Espírito de Deus, mas sentimos a Sua presença. Isto é fé; isto é a verdadeira adoração.

2. Com Santidade. “Disse o Senhor a Moisés: Fala a toda congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.1, 2).
2.1. Santo é o ato de santificar; tornar sagrado, santo; separado do mundo e do pecado; dedicado exclusivamente para Deus; ter uma vida de santificação, ou seja, possuir qualidades especificas que nos mantenham ou nos levem a separarmos dos pagãos, das pessoas pecadoras que vivem a vida alienada da presença de Deus; distanciar do pecado e se aproximar de Deus.
2.2. Deus é santo e exige dos Seus filhos santidade. E sem esta santidade ninguém verá a Deus. A santificação é o ato de preparar-se para ver a Deus. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá a Deus” (Hb 12.14).
2.3. A santidade deve vir primeiro. Só então, podemos oferecer a pura adoração. O desejo de nosso coração de adorar deveria ser: “Senhor, faze-nos santos como tu és santo”.
A adoração nos levará à santidade divina, e então seremos transformados. O chamado de Deus para cada um de nós é um chamado à santidade.
2.3. O cristão deve ter o caráter de Deus. Deus quer que nasçam em você Sua natureza e Seu caráter. Deus é santidade e requer que aqueles que O desejam sejam santos como Ele é santo. A santidade trará a Sua glória.
Hoje em muitas igrejas, muitas pessoas clamam pelo Espírito Santo de Deus. Elas querem que o Espírito Santo lhes dê mais fé, alegria, paz, prosperidade, cura ou libertação. Devemos nos lembrar de que Ele não é apenas o Espírito de Deus, mas o Santo Espírito de Deus. Quando abraçarmos Sua santidade, Ele nos tocará.
2.4. Quando nosso coração desejar mais a Deus do que a suas dádivas, Deus nos dará o Espírito Santo, que nos ajudará a sermos santos. Davi escreveu:
2.5. O chamado para a adorar é um chamado à santidade. Deus não está simplesmente chamando para adorá-Lo na beleza da santidade, mas para vivê-la.
“Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras” (Sl 96.9).
Quando nos aproximamos d’Ele, receberemos todas as dádivas que advêm de Seu sobrenome, Espírito. Deus nos chama para vivermos uma vida de santidade, e, se a rejeitamos, também rejeitamos o Espírito Santo.
“Porque Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Portanto aquele que rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1ª Ts 4.7-8).
2.6. Seu chamado, como crente, deve ser o de templo sagrado onde possa habitar. Deus é santo, e o lugar onde ele habita deve ser santo também (1ª Co 3.16-17). O grau de santidade de sua vida será o grau da presença de Deus. A Palavra de Deus nos diz que fomos escolhidos antes da fundação do mundo par sermos santos (Ef 1.4).
2.7. Somos chamados à santidade, e nosso ministérios é a adorá-Lo e servi-Lo. Nossa maior aspiração deve ser uma vida de santidade, e não ter primeiro um ministério ou trabalhar pelo mundo pregando o evangelho.
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.22).
Deus quer que você busque a santidade que vem d’Ele, e não das obras. Deus apenas espera de nós o que Ele mesmo nos dá.
2.8. Hoje na igreja há muito desejo por mais santidade de Deus. As pessoas estão clamando por mudança. Querem ser mais parecidas com Ele. Novos cânticos estão sendo dado pelo Espírito Santo para louvor congregacional – repletos de amor e do desejo santo de ser como Jesus.
2.9. É Deus que coloca em nossos corações o desejo e a vontade de sermos santos, e é Ele quem testifica deste desejo.
“E ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo; o imundo não passará por ele, pois será somente para o seu povo; quem quer que por ele caminhe não errará, nem mesmo o louco. Ali não haverá leão, animal feroz não passará por ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele” (Is 35.8-9).
Trata-se de uma imagem visual incrível da santidade. O caminho da santidade o manterá distante dos leões devoradores (o diabo – 1ª Pe 5.8). O impuro não andará no caminho da santidade, tampouco o pecador. Porém, é ali que encontraremos os redimidos. Quanto maior for o desejo de santidade, maior será o grau de santificação.
“Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios; adorai o Senhor na beleza da sua santidade” (1º Cr 16.29).
2.10. A adoração genuína deve ser prestada em santidade (cf. 2º Cr 20.21). Deus aceita a adoração espiritual e jubilosa (1º Cr 15.28) somente quando acompanhada de uma disposição reverente e pura de um anelo sincero de estar perto dele e de um firme propósito de resistir a tudo quanto ofenda a sua santa natureza.

3. Com Humildade. “Bem-aventurados os humildes de Espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3).
A palavra “bem aventurado” no grego, makarios, significa bem feliz. E refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com Cristo e Sua Palavra receberão de Deus o amor, o cuidado, a salvação e Sua presença diária.
3.1. Há certas condições necessárias para recebermos as bênçãos de Deus. Para recebê-las devemos viver segundo os padrões revelados por Deus nas Escrituras, e nunca pelo do mundo. A primeira destas condições é ser “humilde de Espírito”, que significa conhecermos que não temos qualquer autossuficiência espiritual: que dependemos da vida do Espírito, do poder e graça de Deus para podermos herdar o Seu reino.
“Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o desposo com os soberbos” (Pv 16.19).
3.2. Deus chama a todos para que venham adorar o Seu nome (Salmos 95.6-7), mas escolhes aqueles que tem um espírito humilde para servirem no Seu reino. “Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre, e eles confiarão no nome do Senhor” (Sf 3.12).
3.3. Jesus nos chama para aprendermos a humildada com Ele. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.28.29).

4. Com fidelidade.
4.1. Fiel no grego pistos - verdadeiro, fiel, alguém que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança.
“Ora. Além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel (integro, sincero)” (1ª Co 4.2).
4.2.O salmista faz a seguinte pergunta; “Quem entrará no teu santuários? Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? 4 Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.” (Sl 34.3-4),
4.3. A adoração será continua na eternidade. Porém lá só entrarão os fies ao seu Senhor, aqueles que adoraram a Deus com fidelidade e pureza de coração.

X.      A quem devemos adorar

1. Somente a Deus. Mateus 4.8-10 Jesus após ter jejuado 40 dias e 40 noites teve fome, então Satanás o apareceu para tentar; Na terceira tentativa o diabo mostrou todos os reinos e as glórias deste mundo, e disse: “Tudo isto te darei se, prostrado me adorares. Então Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorará, e só a ele darás culto” (Mt 4.8-10).
Assim como Satanás tentou Jesus no deserto, faz ainda com a humanidade. Ele é sagas e tem levado multidões a se curvar em sua presença. Através da macumba e da idolatria e das riquezas deste mundo ele tem levado os incautos a adorá-lo. Ele é o pai da mentira e, assim, continua enganando a criatura para que o adorem. Portanto, o único ser que deve receber louvor e adoração, é o Senhor Deus e Criador, pois Jesus disse ao diabo: Ao Senhor Teu Deus, adorará, e só a Ele darás culto.
No livro de crônicas a Bíblia diz: “Pelo que Davi louvou ao Senhor perante a congregação toda e disse: Bendito és tu, Senhor, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. Teu, Senhor é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; Porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos teu glorioso nome” (1º Cr 29.10-13). A oração de Davi é uma combinação de louvor e adoração ao único Deus e soberano.

XI.   Porque devemos adorar

1. Porque só Ele é digno de receber a honra.
“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11).
Só o Senhor Deus é digno de receber a honra e glória, pois Ele é o Criador de todas as coisas, e não há outro Deus nos céus e na terra.

2. Por que Deus é Santíssimo.
Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que opera maravilhas?” (Êx 15.11).
2.1. Entre os deuses. Não que Moisés pensasse que existiam outros deuses, mas sabia que as superstições do povo do Egito, com respeito aos ídolos, eram grandes, e que os israelitas tinham passado quatro séculos nesse ambiente (cf. 135.15-18).
2.2. Santidade. No heb. qodesh, significa separado, santidade, sacralidade. No verbo nifal santo qadash – Deus é apresentado como sagrado ou majestoso; ser honrado, ser tratado como sagrado.
Neste cântico Moisés reconhece a soberania de Deus, a santidade, grande em feitos gloriosos e que opera maravilha entre Seu povo.
Moisés adorou a Deus pelo que Deus fez em favor de Seu povo libertando da escravidão do Egito. Também devemos adorar a Deus pelo que Ele fez por nós, libertando-nos da escravidão de Satanás e do jugo do pecado.
3. Porque Deus Criou todo universo.
“Tremei diante dele, todas as terras, pois ele firmou o mundo para que não se abale” (1º Cr 16.30).
Devemos louvar a Deus pela Sua grandeza e bondade e nos lembrarmos com meditação de tudo quanto Ele tem feito na criação e na redenção, bem como em nossa vida pessoal. Sendo assim, o louvor fica sendo uma resposta poderosa do nosso coração, expressando alegria e o desejo de comunhão com nosso Senhor.

XII.Quando devemos adorar

1. Eternamente. “Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Aquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap 5.13-14).

Séculos dos Séculos, refere-se a todos os tempos. O nosso louvor deve estar diante do Senhor todos os dias e todas as horas, de eternidade a eternidade. Este é o propósito de Deus ter criado o homem.

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

ENTENDENDO O QUE É LOUVOR


Salmos 71.6: “Tu és motivo para os meus louvores constantemente”.

O Salmista declara neste texto que o próprio Deus é o seu motivo de louvor. Sendo assim, nada precisa acontecer para louvar a Deus. Devemos louvar por que o Senhor é Deus e isso é o suficiente para que mereça ser louvado. Então não precisamos condicionar nosso louvor ao Senhor aos fatos que podem acontecer ou não. Por isso Jesus disse que Deus procura “adoradores que adorem ao Pai em Espírito e em verdade”.

I.         O QUE É LOUVOR

A palavra louvor é origem do grego “doxa”, glória e logia; estudo, tratado, que formam palavra doxologia; estudo do louvor. Doxologia é a manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através de expressões de exaltamento (Deus seja louvado! Aleluia!). As palavras LOUVAR e LOUVOR vêm do Latim LAUDARE e LAUS, as quais têm o sentido de elogiar; dirigir louvores; exaltar; gabar; enaltecer; aplaudir.

A palavra louvor tem muitos significados como: confiar, alegria, recomendar, encomendar, aplaudir, magnificar, exaltar, é ato de glorificar, exaltar, enaltecer, dignificar, engrandecer, tornar-se majestoso; falar bem de, ou magnificar as virtudes de alguém. Para nós cristãos, o louvor é uma expressão da nossa atitude de adoração. Nos levantamos em nosso espírito, no poder do Espírito Santo e glorificamos ao Senhor com palavras, que são frutos do nosso amor pelo Senhor e reconhecimento pessoal da Sua presença e da Sua grandeza! Então expressamos amor, reconhecimento e ação de graças. O autor do livro de Hebreus declara: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.15). Louvor é destacado aqui como fruto de lábios, isto é, são palavras.
- Louvor vem de um relacionamento íntimo com Deus.
- Louvor deve sempre ser vocal. Não é em silêncio.
- Louvor acontece quando nós falamos para alguém mais sobre a bondade de Deus. O único digno de ser louvado é Deus (Apocalipse 4:11).

1. Palavras do Antigo Testamento traduzido por louvor.

1.1. Hãllal. É a palavra traduzida por louvor mais usada no A. T. Ocorre 88 vezes. Seu significado básico é “produzir som claro”. Seu significado adicional é: “elogiar com grande entusiasmo; dirigir louvores; gabar; exaltar; enaltecer; bendizer; glorificar.

1.2. Hilluwi. Deriva-se de hallal. É uma celebração de ações de graças pelo termino da colheita. “Eu te louvarei, SENHOR, com todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. 2 Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” (Sl 9.1-2).

1.3. Tehillah. Também deriva-se de hallal. Desta vez, á ênfase é cantar. “Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus efeitos” (Sl 9.11). “E cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.” (Sl 138.8).

1.4. Shabach. Significa “gritar com alta voz, um grito de triunfo, gloriar-se na vitória”. “Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade” (Js 6.20).

1.5. Zãmar. Significa “dedilhar ou tocar as cordas”. Esta é uma referência óbvia a louvar a Deus com instrumentos musicais. Ela tem também o sentido da “cantar com acompanhamento de instrumentos musicais”. “Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes.” (Sl 150.3-50).

1.5. Yadah. O significado básico é “expressar uma confissão de agradecimento”. Com as mãos levantadas. “Arão e Ur seguram as mãos de Moisés na batalha de Israel contra os amalequitas.

“E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. 12 Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pós. 13 E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada. 14 Então disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus. 15 E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA” (Êxodo 17.11,15).

Ao declarar que o Senhor era sua bandeira, Moisés estava declarando que a bandeira erguida (o bastão em suas mãos) representava autoridade, poder, cobertura e respaldo. Ela teria que estar visível a vista de todos, sua queda simboliza derrota.

1.6. Towdah. Esta palavra vem da mesma raiz que “yadah”. E significa “a extensão das mãos em adoração e ação de graça. Algumas razões da importância de levantarmos as mãos. “Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamar, quando levantar as minhas mãos para o teu santo oráculo.” (Sl 28.2).
Levantai as vossas mãos no santuário, e bendizei ao SENHOR.” (134.2).
Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. (141.2).
Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos.” (63.4).
Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. (1ª Tm 2.8).

1.7. Barak. Significa “ajoelhar-se em adoração”. Neste caso, a postura do corpo inteiro fala muito sobre o louvor. Ajoelhar-se diante de alguém significa manifestar humildade e demonstrar a dignidade e superioridade da posição desta pessoa. “E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus” (Ap 7.11).

2. O louvor precisa vir do interior, da alma do cristão. Quando as pessoas começam a cantar hinos e cânticos de louvor que foram gravados por outrem, que viveu experiências fortes e marcantes com o Senhor, mas sem que isso venha do interior, da alma, está se utilizando da música, da melodia, da expressão cantada.

2.1. O louvor tem que fluir de dentro para fora, e não o contrário.

2.2. O louvor tem que vir do coração. “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças pôr tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.19-20).

Devemos, então, louvar a nosso Deus de coração. Não pode ser nada forçado nem fingido mas espontâneo e verdadeiro. O louvor depende do grau de intimidade entre o que louva e o seu Deus. Alguém pode louvar de coração sem, contudo, abrir a sua boca, enquanto que outro pode estar cantando com todas as suas forças mas o seu canto não ser um louvor do coração.

O Espírito Santo nos ensina a louvar e agradecer por tudo, até mesmo pelas provações, conseguindo fazer com que nós possamos ver a bênção de Deus em meio à adversidade. O resultado é que ofereceremos sempre a Ele um louvor que vem do coração.

2.3. O louvor é fruto, é produto, é consequência do que o Senhor Deus fez e faz por nós. E não o fundamento de uma vida cristã.
O Senhor tem feito maravilhas na vida de cada cristão? Então cante louvores. Se não tem, então, primeiro, conserte o altar (Atos 15.16). E então o seu louvor será puro e verdadeiro (Isaías 30).

II.      COMO LOUVAR A DEUS

Normalmente o louvor é associado a cânticos, músicas, melodias. Assim, é comum que os “Ministros de Louvor” sejam os músicos, os cantores, os instrumentistas.
O louvor seria o mais importante pilar de uma igreja. Por que o louvor é dirigido unicamente ao Criador.

1. Com Canto.  Sl 9.11: “Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus efeitos”. Sl 147.1: “Louvai ao Senhor, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável; decoroso é o louvor”.

Sl 9.11 “Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus efeitos”. Sl 147.1: “Louvai ao Senhor, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável; decoroso é o louvor”.

Sl 22.25-26: “De Ti vem o tema do meu louvor na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem. Os pobres comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração”.

Embora o louvor deva inundar o mais íntimo do seu ser (Sl 103.1) possa ser cantado no seu coração (Sl 30.12), ele deve ser também expresso em público (Sl 35.18), na presença de outros (Sl 34.3). O louvor deve ser declarado (Sl 9.14), cantado (Salmos 33.1), anunciado com alegria (Sl 33.3; 71.23), expresso com música (Sl 92.1), e com lábios e a boca.

2. Louvor com instrumentos vários; louvor com danças. O apóstolo Paulo aos crentes em Colossos prescreve: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16).
Sl 33.2: “Louvai ao senhor com a harpa; cantai a ele com saltério de dez cordas”.
Sl 150.3-6: “Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia”!

O Louvor:
A. O louvor tem um lugar de primazia no culto, assim como a Palavra.
B. Quem louva deve estar no seu devido lugar e preparado para tal ministério.
C. Sua posição deve ser de reverência.
D. Deve estar no lugar certo (no altar), altar é lugar de sacrifício, louvor, e quem quer estar diante do altar, deve ter vida consagrada.
E. O louvor deve ser harmônico – “os musicistas e os cantores juntaram-se em uníssono, como uma só voz” – louvar não é competir e nem ver quem é o melhor.
A.    O louvor deve ser dirigido a Deus – unicamente a Deus.

3. Com palmas. “Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo” (Sl 47.1). A versão pentecostal diz: “Aplaudi com as mãos, todos os povos...”.

4. Com expressão corporal. Sl 103.1: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome”.

III.   ONDE LOUVAR

1. Na congregação. Sl 22.22: “Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.”

2. No santuário. Sl 150.1: “Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder.”

3. Entre os povos. Sl 57.9:Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; eu te cantarei entre as nações.”

4. Em Seus Átrios. Sl 100.4:Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.”

5. Na assembleia dos santos. Sl 107.32: “Exaltem-no na congregação do povo, e glorifiquem-no na assembleia dos anciãos.”

6. Entre as nações – Sl 108.3:Louvar-te-ei entre os povos, SENHOR, e a ti cantarei louvores entre as nações.”

7. Entre a multidão. Sl 109.30: “Louvarei grandemente ao SENHOR com a minha boca; louvá-lo-ei entre a multidão.”

IV.   QUANDO DEVEMOS LOUVAR

1. Louvai ao Senhor em todo tempo. Is 38.20: “O Senhor veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor”. Salmos 34.1-3: “Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. No Senhor se gloria a minha alma; ouçam-no os mansos e se alegrem. Engrandeci ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome”

2. Devemos louvar a Deus diariamente. Salmos 61.8: “Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia.”

3. Devemos louvar a Deus no serviço. Mt 20.28: “Tal como o filho do homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

3.1. Nosso serviço deve ser a Deus e ao próximo. Devemos ser instrumentos para abençoar as pessoas, para que haja salvação, cura, libertação e etc... Adoração está ligada ao serviço, sendo assim, quem é servo é um adorador!
Através deste instrumento de serviço que é a música que o Senhor tem nos dado, milagres e maravilhas acontecerão: pessoas serão curadas, libertas de cadeias e grilhões, perdoadas, salvas e abençoadas, e Deus será Exaltado!
At 2.47: “Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” .

V.      PORQUE DEVEMOS LOUVAR A DEUS

1. Porque Ele e o Senhor. Sl 149.1: “Louvai ao SENHOR. Cantai ao SENHOR um cântico novo, e o seu louvor na congregação dos santos.” Sl 96.4: “Porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os seres”. Sl 48.1: “Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus”.

2. Porque Ele é Senhor e Criador. Salmo de Davi: “Venham todos, e louvemos a Deus, o SENHOR! Cantemos com alegria à rocha que nos salva. Vamos comparecer diante dele com ações de graças, cantando alegres hinos de louvor. Pois o SENHOR é Deus poderoso; é Rei poderoso acima de todos os deuses. Ele reina sobre o mundo inteiro, desde as cavernas mais profundas até os montes mais altos. O SENHOR reina sobre o mar, que ele fez, e também sobre a terra, que ele mesmo formou. Venham, fiquemos de joelhos e adoremos o SENHOR. Vamos nos ajoelhar diante do nosso Criador. Ele é o nosso Deus; nós somos o povo que ele guia, somos o rebanho do qual ele cuida” (Sl 95.1-7 -BLH).

3. Por todos os Seus benefícios. Sl 103.1-5: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. 2 Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. 3 Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades, 4 Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia, 5 Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.”

4. Pela Sua bondade. Sl 107.21: “Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.”

5. Pelos Seus atos poderosos Sl 150.2: “Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza.”

6. Porque o Senhor é digno de louvor. 2º Sm 22.4: “O SENHOR, digno de louvor, invocarei, e de meus inimigos ficarei livre.”
Sl 18.3: “Invocarei o nome do SENHOR, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.”

7. Porque é um mandamento. Sl 9.11: “Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos”.

8. Porque Jesus nasceu. Lc 2.20: “Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado”.

9. Porque o Louvor glorifica a Deus. Sl 50.23: “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
Deus criou o homem para louvor de Sua glória. Certamente, este deveria ser o grande desejo de todo o povo de Deus: Glorificá-Lo.

10. Porque Deus habita nos louvores. (Sl 22.3). Quando Ele encontra em nós um coração sincero, humilde e quebrantado na Sua presença, se manifesta de maneira poderosa em nosso meio (Sl 34.18; 51.17).
Deus não está preocupado com o aparente, com o formato, com a “embalagem”, mas Ele vê o interior, o conteúdo, atitude do coração (1º Sm 16.7).

11. Porque o Senhor Deus nos criou para este propósito. Sl 118.29: “Rendei graças ao Senhor porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Ef 1.5-6: “Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade. Para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no amado” ().

12. Porque é uma arma de guerra. “E a cada pancada da vara do juízo que o Senhor der (referindo-se ao inimigo) haverá tamboris e harpas; e com combates de agitação combaterá contra eles” (Is 30.32). “Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o Senhor emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do Monte Seir que vieram contra Judá, e foram destruídos” (2º Cr 20.22).

13. Porque o louvor é uma oferta espiritual. O louvor, o sacrifício de louvor, de acordo com a própria Bíblia, é o fruto dos lábios que confessam o nome de Jesus (Hb.13.15).

14. Porque Deus transformou o desgosto em felicidade. Salmos 30.11-12: “Tornaste o meu pranto em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria; para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre”.

A música sempre teve um papel importantíssimo na cultura humana. E, reconheça-se, ela tem o poder de mudar o estado de espírito de uma pessoa. Isto é, uma pessoa triste pode ficar alegre cantando. E esta tem sido, infelizmente, a forma como o louvor tem sido encarado e praticado em nossas igrejas. Não que isso seja uma coisa ruim. Em absoluto. Mas esta não é a finalidade bíblica e espiritual do louvor, enquanto música e canto.

15. Porque Ele nos perdoa e responde as nossas orações. Salmos 65.1-3: “A ti, ó Deus, é devido o louvor em Sião; e a ti se pagará o voto. Ó tu que ouves a oração! a ti virá toda a carne. Prevalecem as iniquidades contra mim; mas as nossas transgressões, tu as perdoarás”.

16. Quatro razões para o louvor a Deus. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1ª Pe 2.9).

Porque somos: geração eleita; sacerdócio real; nação santa; povo de propriedade exclusiva de Deus.

Pr. Elias Ribas

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O MÚSICO QUE FAZ A DIFERENÇA

O músico que faz a diferença é aquele que se entrega totalmente a Deus e o ama de todo o coração (Mt 22.37). Devemos amar o que Deus ama e desejar o que Deus deseja!

O músico que faz a diferença é aquele prioriza as coisas de Deus Enquanto priorizarmos o Senhor em nossas vidas faremos diferença. Ele nos concederá a visão da Sua vontade para o nosso caminhar diário com Ele.

1. Conhece ao Senhor. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).

O adorador para conhecer a Deus precisa ser um ácido estudioso da Sagradas Escrituras. A Palavra, a oração e uma vida santificada nos trará intimidade com o Pai. Ele procura os verdadeiros adoradores.

Conhecer ao Senhor é ter intimidade com Ele (Sl 25.14). Quem conhece ao Senhor o reconhece em todos os seus caminhos (Pv 3.6). Reconhecê-lo é consultá-lo para todas as coisas, as minhas decisões do dia-a-dia, minhas atitudes, palavras, e respostas. Quando faço a minha parte que é reconhecê-lo em todos os meus caminhos, Deus faz a parte d’Ele, ou seja, Ele me instrui o que fazer, como agir, o que dizer, etc. (Sl 32.8).

A medida que os fiéis chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais bênçãos espirituais. A água é frequentemente mencionada como símbolo ou tipo do Espírito Santo (Jo 7.37-39; Sl 1.3).

Para conhecer é necessário investir tempo com Deus através da meditação da Palavra a da oração. Quando investimos tempo com Ele iremos ter uma comunhão íntima com o Senhor. A nossa vida espiritual cresce e dá frutos. Ele quer ter comunhão conosco (Lc 10.38-42). Devemos priorizar esta comunhão com Ele.

Quando priorizamos o tempo com Deus, aprendermos andar como Ele anda, falar como Ele fala e teremos atitudes iguais as d’Ele.

E para isso precisamos conhecer os atributos naturais de Deus, os quais são assim denominados:

Onipresença. Ele pode estar em vários lugares ao mesmo tempo.
Onisciência. Ele tudo sabe nada escapa do seu conhecimento.
Onipotência. Ele detêm todo o poder, nada é impossível para Ele.
Unidade. Ele é um Ser único que, se manifesta nos mais diferentes modos de Sua existência (Pai, Filho e Espírito Santo).
Infinidade. Ele não tem fim.
Imutabilidade. Ele é o Deus que não muda.
Deus possui como atributos morais a Santidade que, é a plenitude gloriosa da Sua excelência, ou seja, não se refere apenas a uma de suas qualidades, mas a união de todas elas.
Justiça. Que seria o mesmo que afirmar que Ele sempre faz a coisa certa, o que é direito e, isso, conforme o seu caráter.
Amor. Sendo que n’Ele não está apenas resumido o sentir, pois o amor em Deus se expressa pelo ato de sua doação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo por toda a humanidade.

2. Anda no Temor do Senhor. “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7).

A sabedoria, conforme o emprego desse termo em Provérbios, significa viver e pensar de conformidade com a verdade de Deus, com Seus caminhos e Seus desígnios.

Temor no hebraico hary yir’ah, significa respeito, reverência. Temer a Deus, não é ter medo d’Ele, mas levá-lo a sério, significa respeitá-lo e reverenciá-lo (Sl 111.10). Não podemos subir num púlpito para ministrar se nossa vida está cheia de pecados não acertados, pois isso é “fogo estranho” diante do Senhor e Ele não recebe esta adoração. Não podemos permitir que o pecado arruíne nossa vida (Pv 8.13). O temor do Senhor é um tesouro para os santos (Pv 15.16). Não podemos perder as bênçãos de Deus por termos deixado de escutá-lo (Pv 28.14; Sl 25.14).

3. Possui relacionamentos corretos. Os seus relacionamentos e amizades devem ser cristãs. Precisamos aprender a andar com pessoas que amam a Deus, que não tenham compromisso com a maledicência, a mentira, a inveja, o pecado, etc (Sl 1.1-6). Existe um ditado que diz: “Diz-me com quem andas e direis quem és”. Quem são seus melhores amigos?

4. Possuem um coração ardente. O Senhor deseja ver nós um coração ardente. Devemos tomar muito cuidado com a nossa indiferença, frieza e apatia (Ap 3.15-16). O coração frio é insensível as coisas de Deus.
O coração morno é indiferente. Mas o coração quente é um coração apaixonado, alegre cheio de amor. O coração ardente, não é egoísta e nem busca os seus próprios interesses, pelo contrário, deseja o bem-estar dos outros, deseja servir Deus, a família, a igreja, ao ministério e ao mundo.

I.         QUALIFICAÇÕES DE UM MÚSICO

1. Real experiência com Deus (Jo 3.3). A pessoa que teve uma real experiência com Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14.7-8) e nem para o pecado (Gl 5.24; Rm 6.6, 11-14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto (Cl 3.1; Mt 6.33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da Palavra.

O problema que temos encontrado nesses dias, é que muitos músicos não tem uma real experiência com Deus, ou seja, não são regenerados. O que eles possuem é apenas uma vontade de tocar e cantar. Os problemas surgem porque falta coração regenerado. O músico precisa passar pela experiência da regeneração. Este é o requisito básico e principal para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.

2. Consagração (Lv 27.28-29). Consagrado significa ser separado para servir conforme o propósito de Deus. Quando temos uma real experiência, somos separados do pecado a fim de servirmos a Deus e vivermos para Ele (2ª Co 5.15).

Portanto, o verdadeiro adorador tem a convicção de que é uma pessoa separada por Deus, e que seus dons e talentos são dedicados inteiramente ao serviço à Ele. De que maneira temos utilizado os nossos dons e talentos? Temos utilizado para os nossos próprios interesses ou para servir a Deus e as pessoas? A evidência clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham o seu serviço (Tg 2.18, 26; Jo 12.24; 15.18). Qual o fruto que você tem oferecido?

3. Servo. Mt 20.26-28 “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.”

João 12. 12-15: Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”
Em Jesus podemos ver o modelo de servo. Ele como Deus não precisava servir, mas deixou este exemplo para Sua Igreja. Ele veio servir e dar a Sua vida por muitos.

O talento musical não coloca ele acima de ninguém. Não fomos escolhidos para sermos servidos, mas estamos dispostos a servir, ou seja, temos que ter a mentalidade de servos. O verdadeiro servo é conhecido não pelo seu título, mas pelo seu modo de viver.

Infelizmente, encontrado músicos que não tem o coração de servo, por isso, não é difícil ouvirmos frases do tipo: “o meu instrumento é melhor”, “a minha música é melhor”, “a minha banda é melhor”, “eu sou o melhor”, “não abro mão do meu lugar à ninguém”, “não faço tal coisa porque não é o meu ministério”, etc. Por causa dessas frases desses músicos, tem se criado em nosso meio um terrível espírito chamado competição. Isso com certeza entristece o coração de Deus, e ao mesmo tempo, dá lugar a um ambiente de desamor, impróprio à presença divina (1ª Co 3.1-7).

O responsável pelo espírito de competição chama-se Satanás! (Ez 28.2; 1º Rs 18.21). Desde o princípio do mundo, ele tem procurado competir sem êxito, com o Todo Poderoso. Satanás tem tido acesso ao meio evangélico, através deste espírito de forma muito sutil.

Saiba que o reino das trevas é o reino da competição, e o reino de Deus, o da cooperação (Sf 3.9; Ef 4.16). Podemos ter características diferentes e estilos diferentes, mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua.

Ser um música ou cantor é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.

4. Submisso. “Todo o homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que proceda de Deus; e as autoridade que existem foram por ele instituídas” (Rm 13.2).

Você é uma pessoa submissa? Submissão significa estar debaixo de uma missão. Submissão é reconhecer a soberania de Deus e nos colocar à disposição d’Ele para cumprirmos a missão que nos foi proposta. “A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros” (1º Sm 15.22). A Palavra fala de submissão e também nos ensina como e com quem devemos exercer submissão. Devemos, por exemplo, ser submissos às autoridades. As mulheres aos seus maridos. Os filhos aos pais. Os liderados a seus líderes. Submissão não é se “rebaixar” como dita o mundo, mas submeter é uma representação de respeito, amor, consideração, obediência... Honre as pessoas que são autoridades em sua vida.

Existe, hoje em dia, um aspecto importante que tem se tornado um grande problema, onde observamos que muitas bandas gospel não querem estar ligadas a nenhuma igreja e a nenhum pastor. Em Provérbios 18.1 diz, que “O solitário busca o seu próprio interesse, e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”. Músico precisa ser pastoreado. Quem deseja andar isoladamente, está buscando o seu próprio interesse, tendo uma atitude egoísta.

Nós músicos precisamos de cobertura espiritual, ensino, admoestação e correção dos nossos líderes, e a partir de então, ganharemos autoridade para ministrar e seremos uma benção para o corpo de Cristo.

Aquele que agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes e aos irmãos (Ef 5.8-21).

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

OS MÚSICOS E O USO DE INSTRUMENTOS NO LOUVOR


Há muitos cuidados que o músico na igreja deve tomar para não quebrar a ética na Casa de Deus. Gostaríamos de citar aqueles que julgamos mais necessário.

Se os instrumentistas vão fazer solo, deverão o volume dos aparelhos numa altura que seja a ideal, confortável ao ouvido, e não abrir todo o volume, como muitos fazem, achando que todo mundo está gostando.

Com toda honestidade, muitas igrejas hoje aumentaram tanto o volume que dá para rachar a parede do prédio da igreja. A Bíblia nos ensina a louvar “ao Senhor com harpa, cantai a Ele com saltério de dez cordas….. tocai bem e com JÚBILO” (Sl 33.2-3). Mas, nesta época quando o som é amplificado eletronicamente e somos bombardeados por todos os lados, muitas vezes se torna impossível até pensar. Portanto, é a opinião deste autor que o uso de instrumentos musicais na adoração pública deve ser limitado em número – e com certeza o volume nunca deve chegar ao ponto de atrapalhar a adoração verdadeira que sobe do coração e da mente.

Se vão acompanhar, devem apenas acompanhar. Acompanhamento quer dizer executar em segundo plano. O que muitos fazem hoje, é abafar as vozes principais, que estão no primeiro plano. Isso é falta de sabedoria, de bom-senso. Significa que não há um responsável por isso, e que estão agindo de modo absoluto, como bem entendem. Significa que o dirigente deixou tudo à vontade, com a desculpa que isso é “liberdade no Espírito”, quando na realidade é desorganização do responsável. O instrumento não é para abafar a voz de quem canta, mas acompanhá-la.

A adoração não é para exibição do homem – não é para ele aparecer nem ser admirado por sua capacidade artística. Nunca se deve permitir que os instrumentos transformem a adoração em divertimento. Jamais devem interferir no caráter espiritual da adoração.

A música na Igreja, segundo a Bíblia, deve ter pelo menos três propósitos, a saber (Cl 3.16):
1. O propósito da adoração a Deus.
2. O propósito do louvor a Deus.
3. O propósito do serviço para Deus.

Podemos ter muita música na igreja, mas sem o propósito da adoração. Nesse caso, a nossa música será tão somente “metal que soa e sino que tine” (1ª Co 13.1). De todos os ministérios que integram o culto cristão, o que mais está sofrendo é o da música. Têm igrejas que os líderes perseguem os músicos, em vez de educá-los e orientá-los. Em outras, eles fazem como desejam, pois estão “louvando”.

Os músicos e dirigentes, precisam ter uma preparação musical, teórica e acima de tudo espiritual, para que o louvor possa atingir o coração de Deus.

Muitas música nas igrejas é simplesmente uma coisa qualquer, mas não é música espiritual, que arrebata, que transforma, que fala ao coração, que edifica, que inspira, que toca a alma, e não apenas os nossos ouvidos e sentimentos.

Não me refiro só à melodia, harmonia e ritmo. Não. Refiro-me também à letra, muitas vezes anti-bíblica, irreverente, filosófica. Isso é porventura “música de Deus”, como está escrito em 1º Crônicas 16.42? Porque acontece isso? Geralmente, porque seus autores não andam com Deus para d’Ele receberem a Palavra que edifica.

A música na igreja não deve apenas encher nossos ouvidos, mas muito mais o nosso coração, de modo que ela sirva de instrumento para Deus revelar e manifestar Sua presença em nosso meio. É isso que eu chamo de música como um serviço a Deus.

É necessário que cada igreja tenha um departamento de música sob a direção de alguém competente e escolhido pra isso, para coordenar todas as atividades musicais da igreja.

Enquanto a congregação canta dois ou três hinos em todo o culto, solistas, conjuntos, corais e bandas de metais canta e tocam cerca de 20 hinos (como já presencie)! Sim, em muitas igrejas, a congregação não canta mais ao Senhor por causa da desordem do culto.

Segundo as Escrituras, o incenso sagrado (que simboliza a oração e a adoração) era composto de vários ingredientes, mas todos de peso igual (Êx 30.34).

O Azeite vinha na frente (Êx 30.22-23). Depois o incenso (Êx 30.34-38). O azeite fala do Espírito Santo. A predominância do Espírito Santo na vida do crente e no ambiente leva a uma profunda e santa adoração.

Montagem e arrumação de instrumentos durante o culto é desorganização, bem como afina-los durante o culto. Preparem tudo antes do culto. Honrem a Deus, fazendo do seu culto um momento de encontro com Ele, e não uma miscelânea que ninguém sabe o que é.

A questão dos cantores é outro assunto bastante delicado, especialmente quando são de fora, embora com seus estilos peculiares, procuram deixar uma impressão de espiritualidade, quando muitas vezes não são. Geralmente são indisciplinados, autoritários, chegam quase sempre atrasados e, nesse caso, perturbam o culto.

Ele conversão durante o tempo em que não estão cantando, não dizem quantos hinos vão cantar, nem pedem permissão ao pastor para isso. Acham que, por serem cantores, tem a liberdade de fazerem o que querem. Onde está a humildade e as características de um verdadeiro ministérios de canto? Então, só porque sou cantor e vou adorar a Deus noutra igreja terei de cantar? Se os dirigentes não tomarem providências, não teremos outro elemento no culto a não ser a música, e nem isso, porque, como já vimos, é música sem unção, sem mensagem, sem graça divina, e muitas vezes sem nada!


Muitos hinos são como uma flor artificial: quase perfeita, mas sem vida, sem perfume, sem crescimento” [GILBERTO. Mensageiro da Paz. P. 15].