TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O QUE É NECESSÁRIO PARA QUE NOSSO ADVERSÁRIO SE RETIRE



Tiago 4.7 “Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós”.

INTRODUÇÃO. Sujeição é uma característica do que não se rebela, que acata, recebe e obedece.
A igreja deve estar sujeita a Cristo e Sua Palavra assim como a esposa a seu marido:
Efésio 5.24: “Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos”.

I. HUMILHAR
Tg 4.6: “Todavia, dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes”.
Mt 11.28: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas”.
Mt 5.3: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”.
Fl 2.3: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”.
Mt 23.11: “O maior dentre vós será vosso servo”.
João 13.15-16: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.    16 Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou”.

II. PURIFICAR
Tg 4.8: “Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de espírito vacilante, purificai os corações”.
1ª Co 5.7: “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
Ef 5.26: “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra”.
1ª Tm 1.5: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”.

IV. ESTAR FIRMADO NA FÉ
1ª Pedro 5.8: “Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar”.
1ª Tm 1.19: “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé”.
Ap 3.11: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.
2ª Tm 4.7: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.

V. OBEDIÊNCIA
 1. A Palavra.
Mateus 7.24-27: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. 25 E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. 26 Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. 27 E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda”.

2. A verdade.
1ª Pe 1.22: “Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro”.

III.DEIXAR JESUS SER O ÚNICO JUIZ DE TUA VIDA
V. 12: “Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo”?
João 7:24: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”.
Mateus 7.1-5: “Não julgueis, para que não sejais julgados. 2. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. 3. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? 4. Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? 5. Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
Lucas 6.37-38: “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. 38 Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”.
Romanos 2.1-3: “Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. 2. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. 3. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus”?

CONCLUSÃO. Para o Diabo fugir de vós é necessário sujeira a Deus com:
1. Fé.
2. Humildade.
3. Com obediência.
4. Limpos; lavados; purificado; e acima de tudo não julgues os outros.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

UM INIMIGO QUE PRECISA SER RESISTIDO


TEXTO ÁUREO
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. (Tg 4.7)

VERDADE PRÁTICA
O Senhor Jesus provou na tentação do deserto que o Diabo não é invencível.                    
    
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 4.1-10 “Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? 2 Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. 3 Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. 4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5 Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? 6 Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes. 7 Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. 9 Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. 10 Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”

INTRODUÇÃO. Nesta lição aprenderemos sobre a expressa necessidade de se resistir um inimigo em comum à fé cristã, a saber, o Diabo; inicialmente pontuaremos algumas informações sobre a epístola do apóstolo Tiago; destacaremos à luz desta carta que o crente deve também resistir os prazeres da carne e do mundo, e por fim, elencaremos razões pelas quais devemos resistir a Satanás e como isso pode ser feito.

I. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EPÍSTOLA DE TIAGO
1. Autoria. O autor desse livro se identifica na saudação inicial como Tiago (Tg 1.1). Seu nome no grego é “Yakobos” é uma transliteração do conhecido nome hebraico do Antigo Testamento “Jacó”. A maioria dos estudiosos da Bíblia aponta este Tiago como o meio irmão do Senhor Jesus Cristo (Mt 13.55; Mc 6.3; Gl 1.19). Ele era chamado de “o Justo”, por causa de sua estrita aderência à santidade cerimonial judaica e de sua austera maneira de viver. A tradição diz que sofreu martírio por apedrejamento, pelas mãos do sumo sacerdote judeu Anano em 61 d.C. (CHAMPLIN, 2004, p. 426).

2. Destinatários. A única indicação direta no livro que possivelmente sugere quem foram os leitores encontra-se no prefácio: “Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na dispersão, saudações” (Tg 1.1).

Tradicionalmente a frase, “às doze tribos”, era usada para indicar toda a nação judia (At 26.7). Mas considerando que toda a nação judia, por mais espalhada que estivesse na Diáspora (dispersão), não poderia ser considerada como existindo fora da Palestina, parece indicar que o significado da frase é simbólico. Tiago estava escrevendo a toda a igreja, considerada como o Novo Israel (Gl 3.7-9; 6.16; Fp 3.3), dispersa por um mundo estranho e hostil (1ª Pe 1.1,17; 2.11; Fp 3.20; Gl 4.26; Hb 12.22; 13.14) (MOODY, sd, p. 03).

3. Curiosidades acerca dessa epístola. É muito provável que ela tenha sido o primeiro livro do NT a ser escrito. Embora contenha apenas duas referências nominais a Cristo, há nela mais alusões aos ensinos de Jesus do que todas as demais do NT. A carta de Tiago possui fortes semelhanças com o Sermão do Monte e outras pregações de Jesus (Tg 1.22 e Mt 7.21,26; Tg 2.10 e Mt 5.19; Tg 2.13 e Mt 5.7; Tg 3.18 e Mt 5.9; Tg 4.5 e Mt 6.24; Tg 4.12 e Mt 7.1; Tg 5.2 e Mt 6.19; Tg 5.12 e Mt 5.34,37). É bom conferir também a posição semelhante de Jesus e Tiago em relação a pobres e ricos (Lc 6.24s; 16.19-25). O autor é considerado como o profeta Amós do NT por tratar com firmeza a injustiça e as desigualdades sociais (Tg 2.1-9; 5.1-6).

II. O CRISTÃO RESISTINDO OS PRAZERES DA CARNE
Uma palavra usada com frequência pelo apóstolo Tiago nesta epístola é o verbo resistir (Tg 4.6,7; 5.6), entre outros o termo usado é: “anthistemi”, que quer dizer: “colocar-se contra, opor-se, batalhar contra”, mostrando a necessidade do cristão não se deixar vencer pelos inimigos da caminhada cristã que geram lutas e conflitos (Tg 4.1). Pelas palavras, o apóstolo deixa claro que havia divisões e disputas carnais entre os crentes. Ele nos fala sobre alguns desses conflitos que estavam acontecendo no seio da igreja e que devem ser resistidos.

1. Conflitos pessoais (Tg 4.1). Tiago nos mostra que a fonte dos conflitos exteriores surgem de dentro do próprio homem (Tg 4.1-b) veja também (Mt 15.18,19; Mc 7.20-23; Gl 5.20). A palavra “prazeres” não significa necessariamente paixão sensual; nesse caso, é apenas cobiça. A cobiça está em operação nos membros do corpo e estimula a carne e gera problemas” (WIERSBE, 2008, p. 765). A carne é a natureza caída, isto é, as paixões, os desejos e apetites desordenados que nela residem (1ª Co 10.13; Tg 1.14,15; Gl 5.16-21). Paulo exorta-nos a entregar os membros de nosso corpo ao Espírito Santo, a fim de não cumprimos os desejos da carne (Rm 6; Gl 5.16-26; Ef 4.22-30).

2. Conflitos interpessoais (Tg 4.1,2). As causas das guerras e contendas não são meramente econômicas ou intelectuais, mas morais. Como não havia nenhuma guerra civil nessa época, Tiago parece considerar principalmente a ideia de “brigas pessoais e ações judiciais, rivalidades e facções sociais e controvérsias religiosas” (BRUCE, 2009, p. 2157).

Em Tiago 4.1 a expressão “guerra” no grego “polemos” refere-se a “querelas e rixas”, enquanto “contendas” no grego “machai” traduz-se como “conflitos e batalhas”. O apóstolo tinha em mente não as guerras entre as nações mas as discussões e divisões entre os próprios cristãos. A Bíblia exorta-nos a viver em comunhão, unidade e diante de possíveis questões e desentendimentos praticar o perdão (Sl 133; 2ª Co 13.11; Ef 4.2; Fp 2.1-4; Cl 3.13).

III. O CRISTÃO RESISTINDO O MUNDO
Tiago assim adverte: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (Tg 4.4). O apóstolo não faz referência aqui ao adultério físico, mas sim ao espiritual. Todo o conceito está baseado na ideia do Antigo Testamento que apresenta ao Senhor como o marido de Israel e a Israel como a esposa do Senhor (Is 54.5; Jr 3.1-5; Ez 23; Os 1-2). Neste mesmo sentido espiritual o Novo Testamento fala de “geração má e adúltera” (Mt 12.39; 16.4; Mc 8.38). Esta figura foi introduzida no pensamento cristão com o conceito da Igreja como esposa de Cristo (2ª Co 11.2; Ef 5.24-28; Ap 19.7; 21.9). “Esta forma de expressão pode ofender a sensibilidade contemporânea, mas a figura de Israel como esposa de Deus, e da Igreja como esposa de Cristo têm em si mesmo algo de precioso. Significa que desobedecer a Deus é como quebrar os votos do matrimônio” (MOODY, sd, p. 118).

A Bíblia diz qual deve ser o comportamento do cristão em relação ao mundo:
1. Não ganhar o mundo às custas da alma (Mt 4.8-10; Mt 16.26).

2. Não ser do mundo (Jo 15.19; 17.14,16).
3. Ser crucificado para o mundo (Gl 5.24; 6.14).
4. Brilhar como a luz no mundo (Mt 5.13-16; Fp 2.15); (e) negar os desejos mundanos e viver justamente (Tt 2.12; Tg 1.27).
5. Não ser amigo do mundo (Tg 4.4).
6. Escapar da corrupção do mundo (2ª Pe 1.4; 2.20).
7. Não amar o mundo nem as coisas que há nele (1ª Jo 2.15-17).
8. Ser como Cristo no mundo (1ª Jo 4.17).
9. Vencer o mundo com a fé (1ª Jo 5.4-5).
10. Não se conformar com o mundo (Rm 12.1,2).


IV. O CRISTÃO RESISTINDO O DIABO
1. A identidade do inimigo. Embora Tiago tenha anteriormente enfatizado a tendência maligna da própria pessoa como responsável pelo pecado (Tg 1.14), aqui ele admite a atuação de um ser maligno sobre-humano como agente externo do mal (Tg 4.7). Sobre esse adversário Pedro afirmou: “…porque o diabo, vosso adversário… (1ª Pe 5.8; ver Tt 2.8), adversário do grego: “antidikos” de “anti”, “contra” e “dike”, uma causa ou demanda legal, traz a ideia de um opositor um inimigo (Lc 18.3).

A palavra “diabolos” é usada na Septuaginta (versão grega do AT) como tradução do termo “Satanás”, assim, esses dois títulos, têm significados idênticos (Ap 20.2), e sugerem que um dos propósitos básicos do inimigo, é separar o homem de Deus (2ª Co 11.3).

2. As estratégias do inimigo. O apóstolo Paulo asseverou que: “precisamos ficar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). A palavra “ciladas” vem do grego “metodeia”, que significa: “métodos, estratagemas, armadilhas”. O diabo tem um grande arsenal de armadilhas, ele pesquisa meticulosamente (Jó 1.7; 2.2) em busca de nossos pontos vulneráveis (Zc 3.1,3), e não hesita em buscar brechas em nossa vida espiritual “…anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1ª Pd 5.8), ele age insistentemente para nos levar a pecar contra Deus (Gn 39.10; Ne 6.4,5,13), não desistindo facilmente (Mt 4.1-11; ver Lc 4.13).

3. As armas de resistência ao diabo. Satanás não é para ser temido, mas resistido de modo que qualquer que seja o poder que diabo possa ter, o cristão pode estar absolutamente certo de que recebeu a capacidade para vencer tal poder, condicionados a algumas atitudes.

3.1 Sujeição e comunhão com Deus (Tg 4.7,8-a). A ordem do verbo “sujeitai-vos” exige uma ação passiva, a qual implica alinhar-se sob a autoridade de alguém. Para manter-se firme diante do diabo, o crente precisa estar prostrado diante do Senhor. A única maneira eficaz de resistirmos às artimanhas do Diabo, assim como aos desejos e paixões da nossa própria carne, é nos rendendo incondicionalmente ao Senhor, em plena devoção (Mt 4.10; 1ª Pe 5.8,9). Esta segunda ordem: “chegai-vos a Deus…” (Tg 4.8-a) indica uma ação ativa dos crentes (Is 55.6). Esta atitude resulta numa reciprocidade de Deus: “…ele se chegará a vós”. Confira também (Jr 29.13,14; 33.3; Mt 6.6).

3.2. Santidade e humildade (Tg 4.8,10). A santificação posicional ocorre no ato da salvação quando fomos purificados pelo poder da palavra (At 15.9; Tt 2.14) e, por isso, o Senhor espera de todo cristão uma purificação pessoal (santificação progressiva), prática e constante (Lv 20.7; Js 3.5; 2ª Co 7.1; 1ª Ts 4.3; Hb 12.14). Jesus dignificou a humildade nos seus ensinos (Mt 18.4; Fp 2.5-11). Tiago e Pedro afirmam que o resultado da humilhação presente é a exaltação futura: “humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10); “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte” (1ª Pe 5.6).

3.3. Fidelidade e prudência (1ª Pe 5.8,9). Na batalha contra o diabo devemos estar munidos do escudo da fé: “tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6.16), para resisti-lo firmemente: “ao qual resisti firmes na fé” (1ª Pe 5.9), não podemos acreditar nas mentiras de Satanás nem dar crédito às suas falsas promessas (Gn 3.4,5). Sobre essa batalha Pedro também advertiu: “Sede sóbrios e vigiai …” (1ª Pd 5.8), as palavras sobriedade e vigilância mostram o equilíbrio e a prudência que devem reger os soldados dessa guerra contra o diabo. Precisamos agir como o governador Neemias, que, em tempo de ameaças, colocou metade de seus homens empunhando as armas e a outra metade trabalhando (Ne 4.16), precisamos manter os olhos abertos.

CONCLUSÃO. Apesar dos ataques de Satanás contra os servos de Deus, temos em Cristo a graça necessária para resisti-lo, certos de que, em conservarmos a nossa vida diante do Senhor, o diabo não poderá nos vencer, antes, fugirá de nós.

FONTE DE PESQUISA
1. CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
2. LOPES, Hernandes Dias. 1 Pedro: Com os pés no vale e o coração no céu. HAGNOS.
3. MOODY, D. L. Comentário Bíblico de Tiago. PDF.
4. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo Novo Testamento. GEOGRÁFICA.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

POSSESSÃO DEMONÍACA E A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS




Texto Áureo
“E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.” (Lc 10.17)

Este texto áureo é importantíssimo, porque encerra algumas verdades:

Nada podemos fazer contra as hostes malignas, a não ser em nome de Jesus. Não há meio termo, prática, fórmula, objeto sagrado que possa fazer isso por nós. É só através de seu nome. Do contrário, podemos até ser envergonhados como os filhos de Ceva (At 19.14ss).

Em decorrência disso, a expulsão de demônios não pode glorificar o homem. Ninguém pode se engradecer ou creditar qualquer mérito a si mesmo, neste particular.

Jesus não reprovou a alegria por conta da libertação de oprimidos. Isso é possível, só não podem se tornar alvo de teatro ou chacota, muito menos de simonia (compra e venda do sagrado).

A sujeição de demônios ao poder de Cristo é resultado da pregação da Palavra de Deus. Jesus não enviou, a priori, os setenta para expulsar demônios. Leia os versículos iniciais do capítulo 10 e entenderás isto. À medida que pregavam milagres ocorriam e demônios eram expulsos. Não somos exorcistas profissionais.

O fato de que demônios são expulsos não pode se sobrepor à salvação. O próprio Jesus disse que no último dia, muitos dirão: “Em teu nome expulsamos demônios!”, mas não poderão entrar no reino de Deus (Mateus 7.22,23).

Verdade Prática
O relato do endemoninhado gadareno mostra a soberania absoluta de Jesus Cristo sobre o Diabo e seus demônios.

Marcos 5.2-20 “E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. 4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. 5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. 6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. 7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. 8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.) 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. 11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. 14 Os que tratavam dos porcos fugiram e foram anunciá-lo na cidade e pelos campos. Então o povo saiu para ver o que tinha acontecido. 15 Aproximando-se de Jesus, viram o endemoniado, o que antes estava dominado pela legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram. 16 Os que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoniado e também falaram a respeito dos porcos. 17 E começaram a pedir com insistência que Jesus se retirasse da terra deles. 18 Quando Jesus estava entrando no barco, aquele que antes estava possuído pelos demônios pediu com insistência que Jesus o deixasse ficar com ele. 19 Jesus, porém, não o permitiu; ao contrário, ordenou-lhe: — Vá para a sua casa, para os seus parentes, e conte-lhes tudo o que o Senhor fez por você e como teve compaixão de você. 20 Então ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe tinha feito; e todos se admiravam.”

Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

1) Destacar a possessão demoníaca e sua harmonização na narrativa bíblica.

É preciso enfatizar a realidade desta possessão, destacando rapidamente as razões que levam à isso, tais como: pecado, distanciamento de Deus, envolvimento com rituais espirituais demoníacos, heresias, etc. Para Jesus aquele cenário era muito mais uma arena de luta de que uma plácida discussão filosófica ou teológica.

2) Conceituar legião demoníaca.

Enfatize que legião romana era um grupo de até 6.000 soldados. Sendo que no tempo de Augustus (27 a.C. – 14 d.C) esse número chegava a 6.826 homens. Sendo 6.100 soldados a pé e 726 montados em cavalos. Esta formação favorecia o deslocamento do exército. A legião era a mais rápida força de guerra de sua época, atuando com escudo e espadas curtas, a chamada infantaria, e funcionava dividida em coortes (vide imagem abaixo).

Na frente iam os soldados mais jovens, no meio os adultos e logo atrás os mais velhos. Para escapar das flechas os soldados ensaiavam uma formação que unia todos os escudos, tornando-a impenetrável ao exército inimigo, chamada testudo. Além das espadas levavam a balista que atirava pedras e o scorpio que jogava flechas. Há duas palavras chave para o sucesso da legião: disciplina e estratégia. A legião demoníaca, por sua vez, possui um conjunto ilimitado de armas para atacar por todos os lados.

Atenção! Isto não quer dizer que aquele homem tinha 6.000 demônios. Qualquer grande quantidade de soldados era por vezes chamada de legião.

3) Expor o poder de Jesus sobre os demônios.

Exponha rapidamente (uma vez que será desdobrado mais adiante) o poder de Cristo sobre os demônios. “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.16,17). Então, toda a criação está subordinada voluntária ou involuntariamente a Cristo.

4) Analisar o comportamento dos porqueiros e do povo.

Exponha rapidamente (uma vez que será desdobrado mais adiante) o comportamento negativo dos porqueiros e do povo para os quais era mais importante que aquele homem continuasse como escravo do Diabo.

INTRODUÇÃO. O relato do endemoninhado gadareno encontra-se também em Mateus e Lucas, com algumas variações. O fato revela informações sobre a possessão demoníaca e o poder absoluto de Jesus sobre todo o reino das trevas. É o prenúncio da vitória final de Cristo sobre Satanás e seus anjos. E não somente isso, mas também uma prova viva de que podemos confiar em Jesus.

É indispensável contextualizar porque Jesus havia chegado em Gadara. Lendo o capítulo 4 de Marcos vamos entender que sua intenção inicial era atravessar o Mar da Galileia e chegar na outra margem. Este mar está, em média, 210 m. abaixo do nível do mar Mediterrâneo. A maior profundidade da sua água é de cerca de 48 m. De Norte a Sul, esta massa de água tem o comprimento aproximado de 21 km, com uma largura máxima de 12 km. Dependendo da estação, as águas cristalinas do mar da Galileia variam de cor, desde o verde até o azul, e a temperatura média da água oscila entre 14°C em fevereiro e 30°C em agosto. Sua fonte primária de alimentação é o rio Jordão. Na Bíblia é chamada de lago de Genesaré, Quinerete ou mar de Tiberíades.

O mar da Galileia é praticamente cercado por colinas e montes, exceto pelas planícies que beiram o Jordão. Sua região norte é ocupada por uma massa de grandes rochedos de basalto. No Sul da cidade de Tiberíades, na margem ocidental, existem fontes quentes de enxofre, há muito famosas por suas propriedades medicinais. É navegável em toda sua extensão e há muitos pescadores em suas águas. Como está numa região de depressão são comuns tempestades e mudanças atmosféricas radicais. Foi o palco de grandes preleções de Jesus e suas margens testemunharam grande parte de seu ministério terreno.

Mas agora retornemos a Marcos 4. Jesus está cansado e dorme, quando no Mar da Galileia levanta-se um grande temporal. As águas revoltas ameaçam inundar o barco e os discípulos, boa parte deles homens experimentados na pesca, estão atemorizados. Gritam por Jesus para que os socorra. O Mestre primeiro os repreende pela falta de fé, depois ordena que o mar se aquiete e o vento se cale. O termo grego para a bonança que se seguiu – galênê (Marcos 4.39) – descreve um mar tão calmo que se podia olhar em suas águas como um espelho!

Essa calma, porém, lhes levou para o lado sudeste do lago. Observem! Não era para onde Jesus queria ir. Tanto que mal tocou na praia e liberto o endemoninhado, fez-se ao mar e foi pra outro lugar. Ele queria passar ali somente para libertar aquele homem e torná-lo um missionário! O primeiro a evangelizar o que hoje é a Jordânia!

I. A POSSESSÃO MALIGNA
1. Harmonização nas narrativas. Mateus afirma que foram dois endemoninhados (Mt 8.28). Mas Marcos e Lucas registram apenas um (Mc 5.2; Lc 8.27). Os pormenores descritos em Marcos são de um só, razão pela qual a narrativa está concentrada nele. Marcos e Lucas registraram apenas o mais violento e o mais feroz deles. O outro detalhe é que Mateus apresentou apenas um resumo do episódio, pois a sua ênfase é a autoridade de Jesus sobre os espíritos malignos. Mateus omite o fato de o porta-voz dos demônios se identificar como “legião” e também o desejo de o gadareno, após sua libertação, seguir a Jesus.

Muitas explicações já foram tentadas para harmonizar estas narrativas. Nos casos desta natureza devemos sempre levar em conta a perspectiva do narrador. Cada um dos evangelistas escreve com um objetivo, um destinatário, um estilo. A inspiração plenária das Escrituras (2ª Tm 3.16) não exclui a personalidade do escritor e sua cosmovisão (1ª Co 7.12). A partir desta premissa o escritor escolhe o que deseja enfatizar na narrativa ou até omiti-la. Mateus escolheu os dois endemoninhados, enquanto Marcos e Lucas enfatizam o mais agressivo e interativo.

Mas não só isso: escolheu encolher seu relato! Enquanto usa seis versículos para descrevê-lo, Marcos usa 19 e Lucas 14. João nem a menciona! O famoso diálogo de Jesus com o gadareno é notavelmente omitido por Mateus. Isso não o desmerece. É fruto da sua intenção de destacar o relato para os judeus. A ênfase, portanto, deve ser na história como um todo.

Muitos críticos da Palavra de Deus adoram dar relevo a tais discrepâncias. Eles esquecem que estas aparentes disparidades conferem autenticidade ao texto sagrado, pois mostram que houve total espontaneidade dos escritores em relatar a história como a compreendiam. Norman Geisler relata em seu livro Não tenho fé suficiente para ser ateu, que o Novo Testamento possui cerca de 5.700 manuscritos e mais de 9.000 outros materiais em línguas antigas, além de fragmentos dos mais diversos. Já Josh McDowell em suas palestras relata encontrar fragmentos de Marcos datados por volta do ano 150 d.C., em máscaras mortuárias egípcias, exatamente com o texto que temos hoje.

2. A opressão. Os demônios aparecem como agentes de Satanás causadores de males, dando às suas vítimas características típicas, como força sobre-humana (Mt 8.28; 17.15; At 19.16), poder de adivinhar (At 16.16) e conhecimento sobrenatural (v.7). Eles atacam suas vítimas e, ao possuí-las, dominam suas faculdades mentais, levando-as à demência (Mt 4.24; 17.15) e às vezes incapacitando-as de falar e de ver (Mt 9.32; 12.22).

Confesso nunca ter percebido que Mt 12.22 fala de um home cego pela ação demoníaca. Acrescentei esse conhecimento com a lição. Mais uma vez entra em cena o famoso ensinando e aprendendo… Assim, além da cegueira mental e espiritual, historicamente observada pela ação maligna no mundo (2ª Co 4.4), temos um caso de cegueira física. Isso mostra que na progressão da possessão não sofrem somente a alma e o espírito, mas o corpo. Não à toa vemos, por exemplo, verdadeiros zumbis na prostituição e nos vícios em geral, destruindo a criação divina. Afinal, o inimigo veio para roubar, matar e destruir (João 10:10). O outro lado da questão é quão real é a opressão e a possessão no mundo!? Não obstante a atmosfera religiosa de Israel, ela estava por toda parte.

3. Um quadro estarrecedor. O endemoninhado gadareno vivia nos sepulcros, desnudo, e era tão violento que nem mesmo os grilhões e as cadeias podiam detê-lo. Corria pelos montes e desertos e se feria com pedras. O fato de procurar viver nos sepulcros já era uma demonstração de sua total anomalia. O comportamento violento e sobrenatural do gadareno, para sua própria destruição, e para a perturbação de seus vizinhos, revela a natureza destruidora de Satanás.

II. A LEGIÃO DEMONÍACA
 1. Uma legião. Jesus perguntou como o espírito imundo se chamava, ao que ele respondeu: “Legião é o meu nome, porque somos muitos” (v.9). Uma legião romana era constituída por 6.000 soldados. Ainda que o número de demônios não seja exato, ou que Legião seja uma identidade, eles eram muitos. Eles são numerosos e poderosos, organizados e batalham sob uma mesma bandeira, a de Satanás.

Como já falamos, o termo legião não quer dizer, a priori, que o endemoninhado tinha 6.000 demônios. Esta explicação está no próprio texto – “porque somos muitos”. Infelizmente, alguns expositores insistem em dramatizar essa conta… Outro senão é que demônios são seguidores do pai da mentira (Jo 8:44), logo não é impossível que na ocasião tenha afetado poder se referindo a um número elevado com a finalidade de impressionar.

Quanto à organização Paulo utiliza mais um termo de guerra quando fala dos dominadores deste mundo tenebroso: kosmokratóras (Ef 6.12). Ele tomou a palavra emprestada das mesas de estratégia do império, nas quais os generais se reuniam para decidir os rumos das batalhas.

2. Expulsar e não dialogar. Alguns procuram estabelecer diálogo com os demônios porque Jesus perguntou ao espírito imundo qual era o seu nome. Isso é visto com frequência nos movimentos neopentecostais pela mídia televisiva. “Expulsai os demônios” (Mt 10.8). Esta é a ordem que recebemos do Senhor, e não de manter diálogo com eles. O Diabo é o pai da mentira (Jo 8.44). Ninguém deve acreditar nem ficar impressionado com as declarações dos demônios, porque eles são mentirosos. Isso ocorreu porque o demônio era obrigado a confessar publicamente quem era o responsável pela miséria do gadareno.

É deplorável o teatro em torno das expulsões de demônios como já falamos. Igrejas neopentecostais e até pentecostais abusam de rituais e entrevistas com demônios e toda uma parafernália para dar visibilidade a tais situações. Além de ser um verdadeiro show de horrores ainda tripudiam sobre a escravidão espiritual das pessoas. É um comportamento que deve ser veementemente repudiado por líderes sérios.

3. A presença de Jesus. O poder e a presença de Jesus incomodam o reino das trevas. O espírito imundo perguntou: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” (Mt 8.29). Isto mostra que a presença de Jesus é um tormento para o reino das trevas e também que esse encontro serviu como prenúncio da condenação final do Diabo e seus anjos (Mt 25.41).

III. O PODER DE JESUS
 1. Os demônios sabem quem é Jesus. O relato da possessão do gadareno e de sua libertação é uma amostra do poder absoluto de Jesus até sobre todo o reino das trevas. Os próprios demônios sabem quem é Jesus (At 19.15) e conhecem a sua procedência: “Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Mc 1.24). Eles têm medo de Jesus e estremecem diante dEle (Tg 2.19). Jesus veio para desfazer as obras do Diabo (1ª Jo 3.8). Os demônios sabem que há um tempo determinado para o juízo divino sobre as hostes infernais e temem por isso.

Causa-nos verdadeiro espanto o tratamento dos demônios neste episódio a Jesus. Tanto Marcos quanto Lucas registram que o endemoninhado veio e adorou a Cristo. Não só isso reconheceram que tem poder para fazê-los perecer no Inferno onde serão atormentados dia e noite. Vieste nos atormentar antes da hora? Foi a expressão de pavor diante de Jesus! Por outro lado, é simplesmente terrível que demônios reconheçam sua autoridade enquanto seres humanos o ignorem!

2. A soberania de Jesus. Nessa passagem, vemos que aqueles demônios, ou pelo menos o porta-voz deles, suplicando, pediram três coisas: que Jesus não os mandasse para outra região (v.10), que não os mandasse para o abismo antes do tempo (Mt 8.29), e que lhes permitisse entrar na manada de porcos que passava pelo local na ocasião (vv. 11,12). Os demônios não são nada diante do Senhor Jesus. Marcos parece mostrar Satanás e seus demônios como inconvenientes, e não como seres todo-poderosos diante de Jesus (Mc 1.23-26, 34; 3.11). O inimigo de nossa alma não pode fazer o que quer (Jó 1.12; 2.4-5). Os demônios fizeram esses pedidos porque não podiam resistir ao poder de Jesus.

Neste ponto cabe-nos chamar a atenção para uma distinção entre a vontade diretiva de Deus e sua vontade permissiva. Na primeira ele determina e as coisas acontecem. Na segunda ele permite que suas criaturas exerçam seu livre arbítrio ainda que isso contrarie sua vontade. Entretanto, ao final de tudo sua vontade diretiva entrará em ação.

Não podemos imaginar que Jesus tenha condescendido com o mal. Há ainda situações em que males permitidos redundam em glória a Deus. Foi nesta intenção que os demônios infestaram a manada de porcos.

Preste atenção a outro detalhe: eram dois mil porcos. Como foi a divisão (se é que existiu)? 6.000 demônios / 2.000 porcos = 3 demônios pra cada porco? Essas contas não se sustentam à luz da lógica. Portanto, devemos relevá-las e não perder tempo com elas. Assim como um só anjo feriu 185.000 assírios para cumprir uma determinação divina, um só demônio poderia pôr a perder aquela manada.

Por fim, lembre-se que os porcos não permaneceram vivos. O cálculo de Jesus é que estariam perdendo de qualquer forma.

3. A libertação do oprimido. A extraordinária libertação do gadareno logo chamou a atenção do povo. Muita gente se reuniu para ver o que havia acontecido, pois a cura repentina do endemoninhado era algo espantoso. Encontraram o homem em perfeito juízo, vestido e junto com Jesus (Lc 8.34-36). Glorificamos a Deus quando vemos pessoas oprimidas pelo maligno sendo libertadas pelo poder de Jesus. Ele nos delegou essa tarefa (Mt 10.8; Lc 10.19,20).

No Novo Testamento endemoninhados são curados, não apenas libertos. Jesus promovia uma reabilitação completa. Geralmente, pessoas que estão possessas se alheiam da família, da vida, do trabalho, da convivência rotineira com as outras pessoas. Precisam retornar a isso. Tanto Marcos quanto Lucas revelam os detalhes dessa reabilitação: a) Estava assentado tranquilamente; b) Vestido como os demais e c) Em perfeito juízo (Mc 5.15; Lc 8.35). Logo em seguida, ele pede para seguir Jesus, mas este lhe recomenda voltar e reencontrar os seus.

Por vezes, as igrejas promovem libertações, mas as dores da alma permanecem. Noutras os libertos nem trataram seus antigos laços e já estão dando testemunho pra lá e pra cá. Tais pessoas precisam de acompanhamento, de discipulado e desfazer completamente as circunstâncias que ocasionaram sua possessão.

IV. OS PORQUEIROS
 1. O local do acontecimento. Segundo Mateus, o fato aconteceu na “província dos gadarenos” (Mt 8.28); no entanto, Marcos e Lucas falam da província ou terra “dos gerasenos” (Mc 5.1; Lc 8.26, Nova Almeida Atualizada). Gadara situava-se a oito quilômetros do lago de Genesaré, nome alternativo do mar da Galileia; e Gerasa, a atual Jeras, na Jordânia, ficava a cerca de 50 quilômetros. Ambos os territórios faziam parte da região de Decápolis, a leste da Galileia (Mc 5.20). Segundo o historiador Josefo, o território de Gadara se estendia até o lago da Galileia. Moedas daquele tempo trazem o nome de Gadara com o desenho de um barco impresso.

O texto traz a palavra chôran, que significa região, distrito, portanto engloba toda a área onde Jesus estava. Há uma outra localidade mais favorável ao relato do despenhadeiro. É a moderna Kursi. O único lugar com uma parede rochosa íngreme ao longo da costa oriental do Mar da Galileia. Recentemente foi encontrada uma placa em hebraico que denuncia a presença judaica na região desde tempos remotos. Ainda que na época de Jesus era uma população mista que ali habitava.

2. Sobre a manada de porcos. A população de Decápolis era mista, composta por judeus e gentios. A criação de porcos não era permitida aos judeus; por isso, é provável que o porqueiro fosse gentio. O prejuízo foi grande, já que eram dois mil porcos (v.13). Os porcos não resistiram à opressão e se precipitaram por um despenhadeiro, afogando-se no lago (Lc 8.33). A tradição judaica dizia que demônios e porcos são uma boa combinação. Os judeus consideravam os demônios e os porcos como pertencentes à mesma ordem, e os porcos eram considerados o lar dos espíritos imundos. Essa tradição parece ser expressa quando os demônios pediram para entrar na manada de porcos.

3. O estranho pedido do povo. Jesus foi convidado a se retirar da terra dos gadarenos por causa do prejuízo dos porqueiros (Mc 5.16,17). Os porcos valiam mais que a vida humana, na concepção daquela gente. Essa estranha recepção causa-nos tristeza e espanto: como o herói é convidado a se retirar? Hoje não é diferente. Há os que substituem Jesus por qualquer coisa. É muito comum “coisificar” as pessoas e personificar as coisas. Para alguns hoje em dia, os animais valem muito mais do que o ser humano. Os noticiários mostram diariamente como muitos governantes tratam os imigrantes de modo inferior aos animais. Esse espírito já existia nos tempos do Novo Testamento (Lc 13.15,16). Na passagem que estudamos, aquela população rejeitou Jesus.

É comum a pregação do Evangelho trazer prejuízo aos interesses alheios. Os leitores já devem ter ouvido falar de queda no consumo de álcool e drogas. Dia desses ouve um crítica ao fato de que pessoas estavam se convertendo e os passistas de determinada escola de samba estavam rareando. Em Atos 16 uma moça que adivinhava foi liberta e deu um enorme prejuízo a seus manipuladores. Mais adiante vamos encontrar os ourives de Éfeso preocupados com a queda na venda de ídolos (At 19.24).

Uma linha de interpretação é que os endemoninhados eram parte da mentalidade gadarena. Personificavam o pecado da região e eram o alter ego dos demais. Também eram tidos como um problema insolúvel, que consumira o investimento em grilhões, sem sucesso. Até que a liberdade proporcionada por Cristo bateu-lhes a porta e mudou-lhes completamente a História.

CONCLUSÃO. A possessão demoníaca é um fenômeno estarrecedor que só pode ser contido pelo poder de Jesus. O Senhor Jesus manifestou seu poder sobre toda a natureza, sobre o vento, sobre o mar, sobre a morte, sobre as enfermidades, sobre o poder das trevas. Os demônios estremecem diante dEle. O poder de Satanás é muito limitado diante do poder de Jesus. Todos nós precisamos de Jesus, da comunhão com Ele, para dEle receber poder e assim expulsar os demônios, pois Ele nos deu essa autoridade (Lc 10.19,20).

Panoplian é o termo utilizado para a armadura de Deus em Efésios 6.11. Haviam dois tipos de armadura a elekoi, usada pela maioria dos soldados e a panoplian usada pelos oficiais. E por que Paulo usa especificamente esse termo? Essa armadura continha o brasão do império romano. Levantar contra um oficial significava não apenas ir contra ele, mas contra César e, por conseguinte, contra todo o império.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

A HISTOÓIA DE SATANÁS



Vamos conhecer um dos inimigos de Deus e do homem, que se chama Satanás. Existem pessoas que tem em si, uma pergunta, e buscam a resposta. Essa pergunta é: Como surgiu Satanás e os demônios? Neste tópico veremos como surgiu Satanás, que faz, quem é, o que pode, e os nomes e títulos de Satanás, como satanás atua, sete armas contra satanás e as sete debilidades de satanás.

Satanás e seus demônios seguidores são figuras misteriosas do reino espiritual. Eles nos atormentam diariamente, embora, geralmente, suas ações sejam invisíveis aos nossos olhos.
A Escritura pode nos dizer muito sobre Satanás e seus subalternos. Ao longo dos séculos, a Igreja também aumentou seus conhecimentos sobre esses seres malévolos.

I. O SIGNIFICADO DO NOME

De acordo com a concordância de Strong, Satanás ou Satã (do hebraico שָטָן trasnl: Satãn, adversário, no grego koiné Σατανάς Satanás. O termo grego Σατανάς aparece na Septuaginta apenas para os adversários humanos. No caso dos adversários angélicos a palavra grega diabolos é usada. No Novo Testamento os dois termos são intercambiáveis, embora diabo é usado quatro vezes para os humanos.
No hebraico, o nome Lúcifer é traduzido da palavra hebraica “helel”, que significa brilho. Esta designação, referindo-se a Lúcifer, é a tradução da “estrela da manhã” que se apresenta em Isaías (Is 14.12-14).
Lúcifer é apenas um outro nome para Satanás, o qual, como o chefe do sistema mundial do mal, é real, embora invisível, tem poder por trás dos sucessivos governantes de Tiro, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma e de todos aqueles governantes perversos que têm aparecido ao longo da história do mundo. Essa passagem vai além da história humana e marca o início do pecado no universo e da queda de Satanás nas esferas primitivas e sem pecado antes da criação do homem.

II. A CRIAÇÃO DA terra

Gn 1.1 “No princípio criou Deus os céus e a terra”.
Deus é o criador de todas as coisas, visível e invisível, Ele criou os anjos arcanjos, querubins e serafim. Tudo é obra de Suas mãos.

III. Deus não fez a terra vazia, mas criou Dara ser habitada

Is 45.18 “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, Ele é Deus; foi Ele que formou a terra, e a fez, Ele a estabeleceu; Ele não a criou para ser vazia, mas a formou para que fosse habitada. Diz Ele! Eu sou o Senhor e não há outro”.
A maioria dos teólogos concorda que Lúcifer (anjo de luz), habitava na terra antes da criação do homem. A terra era diferente da qual vivemos hoje. Após o pecado de Lúcifer, Deus transformou esta terra e ela ficou sem forma e vazia uma terra caótica.

IV. QUEM ERA SATANÁS

No livro do profeta Ezequiel capítulo 28, relata a história do Rei Tiro fazendo alusão a Satanás.
Tanto na passagem de Isaías quanto na de Ezequiel, a representação não é uma de Lúcifer/Satanás confinado em sua própria pessoa, mas sim de seu trabalho e da consumação de seus planos através de reis e governantes terrenos que tomam para si honras divinas e que, quer saibam ou não, reinam no espírito e sob os objetivos de Satanás: “pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Ef 6.12). Satanás é o principado por trás dos poderes deste corrupto sistema mundial.

1. Qual é a aparência de Satanás?
Todos os anjos são espíritos puros, o que significa que eles não possuem corpo físico, embora possam assumir a aparência de um ser humano ou alguma outra criatura.
A forma visível que geralmente traz a Escritura ou contos populares é uma mera representação, para que possamos ver esses anjos com nossos olhos. Em outras palavras: são seres invisíveis por natureza.
Os artistas usam várias imagens para representar Satanás: dragão, serpente ou qualquer outra criatura mística. No entanto, de acordo com sua natureza, Satanás não tem forma física.

2. seu estado natural.
2.1. Satanás era um querubim ungido. (Querubim no grego significa protetor). Ez 28.14: “Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci”.
Lúcifer era o protetor da terra. Habitava nela antes da criação do homem.

2.2. Era perfeito e cheio de sabedoria.
Ez 28.12b e 15: Tu és o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia que foste criado”.
2.3. Sua morada. Estava no éden e era coberto de pedras preciosas.
Ez 28.13-16b: “Estavas no Éden, jardim de Deus, e usava pedras preciosas de todo o tipo: o sardônio, o topázio, o berilo, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda. Você tinha jóias de ouro que foram feitas para você no dia em que foste criado”. 16b “... ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras".
Estava no Éden aqui se refere ao paraíso. A terra onde Lúcifer habitava era adornada de pedras preciosas e ouro. A Bíblia mostra a glória que o querubim Lúcifer possuía, antes de sua queda; guardava a presença de Deus, vivendo no brilho das pedras, ou seja, no meio do fulgor de relâmpagos que para Deus serve como pavimento.

V. A QUEDA DE SATANÁS

1. A causa da queda.
Todos os seres humanos reconhecem o fato real e lamentável do mal no Universo. Verdadeiramente, a presença do mal no mundo é um dos problemas mais desorientantes para a filosofia e para a teologia. Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado. Quando a Bíblia faz o relato da criação em Gênesis 1, lê-se sete vezes que o que Deus havia feito era bom. Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade quando originalmente foram criados. É bom lembrar que a criatura era dotada de capacidade de pecar e a capacidade de não pecar. A criatura foi colocada na posição de poder fazer uma ou outra coisa. Em outras palavras, sua vontade era autônoma, isto é, vontade independente, livre-arbítrio. Devemos, portanto, concluir que a causa da queda dos anjos foi a sua revolta deliberada e autodeterminada contra Deus. Foi a escolha de seus próprios interesses em vez de escolherem os interesses e a vontade de Deus. Se perguntarmos que motivo em particular pode ter estado por trás dessa rebelião, obtemos diversas respostas da Bíblia: grande prosperidade e beleza parecem ser apontadas como possíveis causas. Orei de Tiro simboliza Satanás em Ez 28:11-19 e diz ali que ele caiu devido a essas coisas. Ambição sem medida e o desejo de ser mais que Deus parecem ser outra causa. Orei da Babilônia é acusado de ter essa ambição e ele também simboliza Satanás (Is 14:12-14). Nestas duas passagens bíblicas foi mostrado que o motivo da queda foi: a ambição, a vaidade, o egoísmo, o descontentamento com aquilo que tinha e o desejo de ter tudo o que os outros tinham. Sem nenhuma dúvida, a causa da queda de Satanás foi também à causa da queda dos outros anjos maus.

2. Que tipo de pecado foi achado nele? a soberba.
Ez 28.2b: “No orgulho do teu coração, tu dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento”.
Ez 28.17: “Elevou-se o teu coração por causa da tua beleza”. 
Por causa da sua grandeza orgulhou seu coração e quis ser igual a Deus. O poder, a riqueza e a sabedoria perdem seu valor quando se misturam com a soberba; é como tomada elétrica desligada da força. Até mesmo um arcanjo que se desliga do contado amoroso de Deus nada mais faz com seus poderes sobrenaturais senão arruinar os homens e decretar sua própria e eterna destruição.

Satanás cobiçou o que não era seu.
Is 14.13-14: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei. Subirei acima das mais altas nuvens; serei semelhante ao Altíssimo”.
O orgulho e a cobiça entraram no coração de Lúcifer, a ponto de igualar a um deus. Qualquer criatura quer seja visível ou invisível que se coloca no lugar de Deus, perde a comunhão com Ele e por fim recebe a condenação eterna.
A soberba de Lúcifer fez com que Deus expulsasse do Jardim do Éden. Lúcifer querendo elevar-se acima do seu nível, foi precipitado à destruição.

3. Sua condenação.
Is 14.12, 15: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Mas você será jogado no mundo dos mortos, ao mais profundo abismo”.
Não se deixará de perceber aqui uma aplicação a Satanás que, ao se exaltar contra Deus, foi rebaixado até o inferno. Estrela da manhã, no heb. hêlel“glorioso”, “luzente”, que alguns interpretam como nome próprio. "Lúcifer", o assim considerado nome original do diabo.
Não só Lúcifer, mas muitos homens têm caído pelo orgulho e a cobiça. Deus abomina o pretensioso, mas exalta o humilde.

4. Levou junto a terça parte dos anjos.
Ap 12.4, 7-9 “Com a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e a jogou sobre a terra. 7 E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão e os seus anjos. 8 Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar achou nos céus. 9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, que engana a todo mundo. Ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.

VI. O RESULTADO DA QUEDA DOS ANJOS

Encontramos na Bíblia vários resultados da queda dos anjos. Vejamos alguns: todos os anjos decaídos perderam sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta (Mt 10.1; Ef 6.11-12; Ap 12.9). Muitos deles foram lançados no inferno e estão acorrentados até o dia do Juízo Final (2ª Pe 2.4). Alguns deles permaneceram em liberdade e trabalham em resoluta oposição à obra dos anjos bons (Dn 10.12-13, 20-21; Jd 9; Ap 12.7-9). Podem também ter havido um efeito sobre a criação original. Lemos na Bíblia que a terra foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão (Gn 3.17 -19) e que a criação está gemendo por causa da queda (Rm 8.19-22). Presume-se que a queda dos anjos tenha tido algo a ver com a ruína da criação original em Gn 1. Eles serão, em um tempo futuro, atirados para aterra (Ap 12.8,9) e, após seu julgamento (1º Co 6.3), serão lançados no lago de fogo (Mt 25.41; Jd 6; Ap 20.10-15).

VII. SUA MORADA

1. Lúcifer ficou sem moradia e passou a viver no espaço.
 “Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência”. (Ef 2.2).
1.1. “Príncipe deste mundo”. Se refere a Satanás que desde a queda de Adão domina o mundo de homens e espírito em rebelião contra Deus (Jo 12.31). Ele determina as ações dos filhos da desobediência.
1.2. “...o príncipe das potestades do ar...”, se refere ao reino invisível acima da terra, onde Satanás e seus demônios estão. Em Efésios 6.12, Paulo escreve: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este reino nos lugares celestiais pode ser uma localidade real, mas também pode ser sinônimo de “mundo” (Jo 12.31). Esse mundo inteiro é de domínio de Satanás (Mt 4.8-9).
Expulso de sua morada celestial, Satanás não ficou restrito somente à Terra. Isso é evidenciado pelos dois concílios celestiais aos quais ele se fez presente, mencionados no livro de Jó (Jó 1.6; 2:1). Embora não saibamos onde ocorreram, fato é que não foi no Céu, visto que ele foi expulso de lá. Vê-se também que não foi na Terra, pois, ao ser perguntado de onde vinha, ele respondeu: “… de rodear a Terra e passear por ela” (Jó 1:7; 2:2). Tais concílios ocorreram em algum lugar do Universo, que não a Terra nem o Céu.
“Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.” (Jó 1.7).

De onde vens? A pergunta de Deus não significa que Ele não soubesse do paradeiro de Satanás; foi apenas para iniciar uma “conversa” com o inimigo. Deus se dirige a Adão do mesmo modo depois da Queda, indagando: onde estás1 (Gn 3.9).
Embora Satanás tem poder e autoridade no sistema mundial atual em que vivemos, o seu poder é limitado, sempre sob o controle soberano de Deus (Jó 1.12), e é temporário (Rm 16.20). Deus deixou claro que só há uma maneira de escapar do poder do domínio de Satanás, e que é através de Seu Filho, Jesus (At 26.18; Cl 1.13–14). É Jesus que, falando da cruz iminente, declarou vitória: “Agora o príncipe deste mundo será expulso” (Jo 12.31)

VIII. Hierarquia demoníaca

Ef 6.12 “Porque não temos que lutar contra a carne e sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.
Por não ser onipresente, Satanás criou uma inteligente rede de atuação, colocando demônios espalhados por localidades, com funções diferentes. Esta é a classificação demoníaca citada por Paulo, na qual estudaremos a seguir:

1. Principados (príncipes infernais).
De acordo com o dicionário Michaelis, principado significa: “Território ou Estado governado por um príncipe ou princesa”. No grego, a palavra principado é arche “autoridade”, “governante”, “domínio”, “esfera de influência”. Existem demônios de alto escalão designados para ocupar estes principados. São como príncipes de grandes regiões, como continentes e países.
A Bíblia nos traz um bom exemplo de batalha espiritual, a nível de principados: “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.” (Dn 10.13).
Enquanto Daniel orava por uma resposta do Senhor, estava sendo travada uma guerra nas regiões celestiais. O príncipe da Pérsia lutava com o arcanjo Miguel (também príncipe – “arché angelos”), para impedir a resposta do homem de Deus. Não é sempre principados (de alto escalão) que se ocupam para impedir nossas orações. No caso de Daniel, ele orava e intercedia por uma nação inteira, por isso envolveu principados.
Observe a resposta do arcanjo Miguel: “E ele disse: Sabes por que eu vim a ti? Agora, pois, tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.” (Dn 10.20).

2. Potestades (gerentes infernais).
No grego, potestade significa eksousia que significa: “autoridade”, “poder”, no sentido de autoridade delegada. São governantes subordinados aos príncipes, por isso também chamados sub-principes. Agem respectivamente em cada principado (território) a que pertencem. Em determinados casos, tais poderes de principados diferentes se unem para agir em uma tarefa específica.
Existem milhares e milhares de potestades espalhadas sob a face da terra, assumindo responsabilidade por estados, cidades, ruas, bairros, clubes, igrejas, religiões, seitas e partidos, etc.

3. Dominadores – Demônios de Baixa Grandeza.
Do grego kosmokrator, que literalmente significa “governante mundial”. Também são milhares e milhares, e são os responsáveis pelo andamento de projetos idealizados pelos príncipes ou sub-príncipes. Atuam como guias, orixás, mensageiros ou operários.
A Bíblia diz que o mundo jaz no maligno. A palavra governante mundial não é porque eles estão no comando geral, mas porque seus atos influenciam diretamente o destino da humanidade.
São os demônios de baixa grandeza são as conhecidas “entidades”, que na Umbanda são conhecidas por diversos nomes, como Zé Pelintra, Exu Caveira, Pomba-gira, Preto Velho, Etc. Eles são destinados a possessões, onde entram nas vidas das pessoas e destroem tudo. Além disso, tais demônios são responsáveis pelo surgimento movimentos espirituais malignos, tais como:
– Astrologia (através de espíritos de adivinhação);
– Movimento de nova era (demônios que afetam a mente humana);
– Anjo da morte (espíritos de suicídio);
– Idolatria: “coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1ª Co 10.20).

4. Forças espirituais da maldade.
Do grego, pneumáticos que significa: “seres malignos”, “forças do mal”. São demônios de menor hierarquia, que trabalham em legiões, auxiliando nos trabalhos de possessões. Estima-se que existam cerca de 30 bilhões de demônios para cada habitante no planeta terra. Alguns destes demônios tem atributos “especiais”, como poder mover, ou fazer “desaparecer” objetos. Emitem sons, entre outros feitos.

IX. O DESTINO DE SATANÁS

Podemos fazer um breve traçado da história de Satanás do princípio ao fim. Primeiro o vemos no céu (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). Ninguém pode dizer por quanto tempo ele viveu gozando do favor de Deus, mas veio a hora em que ele e muitos outros anjos caíram (Is 14.13-15). Encontramos ele no jardim do Éden, por meio de uma serpente (Gn 3.1-15). Aqui ele se tornou o agente da queda do homem. Em seguida, nós o encontramos no ar, tendo acesso tanto ao céu como a terra (Jó 1.6,7; 2.1,2; Ef 2.2; 6.12). Em seguida, notamos que no futuro ele deverá ser lançado na terra (Ap 12.9-12). Aparentemente, isto acontecerá durante a grande tribulação. Podemos observar que sua presença na terra dessa vez será “curta”. Da terra ele será lançado no abismo (Ap 20.1-3). Isto acontecerá quando Cristo voltar a terra, em poder e glória, para estabelecer Seu reino milenial. Satanás será acorrentado e confinado ao abismo por mil anos. Então, será solto por “pouco tempo”, durante o qual tentará frustrar os propósitos de Deus na terra (Ap 20.3, 7-9). Mas, descerá fogo do céu e destruirá os exércitos que ele reunirá. O destino de Satanás será o fogo eterno preparado para ele e seus anjos, onde "serão atormentados para todo o sempre" (Mt 25.41; Ap 20.10).

1. O inferno está preparado para o diabo e suas hoste.
Mt 25.41: “Então, dirá também aos que estiverem a sua esquerda; apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.

2. Satanás já está julgado.
Jo 16.11: “... porque o príncipe deste mundo já está julgado.
O Senhor Jesus foi bastante claro ao dizer que o destino dos anjos maus é o lago de fogo (Mt 25.41). Enquanto isso, alguns deles são mantidos acorrentados na escuridão até o dia do seu julgamento (2ª Pe 2.4; Jd 6). Como o criminoso que foi preso em seu delito culposo e mantido na prisão, aguardando o dia em que será sentenciado oficialmente e levado para sofrer a pena da condenação por seu crime. Quando Cristo voltar, os crentes tomarão parte no julgamento dos anjos maus (1ª Co 6:3).
O justo juiz já que venceu todas as coisas já tem julgado o inimigo do homem e de Deus. Não há nenhuma oportunidade de salvação para o diabo, pois ele pecou sem ser tentado, mas o homem pecou porque foi tentado e por isso Deus tem dado oportunidade de salvação, mas o diabo não tem este privilegio é por isso que ele engana a humanidade com sua astúcia e luta contra todos.


Deus transformou a terra em caos, para que Satanás não mais habitasse nela. Gn 1.2: “E a terra que era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo”.
Não temos palavra para explicar a beleza que era a terra original. Mas após o pecado de Lúcifer Deus transformou esta terra em um caos, ou seja, sem forma e vazia. Tudo que havia de vida animal morreu e a terra ficou coberta de água, até a criação do homem.
Hoje quando o homem encontra fossas de animais pré-histórico, os cientistas dizem: Este animal tem cinquenta milhões de anos; e muitos têm me perguntado como pode. Sim estes animais habitavam aqui quando Lúcifer habitava na terra perfeita. A terra que Lúcifer habitava era diferente da qual nos habitamos hoje. Para o ser humano Deus o recriou (Gn 1.3-31).

XI. A CRIAÇÃO DO HOMEM

1. Satanás viu Deus criar o homem.
Gn 2.7 “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente”.
A partir do verso dois de Gêneses, Deus recria a Terra para habitação do homem. Note que Deus criou todas as coisas, mas os metais Deus não criou! Por quê? Porque metais não se deteriora debaixo da água. Após ter criado os animais pelo poder de Sua Palavra, Ele cria o homem do pó da terra, com sua imagem e semelhança, fazendo um boneco de barro e soprando em suas narinas o fôlego de vida.

2. Satanás viu Deus criar o jardim para o homem.
Gn 2.8: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente, e pôs ali o homem que tinha formado”.
Satanás não se conformou em ficar sem a sua antiga moradia, procurou tirar de lá os seus moradores (o homem), através da astúcia.

3. Satanás induziu o homem a pecar.
Gn 3.1-6, 13 e 14: “Ora, a serpente era o mais astuto de todo os animais do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? 2 Respondeu a mulher à serpente: do fruto da árvore do jardim podemos comer 3 Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 Então a serpente disse à mulher: certamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes deste fruto, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. 6 Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, que estava com ela, ele comeu. 13 E disse o senhor Deus à mulher: porque fizeste isso? E disse a mulher: a serpente me enganou, e eu comi. 14- Disse, pois, o Senhor Deus a serpente: Porque fizeste isto, maldita és entre todos os animais domésticos, e entre todos os animais do campo; sobre teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida”.
Satanás induziu o homem a desobedecer á Deus, e tornou-se inimigo de Deus, e também do homem, e não quer que ninguém seja feliz.
Deus criou o homem para viver eternamente, mas por causa do pecado da desobediência ele perdeu esse direito, e passou a ser um mortal. Mesmo assim Deus enviou o Seu Filho Unigênito para resgatar o homem e dar a vida eterna.
A glória que Lúcifer possuía e o paraíso que habitava, Deus têm preparado para o homem que for fiel a Sua Palavra. É por isso que Satanás tem lutado dia e noite para que eu e você não venhamos receber essa glória e a vida eterna com Jesus Cristo nosso salvador.
Sabemos que ele já está julgado e em breve levado ao inferno, não há salvação para ele, pois ele pecou sem ser tentado, mas o homem pecou porque foi tentado, por isso existe perdão para os que se arrependem. Para habitarmos no paraíso com Deus devemos ser fiéis até o fim.

NOME E TÍTULOS DE LÚCIFER

 ·         Abadom: Ap 9.11 - quer dizer lugar de Morto, sepultura, extermínio e ruína.
·         Apolion: Ap 9.11 - quer dizer anjo do abismo.
·         Belial: 2ª Co 6.15 - quer dizer: Perversidade, indignidade.
·         Belzebu: Mt 12.24 - quer dizer: Nome do príncipe dos demônios.
·         Diabo: Mt 4.1 - Nome que se dá ao chefe dos demônios. Em grego diabolos quer dizer "caluniador".
·         Satanás:1.6 a 9 - Em hebreu é Satã, que quer dizer "adversário".
·         Espírito Imundo: Mt 12.43
·         Serpente: Gn 3.4
·         Tentador: Mt 4.3
·         Deus deste século: 2ª Cor 4.4
·         Homicida: Jo 8.44
·         Maligno: Mt 13.19
·         Príncipe deste mundo tenebroso: Ef 6.12
·         Príncipe da potestade do ar: Ef 2.2
·         Acusador: Ap 12.10
·         Adversário: 1ª Pe 5.8
·         Anjo do abismo: Ap 9.11
·         Príncipe dos demônios: Mt 12.24

QUE SATANÁS FAZ NO PRESENTE

 Satanás trabalha de muitas maneiras para enganar o homem, e levar junto para o inferno. É importante conhecermos este inimigo que tão de perto nos rodeia para nos tragar.

I. Vive a rodear a terra
Jó 1.7: “Então o Senhor disse a satanás: Donde vens? E satanás respondeu ao Senhor, e disse: de rodear a terra, e passear por ela”.

II. Incita o homem a pecar
Mt 4.1-4: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E, tendo jejuado 40 dias e 40 noites, depois teve fome. 3 E, chegando-se a Ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, mande que estas pedras se tornem em pães. 4 Ele porém respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.
Nem o Filho de Deus ficou sem ser tentado pelo diabo. Todos os seres humanos também são tentados por ele; para provação da nossa fé.

III. Arma laços ao homem
Sl 91.3: “Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa”.
2ª Tm 2.26: “E que se desprendam dos laços do diabo, por quem haviam sido presos, para cumprirem a vontade de Deus”.
Satanás está à espreita dos servos de Deus. O seu objetivo não é necessariamente matá-los, como o caçador faz com o animal nas grandes caçadas. Em vez disso, o objetivo principal do Diabo é capturar viva a presa e usar a pessoa como lhe convém.
O animal pego num laço perde sua liberdade de movimento. De modo similar, quem sucumbe ao medo e à pressão abre mão de pelo menos parte do controle de sua vida.
Para Satanás não importa em que armadilha caiamos, desde que sejamos pegos por ele. Visto que não desconhecemos os seus desígnios, podemos evitar ser vencidos por ele. (2º Cr 2.10, 11) Não cairemos nos seus laços, ou armadilhas, se orarmos por sabedoria para lidar com as provações. “Se alguém de vós tiver falta de sabedoria”, escreveu Tiago, “persista ele em pedi-la a Deus, pois ele dá generosamente a todos, e sem censurar; e ser-lhe-á dada”. (Tia. 1:5) Temos de agir em harmonia com as nossas orações por sempre estudar a Palavra de Deus e pôr em prática o que aprendemos. As publicações bíblicas do escravo fiel e discreto lançam luz sobre as armadilhas do Diabo e nos ajudam a evitá-las.

IV. CEGA O ENTENDIMENTO DOS INCRÉDULOS
2ª Co 4.4: Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.
Satanás continua agindo porque seu governo é temporário e não absoluto. Age sob a vontade permissiva de Deus até o fim da história humana. Aqueles que não se submetem a Jesus Cristo permanecem sob a controle do inimigo em trevas espirituais.
Satanás então cega seus olhos para não verem a verdade e a glória de Cristo, a fim de não serem salvos. A solução para esta trágica situação e’ neutralizar a ação de Satanás mediante intercessão e pregação do evangelho, no poder do Espirito Santo, para que o povo escute, entenda e decida crer.

V. Coloca maus pensamentos nos homem
Jo 13.2: “E, acabando a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse”.
Embora Satanás não possa ler nossa mente, ele pode influenciar nossos pensamentos. Portanto, a Bíblia nos instrui a “nos revestirmos de toda a armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). Sem ela, você é uma vítima garantida na guerra invisível; com ela, você é invencível. A batalha espiritual é travada contra seres invisíveis que personificam o mal. E suas armas são espirituais, não físicas. Embora eles não possam nos ferir fisicamente, nos violentar sexualmente ou nos fazer levitar, podem nos tentar a trair, roubar e mentir.

VI. Se apossa dos homens
Um dia, Jesus encontrou uma mulher que havia sido “possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos” (Lc 13.11). Jesus atribui a enfermidade a Satanás, que a manteve em “cativeiro” (v. 16). O poder de Satanás era real, mas foi facilmente superado por nosso Senhor: “Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus” (v. 13). O milagre de Jesus foi uma clara demonstração de Sua autoridade sobre Satanás.
“E, após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze-o depressa” (João 13.27). Pessoas são manipuladas por Satanás para que seus propósitos se cumpram na terra. Pessoas cujos corações não pertencem a Deus, mas a deuses. Judas, por exemplo, é manipulado pelo dinheiro. Satanás é o deus do dinheiro (Mateus 6.24) e utiliza-se desse meio para submeter Judas aos seus propósitos.
Em Mateus 17.14, 15, 18 “Quando chegou a multidão, um homem aproximou-se de Jesus e ajoelhou-se, dizendo: 15 Senhor tem misericórdia de meu filho, que é epiléptico e sofre muito. Ele muitas vezes cai no fogo e na água. 18 Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, e desde àquela hora o menino ficou são”.
Os médiuns e Pai de santo são enganados pelo diabo, pois ele se apossa dos tais dizendo ser um espírito bom. Eu quero dizer aos leitores que Deus na pessoa do Espírito Santo a terceira pessoa da trindade jamais se apossa de alguém, mas Satanás com sua astúcia vive enganando as pessoas. Ele trabalha de uma forma astuta para enganar a humanidade.

VI. Arrebata a boa semente
Mc 4.15: “Na parábola do semeador Jesus referindo-se a semente que cai na beira do caminho diz: E os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada, mas, tendo-a ele ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações”.
A semente é a Palavra de Deus, e a Palavra de Deus edifica, produz fé, santifica fortalece. Quando a Palavra de Deus permanece na vida do crente, Jesus disse que tudo que o crente pede será feito. “Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. (Jo 15.7).
Agora, o diabo, o nosso adversário faz de tudo pra que esta Palavra não permaneça em nós. Ele não quer que a Palavra de Deus, que a divina semente permaneça na nossa vida. Então ela usa suas estratégias, para roubar, secar e sufocar a semente.
A missão de Satanás é roubar matar roubar e destruir. Ele procura de uma maneira sutil roubar dos corações a Palavra de Deus que é plantada.

VIII. Se transforma em anjo de luz para enganar
2ª Co 11.14 “... porque o próprio satanás se transfigura em anjo de luz”. Estamos no tempo da apostasia da igreja, doutrinas de homens e de demônios, e o mundo, sorrateiramente entraram nela, teologias anátemas estão fazendo parte dela, o amor ao dinheiro está dominando nela, e os que eram para ser livres em Cristo estão acorrentados, escravizados, feitos marionetes e usados para fins lucrativos e políticos, enfim.
A verdade é que os que são usados pelo diabo para fazerem tais coisas, não temem a Deus, estão brincando com o grande “Eu Sou”, e isso vai ter consequências terríveis, porque com deus não se brinca.
Satanás se transforma em anjo de luz, para enganar aqueles que receberam a preciosa semente, e usa a Palavra de Deus que ele conhece muito bem. Ele sabe que a fraqueza de muitos é o dinheiro, e usando isso, ele entra no coração e ali faz sua morada.

IX. Molesta aos servos de Deus
2ª Co 12.7 “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar”.
As muitas especulações indicam a impossibilidade de se chegar a uma conclusão definida. Entre as ideias alguns acham que o sofrimento emocional resultante de ele não ter ganho os judeus para Cristo de forma como desejava (At 28.24). Outros pensam que seria uma tentação seria “um mensageiro [grego angelos, anjo, mensageiro”] do adversário”, significa que o “espinho” era um espírito demoníaco especialmente enviado por Satanás (Mt 4.1) para golpeá-lo (comp. Mt 25.41; Ap 12.7, 9).

X. Põe obstáculos aos servos de Deus
1ª Ts 2.18 “Por isso quisemos ir ter convosco, pelo menos Eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas, e satanás nos impediu”.
Atrás dos obstáculos no caminho da divulgação do evangelho encontra-se Satanás (Rm 16.20). É necessário avançar no poder de Cristo, que pode vencer “o valente”, tirar a sua “armadura e dividir os seus despojos (Lc 11.21-22; 1ª Ts 3.11).

XI. Domina o mundo
1ª Jo 5.19: Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno”.
No verso 18 o apóstolo João declara que se nascemos de novo: 1. Temos vitória sobre o pecado pelo poder de Cristo; 2. Pertencemos a Deus e estamos sob Seu controle e não do diabo; 3. E a nossa fé genuína em Jesus nos faz vencedor, mas a humanidade sem Deus é controlada pelo Diabo e seus anjos.

QUEM É SATANÁS

 I. Um adversário
1ª Pe 5.8: “Sede sóbrio, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar”.
Esta ordem para que vigiemos, isto é, para que nos mantenhamos despertos, atentos para não cair nos laços do diabo. Usando sempre os armamentos da nossa milícia (Ef 6.10-18), e orando sem cessar.

II. Um acusador
Ap 12.10 “Então ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora está chegada a salvação, e a força, e o Reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Pois já o acusador de nossos irmãos foi lançado fora, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”.
Após o acusador de nossos irmãos ser lançado fora (v. 9), o qual diante de Deus os acusava, houve um grito de Jubilo nos céus. Os santos necessitam saber que Satanás está vencido pela obra do Cordeiro na Cruz e a nossa vitória já é conhecida pela ressurreição.

III. Um assassino
Jo 8.44 “Vós pertenceis ao vosso pai, o diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio”.
Tendes por pai. Jesus sabia o que estava no coração das pessoas (Jo 2.25), e é por isso que Ele conhecia a motivação das atitudes delas. O diabo é homicida, e seus agentes queriam matar Jesus.
Os judeus afirmam que são filhos de Deus. Jesus, porém, os questiona: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou (v.42). Se Deus fosse o pai dos judeus eles amariam a Jesus e reconheceriam a sua origem e missão. Jesus declara dizendo que o diabo é vosso pai.
Os filhos partilham da natureza do pai. Se Deus é nosso Pai, partilhamos da natureza divina (2ª Pe 1.1-4); mas, se o Diabo é nosso pai, partilhamos da sua natureza maligna. Os judeus eram filhos do diabo, por isso rejeitaram a verdade (v.40), não entendiam o ensino de Jesus (w. 43,47), eram incrédulos (w.45,46), odiavam e desejavam matar a Jesus (vv. 37 e 40).

IV. Um mentiroso
Jo 8.44b “... e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso, e pai da mentira”.
A Bíblia é enfática, o Diabo e seus demônios são mentirosos e neles não há verdade (Jo 8.44) e que nos últimos dias esses espíritos falariam e ensinariam mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos, é uma religião perigosa e antibíblica. “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (1ª Tm 4.1).

V. Um Pecador
1ª Jo 3.8: “Quem comete pecado é o diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: Para destruir as obras do diabo”.
O apóstolo João nos mostrando que aqueles que praticam o pecado procedem da influência maligna do diabo, que é quem peca desde o início. Mas na segunda parte do versículo ele afirma também que Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo. Ao fazer essa afirmação, ele está tentando nos dizer que Jesus veio para que a minha vida não fosse mais baseada no pecado e na morte, que por sua vez são causados pelas obras do diabo na vida das pessoas. Jesus veio para libertar os cativos do domínio do diabo e, assim, permitir que eles vivam em santidade, pureza e liberdade. Uma vez que fomos libertos do domínio do diabo, podemos caminhar em novidade de vida.

VI. Um tentador
Mt 4.1-3 “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. 2 Depois de passar 40 dias e 40 noites sem comer, teve fome. 3 O tentador chegou-se a Ele e disse: Se tu és o Filho de Deus, mande que essas pedras se transformem em pães”.
Tentação é o esforço do diabo para tentar persuadir, seduzir, e induzir alguém a fazer especialmente algo sensualmente agradável ou imoral.

VII. Um ladrão e destruidor
Jo 10.10 “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e tenham em abundância”.
Em João 10, o Senhor Jesus apresenta verdades de modo conotativo, como o próprio contexto imediato indica: “Jesus disse-lhes esta parábola” (v.6). E Ele, metaforicamente, chamou a si mesmo de o Bom Pastor (v.11) e aos seus seguidores de ovelhas: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (v.27). Quando Ele empregou o termo “ladrão”, no singular e no plural, referiu-se a quem? Ao Diabo e aos seus agentes, sem dúvida nenhuma. Isso é ponto pacífico para quem prioriza a regra áurea da Hermenêutica: “A Bíblia interpreta a própria Bíblia”.

VIII. Um Inimigo
Mt 13.25 “Mas em quanto os homens dormiam, veio o seu inimigo, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se”.
Na parábola do semeador, o Diabo é o ladrão da semente primeiramente plantada (Mt 13.19). Na parábola seguinte, o Diabo é o inimigo que semeia o joio no meio do trigo durante a noite (Mt 13.39), “enquanto todos dormiam” (Mt 13.25).

O QUE SATANÁS PODE?

 I. Induzir ao pecado
Jo 13.2 “Durante a ceia tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse”. At 5.3 “Ananias, porque encheu satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, retendo parte do preço da propriedade?”
O pai de todas as mentiras estudou todas as maneiras possíveis de alcançar seus objetivos, usando todas as ferramentas e todos os recursos disponíveis. Ele usa, distorce, modifica e camufla tudo o que foi criado para o bem do homem a fim de apoderar-se de sua mente e perverter-lhe o corpo e tornar-se o mestre dele assim como fez Judas Iscariotes, e Ananias.

II. Contender com os Cristãos
Ef 6.12 “Pois não temos de lutar contra a carne e o sangue, e sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes desse mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes”.
O apóstolo descreve essa guerra e mostra o perigo e a necessidade que temos de revestir-nos de toda armadura, considerando os tipos de inimigos com os quais precisamos lidar. O Diabo e todos os poderes das trevas.
Lidamos com um inimigo sutil, um inimigo que usa manhas e estratagemas, como lemos no versículo 12.
Ele tem mil maneiras de iludir almas inconstantes; por isso é chamado de serpente, em virtude de sua sutileza, a velha serpente, experimentada na arte de tentar.
Ele é um inimigo poderoso: principados, potestades e príncipes. Eles são numerosos e poderosos; eles governam as nações pagãs que ainda estão nas trevas.
As partes sombrias do mundo são o alicerce do império de Satanás. Eles estão usurpando e destituindo príncipes sobre todos os homens que ainda estão em um estado de pecado e ignorância.
Satanás é um reino de trevas, enquanto Cristo é um reino de luz. Eles são inimigos espirituais: “…hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”, ou espíritos maus, como alguns traduzem.
O Diabo é um espírito, um espírito mau; o perigo é maior porque nossos inimigos são invisíveis e nos atacam antes de nos darmos conta deles.

III. Inspirar falsos milagres
Deus tinha enviado Moisés para libertar os filhos de Israel do jugo egípcio. Finalmente, depois de 400 anos de tormentos e escravidão, os israelitas estavam livres. Deus enviou Moisés e Arão para confrontar a Faraó, exigindo a libertação dos israelitas. Arão acompanhou Moisés como seu porta-voz. Deus disse a Moisés e Arão que Faraó estava querendo ver milagres. Deus então os instruiu a fazê-los. Quando Faraó pediu para ver um milagre, Arão lançou sua vara ao chão e ela se transformou em uma serpente. Isto não deveria ser surpresa para um cristão, que Deus opera milagres.
Todavia, o que pode ser surpreendente para um novo convertido que está crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo é que o DIABO TAMBÉM OPERA MILAGRES!
O fato que o diabo e seus falsos profetas podem operar milagres é documentado nas seguintes Escrituras: Êx 7.11 “Faraó então mandou vir os sábios e encantadores, e os magos do Egito também fizeram o mesmo com os seus encantamentos. 12 Cada um deles lançou a sua vara, e elas se tornaram em serpentes. Mas a vara de Arão tragou as varas deles”. Êx 7.22 “Porém os magos do Egito também fizeram o mesmo com os seus encantamentos; de modo que o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o SENHOR tinha dito.” Êx 8.7 “Então os magos fizeram o mesmo com os seus encantamentos, e fizeram subir rãs sobre a terra do Egito.”
O diabo é um mestre em falsificar, com suas falsas bíblias, falsas religiões, falsos profetas, falsas doutrinas, falso povo, etc. Como crentes temos o Espírito Santo de Deus vivendo em nossos corações (1ª Jo 4.4). Maior é o que está em nós (Deus) do que o que está no mundo (o diabo). Devemos diligentemente analisar todo e qualquer milagre ou maravilha para decifrar se é de Deus ou do diabo.
Mt 24.24: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganaria até os escolhidos.
2ª Ts 2.9: “A vinda de iníquo é segundo a eficácia de satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira”.

IV. Dominar os pecadores
At 26.17-18 “Eu te livrarei deste povo e dos gentios, a quem agora te envio. Para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz, e do poder de satanás a Deus, afim de que recebam remissão dos pecados e herança entre aquele que são santificados pela fé em Mim”.
A Bíblia diz que Satanás é o “deus deste mundo”, ela não está dizendo que ele tem autoridade máxima. Está transmitindo a ideia de que Satanás governa o mundo descrente de uma maneira específica.
O mundo que “está na maldade”, talvez no mundo do mal espírito de ódio, falsidade e egoísmo, e ao fazê-lo praticamente deifica o diabo. E o trabalho desse deus deste mundo está diretamente em antagonismo com o de Deus. Ele procura levar os homens de volta à luz para a escuridão. “Ele cegou” (o tempo grego indica um ato no tempo passado sem necessariamente incluir a ideia de sua continuação no presente) “as mentes dos “incrédulos”.
Para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz. A promessa de Deus feita por meio dos profetas de que Jesus Cristo traria luz a este mundo cumpriu-se (Is 42.6,7,16; Cl 1.12). Servir a Cristo significa deixar o reino de Satanás e submeter-se ao controle de Deus. Tanto a remissão quanto a santificação vêm pela fé em Cristo. E quem é perdoado recebe a sorte entre os santificados pela fé.

V. Afligir os justos e causar enfermidades, mediante permissão de DeuS
No livro de Jó, o personagem é descrito como um homem justo; de fato, o mais justo que havia em toda a terra. Mas Satanás afirma que esse homem é justo somente porque recebe bênçãos de Deus. Deus o cercou e o abençoou acima de todos os mortais; e, como resultado disso, Satanás acusa Jó de servir a Deus somente por causa da generosa compensação que recebe de seu Criador. Jó 1.12: “Muito bem, tudo que ele tem está no teu poder, mas somente contra ele não estendas a mão. Então satanás saiu da presença do Senhor”.
Na segunda confrontação, quando defrontado com a fidelidade de Jó, Deus da testemunha de Jó. Satanás afirma que Jó renunciará ao Senhor uma vez que sua pessoa real tenha sido afetada. Deve-se notar que:
A. Satanás não tem poder para afligir Jó, a menos que Deus lhe permita.
B. Satanás, mesmo no seu desejo de tentar destruir, realmente serve aos propósitos de Deus. Jó 2.4-7: “Pele por pele! Tudo que o homem tem dará pela sua vida. 5 Mas estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos e na carne, e ele certamente blasfemará de ti na tua face. 6 Disse o Senhor a satanás: Pois bem, ele está no teu poder; mas poupa-lhe a vida. 7 Então saiu satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de chagas malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça”.
Satanás só pode afligir os justo mediante a permissão de Deus.

VI. Incorporar nas pessoas
Na Bíblia, encontramos relatos de espíritos maus que assumiram o controle de humanos. Em alguns casos, as pessoas endemoniadas ficavam cegas ou mudas, ou até machucavam a si mesmas.
Lc 9.42, 43 “Quando o menino vinha chegando, o demônio o derrubou e convulsionou. Porém Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou ao seu pai. 43 E todos ficaram admirados com a grandeza de Deus”.
Lc 13.16 “E não convinha soltar desta prisão, no dia de Sábado, esta filha de Abraão, a qual há 18 anos satanás tinha presa”?
Mateus 9:32-33; 12:22; 17:18; Marcos 5:1-20; 7:26-30; Lucas 4:33-36; Lucas 22:3; Atos 16:16-18.

VII. Opor-se aos justos
Zc 3.1 “Então ele me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual está diante do Senhor, e satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor”.

VIII. Caluniar os Cristãos
Jó 1.9-11: “Respondeu satanás ao Senhor: Teme Jó a Deus em vão? 10 Acaso não tens protegido de todos os lados a ele, a sua casa a tudo o que tem? A obra de suas mãos abençoastes e os seus bens se multiplicam na terra. 11 Mas estende a tua mão e toca-lhe em tudo o que tem, e ele certamente blasfemará de ti na tua face!”

IX. Perseguir, acusar
Ap 2.10: “Nada temas das coisas que estás para sofrer. Escutai: o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais provados, e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.

X. Intimidar os homens
1ª Pe 5.8: “Sede Sóbrio, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar”.

XI. Seduzir os homens
2ª Co 11.3: “Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompido os vossos entendimentos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. 

COMO VENCER O DIABO

 Veremos neste estudo como o cristão deve vencer o Diabo.

I. Sujeitar a Deus
Tg 4.7: “Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. 1ª Pe 5.9: “Revesti-lhe, firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo”.

II. Usar as armaduras
Ef 6.10-18: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”.

III. Deixar a mentira
Ef 4.25: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros um dos outros”.

IV. Não irar
Ef 4.26: “Irai-vos, e não pequeis: Não se ponha o sol sobre a vossa ira. 27 E não deis lugar ao diabo”.
Tg 1.19 “Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar”.

V. Não furtar
Ef 4.28: “Aquele que furtava não mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom...”.

VI. Não dizer palavrão
Ef 4.29: “Não sai da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação...”.

VII. Não entristecer o Espírito
Ef 4.30: E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”.

VIII. Não deixar o mal entrar em nós
Ef 4.31: “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia”.

IX. Vivendo uma vida de amor com os outros
Ef 4.32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo, vos perdoou”.

X. Imitando a Deus
Ef 5.1: “Sede, pois, imitadores de Deus como filhos amados”.

XI. Andar em amor
Ef 5.2: “Andai em amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”.

XII. Deixar a impureza
Ef 5.3: “Mas a impudicícia e toda sorte de impureza ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, convém os santos”.

XIII. Praticar a justiça e a verdade
Ef 5.8: “Porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade”.

XIV. Andar prudentemente
Ef 5.15: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios a Deus, em aroma suave”.

XV. Andar cheio do Espírito
Ef 5.18-20: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. 19 Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. 20 Dando sempre graças pôr tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.

XVI. DeveMOS pedir socorro na hora da tentação
Hb 2.18: “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados”.
2ª Pe 2.9: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados”.

XVII. Deve buscar poder
Sl 62.11: “Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: Que o poder pertence a Deus”.
Mt 28.18: “É me dado todo poder no céu e na terra”.
XVIII - DeveMOS fazer uso do poder
Lc 9.1: “Tendo convocado os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem enfermidades”.
Lc 10.19: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano”.
Mc 16.17-18: “E estes sinais hão de seguir os que crerem: Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; 18 Pegarão em serpentes; e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre enfermos, e os curarão”.

A DERROTADO DE LÚCIFER

 Quando Cristo expirou na cruz, satanás pensou que havia vencido, mas ...

I. Cristo desceu ao inferno
Ef 4.9-10: “Ora, isto - Ele subiu - que é, senão que também antes desceu às partes mais baixas da terra? 10 Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”.
A ressurreição de Jesus mostra que todo o poder está nas Suas mãos, e não a razão porque temermos se Ele venceu, nós n’Ele somos mais que vencedores. Amem!

II. Cristo tirou as chaves do inferno e da morte e das mãos de Satanás
Ap 1.18: “Eu sou o que vivo; fui morto, mas estou vivo para o todo sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno”. O Senhor Jesus ao morrer desceu as profundezas do inferno e declarou a vitória para a humanidade.
Chaves: refere-se ao controle e poder de tudo. Todas as coisas no universo estão sobre Seu poder, tudo o que acontece, é com Sua permissão. 

III. Por sua morte aniquilou aquele que tinha o império da morte
Hb 2.14: “Portanto, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”.
2ª Tm 1.10: “E que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Senhor Salvador Jesus Cristo, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz, a vida e a imortalidade pelo evangelho”.
O cristão em Jesus não morre, mas passa da morte para a vida, ou seja, ele sai dessa vida para uma vida eterna com Cristo.

IV. No arrebatamento DA IGREJA Satanás estará esmagado sobre os nossos pÉs
Em Rm 16.20: “E o Deus da paz esmagará em breve a satanás debaixo de vossos pés”.

V. Cristo reinará no milênio e Satanás será amarrado por mil anos no poço do abismo
Ap 20.1-3: “Então vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na mão. 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e satanás, e amarrou por mil anos. 3 Lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações, até que os mil anos, se completasse. Depois disto é necessário que seja solto, por um pouco de tempo”.

VI. Após mil anos Satanás será solto
Por um pouco de tempo, satanás será solto e enganará as nações para lutarem contra Cristo: Ap 20.7: “Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da prisão. 8 E sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha. 9 Subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos Santos e a cidade querida. Mas desceu fogo do céu, e os consumiu”.

VI. Satanás será lançado no lago de fogo
Ap 20.10: “E o diabo, que os enganava foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo sempre.
Mt 25.41: “Então dirá também aos que estiverem a sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.
Este será o terrível fim daquele que tantos males causou a humanidade desde que o homem foi criado. Satanás será castigado eternamente no lago de fogo.
É importante sabermos que Satanás está presto a ser lançado ao inferno, é por isso que ele tem engana a humanidade para levar junto com ele para o abismo. Mas o cristão deve ficar firme nas promessas do Senhor, e aguardar a Sua volta. Somente Cristo pode dar o descanso para as nossas almas. É por isso que Jesus diz em Jo 10.10 “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir: Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundancia”.

 SETE MANEIRAS QUE SATANÁS ATUA

 I. Pelas drogas, sexo e imoralidade
Rm 1.26-29: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 Semelhante, também os homens, deixaram o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua sensualidade uns para com os outros, homem com homem, cometendo torpeza, e recebendo em si mesmos a penalidade devida ao seu erro. 28 E como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento pervertido, para fazerem coisas inconvenientes. 29 Estão cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade”.

II. Pela mentira e enganos
Jo 8.44: “Vós pertenceis ao vosso pai, o diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira”.

II. Incita os homens a servi-lo e não a Deus
Jr 1.16: “Pronunciarei contra o meu povo os meus juízos, por causa de toda malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso a deuses estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos”. Is 45.20: “Congregai-vos, e vinde, chegai-vos juntos, os que escapastes das nações . Nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feita de madeira, e rogam a um deus que não pode falar”. Rm 1.23-25: “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. 25 Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém”.

III. Pelo misticismo
Rs 21.6: “Fez passar o seu próprio filho pelo fogo, praticou encantamentos e adivinhação e tratou com médiuns e feiticeiros. Prosseguiu o que era mau aos olhos do Senhor, provocando-o à ira”.
Dt 18.10-14: “Não haja no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro. 11 Nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos. 12 O senhor abomina (detesta) todo aquele que faz essas coisas. É por causa dessas abominações que o Senhor teu Deus expulsa essas nações de diante de ti. 13 Serás perfeito diante do Senhor teu Deus. 14 As nações, que as de possuir, dão ouvidos a agoureiros e a adivinhos. Mas a ti o Senhor teu Deus não permite tal prática". Is 8.19-20 "Quando vos disserem; consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre os dentes; Não recorrerá um povo a seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? 20 A lei e o testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”.

IV. Envolvendo o homem em trevas
Sl 10.10: “Alguns se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos de aflição e em ferro. 11 Por se haverem rebelado contra a palavra de Deus, e desprezando o conselho do Altíssimo”. Ef 5.8: “Pois outrora eram trevas, mas agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz”.
Cl 1.12-13: “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. 13 E que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do filho do seu amor”.

V. Cegando as pessoas para não crer na Verdade
2ª Co 4.3-4: “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, para os que se perdem estás encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.

VI. Coloca dúvida no homem
Rm 14.23: “Mas aquele que tem dúvida se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não provém da fé é pecado”.

Conclusão: Satanás, o anjo caído do céu, só age pelo consentimento divino e sob o governo de Deus. Quando Deus lhe permite executar os seus desígnios perversos e somente como instrumento para realizar os planos divinos. No caso de Jó os vãos esforços de Satanás para induzir o patriarca a pecar, deram em resultado a formação do caráter e o aperfeiçoamento da fé em Deus.
O Novo Testamento nos ensina que Satanás tem acesso aos corações dos homens, para enganá-los e reduzir a servidão. Ele é o príncipe dos demônios, exercendo poder sobre os principados e potestades do mundo espiritual da maldade. Foi ele quem seduziu a Adão e Eva ao pecado de desobediência. O espírito maligno, agindo por meio da serpente, induziu o casal ao pecado para destruir a obra do Criador. Satanás o nosso adversário, promove toda a espécie de impiedade, opondo-se a Deus e aos homens. Ele induz o homem a pecar, a separar-se de Deus, e a rejeitar o plano de salvação por meio de seu Filho Jesus Cristo.


Ef 6.12: “Pois não temos de lutar contra a carne e o sangue, e, sim contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestiais”.

Introdução. O cristão está num conflito espiritual, ou seja, numa guerra espiritual contra as hostes espirituais da maldade e neste estudo veremos quais são as armas de nossa milícia.
A presença e a influência do mal na vida da humanidade, desafiando o equilíbrio da criação, é suficiente para entendermos a sua realidade: estamos numa batalha espiritual. Estamos num campo de batalha espiritual contra as forças satânicas e precisamos de estratégia e adestramento para entrar em combate.
Os desafios das forças invisíveis dos espíritos imundos são imensos contra a humanidade e principalmente contra a Igreja de Jesus Cristo.
- Estamos em plena “guerra espiritual.
- Temos um inimigo muito astuto e sagaz.
- É preciso conhecer o inimigo e suas armas mortais.
- E só assim é que teremos vitórias.
- Podemos perder algumas batalhas, mas a guerra está ganha.
Todos devem saber que neste mundo, entre os céus e a terra, há diversos poderes atuando. Um poder divino, maior e, seres destinados a impedirem a vida santa do cristão, e até mesmo suas benção e orações, os demônios, concitados pelo orgulho de seu líder Satanás (O inimigo das nossas almas).
A demonstração clara de uma destas batalhas, está descrita no livro do profeta Daniel, e seu capítulo 10.
“E me disse: Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado. E, falando ele comigo esta palavra, levantei-me tremendo. Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.” (Dn 10.11-13).

Um dos aspectos da Batalha Espiritual são os níveis, nos quais ela se dá:
- Na mente.
- No coração.
- No corpo físico.
- Na família.
- Na igreja.
- Na vida financeira.
- Na vida espiritual.

AS ARMAS DA NOSSA MILÍCIA

1. O nome de Jesus.
Mc 16.17-18: “E estes sinais hão de seguir os que crerem: Em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas; 18 Pegarão em serpentes; e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre os enfermos, e os curarão”. At 3:6-8: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda. 7 Tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo seus pés e artelhos se firmaram. 8 Saltando ele, pôs-se em pé e começou a andar. Então entrou com eles no templo andando e saltando, e louvando a Deus”.
At 3.16-18: “Pela fé no nome de Jesus, este homem a quem vedes e conheceis foi fortalecido. Foi a fé que vem pelo nome de Jesus que deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde. 18 E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se, e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te que saias dela. E na mesma hora saiu”.

2. Oração.
Mt 26.41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Na verdade o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 1ª Ts 5.17: “Orai sem cessar”.
Ef 6.18: “E orai em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito”.
2ª Cr 7.14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter dos maus caminhos, então Eu ouvirei dos céus, e perdoarei o seu pecados, e sararei a sua terra”. Jr 29.13: “Buscar-me-eis, e me a achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”.

Oração da fé: Tg 5.14-15: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com óleo do Senhor. E a oração da fé salvará o doente; o Senhor o levantará”.
1ª Rs 18.36-38: A Bíblia diz que o profeta Elias orou ao Senhor Deus, e Ele mandou fogo do céu e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda consumiu a água que estava no córrego.

3. Louvor.
Louvo é o mesmo que elogiar; dirigir louvores; gabar; exaltar; enaltecer; bendizer; glorificar.

3.1. Todos devem louvar: Sl 67.3: Louvem-te ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos”.

3.2. Com Cânticos: Sl 9.11: “Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus efeitos”. Sl 147.1: “Louvai ao Senhor, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável; decoroso é o louvor”. Sl 22.25-26: “De Ti vem o tema do meu louvor na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem. 26 Os pobres comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração”.

3.3. Com instrumentos musicais: Sl 33.2: “Louvai ao senhor com a harpa; cantai a ele com saltério de dez cordas”. Sl 150.3-6: “Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com saltério e a harpa. 4 Louvai-o com adufes e a flauta, louvai-o com instrumentos de cordas e órgãos 5 Louvai-o com címbalos sonoros altissonantes. 6 Tudo o que tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor”.

3.4. Sempre: Hb 13.15: “Portanto, oferecemos sempre por meio d’Ele a Deus sacrifícios de louvor que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”.

3.5. Arma poderosa: 2ª Cr 20.22: “Quando começaram a cantar e dar louvores ao Senhor, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe, e do monte Seir, que tinham vindo contra Judá, e foram desbaratados”.

4. A Palavra de Deus.
Ef 6:17: “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.
Como o próprio versículo diz, precisamos tomar a palavra de Deus que é a nossa espada. A espada é a arma de ataque contra o inimigo de Deus. Arma maior não há! Através dela, vencemos todas as tentações que o maligno coloca diante de nós. A Palavra de Deus é o que nos alimenta, nos fortalece e nos encoraja a prosseguir. Alimente-se dela, todos os dia!


At 12.3-16: “E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos. 4 E, havendo-o prendido, o encarcerou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. 5 Pedro, pois, era guardado na prisão: mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. 6 E quando Herodes estava para o fazer nesta mesma noite comparecer, estava Pedro dormindo, entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. 7 E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias. 8 E disse-lhe o anjo: Cinge-te e ata as tuas alparcas. E ele o fez assim. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa, e segue-me. 9 E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão. 10 E, quando passaram a primeira e a segunda guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele. 12 E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. 13 E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. 14 E, conhecendo a voz de Pedro, de gozo não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. 15 E disseram-se: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É seu anjo. 16 Mas Pedro perseverava em bater, e, quando abriram, viram-no, e se espantaram”.

Introdução. os versículos acima, nos trazem algumas coisas importantes, e esse assunto que Deus coloca em meu coração, eu quero falar sobre as sete debilidades de Satanás. Alguém poderia dizer por que falar sobre as debilidades de Satanás, mas muitos não sabem como vencer este inimigo, como triunfar sobre ele. Certa vez alguém perguntou para Imperador Napoleão chefe dos exércitos da França, qual era o segredo de tantas vitórias sobre seus inimigos; e ele respondeu: “O segredo das vitórias é conhecer as fraquezas do meu inimigo”.
O cristão deve conhecer as debilidades de Satanás, para que ele possa vencê-lo.

I. ELE NÃO PODE IMPEDIR AS ORAÇÕES DA IGREJA
 Quando Pedro estava na prisão, a igreja fazia continua oração por ele e Deus enviou o livramento.
- A Bíblia diz que Daniel orou 21 dias e quando o anjo chegou com a resposta ele disse: No princípio da tua oração, saía a ordem, e eu vim para te declarar.
- Saiba irmão que o Diabo não pode impedir as tuas orações. A oração do crente sobe como aroma suave ao trono de Deus. Não existe criatura alguma que impeça a tua oração.

II. Ele não pode tirar a paz dos santos
 Podemos ver que Satanás não pode tirar a paz de Pedro (At 12.6). Pedro estava ali para ser decapitado no outro dia; Tiago já tinha sido decapitada. Pedro sabia o que lhe aguardava, mas ele estava dormindo.
- Só dorme daquele jeito quem tem paz. Sl 4.8: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança”.
Jo 16.33: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz”.
Jo 14.27: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
- Jesus é a nossa paz; Ninguém pode tirar a nossa paz, é direito nosso porque servimos o Príncipe da Paz. Pedro tinha paz em Jesus. Muitos procuram a paz no sexo, na bebida, nas drogas, no misticismo, nas cartomantes, na macumba, mas não encontram, porque é só Jesus quem dá a verdadeira paz.

III. ELE NÃO PODE IMPEDIR O TRABALHO DOS ANJOS
 Irmãos, vocês acham que Satanás não viu o anjo soltar Pedro. Ele viu tudo, mas não pode impedir o trabalho dos anjos.
A Bíblia diz que os anjos trabalham a favor daqueles que vão herdar a salvação.
O trabalho dos anjos é trazer as bênçãos, a cura, às respostas das orações, quebrar os laços do diabo, e abriras portas para os santos do Senhor.
Daniel foi jogado pelos inimigos na cova dos leões, veio anjo e fechou a boca dos leões, e não aconteceu nada ao profeta Daniel.

IV. SATANÁS NÃO PODE FECHAR A PORTA QUE DEUS ABRE
 Satanás viu quando o anjo abriu as portas para Pedro sair, e ele saiu caminhando tranquilo, até pensou que estava tendo uma visão.
A porta que Deus abre para os santos, para o ímpio está fechada. Quando Deus abriu o mar Vermelho Satanás não pode fechar. A porta que Deus fecha para os santos, para o ímpio está aberta.
Quando lançaram Daniel na cova dos leões, a boca dos leões estava fechada, mas quando lançaram os inimigos de Daniel, a boca dos leões estava aberta; Foram devorados antes de cair no chão.

V. SATANÁS NÃO PODE SER FIEL AOS SEUS SERVOS
 Quando lançaram Sadraque - Misaque e Abdenego na fornalha de fogo, Deus livrou os seus servos.
Mas Satanás não pode livrar da morte aqueles que lançaram na fornalha os 03 servos, morreram queimados.
Quando lançaram os inimigos do profeta Daniel na cova dos leões, Satanás não livrou da morte os seus.
Igreja saiba que Satanás é infiel, mas Deus é fiel, é poderoso, Onipotente, Onipresente e Onisciente, criador. Saiba amado irmão, que Deus vela pela Sua Palavra.

VI. Satanás não pode mudar o futuro

Nem dele e de ninguém. Herodes servia Satanás e não deu glória a Deus em momento algum, e morreu comido de bicho.
O diabo não pode mudar o futuro do Rei Herodes.
Vejamos bem o livro de Jó. Ele estava cheio de chagas, pobre, solitário, por causa da sua fidelidade, Deus mudou a vida de Jó e deu-lhe tudo em dobro.
Deus pode mudar o futuro do homem: Ele pode transformar, dar saúde, paz e Ele dá a vida eterna aos seus filhos; Mas Satanás não tem nada para dar ao homem.
Satanás apenas pode oferecer glórias aqui nesta vida, mas após a morte só pertence a Deus o criador de todas as coisas.

VII. ELE NÃO PODE IMPEDIR O AVANÇO DA PALAVRA
 Ninguém pode impedir o avanço da Palavra.
Na era antiga, quanto mais matavam os cristãos, mais a Palavra de Deus era pregada.
- Podemos glorificar a Deus em saber que Satanás o nosso inimigo: Não pode impedir as nossas orações, tirar a nossa paz, impedir o trabalho dos anjos, mudar o futuro do homem, fechar a porta que Deus abre, ou abrir a porta que Deus fecha, não pode ser fiel aos seus servos.  Porque o controle de tudo está nas mãos de nosso Deus.
Ap 1.17-18: “Não temas. Eu sou o primeiro e o último. E o que vivo, e fui morto, mas aqui estou vivo para todo o sempre, amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

CONCLUSÃO. A Bíblia, o livro de Deus, mostra nossas debilidades e nossos inimigos, mas também nos ensina a vence-los e sermos vitoriosos. Se nos submetermos e vivermos a Santa Palavra de Deus seremos mais que vencedores (Rm 8.37 - Ap 2.11). Caso contrário perderemos a batalha e a vida eterna que o Senhor Deus tem preparado. 

AS TRÊS FORTALEZAS DO INIMIGO

 2ª Co 10.4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas”.

INTRODUÇÃO: Pelo menos três armas que a Igreja tem: o nome de Jesus; a Palavra de Deus, o sangue e o nome de Jesus.

I. TRÊS FORTALEZAS
 1. Raciocínio (2ª Co 10.5). Jesus até hoje é odiado pelo mundo. A cultura atual tem se levantado para procurar destruir a única referência de amor, santidade, vida, etc, da mente e do coração dos homens. Paulo falou a Timóteo sobre as fábulas, recomendou em suas cartas sobre os homens deste século. Livros e filmes têm sido escritos para denegrir a imagem de Cristo: O código da Vinci foi escrito dizendo que Cristo foi casado e teve filhos; o filme a Última tentação de Cristo mostra Ele como um homossexual, e tantas outras investidas muito bem arquitetadas no raciocínio de homens perversos. Só poderão ser combatidos e vencidos com as armaduras poderosas em Deus.

2. Desobediência (2ª Co 10.6). Podemos fazer tudo o que queremos: pisar no sal grosso, ir para a fogueira santa, 7 quintas-feiras, corredor de milagres, corredor de fogo etc, porém se não houver obediência à Palavra todas estas coisas de nada valem. Na desobediência de Adão houve: morte, tristeza e derrota. Na obediência de Cristo houve: vida, alegria e vitória.

3. Orgulho - O “Eu” (2ª Co 10.17). O “eu” foi derrotado na sarça ardente (Moisés). Ali Deus mostrou quem é o “Eu”. Disse Ele: EU SOU. Ninguém pode dizer ‘eu sou’ senão somente Deus. Grandes homens caem por causa do orgulho, da prepotência, do ‘eu’, da glória a si mesmo. Deus diz que não divide, reparte, a Sua glória com ninguém. Podemos pregar, fazer milagres, ser profundos biblicamente, mas nunca esquecer de dar TODA a glória a ELE. O pregador gloria-se NELE. Somente Ele pode dizer: “EU SOU O QUE SOU”. 

REVESTI-VOS DA ARMADURA DE DEUS

 Ef 6.10-24No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, 19 E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, 20 Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar. 21 Ora, para que vós também possais saber dos meus negócios, e o que eu faço, Tíquico, irmão amado, e fiel ministro do Senhor, vos informará de tudo. 22 O qual vos enviei para o mesmo fim, para que saibais do nosso estado, e ele console os vossos corações. 23 Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo. 24 A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém.”

INTRODUÇÃO. O apóstolo Paulo faz uma analogia comparando o cristão a um a um soldado romano em batalha.
Um grande desafio para um servo de Deus é estar armado e principalmente saber usar a sua armadura. Talvez nós não saibamos tanto sobre a importância do armamento porque o nosso país não é um país de guerra, graças a Deus.
Todos nós temos combates e lutas diárias na área emocional, profissional, familiar, psicológica e na vida financeira. Mas existe uma luta que nem sempre é visível e que todo cristão querendo ou não vai enfrentar que é o combate espiritual. A Bíblia chama atenção pra essa batalha espiritual.

I. A LINHA DE FRENTE DA BATALHA

1. Conheça o seu inimigo.
O versículo 12 diz que: “(…) a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”.
Não deixe que o diabo te iluda, fazendo você pensar que ele não está por trás das lutas que você enfrenta. Ele é mentiroso, enganador e irá tentar te destruir sem que você perceba que é ele. Mas, se você estiver com a armadura de Deus e entender que a sua luta é espiritual e não física, a sua vitória está garantida! Saiba disso: muitas vezes, o diabo usará as pessoas para tentar frustrar os planos de Deus em sua vida, por isso, se alguém tem te irritado e tirado a sua paz, não se volte contra essa pessoa e nem faça vingança. O melhor é orar por ela e a colocar nas mãos de Deus. Fazendo isso, você estará guerreando de forma efetiva e o seu coração não será contaminado pela amargura. (Leia Hebreus 12:14,15).

2. Quem é o nosso inimigo - o diabo.
Tg 4.7: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”
1.1. O seu exército. “...os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12).
2.2. Principados. Uma possível referência aos generais de Satanás, que detêm o comando de nações inteiras (veja Dn 10).
2.3. Potestades. Talvez, refira-se a seus tenentes que possuem seres humanos (veja Mt 17; Mc 5).
2.4. Príncipes das trevas deste século. Demônios encarregados dos negócios de Satanás no mundo.
2.5. Hostes espirituais da maldade. Demônios encarregados das religiões mundanas.

3. As suas táticas.
2.1. As astutas ciladas do diabo - Ef 6.11:Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”
O termo ciladas no grego significa: Methodeia, referindo-se “à esperteza, ao engano, à manhã, à trapaça”. Ela significa monitorar ou investigar por meio de um método, um plano pré-estabelecido, espreitar com astúcia, planejar estratagemas, enganar.
2ª Co 2.11: “Porque não ignoramos os seus ardis.”
1ª Tm 3.7: “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.”

3.2. Os dados inflamados do maligno (Ef 6.16).
Essa é uma referência a flechas, cujas pontas são revestidas de estopa, piche ou materiais semelhantes, e depois incendiadas antes de serem lançadas.
1ª Pe 1.7: “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.”
1 Pe 4.12: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse.”

II. O NOSSO EQUIPAMENTO -- A ARMADURA DE DEUS (Ef 6.11; 13-17).

Paulo pega as peças da armadura usada pelos soldados romanos e faz aplicações espirituais para cada uma delas.
1ª Co 10.4: “4. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas.”
Rm 13.12: “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.”

1. O cinto da verdade.
Sobre essa peça essencial da armadura, o Expositor's Commentary diz: “O primeiro item mencionado nessa lista de equipamentos é o cinto, o que é bastante apropriado, já que, mesmo que o soldado estivesse vestido de todos os outros itens de sua armadura, entretanto, se lhe faltasse o cinto, ele não estaria nem inteiramente equipado nem protegido. O cinto [...] não era apenas um adorno para o soldado, e sim uma parte essencial do seu equipamento. Passando em torno dos lombos e pela parte inferior da couraça (e, mais tarde, sustentando a espada), ele era usado principalmente para manter as outras partes [da armadura] no lugar e garantir que o soldado tivesse uma atitude apropriada e liberdade de movimentos.” (p.385).

O cinto da verdade é uma das peças da armadura que Deus nos dá. A verdade é a Palavra de Deus, Jesus é a verdade e o Espírito da verdade. Quando estamos passando por lutas, precisamos apertar esse cinto. Isso significa que temos que nos apegar ainda mais à Jesus e Sua Palavra de Deus e crer de todo coração que ela se cumprirá, porque o diabo irá fazer de tudo para que acreditemos mais na derrota, do que nos milagres. Ele nos lembrará de cada decepção, de cada oração “não atendida” e de tudo que deu errado conosco. Ele se aproveitará do seu momento de fragilidade para tentar convencê-lo de que a Bíblia é mentirosa. Mas, se você tiver com a verdade em seus lábios e no coração, o diabo sairá derrotado, assim como aconteceu quando Jesus o venceu no deserto. (Leia Lucas 4.1-13).

A verdade mencionada aqui também se refere ao crente verdadeiro, ou seja, a sinceridade e à honestidade encontrada no cristão. Um crente verdadeiro é aquele que segue a Cristo e a Palavra que são a verdade. Portanto, um crente cuja vida é manchada pelo engano e falsidade priva-se do utensílio que mantém no lugar todas as outras peças de sua armadura!

O falso não pode se sustentar diante do verdadeiro, porque a graça verdadeira é infinitamente mais forte que o somatório de todas as graças falsas.

1ª Jo 3.18-22: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. 19. E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações. 20. Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. 21. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; 22. E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista.

2. A couraça da justiça.
Não podemos nos esquecer que a justiça é um dos atributos divinos:
A segunda peça da armadura cristã é a couraça da justiça. Se a verdade de Deus, assim como nos é revelada em Cristo, forma o fundamento da vida e da integridade cristã, com certeza, essa vida deve estar protegida pela couraça da justiça.

Em sua preparação para os combates, os soldados romanos se aparavam com uma grande peça de metal que cobria desde ao pescoço até a coxa, com o objetivo de proteger os órgãos vitais nas sangrentas batalhas contra seus inimigos. A couraça dos soldados romanos pode ser comparada ao colete à prova de balas utilizado pelos militares no mundo moderno.

Embora a vida cristã não possa ser protegida por uma peça de metal, de couro ou de qualquer outro material, ela pode contar com proteção da “justiça” que tem sua origem e significação no Deus de poder.

2.1. A justiça de Deus é revelada a nós através do evangelho - Rm 1.16-17: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; 17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”.

2.2. Pelo seu sacrifício na cruz, Cristo se tornou para nós “justiça”, sabedoria, santificação e redenção - 1ª Co 1.30: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.

2.3. Através da remoção do pecado, fomos feitos “justiça de Deus” - 2ª Co 5.21: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.

2.4. Foi ainda através dessa justiça revelada em Cristo, que Deus nos trouxe a justificação pela fé - Rm 3.25-26: “A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” – Certamente Ele nos declarou justos, justificados, através do perdão de nossos pecados. Assim, mediante a justiça de Cristo, podemos nos relacionar de maneira correta com do Deus Pai. Com toda certeza, jamais poderá existir maior proteção contra as artimanhas do Diabo do que o fato de cultivarmos um relacionamento correto com Deus.

2.5. A justificação pela fé e paz com Deus – Rm 5.1-2: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; 2. Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.”

2.6. Tendo Cristo como nossa justiça, é tê-LO como nossa couraça. Ao permanecemos em Deus, debaixo da justiça de Cristo, sendo sempre fiel à graça salvadora de Deus, é declarar ao maior inimigo de nossas almas, o diabo as verdade de Rm 8.31-34: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”.

2.7. Ele se “veste” de justiça - Is 59.17: “Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto”.

2.8. Ele manifestou Sua justiça em tempos passados, mas também no tempo presente - Rm 3.26: “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.

2.9. Ele é o “justo juiz”, que nos coroará com a “coroa da justiça”, quando de sua manifestação em glória – 2ª Tm 4.8: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”.

3.7. Essa peça refere-se aos atos justos praticados pelos cristãos. A couraça servia para proteger o coração do soldado. Portanto, os atos de injustiça [iniquidade] praticados por um cristão roubam dele essa proteção vital e expõe o seu coração espiritual a Satanás.
Fl 1.11: “Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.”
Hb 10.22: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa.”

2.10. É uma ordenança - Os 10.12: “Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai o campo de lavoura; porque é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre vós.”
1ª Ts 5.8: “Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação.”

3. As sandálias do evangelho.
O soldado romano usava sandálias que eram presas por tiras em torno do peito do pé e do tornozelo, com solas guarnecidas de pregos. Assim, seus pés ficavam firmes no momento de um ataque. Isso pode referir-se à segurança e confiança que vem de conhecer as grandes verdades doutrinárias associadas ao evangelho.
Em Efésios 6 versículo 15 somos direcionados a prepararmos nossos pés para o Evangelho da Paz, afim de estarmos preparados para um conflito espiritual.

Todo soldado deve ter atenção em seus pés, pois sempre haverá obstáculos perigosos no caminho, como minas, bombas, armadilhas e etc. Hoje em nossas vidas não é diferente, pois temos muitos obstáculos a superar, e se não estivermos com os pés preparados e protegidos desfaleceremos no caminho.

Temos uma missão aqui na terra e não podemos deixar com que as adversidades colocadas em nossas vidas pelo o inimigo nos impeça de seguir e fazer o que precisamos fazer para Deus.

Andemos firmes, para frente, proclamando a paz que há em Cristo, seguindo sempre ao Senhor.

4. O escudo da fé. K. Wuest descreve esse escudo como ele foi entendido pelos ouvintes de Paulo: A palavra escudo usada aqui [...] designava o escudo usado pela infantaria pesada, que era grande e oblongo, medindo 1,20m por 75cm, algumas vezes, curvado do lado de dentro.” (Ephesians and Colossians.p.144).
4.1. A primeira coisa que devemos entender é o que é fé - Hebreus, capítulo 11.1: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”.
De acordo com esse versículo, a fé é a base firme das coisas que esperamos e das coisas que não vemos. A fé, portanto, atua em duas frentes: as coisas que esperamos e as coisas que não vemos.
4.2. Como vem a fé? “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10.17).
Note a preposição “pela” (por + ela), ou seja, “através de”, “por meio de”.
Quanto mais crermos em nosso Senhor Jesus e na Palavra daquele que enche tudo em todas as coisas, mais seremos cheios de fé. João 17.17 nos diz que a Palavra é a VERDADE. Ah! Como devemos crer na Palavra de Deus como a VERDADE! Como podemos ser cheios de fé se não cremos nas escrituras? Se a Palavra me diz: “E estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16.17a), e na prática não me seguirem, o que está faltando? A resposta é Fé. Se eu não creio que os sinais podem me seguir, certamente não seguirão? Porém, se eu tomo essa palavra como uma realidade, ainda que invisível em minha vida, aí sim, pelo poder do Espírito Santo, ela se tornará uma realidade prática e logo os sinais nos seguirão. Não há dúvida quanto a isso. A realidade da fé é mais real do que o ar que nós respiramos.

5. O capacete da salvação.
A cabeça é o membro que comanda o nosso corpo. Se esta apresentar fraqueza, tudo estará perdido. Essa fraqueza aparece principalmente dentro de nossa mente, nos levando a questionar Deus e o que Ele nos ensina.
O capacete, é claro, protegia a cabeça e o cérebro. Essa peça assim como as sandálias) pode referir-se à absorção da doutrina bíblica, para que os olhos do cristão não sejam cegados, os ouvidos ensurdecidos e a mente confundida pelos ataques do mundo, da carne e do diabo.
Amado, tome o capacete! O capacete guardará a sua mente de ser atingida por outro evangelho, que não é o de Cristo. Com o capacete da salvação, somos guardados de todo o vento de doutrina que Satanás usa para perverter-nos.

6. A Espada do Espírito. Essa é a única arma ofensiva listada entre as diversas peças da armadura. As demais são defensivas por natureza. A espada do Espírito é identificada como a Palavra de Deus.
Hb 4.12: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”
2ª Tm 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”
Ef 4.14: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.”
Essa, então, é a armadura que o cristão é ordenado a usar. K. Wuest explica a severidade da ordem de Paulo em 6.13.
[A palavra] tomai é analambano, que significa tomar para usar. [...] O verbo está no tempo imperativo aorista, cuja construção emite uma ordem dada com rispidez militar e brusquidão, um comando que deve ser obedecido imediata e definitivamente. Portanto, o cristão deve tomar e colocar toda a armadura de Deus de uma vez por todas e permanecer vestido com essa armadura durante todo o curso da sua vida, sem relaxar a disciplina necessária para o uso constante dessa proteção. (Ephesians and Colossians.p.142).

III. NOSSA EXORTAÇÃO -- O TRIO DO SUCESSO

1. Nós devemos ficar firmes. Paulo exorta-nos a fazermos isso não menos do que quatro vezes (Ef 6.11,13,14).
O cristão nunca é orientado a atacar o diabo, mas a opor-se e a resisti-lo.
1ª Pe 5.8-9: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 9. Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.”

Portanto, quando tentados a fazer o mal, devemos fugir como fez José (Gn 39.12), mas, quando atacados por Satanás por fazer o que é certo, devemos ficar firmes como fizeram os três amigos de Daniel (Dn 3).
Alguém, certa vez, observou que os peregrinos andam, as testemunhas falam, os competidores correm, mas os guerreiros ficam firmes!

2. Nós devemos orar.
Para que as 6 partes da armadura de Deus funcionem adequadamente, precisamos orar em todo tempo no Espírito, vigiar com toda perseverança e fazer súplicas por todos os santos (Efésios 6.18).
1ª Ts 5.17: “Orai sem cessar.”
1ª Tm 2.8: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.”
Jd 1.20: “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo.”

3. Nós devemos vigiar.
Mt 24.2-24: “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; 24. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. 25. Eis que eu vo-lo tenho predito.”
Lc 12.35: “Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias.
Lc 12.37-40: “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.”
At 20.28-31: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. 29. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; 30. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. 31. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.”
1ª Co 16.13: “Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos.”
1ª Ts 5.4-6: “Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; 5. Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. 6. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios.”
1ª Pe 4.7: “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.”
Ap 16.15: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.
Ap 3.2: Vejamos o que o Senhor diz para à igreja de Sardes: “Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”

4. Logo, vigiar e orar são segredos gêmeos para vencer:
4.1. O mundo - Mc 13.33: “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.”

4.2. A carne - Mc 14.38: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”
4.3. O diabo. Ef 6.18: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.”

5. Os cristãos também deveriam vigiar e orar por oportunidades para servir a Cristo.
Exortação à oração e à sabedoria Cl 4.2-3: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; 3. Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso.”

CONCLUSÃO. Portanto, vá à luta. Agora que você já sabe o que deve fazer para vencer a batalha espiritual, vista a armadura de Deus todos os dias é vá à luta!
Essa então é a armadura de Deus que todo Cristão deve usar diariamente, e esteja sempre alerta nessa guerra que não é física mas espiritual contra o príncipe das trevas e suas potestades.
Portanto vista a armadura do Cristão, se mantenha firme e não deixe de engrandecer e glorificar sempre ao Senhor!


Pr. Elias Ribas
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.
Mestrando em Divindade pelo Seminário Teológico AMID – Cascavel - PR.
Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.
Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.
Exegese do Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS