TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O MÚSICO QUE FAZ A DIFERENÇA

O músico que faz a diferença é aquele que se entrega totalmente a Deus e o ama de todo o coração (Mt 22.37). Devemos amar o que Deus ama e desejar o que Deus deseja!

O músico que faz a diferença é aquele prioriza as coisas de Deus Enquanto priorizarmos o Senhor em nossas vidas faremos diferença. Ele nos concederá a visão da Sua vontade para o nosso caminhar diário com Ele.

1. Conhece ao Senhor. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).

O adorador para conhecer a Deus precisa ser um ácido estudioso da Sagradas Escrituras. A Palavra, a oração e uma vida santificada nos trará intimidade com o Pai. Ele procura os verdadeiros adoradores.

Conhecer ao Senhor é ter intimidade com Ele (Sl 25.14). Quem conhece ao Senhor o reconhece em todos os seus caminhos (Pv 3.6). Reconhecê-lo é consultá-lo para todas as coisas, as minhas decisões do dia-a-dia, minhas atitudes, palavras, e respostas. Quando faço a minha parte que é reconhecê-lo em todos os meus caminhos, Deus faz a parte d’Ele, ou seja, Ele me instrui o que fazer, como agir, o que dizer, etc. (Sl 32.8).

A medida que os fiéis chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais bênçãos espirituais. A água é frequentemente mencionada como símbolo ou tipo do Espírito Santo (Jo 7.37-39; Sl 1.3).

Para conhecer é necessário investir tempo com Deus através da meditação da Palavra a da oração. Quando investimos tempo com Ele iremos ter uma comunhão íntima com o Senhor. A nossa vida espiritual cresce e dá frutos. Ele quer ter comunhão conosco (Lc 10.38-42). Devemos priorizar esta comunhão com Ele.

Quando priorizamos o tempo com Deus, aprendermos andar como Ele anda, falar como Ele fala e teremos atitudes iguais as d’Ele.

E para isso precisamos conhecer os atributos naturais de Deus, os quais são assim denominados:

Onipresença. Ele pode estar em vários lugares ao mesmo tempo.
Onisciência. Ele tudo sabe nada escapa do seu conhecimento.
Onipotência. Ele detêm todo o poder, nada é impossível para Ele.
Unidade. Ele é um Ser único que, se manifesta nos mais diferentes modos de Sua existência (Pai, Filho e Espírito Santo).
Infinidade. Ele não tem fim.
Imutabilidade. Ele é o Deus que não muda.
Deus possui como atributos morais a Santidade que, é a plenitude gloriosa da Sua excelência, ou seja, não se refere apenas a uma de suas qualidades, mas a união de todas elas.
Justiça. Que seria o mesmo que afirmar que Ele sempre faz a coisa certa, o que é direito e, isso, conforme o seu caráter.
Amor. Sendo que n’Ele não está apenas resumido o sentir, pois o amor em Deus se expressa pelo ato de sua doação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo por toda a humanidade.

2. Anda no Temor do Senhor. “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7).

A sabedoria, conforme o emprego desse termo em Provérbios, significa viver e pensar de conformidade com a verdade de Deus, com Seus caminhos e Seus desígnios.

Temor no hebraico hary yir’ah, significa respeito, reverência. Temer a Deus, não é ter medo d’Ele, mas levá-lo a sério, significa respeitá-lo e reverenciá-lo (Sl 111.10). Não podemos subir num púlpito para ministrar se nossa vida está cheia de pecados não acertados, pois isso é “fogo estranho” diante do Senhor e Ele não recebe esta adoração. Não podemos permitir que o pecado arruíne nossa vida (Pv 8.13). O temor do Senhor é um tesouro para os santos (Pv 15.16). Não podemos perder as bênçãos de Deus por termos deixado de escutá-lo (Pv 28.14; Sl 25.14).

3. Possui relacionamentos corretos. Os seus relacionamentos e amizades devem ser cristãs. Precisamos aprender a andar com pessoas que amam a Deus, que não tenham compromisso com a maledicência, a mentira, a inveja, o pecado, etc (Sl 1.1-6). Existe um ditado que diz: “Diz-me com quem andas e direis quem és”. Quem são seus melhores amigos?

4. Possuem um coração ardente. O Senhor deseja ver nós um coração ardente. Devemos tomar muito cuidado com a nossa indiferença, frieza e apatia (Ap 3.15-16). O coração frio é insensível as coisas de Deus.
O coração morno é indiferente. Mas o coração quente é um coração apaixonado, alegre cheio de amor. O coração ardente, não é egoísta e nem busca os seus próprios interesses, pelo contrário, deseja o bem-estar dos outros, deseja servir Deus, a família, a igreja, ao ministério e ao mundo.

I.         QUALIFICAÇÕES DE UM MÚSICO

1. Real experiência com Deus (Jo 3.3). A pessoa que teve uma real experiência com Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14.7-8) e nem para o pecado (Gl 5.24; Rm 6.6, 11-14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto (Cl 3.1; Mt 6.33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da Palavra.

O problema que temos encontrado nesses dias, é que muitos músicos não tem uma real experiência com Deus, ou seja, não são regenerados. O que eles possuem é apenas uma vontade de tocar e cantar. Os problemas surgem porque falta coração regenerado. O músico precisa passar pela experiência da regeneração. Este é o requisito básico e principal para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.

2. Consagração (Lv 27.28-29). Consagrado significa ser separado para servir conforme o propósito de Deus. Quando temos uma real experiência, somos separados do pecado a fim de servirmos a Deus e vivermos para Ele (2ª Co 5.15).

Portanto, o verdadeiro adorador tem a convicção de que é uma pessoa separada por Deus, e que seus dons e talentos são dedicados inteiramente ao serviço à Ele. De que maneira temos utilizado os nossos dons e talentos? Temos utilizado para os nossos próprios interesses ou para servir a Deus e as pessoas? A evidência clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham o seu serviço (Tg 2.18, 26; Jo 12.24; 15.18). Qual o fruto que você tem oferecido?

3. Servo. Mt 20.26-28 “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.”

João 12. 12-15: Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”
Em Jesus podemos ver o modelo de servo. Ele como Deus não precisava servir, mas deixou este exemplo para Sua Igreja. Ele veio servir e dar a Sua vida por muitos.

O talento musical não coloca ele acima de ninguém. Não fomos escolhidos para sermos servidos, mas estamos dispostos a servir, ou seja, temos que ter a mentalidade de servos. O verdadeiro servo é conhecido não pelo seu título, mas pelo seu modo de viver.

Infelizmente, encontrado músicos que não tem o coração de servo, por isso, não é difícil ouvirmos frases do tipo: “o meu instrumento é melhor”, “a minha música é melhor”, “a minha banda é melhor”, “eu sou o melhor”, “não abro mão do meu lugar à ninguém”, “não faço tal coisa porque não é o meu ministério”, etc. Por causa dessas frases desses músicos, tem se criado em nosso meio um terrível espírito chamado competição. Isso com certeza entristece o coração de Deus, e ao mesmo tempo, dá lugar a um ambiente de desamor, impróprio à presença divina (1ª Co 3.1-7).

O responsável pelo espírito de competição chama-se Satanás! (Ez 28.2; 1º Rs 18.21). Desde o princípio do mundo, ele tem procurado competir sem êxito, com o Todo Poderoso. Satanás tem tido acesso ao meio evangélico, através deste espírito de forma muito sutil.

Saiba que o reino das trevas é o reino da competição, e o reino de Deus, o da cooperação (Sf 3.9; Ef 4.16). Podemos ter características diferentes e estilos diferentes, mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua.

Ser um música ou cantor é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.

4. Submisso. “Todo o homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que proceda de Deus; e as autoridade que existem foram por ele instituídas” (Rm 13.2).

Você é uma pessoa submissa? Submissão significa estar debaixo de uma missão. Submissão é reconhecer a soberania de Deus e nos colocar à disposição d’Ele para cumprirmos a missão que nos foi proposta. “A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros” (1º Sm 15.22). A Palavra fala de submissão e também nos ensina como e com quem devemos exercer submissão. Devemos, por exemplo, ser submissos às autoridades. As mulheres aos seus maridos. Os filhos aos pais. Os liderados a seus líderes. Submissão não é se “rebaixar” como dita o mundo, mas submeter é uma representação de respeito, amor, consideração, obediência... Honre as pessoas que são autoridades em sua vida.

Existe, hoje em dia, um aspecto importante que tem se tornado um grande problema, onde observamos que muitas bandas gospel não querem estar ligadas a nenhuma igreja e a nenhum pastor. Em Provérbios 18.1 diz, que “O solitário busca o seu próprio interesse, e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”. Músico precisa ser pastoreado. Quem deseja andar isoladamente, está buscando o seu próprio interesse, tendo uma atitude egoísta.

Nós músicos precisamos de cobertura espiritual, ensino, admoestação e correção dos nossos líderes, e a partir de então, ganharemos autoridade para ministrar e seremos uma benção para o corpo de Cristo.

Aquele que agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes e aos irmãos (Ef 5.8-21).

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

OS MÚSICOS E O USO DE INSTRUMENTOS NO LOUVOR


Há muitos cuidados que o músico na igreja deve tomar para não quebrar a ética na Casa de Deus. Gostaríamos de citar aqueles que julgamos mais necessário.

Se os instrumentistas vão fazer solo, deverão o volume dos aparelhos numa altura que seja a ideal, confortável ao ouvido, e não abrir todo o volume, como muitos fazem, achando que todo mundo está gostando.

Com toda honestidade, muitas igrejas hoje aumentaram tanto o volume que dá para rachar a parede do prédio da igreja. A Bíblia nos ensina a louvar “ao Senhor com harpa, cantai a Ele com saltério de dez cordas….. tocai bem e com JÚBILO” (Sl 33.2-3). Mas, nesta época quando o som é amplificado eletronicamente e somos bombardeados por todos os lados, muitas vezes se torna impossível até pensar. Portanto, é a opinião deste autor que o uso de instrumentos musicais na adoração pública deve ser limitado em número – e com certeza o volume nunca deve chegar ao ponto de atrapalhar a adoração verdadeira que sobe do coração e da mente.

Se vão acompanhar, devem apenas acompanhar. Acompanhamento quer dizer executar em segundo plano. O que muitos fazem hoje, é abafar as vozes principais, que estão no primeiro plano. Isso é falta de sabedoria, de bom-senso. Significa que não há um responsável por isso, e que estão agindo de modo absoluto, como bem entendem. Significa que o dirigente deixou tudo à vontade, com a desculpa que isso é “liberdade no Espírito”, quando na realidade é desorganização do responsável. O instrumento não é para abafar a voz de quem canta, mas acompanhá-la.

A adoração não é para exibição do homem – não é para ele aparecer nem ser admirado por sua capacidade artística. Nunca se deve permitir que os instrumentos transformem a adoração em divertimento. Jamais devem interferir no caráter espiritual da adoração.

A música na Igreja, segundo a Bíblia, deve ter pelo menos três propósitos, a saber (Cl 3.16):
1. O propósito da adoração a Deus.
2. O propósito do louvor a Deus.
3. O propósito do serviço para Deus.

Podemos ter muita música na igreja, mas sem o propósito da adoração. Nesse caso, a nossa música será tão somente “metal que soa e sino que tine” (1ª Co 13.1). De todos os ministérios que integram o culto cristão, o que mais está sofrendo é o da música. Têm igrejas que os líderes perseguem os músicos, em vez de educá-los e orientá-los. Em outras, eles fazem como desejam, pois estão “louvando”.

Os músicos e dirigentes, precisam ter uma preparação musical, teórica e acima de tudo espiritual, para que o louvor possa atingir o coração de Deus.

Muitas música nas igrejas é simplesmente uma coisa qualquer, mas não é música espiritual, que arrebata, que transforma, que fala ao coração, que edifica, que inspira, que toca a alma, e não apenas os nossos ouvidos e sentimentos.

Não me refiro só à melodia, harmonia e ritmo. Não. Refiro-me também à letra, muitas vezes anti-bíblica, irreverente, filosófica. Isso é porventura “música de Deus”, como está escrito em 1º Crônicas 16.42? Porque acontece isso? Geralmente, porque seus autores não andam com Deus para d’Ele receberem a Palavra que edifica.

A música na igreja não deve apenas encher nossos ouvidos, mas muito mais o nosso coração, de modo que ela sirva de instrumento para Deus revelar e manifestar Sua presença em nosso meio. É isso que eu chamo de música como um serviço a Deus.

É necessário que cada igreja tenha um departamento de música sob a direção de alguém competente e escolhido pra isso, para coordenar todas as atividades musicais da igreja.

Enquanto a congregação canta dois ou três hinos em todo o culto, solistas, conjuntos, corais e bandas de metais canta e tocam cerca de 20 hinos (como já presencie)! Sim, em muitas igrejas, a congregação não canta mais ao Senhor por causa da desordem do culto.

Segundo as Escrituras, o incenso sagrado (que simboliza a oração e a adoração) era composto de vários ingredientes, mas todos de peso igual (Êx 30.34).

O Azeite vinha na frente (Êx 30.22-23). Depois o incenso (Êx 30.34-38). O azeite fala do Espírito Santo. A predominância do Espírito Santo na vida do crente e no ambiente leva a uma profunda e santa adoração.

Montagem e arrumação de instrumentos durante o culto é desorganização, bem como afina-los durante o culto. Preparem tudo antes do culto. Honrem a Deus, fazendo do seu culto um momento de encontro com Ele, e não uma miscelânea que ninguém sabe o que é.

A questão dos cantores é outro assunto bastante delicado, especialmente quando são de fora, embora com seus estilos peculiares, procuram deixar uma impressão de espiritualidade, quando muitas vezes não são. Geralmente são indisciplinados, autoritários, chegam quase sempre atrasados e, nesse caso, perturbam o culto.

Ele conversão durante o tempo em que não estão cantando, não dizem quantos hinos vão cantar, nem pedem permissão ao pastor para isso. Acham que, por serem cantores, tem a liberdade de fazerem o que querem. Onde está a humildade e as características de um verdadeiro ministérios de canto? Então, só porque sou cantor e vou adorar a Deus noutra igreja terei de cantar? Se os dirigentes não tomarem providências, não teremos outro elemento no culto a não ser a música, e nem isso, porque, como já vimos, é música sem unção, sem mensagem, sem graça divina, e muitas vezes sem nada!


Muitos hinos são como uma flor artificial: quase perfeita, mas sem vida, sem perfume, sem crescimento” [GILBERTO. Mensageiro da Paz. P. 15].

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO CULTO


A importância do louvor a Deus no culto consiste essencialmente em três coisas fundamentais:
1º) QUEM LOUVA
2º) COMO LOUVA
3º) A QUEM LOUVA

Podemos afirmar com toda a convicção que o louvor requer das pessoas condições que as diferenciam das demais, pois conforme está escrito em 2º Cr 5.l2, “Todos os levitas que eram cantores, Asafe, Hemã, Jedutum, e seus filhos, vestidos de linho puro...” ou seja; se caracterizam através de sua santificação, uma vez que o linho puro significa o símbolo de veste perfeita, santidade e coração puro conforme Ap 19.8 que diz “O linho puro são os atos de justiça dos santos”.

Tiago nos escreve na sua carta dizendo: “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante Louvores” (Tg 5.13).

Existem hinos de adoração, ensino, inspiração, desafio, súplica e tantos outros; mas para cada finalidade deve ser usado o cântico adequado. Por isso a música pode e deve ser planejada, cabendo ao dirigente do culto a organização dos louvores.

1. Prelúdio. A entrada das pessoas no local do culto tem muita importância no processo da adoração. Os músicos devem usar (executar), músicas repousantes, tranquilas, como prelúdio, a fim de que todas as pessoas se tornem uma unidade espiritual, livre de preocupações, pressa ou excitações, preparadas para adorar ao Senhor. A música para o prelúdio deve ser calma, introspectiva e confortadora.

2. Canto congregacional. As pessoas que vêm cultuar a Deus devem cantar. O cântico faz parte da integração pessoal e a participação de todos é essencial. O ouvir a mensagem é uma parte definida do culto. Um hino é uma oportunidade para a congregação declarar sua experiência e se regozijar coletivamente na doutrina cristã.

Em algumas igrejas hoje existem muitas apresentações e pouco louvor congregacional. A igreja quase não participa da adoração, mas mera assistente dos apresentadores.

Por ocasião da reforma, Lutero restabeleceu o uso do canto congregacional, por compreender a importância da música no culto divino, com a participação dos fiéis nos louvores ao Senhor.

3. Interlúdio. Os hinos devem ser cuidadosamente selecionados, como a própria mensagem o é. O dirigente do culto deve ter em mente todas as sequências do culto, para que junto com o ministro do louvor, ambos sejam conscientes de seus deveres, consultando-se mutuamente.

4. Ofertório. O ofertório tem lugar antes da pregação, enquanto a congregação louva os ofertantes contribuem para manutenção da obra de Deus. O louvor serve para recolher a oferta e servir de preparatório para a pregação central do culto.

5. Apelo. A música tem seu valor também no apelo. O hino de apelo é tão parte do culto como é o próprio sermão. Cabe ao ministro de louvor executar um hino de acordo com a mensagem.

Raramente convém mudar os hinos durante o apelo. É bom começar com um hino e manter vívido o seu chamado e sua mensagem.

O louvor deve ser usada no momento certo, de maneira certa e de conformidade com a mensagem explanada.

6. Poslúdio. É uma música de encerramento executada geralmente pela orquestra ou grupo de louvor.
As pessoas raramente ouvem o poslúdio. Isso não significa que ele seja desnecessário; ele tem seu efeito próprio.

O poslúdio propicia aos membros da igreja a cumprimentar os demais membros, possibilitando, em fim um momento salutar de confraternização.


A música ou o hino utilizado no poslúdio deve ter efeito acolhedor, cordial e de harmonia entre os crentes e demais visitantes.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA IGREJA


Como isso se traduz em ação prática para a Igreja hoje? Quais os princípios que existem nas Escrituras que podem nos direcionar para a música na Igreja? Música na casa de Deus é bem destacada no reinado do Rei Davi. Davi era um homem segundo o coração de Deus porque, antes de qualquer coisa, Davi sabia como cantar, bradar e dançar diante do Senhor.

“E Davi ordenou aos chefes dos levitas que designassem alguns dos seus irmãos como cantores, para tocarem com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, e levantassem a voz com alegria” (1º Cr 15.16).

O texto acima mostra-nos a importância e a antiguidade da música no culto a Deus. No reino de Davi o ministério da música era colocado em pé de igualdade com o sacerdócio.

Davi era um rei pastor que tinha a música em seu coração. Quando ainda bem jovem já tocava a sua harpa e afugentava os espíritos malignos da casa de Saul com as suas doces melodias. Ele se tornou mais tarde num grande compositor. Muitos dos nossos salmos foram compostos por ele.

Davi tinha cerca de 4 mil cantores e duzentos e oitenta e oito professores de música. Sua equipe estava dividida em 24 turnos, e o povo louvava ao Senhor perante a Arca do Concerto.

Há muitas coisas importantes que precisamos considerar quanto à música na igreja. Que tipo de instrumento devemos usar? E aqui as opiniões se divergem e é impossível agradar a todos. Embora tendo as minhas preferências, julgo que o problema não está nos instrumentos e sim nos instrumentistas. Estes, antes de afinarem seus instrumentos, devem afinar as suas vidas com Deus. Antes de serem instrumentistas, precisam ser verdadeiros adoradores. Aquele que tem a incumbência de conduzir o povo de Deus à adoração precisa estar cultuando a Deus em espírito e em verdade.

As letras e os ritmos dos nossos cânticos e hinos são importantes. Há cânticos que não dizem nada. Em alguns nem mesmo o nome de Deus aparece uma só vez; outros são repletos de erros doutrinários, abrindo caminho para a entrada de heresias no seio das igrejas; e há ainda aqueles que dão aos crentes um atestado de ignorância pela maneira como atropelam a língua portuguesa. Mas há, também, bons cânticos. Letra e música sérias. Alguns até chegam a entrar em nossos hinários e se perpetuam. Os que são bons ficam. Aqueles que não têm qualidade musical andam vagando, mudando de cara em cada lugar onde chegam, acabando, graças a Deus, por desaparecerem.


Precisamos cantar mais. Temos razões de sobra para cantar. Cantamos na vida e na morte. Mas devemos cantar de maneira consciente e coerente com a nossa fé. Músicas com letras que façam pensar; letras com músicas que façam sentir. Sem nunca perdermos de vista que o nosso Deus exige decência e ordem em tudo. Não há lugar para barulho ou desordem num culto verdadeiramente espiritual.

Pr. Elias Ribas

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

OS INSTRUMENTOS MUSICAIS NO LOUVOR



O propósito deste capítulo é examinar principalmente o uso e abuso dos instrumentos musicais na adoração das igrejas do Senhor. Este é um grande assunto e temos convicções pessoais fortes que ansiamos expressar, mas intencionalmente nos limitamos. Não espere que cheguemos nem mesmo à superfície. Algumas áreas de consideração – tais como orquestras da igreja, bandas de adoração, grupos instrumentais, sistemas de som, teclados eletrônicos e música com playback – serão completamente excluídas, salvo esta menção.

I.         OS INSTRUMENTOS MUSICAIS SÃO BÍBLICOS?

Como já vimos, há referências na Bíblia, inclusive vários exemplos, do uso de instrumentos musicais na adoração (2º Sm 6.5; 1º Cr 15.16, 16.4-6, 25.1 e 6; 2º Cr 29.25, 28; Ne 1.27; Sl 33.1-3, 68.24-25, 71.22, 150.1-6; Ap 14.1-3, etc.). Há quem argumente que sendo estes instrumentos incorporados como parte da adoração no templo, durante o período do Velho Testamento – e já que a adoração no templo foi abolida em Cristo – não existe a necessidade de instrumentos musicais nas igrejas hoje. Por outro lado, a crença mais comum é que os instrumentos de música (embora não requeridos) são permitidos. É esta segunda opinião que defendemos neste capítulo.

1. Os instrumentos, sem dúvida, foram usados na adoração no templo durante o Velho Testamento, mas também eram usados em outras ocasiões. Por exemplo, depois que Deus libertou a nação de Israel da escravidão egípcia e a fez atravessar o Mar Vermelho a salvo, o povo cantou ao Senhor o hino de Êxodo 15, sendo acompanhado evidentemente com tamboris  (v. 20). Não era esta uma forma de adoração pública? Mas não foi um ritual do templo; aconteceu anos antes do templo ser construído.

2. Em nenhum lugar as Escrituras ensinam que cada parte do culto do templo foi abolida pela obra de Cristo. A lei – com o sacrifício de animais e cerimônias de adoração – se cumpriu em Cristo. O véu do templo se rasgou ao meio quando Jesus morreu (Mt 27.51), indicando que um novo e vivo caminho se abrira à presença de Deus. O próprio templo foi destruído no ano 70 d. C. quando o exército romano conquistou Jerusalém. Mas muitas coisas associadas à adoração no templo são praticadas ainda hoje. Por exemplo: o templo era uma casa de oração (1º Rs 8.28-53; Is 56.7; Mt 21.13) e um lugar onde Deus ouve os votos e confissões de Seu nome (1º R 8.31-33). Os sacrifícios de comida e bebida não fazem parte mais da adoração nas igrejas do Novo Testamento, mas as orações, votos, confissão e ensino, com certeza, ainda continuam. Portanto, não podemos argumentar plenamente que a adoração completa, como feita no templo, foi abolida.

3. Um propósito para o uso de instrumentos musicais no templo era guiar os cantores no louvor (2º Cr 29.26-28). O louvor é algo que continua claramente nas igrejas do Novo Testamento.
Uma boa forma de louvar a Deus é através da música. A Bíblia diz em Sl 33.1-3 “Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois aos retos fica bem o louvor. Louvai ao Senhor com harpa, cantai-lhe louvores com saltério de dez cordas. Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo”.

4. Às vezes, argumenta-se que as sinagogas judaicos no tempo de Jesus não usavam instrumentos musicais. A música tinha sido profanada nos tempos de Jesus e os rabinos haviam abolido nas reuniões e nas sinagogas judaicas.  Não quero criticar as sinagogas judaicas. O próprio Senhor Jesus assistia costumeiramente os cultos na sinagoga (Lc 4.16). Por outro lado, as Escrituras mantêm silêncio quanto à origem das sinagogas.

5. Outra observação é que a maioria das igrejas que se recusam a usar instrumentos musicais ainda permitem o uso de flauta, a fim de fazer a congregação começar na nota correta. Mas se uma igreja usa um instrumento para ajudar o povo a achar a primeira nota, por que não usa também para achar a segunda e a terceira? E se a nota principal do soprano é dada, por que não as notas do contralto, do tenor e do baixo? E se os instrumentos podem reger a melodia e harmonia, por que não podem também ajudar a congregação a manter o ritmo e o tempo certos?

6. Por que Deus permitiria instrumentos musicais no templo e os proibiria nas igrejas? É lógico que Deus tem todo o direto de fazer o que Lhe agrada – mas geralmente não daria uma ordem nem a retiraria sem designar uma razão. Há quem especule que Deus permitiu uma forma mais complicada de adoração no Velho Testamento, com instrumentos e rituais específicos, por causa da imaturidade do povo e dureza de coração, mas prescreveu os cânticos espirituais sem acompanhamento no Novo Testamento, porque esse tipo de música é mais “simples” e “puro”. Mas a Bíblia nunca disse isso! Ela nem sugere que cânticos sem acompanhamento sejam de algum modo mais simples ou mais puros do que os acompanhados com instrumentos, nem mesmo que uma simplicidade assim é exigida na adoração. Sem dúvida, as Escrituras nunca comparam o valor do cântico com acompanhamento com o do que não tem acompanhamento.

O argumento de rejeitar o uso de todos os instrumentos musicais nas igrejas – No meu entendimento – é de um silêncio que não pode ser provado.

II.      INSTRUMENTOS APROPRIADOS

Quanto aos instrumentos, a Bíblia não faz exceção de nenhum instrumento para o louvor a Deus. No salmo 150, encontramos uma relação de instrumentos utilizado no louvor a Deus: trombeta, saltério, harpa, adufe, flauta, alaúde, citara, címbalos, clarim, órgãos pífaro, tambor e tamborim.

Há questões legítimas sobre o tipo de instrumentos musicais apropriados e bíblicos. Aceitamos piano e órgão? E o que dizer de violão e banjo? E gaitas e flautas? Permitimos baterias e pandeiro? E trombetas e sinos? Não nos esqueçamos dos instrumentos caseiros? Qualquer tipo de instrumento é permitido?

Algumas pessoas procuram especificar determinados instrumentos para o louvor a Deus. Isso varia em função da região, povo, costume etc. Contudo, o importante não é o instrumento usado, mas sim quem toca, como toca e para quem toca.

Os instrumentos musicais indicados no tempo do Velho Testamento pertenciam a três grupos: cordas, sopro e percussão.

1. Os instrumentos de corda eram principalmente as harpas e os saltérios – mas qualquer uma das palavras pode representar uma variedade enorme de instrumentos. Por exemplo: as harpas variavam de tamanho e estilo. Algumas talvez fossem enormes, mas a maioria era pequena e bem leve. O Salmo 137.2 fala de pendurar as harpas nos salgueiros, indicando que elas não eram instrumentos grandes. Normalmente a harpa podia ser tocada enquanto era levada em procissões ou marchas (1º Sm 10.5; 1º Cr 13.7-7; Is 23.16). Certa Enciclopédia (The International Standard Bible Enclyclopedia) sugere que “instrumentos com arcos eram desconhecidos; as cordas eram tangidas com os dedos ou com um plectro”. Não com arco! Os saltérios também possuíam muitas variedades: gaita de foles, alaúdes e instrumentos parecidos com o violão. O Sl 33.2 parece indicar que alguns saltérios tinham dez cordas – provavelmente uns tinham mais e outros menos.

2. Os instrumentos de sopro incluíam flautas, cornetas (trombetas) e órgãos. Mais uma vez, parece haver muita incerteza quanto às descrições, mas os órgãos (mencionados pela primeira vez em Gênesis 4.21) eram, sem dúvida, instrumentos simples de junco, de algum modo semelhante aos oboés de hoje – e feitos de madeira, marfim ou osso. Devia haver uma variedade de formas e estilos. As cornetas (trombetas) eram feitas geralmente usando-se os chifres de carneiros e bodes, mas pelo menos em uma ocasião, usava-se a prata (Nm 10.1-10; Js 6.4-7; Jz 7.16-23). As gaitas eram variedades diferentes de flautas.

3. Os instrumentos de percussão eram principalmente os tambores, tamboris e címbalos. Certa Enciclopédia (The International Standard Bible Enclyclopedia) sugere que no Velho Testamento os tambores eram usados em muitas ocasiões festivas, mas nunca são mencionados em conexão aos cultos divinos. Os címbalos, embora usados às vezes na adoração, eram usados principalmente pelos chefes da música (regentes do coral) como meio de reger (1º Cr 15.19).

Então, como vamos responder à pergunta sobre que tipos de instrumentos são permissíveis? Os instrumentos designados por Davi para serem usados na adoração eram os saltérios, as harpas, os címbalos, as cornetas e trombetas (1º Cr 15.16, 24, 28). Deviam ser tocados pelos sacerdotes e levitas. No reinado de Ezequias estas regras foram reiteradas em 2º Crônicas 29.25: “E pôs os levitas na casa do Senhor com címbalos, com saltérios, e com harpas, conforme ao mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por mão de seus profetas”.

Pessoalmente, então, (cada homem seja persuadido por si próprio), achamos que a Bíblia deixou estas diretrizes:
3.1. São permitidos instrumentos musicais das três categorias: cordas, sopro e percussão, na adoração pública.
3.2. Os instrumentos musicais devem ser tocados por pessoas espirituais que dão evidência de terem sido separadas pelo Senhor.
3.3. Os instrumentos musicais devem ser tocados para a glória do Senhor como acompanhamento.

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 24 de outubro de 2017

A MÚSICA NO NOVO TESTAMENTO


“No Novo Testamento, há um número relativamente pequeno de composições musicais e também um número sucinto de referências à música e à produção musical. Este tratamento bastante restrito de um assunto bíblico de tal importância reflete o contexto judaico específico nos quais os escritos do Novo Testamento se desenvolveram. No primeiro século da Nossa Era, muitos grupos religiosos judaicos diferentes haviam desenvolvido uma atitude bastante restrita com relação ao uso de execuções musicais exuberantes, tanto no ambiente litúrgico quando no secular. Esta atitude pode ser vista nos manuscrito do Mar Morto, e especialmente nos ensinamentos rabínicos da época.

O cristianismo apostólico emergiu, desenvolveu-se e organizou-se principalmente dentro do contexto da sinagoga. Portanto, era natural para os primeiros cristãos que mantivessem o que conheciam da música da sinagoga em sua própria adoração. Esta é, aparentemente, a razão pela qual Paulo, ele próprio um “fariseu, filho de fariseu” (Atos 23:6), considerasse os instrumentos musicais como “coisas inanimadas” e, em vez disso, promovesse a adoração na forma de “salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor” (Ef 5.19).

Realmente, a maior parte das referências do Novo Testamento à música trai as suas raízes judaicas. Em Mateus 26.30 e Marcos 14.26, é dito que Jesus e Seus discípulos “cantaram um hino” depois de terminarem sua ceia da Páscoa. Estamos aqui dentro do contexto do Sidur judaico da Páscoa, o qual é regularmente concluído com o cântico da última parte do “Hallel” (Salmos 113-118) ou o Salmo 136. O cântico, como parte da adoração e como forma de oração, tal como aparece em 1ª Coríntios 14.15, 26 e Efésios 5.19 e Colossenses 3.16, era e ainda é a prática litúrgica mais comum na adoração judaica. Tanto em Efésios quanto em Colossenses o verso “cantar” está relacionado a outros termos que pertencem especialmente ao contexto da adoração judaica. A sequência “salmos, hinos e cânticos”, que aparece em ambas as passagens, também é encontrada nos escritos de Flávio Josefo (The Antiquities of the Jews 7.12.3; 12.7.7), um escritor judaico contemporâneo de Paulo. Em Efésios, a exortação a cantar “salmos, hinos e cânticos” é seguida pelas palavras “dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas” (verso20). Berakhot (“ação de graças”) é uma das práticas mais comuns na adoração judaica. Em Colossenses, este mesma conexão aparece (3.16-17), mas aqui Paulo acrescenta outro conceito fundamental judaico (verso 5), o de “Paz” (Shalom). Em 1º Coríntios 14.15-16, a “ação de graças” (em hebraico, levarekh) está relacionada ao termo fundamental da adoração judaica “Amém”. Tiago faz a mesma conexão entre a oração e o cântico dos Salmos (Tiago 5.13), refletindo desta maneira, o entendimento judaico comum de que a prática destes caracteriza a vida do homem piedoso.

Outras passagens do Novo Testamento apresentam algumas formas de utilização da música no quotidiano judaico da época. As passagens nos Evangelhos que descrevem a cerimônia de lamentação pela filha de Jairo, presidente de uma das sinagogas da região ao redor do lago da Galileia, apresenta a utilização tradicional de flautistas e cantores nos funerais da época (Mt 9.23; Mc 5.38). Música e dança eram comuns nas festas (Lc 15.25). Muitas passagens do Novo Testamento testificam de uma variedade de instrumentos musicais comuns ao contexto judaico daquele tempo, tais como a flauta (Mt 9.23; 11.17), os címbalos (1ª Co 13.1), o shofar (Ap 8.2, 6-12; 9.1-13) e a harpa (Ap 14.2-3), entre outros.

Um quadro musical exuberante, no Novo Testamento, aparece apenas no livro do Apocalipse, em relação com as visões apocalípticas de João sobre o céu e o futuro estabelecimento do reinado eterno de Deus. Em suas visões, João relata aspectos da adoração a Deus pelos seres celestiais e pelo coro de anjos (Ap 5.8-14). A adoração é feita no contexto do santuário celestial, no qual Jesus ministra como Messias e Sumo Sacerdote. A música é feita com harpas e um cântico que envolve toda a criação. Em Apocalipse 7.9-12; 14.1-3; e 15.2-4, vemos uma apresentação escatológica do grupo daqueles que foram redimidos, agora adorando a Deus com cânticos de louvor e música de harpas. Eles ficam em pé junto ao mar de vidro, na Sião celestial, e cantam o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro. Este quadro escatológico reflete a esperança judaica da salvação futura e da redenção escatológica final, presentes nas orações diárias da sinagoga (Shirah Hadashah) pronunciadas logo antes da Amidah (a “Grande Oração Silenciosa” central da adoração da sinagoga) que diz: “Um novo cântico será entoado pelos redimidos, em louvor ao Teu reino para sempre”. De fato, a maravilhosa salvação e a eternal redenção que Deus trará a este mundo pode produzir somente a resposta mais entusiástica por parte dos seres humanos, e João viu que no céu, a grande multidão das criaturas de Deus, como o salmista do passado, será capaz de dar somente uma resposta ao seu Pai Celestial, a resposta de louvor e aleluias, dizendo:

“Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, pois verdadeiros e justos são os seus juízos....
Amém, Aleluia!...
Louvem o nosso Deus, todos vocês, seus servos, vocês que o temem, tanto pequenos como grandes!
Aleluia! Pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso.
Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória!” (Ap19.1-8).

Nas primeiras décadas da Nossa Era, o Templo de Jerusalém, com seu rico ritual e liturgia (no qual era comum uma execução musical opulenta pelo coro levítico e vários instrumentos musicais), foi dominado por uma classe dominante de saduceus muito corrupta. As comunidades judaicas da época também tinham que enfrentar a pressão e a influência das religiões pagãs com suas práticas orgias sempre presentes em banquetes particulares, festas populares, feriados públicos, e nos shows dos circos e teatros romanos. Tudo isso levou muitos judeus da época a adotar uma abordagem bastante estrita com relação à música e seu uso, particularmente no contexto religioso. Nas sinagogas, o homem religioso judeu comum começava a enfatizar a música vocal sobre a instrumental em sua liturgia e uma prática musical religiosa mais austera. Esta tendência consolidou-se depois da destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 da Nossa Era pelos romanos, e o banimento rabínico do uso de instrumentos na sinagoga, como uma expressão de lamentação pela destruição do templo.


sábado, 21 de outubro de 2017

A MÚSICA NO ANTIGO TESTAMENTO


Deus sempre quis ser adorado por meio da música. Mas há uma diferença significativa entre o tipo de música usada no Antigo Testamento e no Novo Testamento. O objetivo deste estudo é descobrir nas Escrituras que tipo de música Deus deseja que usemos no culto cristão.

A música que agradava a Deus no Antigo Testamento envolvia o uso de vários instrumentos. Logo após a travessia do mar Vermelho, Miriã e as mulheres de Israel adoraram a Deus com cânticos acompanhados de danças e tamborins (Êx 15.20-21). Os profetas dos tempos de Samuel usavam saltérios, tambores, flautas e harpas (1º Sm 10.5). No período de Davi, Deus era adorado com cânticos acompanhados “com instrumentos músicos” (1º Cr 15.16, 28). No livro de 1º Crônicas 16 menciona o uso de alaúdes, harpas, címbalos, trombetas e instrumentos de música (1º Cr 16.5, 42). Davi deu instruções específicas para o uso desses instrumentos (1º Cr 23 e 25, em que a adoração é descrita detalhadamente). A adoração nos dias de Salomão era semelhante: “e quando todos os levitas que eram cantores, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum e os filhos e irmãos deles, vestidos de linho fino, estavam de pé, para o oriente do altar, com címbalos, alaúdes e harpas, e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas; e quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o Senhor e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicos para louvarem o Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do Senhor, se encheu de uma nuvem. Assim, o rei e todo o povo consagraram a Casa de Deus. Os sacerdotes estavam nos seus devidos lugares, como também os levitas com os instrumentos músicos do Senhor, que o rei Davi tinha feito para deles se utilizar nas ações de graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre. Os sacerdotes que tocavam as trombetas estavam defronte deles, e todo o Israel e mantinha em pé” (2º Cr 5.12-13; 7.6).

Clarins e trombetas acompanhavam os cânticos de louvor a Deus na época de Asa (2º Cr 15.14). Atente para o fato de que nada disso era mera invenção humana; Deus tinha exigido esse tipo de adoração: “Também estabeleceu os levitas na Casa do Senhor com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por intermédio de seus profetas” (2º Cr 29.25).

Após a volta do cativeiro, a adoração foi conduzida de modo semelhante: “Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem o Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel” (Ed 3.10). Na cerimônia da dedicação pelos muros de Jerusalém havia címbalos, alaúdes, harpas e trombetas (Ne 12.27-36).


O Saltério (Salmos) era o cancioneiro de Israel. Os salmos dão muito destaque ao uso de instrumentos musicais na adoração a Deus. “Celebrai o Senhor com harpa, louvai-o com cânticos no saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo” (Sl 33.2-3). “Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu” (Sl 43.4). “Salmodiai e fazei soar tamboril, a suave harpa com o saltério. Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na lua cheia, dia da nossa festa. É preceito para Israel, é prescrição do Deus de Jacó” (Sl 81.2-4). Passagens semelhantes encontram-se espalhadas pelos Salmos. O salmo 92 menciona o uso de “instrumentos de dez cordas” junto com o saltério e a harpa (Sl 92.1-3). “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores. Cantai com harpa louvores ao Senhor, com harpa e voz de canto; com trombetas e ao som de buzinas, exultai perante o Senhor, que é rei” (Sl 98.4-6). Embora de nenhum modo tenhamos citado todos os textos relacionados à questão, ficou mais que claro que Deus era adorado por instrumentos musicais no Antigo Testamento. As referências são bem frequentes e não dão margem para dúvida.


GARY FISHER. A Música na Adoração a Deus. https://www.estudosdabiblia.net/c10.htm

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A HISTÓRIA DA MÚSICA NA BÍBLIA


A música é tão presente em nossa vida que podemos compará-la quase que ao ar que respiramos. Dificilmente passamos um dia sem música. Ela está sempre vindo de algum lugar, trazendo suas informações melódicas. Como nos faz bem a música! Todavia, deixemos bem claro, a boa música.

Mas há música ruim? Sim, sem dúvida que há. Mas quem a criou não foi Deus? Certamente Deus a criou, mas assim como o homem fora criado por Deus e sofreu desvio de condutas através de Satanás, também a música apresenta desvios rítmicos e letras que a tornaram intolerável e com funções tendenciosas, quando sob o comando de Satanás.

I.         A ORIGEM DA MÚSICA

1. O que é música. Música é a arte de combinar os sons, de acordo com as variações da altura, proporcionando a sua duração e ordenados sob as leis da estética. Arte é capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir seus sentimentos.

A música tem sua triologia formada especificamente em :ciência, arte e cultura. É ciência, porque obedece a leis, princípios e técnicas experimentais e invariáveis. É arte, porque suas regras são práticas e exequíveis, ao manifestar os diversos afetos da alma mediante o arranjos dos sons. É cultura, porque expressa padrões de comportamento de um povo quanto às suas crenças, histórias e tradições.

Para exprimirmos profundamente qualquer sentimento ou descrever por meio da música qualquer quadro da natureza, principalmente de Deus, torna-se imprescindível a participação em comum de três elementos, a saber: melodia, ritmo e harmonia.

2. A música é universal. Todas as raças, culturas e religiões, desde suas origens, executam a música de uma forma ou de outra.

“A música é sem dúvida, uma das mais belas artes da existência. Sobre ela, disse o filósofo grego Aristóteles: “A música é a mais moral de todas as artes”. O célebre compositor britânico John Mervyn Addison afirmou sobre ela: “A música é o bem maior dos mortais e tudo quanto do Céu possuem eles na Terra”. John Armenstrong, por sua vez, declara: “A música exalta cada alegria, suaviza cada tristeza, expele enfermidades, abranda cada dor”.

3. A origem da música. A música é uma arte celestial, cuja primeira manifestação de que temos conhecimento ocorreu em comemoração à cosmogonia (a criação do mundo). Por certo os anjos já exerciam o glorioso ministério do louvor bem antes da criação do tempo, do espaço e da matéria. Como deve ter sido bela a prima aurora pura e linda da criação!

Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparece (Hb 11.1). “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3). Num átimo, ouve-se a voz do Verbo Divino: “hayah” haja luz (Gn 1.3). Imediatamente, o tempo e o espaço recém-criados inundaram-se de luz, nas mais sublimes cores e, em meio ao relampaguear de irisados fulgores, irromperam as harmonias dos coros angelicais glorificando o Criador!

Esse festival cósmico foto-sinfônico foi cantado nos mais antigo livro da Bíblia nesta bela poesia hebraica: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? [...] quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38.4-7).

Também o nascimento de Jesus, o Redentor de toda a criação, foi festejado com louvores angelicais: “E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.13-14).

4. A origem da música na terra. A arte de combinar os sons, em nosso planeta é contemporâneo de Adão. Jubal foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão (Gn 4.21). Usava-se música para comemorar vitórias (Êx 15.1-21; Jz 5), nas festas (2º Sm 19.35), nos casamentos (Jr 7.34) e até nos enterros (Mt 9.23).

Muitas vezes, a música era acompanhada de dança (Êx 15.20; 1º Sm 18.6-7 e Mt 11.17). O rei Davi e seu filho Salomão muito contribuíram para o desenvolvimento da música coral e instrumental em Israel (1º Cr 6.31-48; 2º Cr 29.25). Os instrumentos mais usados eram de cordas (harpa, lira, saltério, cítara) sopro (flauta, trombeta de metal ou de chifre ‘shophar’), fole (gaita, órgão) e percussão (adufe, címbalo, pandeiro, tambor, tamboril e tamborim).

O canto, na forma uníssona ou coral, e a música instrumental tinham lugar relevante nos cultos e na vida religiosa do povo de Deus, tanto no Antigo quanto Novo Testamento (1º Cr 16.4-7, 37; Is 51.3; Mt 26. 30; Ef 5.19 e Cl 3.16).

5. A música sacra. A música sacra teve seu zênite na Terra a partir da Renascença, com os compositores clássicos e, depois, com os românticos. Corelli, Vivaldi, Hydn, Praetorius, Schubert, Lizt, Ipolitov Ivanov, Gunod, Haendel, Verde etc. Johann Sebastian Bach apunha no cabeçalho de suas partituras, as letras JJ (Jesus Juvat = Jesus ajuda) e, ao final, SDG (Soli Dei Gloriae = somente para a glória de Deus). Talvez por isso mesmo seja considerado dentre todos eles. A maioria de suas primorosas obras, oratória, salmos, hinos, óperas e cantatas é inspirada em fatos dos Evangelhos.

5.1. Oratória é o gênero de música erudita, de assunto religiosos, quase sempre tirando da Bíblia, com solos, coros e orquestra, para ser executados sem cenários, nem costumes, nem mímica.

A. Salmo, do grego psalmo, entre os antigos hebreus, era o poema religioso para ser acompanhado por qualquer instrumento, de cordas ou de sopro.

B. Hino, do grego himno, é poema ou cântico de veneração louvor ou invocação à divindade.

C. Ópera é um drama inteiramente cantado, com acompanhamento de orquestra ou intercalado com diálogos falados ou com recitativos.

D. Cantata é uma composição para uma ou mais vozes, com acompanhamento instrumental, às vezes com coro, cuja letra pode ser lírica, descrevendo uma situação psicológica em vez de ser historiada, isto é, descrevendo um fato dramático.

6. O livro dos Salmos era o hinário de Israel e da Igreja primitiva. Por Exemplo: Lucas registra quatro hinos cristãos, os hinos do Advento, conhecidos pelos seus títulos em latim: o Magnificat (engrandece, Lc 1.46-55); o Benedictus (bendito, Lc 1.68-79); o Nunc Dimittis (agora despedes, Lc 2.29-32); e o Glória in Excelsis Deo (glória a Deus nas alturas, Lc 2.14). O hino cantado após a ceia (Mt 26.30) foi o Halel (os salmos 113 a 118).

7. O zelo pela música sacra. A igreja evangélica deve zelar por sua música! Os ministros de Jesus devem preservar a dignidade, a reverência e a espiritualidade da adoração e dos louvores na Casa do Senhor!

Quando o púlpito se transforma em palco e o culto em “show”, são negligenciados o cântico congregacional (todos os presentes cantando) e o tempo para exposição da Palavra de Deus, que é a eximido, então a espiritualidade enfraquece e os milagres e as conversões desaparecem nas exibições de conjuntos e cantores contratados para atraírem um público que (com raras exceções) mais procura divertir-se que adorar a Deus.

Não podemos nem queremos condenar totalmente o uso de ritmos populares com letras evangélicas entre povos e culturas que adotam tais cadências, nas campanhas evangelísticas, em praças públicas ou quaisquer outros lugares. Entretanto, também não podemos apoiar nos templos evangélicos a substituição do culto de adoração, doutrina ou evangelismo, por apresentações que mais parecem com os batuques do candomblé, ou irreverentes shows dos conjuntos de rockn’roll. [BARCELLOS. Mensageiro da Paz 2008. P. 18].

A música é importante tanto diante de Deus quanto do homem, porque expressa os sentimentos mais profundos da alma e do espírito do crente. O que não pode ser transmitido aos ouvintes em palavras, talvez o seja através dos hinos (com ou sem acompanhamento musical). Em outras palavras, há “gemidos inexprimíveis” que se tornam conhecidos através dos hinos. Coisas que a mera linguagem não pode expressar são trazidas à tona pela música.

Não quero sugerir que “os sentimentos” sejam a coisa principal. De fato, não há dúvida de que outras palavras possam ser usadas de maneira melhor. Podemos dizer que a música reflete o conteúdo da nossa alma. Podemos dizer que música revela o caráter do homem interior e a paixão do seu espírito. A música expressa a nova natureza dada a nós por Deus na regeneração. Somos novas criaturas em Cristo (2ª Co 5.17); trazidas para o reino de Deus como recém-nascidos (1ª Pe 2.2); recebemos novidade de vida (Rm 6.4); vivemos de acordo com um novo mandamento (1ª Jo 2.8); um dia seremos introduzidos num novo céu e nova terra (Ap 21.1). É então supernatural que cantemos uma nova canção! “Cantai ao Senhor um cântico novo” (Sl 96.1). Isto não significa “novo no sentido de ser escrito agora”. Não significa que o que cantamos é uma música que acabou de ser composta, mas que cantamos hinos os quais refletem nossa nova natureza.

II.    A MÚSICA É DIVINAL

Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-me saber, se tens inteligência. Quem lhe pós as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? (Jó 38.4-7).

As palavras de Deus no livro de Jó versam totalmente sobre o mundo natural, a criação e a natureza. Deus descreve o enigma e a complexidade do universo, e revela que seu método de governar o mundo ultrapassa em muito a nossa capacidade de entender. Deus queria que Jó soubesse que a sua atividade no âmbito da natureza é análoga ao seu governo na esfera moral e espiritual do universo, e que nesta vida o homem não terá uma compreensão total dos desígnios de Deus.

“Quando as estrelas juntas…”. Entendemos que a música tem sua origem divinal, vinda dos céus e criada por Deus. Mesmo antes da criação a música já existia. Quando pronunciamos uma palavra, cada sílaba está em uma nota musical, sendo assim caracterizado o nosso falar em um emaranhado de notas musicais que tem valores de um tempo, dois tempos ou mesmo parte de tempos de uma nota musical, etc. Quando Deus criou os céus e a terra Ele disse; (Gn 1.3) “Haja luz...”, ao pronunciar as sílabas “-”, cada uma estava em uma nota musical. Coube ao homem descobrir os valores e os tempos das notas musicais e assim formar uma melodia caracterizando assim uma música.

III.   A INSPIRAÇÃO DA MÚSICA

1. Inspiração Divina.
A música tem origem divina. Deus a criou. Quando exatamente, não importa. O que é que só um ser como Deus poderia criar algo tão fascinante, tão evidente e ao mesmo tempo tão imaterial e misterioso. Quando ela se pronuncia, nos toca e, conforme apresenta o modo da sua tonalidade, muda nosso sentimento, nos eleva os devaneios mais belos e causando-nos também contrição. Sem dúvida ela altera nossos sentimentos, atingindo o centro de nossas emoções.
Quando o crente se dispõe a louvar ao Senhor com sua alma e coração, deve primeiramente pedir ajuda a Deus para que seu louvor seja divino e puro, por isso escreveu o salmista dizendo: “Abre Senhor, os meus lábios e a minha boca entoará o teu louvor” (Sl 51.l5). A Bíblia diz que: “quatro mil serão porteiros e quatro mil deverão louvar ao Senhor com os instrumentos que eu (Davi) fiz para o louvor” (1º Cr 23.5). Isto nos prova que homens como Davi e outros da Bíblia sagrada, receberam inspiração de Deus para escreverem lindas poesias e músicas, bem como para inventarem instrumentos musicais.

2.      Inspiração Humana.
Podemos como ser humano, compor poemas, cânticos e melodias puros e lindos ao mesmo tempo. Quando o homem ungido pelo Espírito Santo compõe e executa música somada inspiração divina e inspiração humana, rompe-se as barreiras imposta pelo inimigo, e Deus opera de maneira maravilhosa.

3.      Inspiração Satânica
A Palavra de Deus nos relata que Lúcifer, o príncipe das trevas estava muito familiarizado com a música: “Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados” (Ez 28.13).
Lúcifer pode atrair para si muitos adeptos utilizando-se de algo que ele conhece muito bem, podendo se constituir na fonte de inspiração de grande parte das músicas que estão sendo tocadas no mundo atualmente. Lúcifer sabe como conquistar gerações inteiras através da música.

Sabemos que ao ser lançado fora da presença de Deus, Satanás desceu com toda a sua bagagem musical, e se utiliza destas para as seguintes finalidades:
1        Promover a Imoralidade (Êx 32.17-25).
2        Levar as Pessoas à Rebelião (2º Sm l5.10).
3        Levar as Pessoas à Feitiçaria (Ap 18.22-23).

IV.   MÚSICA ESPIRITUAL (SANTA) LIMPA

“E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele” (1º Sm 16.23).

O Espírito Santo operava em Davi, mas o demônio não saía quando aquele jovem entrava no recinto de Saul. Entretanto, ele não resistia quando o instrumento era tocado. Davi não dava atenção ao demônio nem dialogava com ele, mas louvava ao Senhor com pureza de coração. Música espiritual (portanto santa) traz paz interior ao homem

“Dai ao SENHOR, ó filhos dos poderosos, dai ao SENHOR glória e força. Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade (Sl 29.1-2).

A música comunica poder ou unção espiritual e comunica mensagens. O crente executa a música com a alma. Por isso a definição de música é a expressão da nossa alma. As pessoas também escutam a música com o coração, pois se trata de uma força espiritual. Quando ouvimos um sermão, centenas de palavras são ditas. A música não é construída dessa forma, mas é capaz de pegar uma palavra e desenvolver um som para que, quando a ouvimos, os resultados possam ser muito mais poderosos do que quando é simplesmente dita.

A definição de beleza é a:... SANTIDADE
A música sem espiritualidade é uma música com e sem efeito. Para que a música seja espiritual, o músico precisa ter uma vida de santidade que é a separação do mundo, para Deus. As músicas (e as vidas) que agradam a Deus têm que ser SANTAS!

E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração (Ef 5.18-19).

O apóstolo Paulo aos crentes em Colossos: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16).


A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração (Cl 3.16).

Pr, Elias Ribas
Igreja Assembléia de Deis
Blumenau - SC