TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 26 de julho de 2017

AS BENÇÃOS CELESTIAIS


Efésios 1.3-14 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4- assim como nos escolheu (elegeu), nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5- nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6- para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7- no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8- que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, 9- desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 10- de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; 11- nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12- a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13- em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14- o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.

INTRODUÇÃO 

1. Paulo escreveu aos efésios com o objetivo de ensinar aos cristãos o quanto é maravilhoso ser a igreja de Cristo e quais são as implicações práticas disso. 

2. Depois de saudar os irmãos, Paulo agradece a Deus pelas bênçãos espirituais.

V. 3. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”

* Benção espirituais.

* Benção celestial.

* Toda sorte de bênção espiritual nos é concedida para louvor de Sua glória.

I. CONTEXTO HISTÓRICO 

Autor: O apóstolo Paulo.

Local: Roma

Data: 60 ou 62 DC

Destinatários: A Carta foi escrita e enviada às igrejas da Ásia Menor.

Tema da carta: A Igreja, o Corpo de CRISTO. 

II. AS BÊNÇÃOS DA IGREJA EM CRISTO (1.3-23). 

Ela se divide em três seções:

1. Benção do Pai que nos elege (vs. 3-6).

2. Benção do Filho que nos redime (vs. 7 – 12).

3. Benção do Espírito com o qual somos selados (vs. 13-14). 

- O pai Planeja.

- O filho executa.

- O Espírito Santo gera vida. 

III. A BENÇÃO DO PAI 

- Nas perícopes (no verso 4 e 5), há dois termos (verbos) que precisam ser examinados. O primeiro no versículo 4 (escolheu) e o segundo no versículo 5 (predestinou). 

- Perícope é um termo grego que significa “cortar ao redor”, ou seja, uma parte destacada de um texto, para ser analisada e estudada em separado. 

1. Nos escolheu antes da fundação do mundo. V. 4.Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”. 

-  Eleger ou escolher são sinônimos. 

- A palavra escolher no hebraico bahar e eleger no grego “ekletos” que significa selecionar ou escolher, preferir, eleger. 

Ek. Significa tirar; chamar. 

Escolheu. Do verbo escolher; do grego proginosko;é o ato de escolher; nomear; selecionar; 

- Ekleto é a raiz da palavra Ekklesia; chamados para fora. 

- Kaleo: Chamar. 

 

- O ato da eleição deu-se “antes da fundação” do mundo ou seja antes do primeiro instante da criação. 

Em Sua sabedoria, Deus planejou salvar o homem em Cristo “antes da fundação do mundo”, mesmo antes que o homem tivesse cometido o primeiro pecado. 

1.1. Nos elegeu pela sua presciência. 1ª Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas”. 

- A palavra presciência no grego é prognosi que significa: conhecer de antemão, conhecimento prévio, conhecer o futuro; saber os fatos antes de acontecer. 

·         Pela Presciência; Deus conhece todas as coisas de antemão.

 

·         Precisamos entender que, antes da predestinação vem a presciência de Deus. 

·         Em Sua Presciência Deus conhece o coração de todos os homens e estabelece a eleição de todos aqueles que n’Ele crerem. 

1.2. Nos elegeu n’Ele em Jesus Cristo. v. 4 “Assim como nos escolheu (elegeu), nele....” 

V. 6 “...para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado...”. 

O verso 4 diz: “n’Ele”; o verso 6 diz: “no Amado”, se refere a Cristo.

1ª João 5.12 “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” 

2ª Tm 2.10 “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”. 

1.4. Deus nos escolheu pela fé em Jesus Cristo, mediante Sua graça.

Efésios 2.8 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” 

João 3.16-18 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17- Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18- Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” 

Marcos 16.16 “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” 

João 6.47 “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.” 

1.4. Nos elegeu com um propósito. 

A. Nos elegeu para sermos santos. Ele nos selecionou com uma meta: “para sermos santos e irrepreensíveis”. Aqueles que estão em Cristo foram perdoados de seus pecados e deverão viver de tal modo que não pequem mais. 

B. Nos elegeu para proclamar as Boas Novas de salvação ao mundo perdido.

1ª Pedro 2.9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. 

Somos geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para um determinado propósito: “...para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. 

C. Nos chamou para uma santa vocação. 2ª Tm 1.9 “Que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça”. 

D. Nos elegeu para vivermos em amor uns com os outros (v. 4) “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”. 

2. Nos predestinou. 

V. 5. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”. 

- O verbo grego traduzido como “predestinar” é proorizo, significa, literalmente, “determinar de antemão, predeterminar, preordenar”. 

Deus nos elegeu e predestinou para salvação pela sua presciência.

2.1. Deus nos predestinou, nos escolheu para:

A. Sermos ...filhos de adoção...

B. Sermos ...conformes à imagem de seu Filho... 

Romanos 8.28-30E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”.

Cinco pontos mencionados nos versículos são verdades para todos os crentes que amam a Deus, sem exceção.

• “conhecidos” por Deus (vs. 29).

• “predestinados” por Deus (vs. 29).

• “chamados” por Deus (vs. 30).

• “justificados” por Deus (vs. 30).

• “glorificados” por Deus (vs. 30). 

3. Chamados através do convite de Jesus.

Precisamos atender o convite de Jesus. 

3.1. Primeiro lugar Ele nos chama.

Mt 11.28 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” 

Chamar é um verbo grego Kaleo. Significa chamar em alta voz. 

3.2. O convite de Jesus não é seletivo, mas para todos os homens.

João 3.16-18 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 

3.3. Somos aceitos mediante a fé.

Jo 3.18“Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. 

Rm 10.17 “a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus.” 

3.4. Mediante ao arrependimento e conversão.

Atos 3.19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.”

Arrepender é reconhecer o nosso pecado.

Converter é deixar o pecado. 

3.5. Deus chama o homem para desfrutar de uma porção especial no Seu evangelho.

Is 55.1-3 “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2- Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. 3- Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi”. 

A. Um convite divino ao pecador. “Todos vós que tendes sede...” (v. 1)

- O convite é universal. 

B. A salvação vem do Senhor. “...vinde às águas” (v. 1).

Jo 413-14 “Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; 14 Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” 

A Água representa nosso desejo de nos refrescar. É o refrigério para nossa alma. 

C. Sem ajuda divina nenhum homem poderia jamais ser salvo.

Ef 2.8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”

Jo 6.37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.

Jo 6.39-40 “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”.

A vontade do Pai é: (1) que todos que vierem ao Filho sejam aceitos e não se percam; (2) que todos que virem o Filho e crerem nele recebam a vida eterna. 

Jo 6.44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”.

Jesus volta a falar da vida aqui. Ninguém pode receber o pão da vida se o Pai não o trouxer. 

pode vir a mim – no sentido de Jo 6.35. “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” 

“...exceto o Pai que me enviou...”.

Esse verbo (gr. helkuo) também é traduzido por levar, no sentido de ser arrastado (At 16.19; 21.30). Ninguém pode ser salvo, a não ser que seja levado a Jesus pelo Espírito Santo. 

Conforme a resposta positiva que Deus vê no coração do homem em aceitá-lo, ele restaura, liberta, perdoa e transforma o homem numa nova criatura. 

D. A Salvação é ato da justiça divina, não algo que se compra com dinheiro.e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço” 

Por isso, convida a quem “não tem dinheiro”.

Ef 2.8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” 

D. A alegria da salvação. “...sim, vinde e comprai vinho e leite”.

O vinho significa a alegria.

O leite significa a Palavra, o leite racional. 

3.6. O pecador precisa tomar uma decisão.

Ap 3.20Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” 

3.7. Aos que aceitam o convite de Jesus são recebidos como filhos de Deus por adoção em Jesus Cristo. 

- A adoção por Deus não é apenas uma adoção por acaso. É uma escolha feita “por meio de Jesus Cristo”. Se respondemos em obediência ao evangelho de seu Filho, Deus nos adota.Jo 1.12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”.

Rm 8.15-17 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. 16 - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 - E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” 

·         Agora somos livres. Porque o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês escravos e não faz com que tenham medo. Pelo contrário, o Espírito torna vocês filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Pai, meu Pai!”

 

·         Éramos criatura, mas em Cristo Jesus somos filhos. 

·         Estamos mortos em nossos delitos, mas em Cristo Jesus fomos vivificados.

 

Efésios 2.1 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”.

Efésios 2.5 “Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”.

Colossenses 2.1 E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas”. 

3.8. “No qual também fomos feitos herança” (1.11). Os filhos adotados receberão a mesma herança que Cristo, o filho legítimo e primogênito.

Romanos 8.14-17 “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. 16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”. 

Quando recebemos Jesus como nosso Senhor:

A. Guiados pelo Espírito Santo (15).

B. Passamos ser filho de Deus. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (16).

C. Somos filhos por adoção. “...mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai”.

D. Somos herdeiros e coerdeiros em Cristo Jesus.

F. E seremos glorificados em Cristo Jesus. 

IV. A BENÇÃO DO FILHO 

1. Em Jesus temos a redenção. “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (v. 7).

 

Redenção no grego lutroô, significa: livramento, resgate, libertação mediante o pagamento de uma soma.

 

Redenção segundo o dicionário português é o ato ou efeito de redimir ou remir, que significa libertação, reabilitação, reparo, salvação. É o ato de adquirir de novo, de resgatar, de tirar do poder alheio, do cativeiro. É livrar-se de um passo arriscado, é livrar-se das penas do inferno. Neste caso, o valor infinito do sangue vertido de Cristo é eficaz para remir os nossos pecados.

Na Bíblia, a palavra “resgate” envolve três aspectos: 

É um pagamento (Números 3.46, 47). 

Traz livramento, ou redenção (Êxodo 21.30). 

Equivalência. O preço dele equivale, ou é igual, ao valor do que se quer resgatar.

- O sacrifício de Jesus corresponde ao que Adão perdeu — uma vida humana perfeita. (1ª Co 15.21, 22, 45, 46) A Bíblia diz: “Assim como por meio da desobediência de um só homem [Adão] muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um só [Jesus Cristo], muitos serão feitos justos.” (Rm 5.19).

- Esse texto explica como a morte de um único homem pagou o resgate de muitos pecadores. Assim, o sacrifício de Jesus é um “resgate correspondente”. Todos os que fazem o que é necessário podem receber os benefícios desse sacrifício (1ª Tm 2.5-6). 

2. Redenção é o resgate da humanidade por Jesus Cristo. No conceito Cristão os privilégios da redenção incluem:

2.1. O perdão dos pecados (Efésios 1.7).

2.2. A justiça (Romanos 5.17).

2.3. E a vida eterna (Apocalipse 5.9,10). 

- Deus perdoa os pecados dos filhos adotados porque Jesus morreu para sofrer o castigo por eles.

Colossenses 1.14: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”.

Romanos 3.24 “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”. 

V. BENÇÃO DO ESPÍRITO 

V. 11-14 Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; 12- Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; 13- O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória. 14- Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos”. 

1. O Espírito Santo é uma promessa de Jesus.Jo 14.16-17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”. 

2. Selo do Espírito. “Fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (13).

O selo no V.T. era a circuncisão. Era no prepúcio do homem, era uma marca na carne. 

3. O qual é o penhor da nossa herança.

- Penhor é uma palavra do âmbito jurídico e que significa testemunho, uma garantia, segurança, alguma coisa que assegure o pagamento.

- Escrevendo aos colossenses o apóstolo diz: “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Quer dizer, como teríamos a segurança de que de fato fomos transportados “para o reino do Filho”, se não houvesse qualquer garantia verdadeira para nós? 

CONCLUSÃO

Toda a sorte de benção, a eleição benção do Pai; a redenção benção do Filho e o selo a benção do Espírito Santo, são bênçãos espirituais nas regiões celestiais são bênçãos da Trindade doadas a igreja pela fé.

Paulo ora para que eles cresçam “no pleno conhecimento d’Ele” (1.17). Se não conhecemos Cristo, como podemos esperar receber as bênçãos espirituais que ele nos oferece? Ressuscitando Cristo, Deus mostrou seu extremo poder para abençoar aqueles que creem.

Finalmente, Deus fez Cristo o cabeça da Igreja, o qual é o seu corpo (1.22-23). Procurar outra sede fora do céu, onde Cristo está, é negar a autoridade de Cristo.

Fomos predestinados, chamados e enviados; Jesus diz: “Assim como o Pai me enviou eu vos envio...”

Ele nos chamou para Seu reino.

Ele nos chamou para sermos santos.

Ele nos chamou para ser o e templo do Espírito Santo.

Ele nos chamou para oferecer sacrifício vivo que é vosso culto racional (Rm 12.1).


FONTE DE PESQUISA

1. A IGREJA ELEITA: redimida pelo sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo da promessa SEGUNDO TRIMESTRE DE 2020. CPAD Rio de Janeiro RJ
2. ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
3. GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
4. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
5. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

Pr. Elias Ribas – Dr. em Teologia
Assembleia de Deus
Blumenau - SC

sexta-feira, 21 de julho de 2017

ONDE VOCÊ PASSARÁ A ETERNIDADE



Morrem no mundo 120 milhões de pessoas por ano; 10 milhões por mês; 334 mil por dia; 13.916 por hora e 232 por minuto.

Quantos amigos, de infância, colegas de escola, parentes, vizinhos, conhecidos já morreram. Agora pense em você; um dia terá que morrer. Quer você queira ou não um dia a morte chegara na tua porta. A Bíblia diz: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27).

Ninguém escapará da lei da morte. Você tem um corpo que é terreno e uma alma que é imortal. Com a morte, corpo irá para a sepultura e no pó será desfeito: “Tu és pó e ao pó voltarás” (Gn 3.19). Porém a alma, irá para ETERNIDADE, porque a alma é imortal (Eclesiastes 12.7).

No evangelho segundo João, o mestre Jesus diz: “Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.29).

Jesus está falando de duas ressurreições distintas (Ap 20.4,5), uma para a vida eterna e outra para a condenação eterna.

Os que fizeram o bem. A ressurreição da vida vai acontecer na volta de Jesus Cristo, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e depois nós os que estiverem vivos isso dar-se-á no arrebatamento da Igreja (1ª Ts 4.16-17).

O maior bem que todos podem fazer é crer em Jesus, naquele que Deus enviou para salvar-nos (Jo 6.28,29). Todas as outras boas ações começam a partir dessa atitude. Tudo de bom que fazemos sem essa fé não significa nada para Deus, e o resultado será a ressurreição da condenação.

Os que fizeram o mal. Esta é a chamada segunda ressurreição, a parte da ressurreição que trata de incrédulos:

E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Apocalipse 20.5,11-13).

Na parábola do rico e do Lazaro, Jesus ensinou que na eternidade, apenas há dois lugares: um de sofrimento e outro de gozo e paz com Deus. Ambos são eternos, definidos e incomunicáveis. Depois da morte não há possibilidade de alguém salvar sua alma. Na vida após a morte não existe meios de você passar do inferno para o céu ou vice-versa. Também ninguém poderá voltar a esta vida.

Deus ama o homem, mas não ama o pecado. Ao vir a Cristo ele é aceito como a volta do filho pródigo. Independentemente do que tenha feito.

Você nesta terra, está vivendo a sua vida, tomando as suas decisões, tentando descobrir a melhor coisa a fazer e como fazer, como viver, como sobreviver e esta vida terrena é uma luta, uma batalha da vida. Mas pode ficar mais fácil se você simplesmente se conectar espiritualmente a Deus.

Pois, embora a sua vida continue e você envelheça e depois morra, o seus espírito nunca envelhece. Dentro de você habita um espírito eterno que nunca morre. O seu verdadeiro eu, aquele que agora habita no seu corpo, vai viver para sempre.

Não é pelas coisas físicas, as coisas materiais deste mundo, que você deve lutar, porque um dia vai ter que deixá-las para trás.

Quando chegar o dia de deixar para trás o seu corpo, a única coisa que vai contar é a força do seu espírito.

Para que hoje vençamos e possamos experimentar a vida eterna, a qual Deus tem preparado para aqueles que o amam, devemos reter a Palavra da Verdade, que é poderosa para salvar as nossas almas (Tg 1.21).

Sabemos que Jesus é o Verbo, a Palavra, a ressurreição e a vida e que aquele que crer nele, ainda que morra viverá (Jo 11.25, 26), pois Ele disse: “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte, eternamente” (Jo 8.51), por isso é preciso que hoje venhamos nos alimentar d’Ele (Dt 8.3; Jo 6.27,44, 48, 51-59). Para que participemos da vida eterna com Deus, precisamos guardar a Palavra no coração para não pecarmos contra Ele e aceitar por fé aquilo que Deus tem nos prometido (Hb 4.2), crendo nela mais do que em nós mesmos, mais do que nas circunstâncias adversas, ou nas provas, ou nas tribulações, sabendo que aquele que sofreu na carne deixou o pecado (1ª Pe 4.1).

O nosso encontro com Deus só ocorrerá quando a soma de tudo aquilo que vimos ter Jesus feito por nós se torna hoje, no tempo presente, uma realidade posicional, ou seja, vivermos como arrependidos do pecado que nos levou a sermos reconciliados com o Santo e Eterno Criador, que por sua vez nos adotou, crendo no ato da substituição feita pelo Senhor Jesus Cristo em amor e por isso, vivendo como regenerados e justificados de maneira que a nossa separação gradativa do pecado nos fará levar os nossos membros do corpo a uma disposição agradável em relação a Deus e o pecado, de forma que estaremos santificados, essa atitude feita por nossa decisão nos levará a dor da separação daquilo que a nossa carne ama e o mundo nos oferece, fazendo desta forma que experimentemos dia a dia a glorificação que me levará em fim a participar da ressurreição que conduzirá definitivamente para a vida eterna.

Jo 5.24: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida”.

I.         A MORTE SELA O DESTINO DE TUA ALMA

1.      Os dois caminhos.
Quando chegar à porta no final do túnel, no final da sua vida, você terá dois destinos, ou dois caminhos. Vida eterna com Deus ou vida eterna sem Deus. Talvez você ainda não saiba o destino da sua alma. Somente a Bíblia que a bússola da nossa vida pode nos orientar o caminho correto.

Ao criar o homem Deus dotou de livre arbítrio. O destino da tua alma após a morte dependerá da tua escolha. A Bíblia diz que há um caminho de vida e o caminho da morte: “E a este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte” (Jr 21.8). A diferença entre os dois é muito grande. Nosso Senhor adverte com solenes palavras: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.13-14).

São apenas dois caminhos “vida” ou “morte”. Um vai para o céu e outro para a condenação eterna. Cabe a cada um fazer a sua escolha. Portanto Deus não tem prazer na condenação do homem, por isso Ele enviou Seu Filho Unigênito para a nossa salvação: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Deus havia proposto uma escolha para humanidade: o caminho da obediência que conduz a vida eterna ou o caminho da desobediência que conduz a morte. Deus destinou o homem à imortalidade, mas, pela inveja do diabo, o pecado e a morte entraram no mundo. Porém, em Cristo, o homem obteve salvação, regeneração, para uma vida de santidade. Antes mesmo de especificar a porta estreita Ele nos dá um alerta quando diz “que devemos entrar nela”. Se notarmos as palavras seguintes são sobre a porta larga, então esta é uma breve introdução que o Senhor faz sobre a mesma mostrando que antes de qualquer atitude, ou independente do que falaria a seguir devemos entrar na porta estreita.

O caminho estreito é de renúncia dos prazeres do mundo, é abdicar da nossa vontade em prol da vontade de Deus, mudar o estilo de vida. A cruz representa a morte do velho eu e a condição de renascimento, nela morremos e ressuscitamos com Cristo em nova vida. Portanto, enquanto o homem está nesta vida, deve fazer sua opção por Cristo (o caminho do céu), ou pelo pecado (o caminho da destruição). Entretanto, o caminho da vida ainda está aberto! E o Senhor continua a dizer: “...este é o caminho, andai nele...” (Is 30.21).

II.      O CAMINHO DA MORTE

Jesus diz que o caminho largo é espaçoso, de forma fácil, ou seja, é o caminho que conduz aos deleites da vida, aonde estão aqueles que não se preocupam em caminhar na vontade de Deus, quantos não estão entrando nessa porta, o próprio Jesus nos diz que: “muitos entram por ela”, e mesmo assim não percebem. O caminho atrativo e pecaminoso, que como um Leão com fome tem tragado diversas pessoas. O grande sábio Salomão já nos diz algo relacionado: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12).

1. As três faces do mundo.
“Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1ª Jo 2:16).

O que a Bíblia chama de mundo é o sistema governado por valores não cristãos, onde prevalecem os interesses e prazeres humanos, não a vontade de Deus. É o campo onde Satanás é o árbitro. Ao mesmo tempo, é o nosso campo de batalha.

O pecado atua de três formas na vida do homem: “a cobiça da carne, a dos olhos e a soberba da vida” são três facetas do mundo que nos afastam da presença de Deus.

Podemos concluir com o verso 17: “Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência (cobiça), mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1ª Jo 2.17). O mundo não vai nos satisfazer por completo, passará e nos deixará condenados. Agradando a Deus estaremos satisfeitos, realizados, e permaneceremos na eternidade com Ele.

2.      Neste mundo existem apenas dois grupos de pessoas.

“Os que são segundo a carne inclinam para as coisas da carne: mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (Rm 8.5).

O apóstolo Paulo fala de dois grupos de pessoas os carnais e os espirituais. Cabe a cada um fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. O pensamento do homem norteia o seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, resultando em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, resultando em vida e paz.

O apóstolo Paulo diz que uma luta em nosso interior quando prescreve dizendo: “Porque a carne milita contra o espírito, e o espírito contra a carne, estes se opõem um contra o outro” (Gálatas 15.17).

A palavra carne no original grego é sarx e tem vários significados na Bíblia, principalmente nas epístolas. Pode significar fraqueza física (Gl 4.13), o corpo, o ser humano (Rm 1.3), o pecado (Gl 5.24), os desejos pecaminosos (Rm 8.8) Aqui significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o homem natural.

Espírito... contra a carne. O conflito espiritual interiormente no crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta ou numa completa submissão às más inclinações da “carne”, o que significa voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do Espírito Santo, continuando o crente sob o senhorio de Cristo (v. 16; Rm 8.4-14). O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida terrena, visto que o crente por fim reinará com Cristo (Rm 7.7-25; 2 Tm 2.12; Ap 12.11; Ef 6.11).

O Senhor Deus ensina o homem a andar segundo os parâmetros de Sua Palavra e toda a Bíblia Ele adverte o homem a andar segundo Espírito e não segundo carne. Por isso Paulo diz: “Andai em Espírito e não cumprireis concupiscência da carne” (Gl 5.16).

2.1. Inclinação da carne. Isso significa ter a mente carnal, vida controlada pela carne. Tal pessoa não está sob o domínio do Espírito. Quem assim vive não pode agradar a Deus. Só podemos agradar a Deus fazendo Sua vontade. Mas só o conseguimos se estivermos sob a direção do Espírito Santo.

O homem que anda segundo a carne, torna-se inimigo de Deus e desobediente à Sua Palavra:
“Porque os que estão segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne, mas os que estão segundo o espírito, para as coisas do espírito. Porque a inclinação da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Porque a inclinação da carne é inimizade contra Deus”, pois não é sujeita á lei de Deus, nem, em verdade, pode ser. Porquanto, os que estão na carne, não podem agradar a Deus” (Rm 8.5-8).

Nestes últimos tempos podemos ver a maldade crescente e o pecado levando a humanidade para as depravações jamais vistas: prostituições, drogas, bebedices, adultérios, suicídios, assaltos, roubos, jovens grávidas, estupros, imoralidades corrupção etc. Quantas mortes e assassinatos acontecem todos dias?

2.1. Quais são os frutos da carne. “As obras da carne são conhecidas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, ciúmes, iras pelejas, dissensões, facções (divisões), invejas, bebedices, orgias, e coisa semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos preveni, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl 5.19-21).

Andar segundo o caminho das paixões carnais leva o homem a condenação eterna: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Rm 8.13). É por isso que Jesus diz que o caminho é largo e espaçoso, mas conduz a perdição.

2.2. Inclinação do Espírito. Os que são justificados pela fé em Cristo, nasceram de novo, e, portanto, são regenerados. São filhos de Deus. Eles ocupam-se inteiramente das coisas de Deus.

Deus não tem prazer na morte e condenação do pecador, mas que todos venham ao arrependimento, por isso Ele enviou Seu Filho Jesus, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele (Jo 3.17).

III.   O CAMINHO DA VIDA

1. O que devo fazer para entrar no caminho estreito? Ir a uma igreja? Seguir as tradições da minha igreja? Não! O único meio de salvação é Jesus. Há um ditado popular que diz: “Todos os caminhos nos levam a Deus”. Porém não é verdade somente Jesus é o caminho para a vida. E ainda o Senhor afirma dizendo que “Ninguém vem ao Pai se não por mim”.

Jesus vai concluir sua fala sobre os caminhos indo mais a fundo no caminho estreito; no verso 13, Ele nos fala um pouco, mas no vers. 14 ele explica abrangendo-o:
E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mt 6.14).

2. Jesus é o caminho. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).

3. Precisamos crer. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não no filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).

4. Precisamos obedecer Sua Palavra: Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos” (Jo 8.31).

5. Examinar as Escrituras.Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (Jo 5.39).

Diz Charles Spurgeon: “As Escrituras revelam Jesus. "São elas mesmas que testificam de mim". Nenhum motivo mais poderoso pode ser apresentado aos leitores da Bíblia, além deste: aquele que encontra a Jesus encontra a vida eterna, o céu e todas as demais coisas. Existe grande alegria estocada para aquele que examina a Bíblia e encontra nela o seu Salvador”.

Por isto o evangelista João diz: “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.4). Ele é o tronco da videira, do qual os crentes são as varas que, pelo tronco, participam da raiz e da seiva (Jo 15.6; Rm 11.17; Cl 3.3-4).

O caminho estreito é o caminho que nos conduz a salvação. Para ser salvo, importa somente ir a Jesus, aceitando-o como seu salvador (Jo 1.12-13; Cl 2.6), e recebendo a Sua Palavra como parte d’Ele mesmo (1ª Ts 1.6).

6. Somente Jesus pode te salvar. A salvação é uma obra exclusiva de Jesus onde nada é feito pelos nossos méritos. Quando o pecador abre o seu coração e recebe a Jesus como seu único e suficiente salvador é que chega a uma maravilhosa união com Ele, e, por meio dessa união, entra na rica experiência da salvação.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).

Deus oferece gratuitamente ao homem, ao duvidar que Jesus tudo já fez para salvá-lo, sem nada exigir senão a fé no Seu sacrifício realizado na cruz.

7. Você também precisa fazer alguma coisa. Você precisa:

7.1. Abrir o seu coração e receber Jesus na tua vida.
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20). Assim o homem se identifica com Jesus e com Sua Palavra e, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo (2ª Ts 5.17). Essa aceitação de Jesus independente de um amplo conhecimento das doutrinas da Bíblia.

Aquele que, no coração, crer que Jesus é o filho de Deus e o aceitar, experimenta logo o contato com Cristo Vivo, e é, salvo e identificado com a nova vida.

7.2. Crer em Jesus de todo seu coração. Não olhe para o que você é, nem para a sua condição de fraqueza diante de Deus, nem para teu pecado que tortura o seu coração. Creia somente em Jesus.

“Filipe respondeu ao eunuco: “É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus” (At 8.37). “Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16.31).

Aí onde você está, e como está, pode abrir o seu coração e receber a Cristo como salvador da tua alma imortal. Se você for a Cristo, não será rejeitado, pois Ele próprio afirmou dizendo:

“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). O amor de Jesus é imensurável. Se você for a Ele agora Cristo o receberá, como o pai da parábola do filho pródigo. Não olhe para teu passado, pra teus fracassos, mas olhe somente para Cristo. Ele lhe dará força, paz e você terá uma viva comunhão com Deus.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado (1ª João 1.7).

E quando você partir desta vida, irá para junto de Cristo nos céus, pelos méritos de Cristo, para a glória eterna. É na presença de Deus que você deve viver eternamente.

7.1. Confessar que Jesus é o Senhor.
“Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” (Rm 10.9-10).

A boca fala do que o coração está crendo, está cheio. Eu creio que o que está no meu coração, que foi posto por Deus, é absolutamente verdade. Sempre que falamos em aceitar a Jesus como Único Senhor e Salvador, acabamos por nos remeter a este texto, por explicitar o que precisa ser feito. O que Cristo fez para que fossemos salvos foi algo público (publicamente nos comprou, pagou o valor do resgate por nós), e nossa confissão precisa ser pública. E nosso objetivo é falar acerca desta confissão pública de fé. Assim, aquele que crê no coração confessa que aceitou a Cristo como seu Único e Suficiente Salvador. “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16).

A Bíblia diz que Jesus veio para os judeus e não o receberão (João 1.12). Ele veio para entregar Sua vida como sacrifício pelo mundo e por isso Ele é:

O único Salvador. “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
O único nome nos céus e na terra. “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).
O único Mediador entre Deus e o homem. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1ª Tm 2.5).

Jesus é o único Advogado perante o Supremo Juiz. “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1ª Jo 2.1).

Portanto, há apenas dois caminho, largo que conduz a condenação eterna sem Deus e o caminho estreito que conduz para vida eterna com Deus.

A Vida Eterna é o estado final daqueles que creem em Jesus como único meio de salvação. A vida eterna é não uma vida sem fim, uma vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida (Rm 2.7). Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus.

As Sagradas Escrituras descrevem o estado final dos ímpios como de sofrimento eterno, que vai além da imaginação humana. Após a morte a alma dos ímpios voam para o inferno aguardando o Juízo Final e após este julgamento as almas dos ímpios serão lançadas em lugar chamado de “lago de fogo”. No juízo do grande trono branco, as almas no inferno serão unidas aos seus corpos, que serão ressuscitados dos túmulos. Cristo pronunciará a sentença final do julgamento sobre os mortos ímpios, eles serão lançados no lago de fogo, a morada eterna dos perdidos (Ap 20.10-15).

O lago de fogo será para todos os pecadores o lugar final de separação de Deus. Para este lugar será removido para sempre a morte e o Hades. O universo será purificado da presença de todo o mal e a justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados.

Muitos ainda não sabem o que é eternidade. Eternidade será um tempo sem relógio, ou seja, uma condenação sem fim a onde a alma e o espírito dos pecadores serão lançados no Lago de Fogo para o sofrimento sem fim, eterno sem volta.

Porém, você tem o livre arbítrio para escolher um dos dois, porque não é possível andar com os pés em duas canoas (Mt 6.24). A vida eterna ou condenação eterna. Lembramo que o Bíblia diz no livro de Hebreus: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.27-28).

O homem morre uma só vez, ou seja, a morte física é o fim da existência pessoal nesta terra, mas depois disso o juízo, o julgamento do grande dia. No momento da morte de cada homem o estado final determina seu destino pela sua escolha nesta vida.

Cristo morreu uma vez para tirar os pecados e a punição de muitos (aqueles que creram n’Ele), aparecerá segunda vez sem pecado - não como ele fazia antes, tendo sobre si os pecados de muitos, mas para conceder a salvação aos que esperam!

Onde você passará a eternidade?

Pr. Elias Ribas

sábado, 6 de maio de 2017

A ONISCIÊNCIA DIVINA


Geralmente, quando um homem deixa o pecado e volta-se para Deus, está totalmente alheio aos esforços que Deus fez para levá-lo a fazer tal decisão. Muito antes do homem pensar em Deus, ele já estava no pensamento de Deus. Antes do convertido clamar a Deus, Deus o tinha buscado e atraído pelo Espírito Santo.

I.         A PRESCIÊNCIA DE DEUS

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.28-30).

Deus sentiu, de antemão, o futuro amor das almas pecadoras por Ele e lhes deu a oportunidade de terem um novo nome pela Lei do Novo Testamento, pois sabia que guardariam sua lei, não rejeitariam seu convite e viveriam conforme sua vontade, o que seriam mostrados como dignos de serem honrados. Note-se que não é uma escolha fatalista de Deus, antecipando quem vai ou não ao céu.
A presciência é o aspecto da onisciência relacionada com o fato de Deus conhecer todas as coisas relacionadas com o futuro. A palavra do Novo Testamento traduzida por “presciência” (ou conhecer de antemão) é “prognosis”, da qual deriva a palavra “prognóstico” em português. Significa “saber antes” (pro = antes; “gnosis” = saber ou conhecer).

Vamos analisar algumas palavras citadas pelo apóstolo Paulo no texto acima:

1. Conheceu do grego “proginosko”. Significa sentiu, como a atração entre o homem e a mulher judaicos.
2. Imagem do grego “eikon”. Ser como, em excelência moral e mente santa.
3. Chamou do grego “kaleo”. Convidou, como um Pai convida um filho.
4. Justificou do grego “dikaioo”. Pronunciou alguém justo, pela observância às leis divinas, usado para aquele cujo o modo de pensar, sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus, e quem por esta razão não necessita de retificação no coração (vida).

Glorificou do grego “doxazo”. Honrar, estimar, manifestar sua dignidade como condição gloriosa de bem-aventurança dos cristãos em face da sua condição de verdadeiros adoradores e convertidos a Deus.

A presciência de Deus não afeta as decisões do homem, nem seu livre-arbítrio. As ações de um homem não são permitidas ou impedidas simplesmente porque são conhecidas de antemão, por Deus.

A presciência divina envolve o conhecimento da parte de Deus de que a raça humana cairia no pecado e que precisaria de um salvador. Logo, Deus planejou a redenção em Cristo muito tempo antes do mundo ter sido criado. A presciência é uma garantia da certeza de que os planos e propósitos de Deus para a Igreja nunca serão frustrados.

II.      A ELEIÇÃO

A eleição é uma das palavras mais comum da Bíblia, mas tem sido de certa forma mal interpretada pelos crentes. A eleição não significa que Deus escolhe alguns para serem salvos e outros para serem condenados, sem a participação das pessoas nessa escolha.

A Palavra “eleição” significa escolha. Esta palavra foi usada no Antigo Testamento para descrever a escolha que Deus fez de alguns indivíduos, de algumas famílias e da nação de Israel privilégios especiais ou propósitos divinos.

É empregada para descrever a escolha que Deus fez de Cristo para a tarefa de consumar a salvação, mas também Sua escolha dos que estão “em Cristo” para a salvação.

No que diz respeito à salvação, a eleição é a escolha de Deus, dos homens para a salvação e privilégios, baseada na escolha inicial d’Ele, feita por eles.

“Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Ef 1.4).

“...escolheu n’Ele...”. Este versículo mostra claramente que nosso “mérito” por sermos escolhidos não é baseado em nós mesmo, mas, sim, no “mérito” de estarmos “em Cristo”. Assim como estamos em Cristo, assim também somos dignos de sermos escolhidos por Deus. Paulo explica que fomos eleitos antes da fundação do mundo (presciência de Deus) de conhecer de antemão os que receberia Jesus em seus corações.

Significa que todos da raça de Adão, que são ou serão salvos, foram escolhidos por Deus desde a eternidade para a salvação eterna mediante a santificação do coração pela fé em Cristo. Em outras palavras, eles são os escolhidos para a salvação por meio da santificação. A salvação é o fim - a santificação é o meio. Tanto o fim quanto o meio são eleitos, designados, escolhidos; o meio tão realmente quanto o fim e em benefício do fim.

“Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas” (1ª Pe 1.2).

Este versículo explica que a eleição do crente é baseada na presciência de Deus. Ou seja, a escolha feita pelo homem foi prevista por Deus. Baseado no Seu conhecimento da decisão que o crente tomaria, Deus o elegeu, até mesmo antes de terem sido lançados os alicerces da terra.

O soberano Deus deu a todos os homens o livre-arbítrio. O fato de que Deus sabe de antemão as decisões de cada homem, não significa que Ele imponha a tomada delas. Deus não força ninguém a fazer uma decisão pró ou contra o reino dos céus (Ap 3.20). Ele apenas prescreve através de Sua Palavra o certo e o errado e cabe a cada tomar sua decisão.

Além disto, a Bíblia ensina que a eleição tem origem na fidelidade do homem em permanecer em Cristo. É, portanto, um privilégio que pode ser perdido. O apóstolo Pedro admoestou os irmãos a tornarem sua eleição mais segura a fim de não caírem.

“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum” (1ª Pe 1.10).

Este versículo certamente ensina que a eleição é tanto responsabilidade do homem, como divina. Certamente Deus sabe quem permanecerá fiel até o fim da sua vida.

A Bíblia diz que Cristo foi eleito por Deus (1ª Pe 2.4). O crente, por sua vez, é tornado aceitável a Deus por Jesus Cristo (1ª Pe 2.5). A eleição de Cristo nos garantiu, assim, a nossa própria eleição quando nos tornamos membros do Seu “corpo”.

A eleição, portanto, é ao mesmo tempo coletiva como individual. A Igreja é eleita e cada pessoa, como parte daquele corpo, também é individualmente eleita.

“Aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos...” (Cl 1.2) 12 “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados...” (Cl 3.12).

III.   PREDESTINAÇÃO

A predestinação é uma das doutrinas mais consoladoras da Bíblia quando é devidamente entendida. Sua essência jaz nos fato de que Deus tem plano geral e original para o mundo, e que Seus propósitos nunca serão abalados.

A palavra predestinação do grego proorizo, quer dizer: predeterminar, decidir de antemão, o decreto de Deus desde a eternidade; preordenar, designou antes, nomeou.

Mediante o planejamento predeterminado por Deus (predestinação) a salvação é oferecida a todos (At 4.27-28) e é possível para todos os que o buscam (At 17.26-27). Por causa desta provisão, nenhum homem em qualquer tempo poderá acusar Deus de não lhe ter dado uma oportunidade para crer (Rm 1.20).

Deus não somente planeja uma maneira do povo conhecer a salvação, como também tem um plano para ajudar os salvos a progredirem na sua vida espiritual.

“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.29).

Este plano, no entanto, depende da disposição do crente de corresponder em obediência (Jr 15.19). Esta provisão para glorificar a Deus é ilimitada para o crente que corresponder aos apelos do Espírito Santo.

“Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1ª Co 2.9).

O crente é predestinado a salvação por ter aceitado a Cristo em seu coração. “Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).

“Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo” (Ef 1.11-12).

Deus chamou a todos:
• Todos pecaram (Rm 3.9-12).
• A justiça e salvação é para todos (Rm 3.22-23).
• A graça foi para todos (Rm 5.18).
• Condição para todos serem filhos (Rm 8.14; Jo 3.16).
• Deus entregou Jesus por todos nós (Rm 8.32; Jo 6.39).
• Jesus morreu por todos (Hb 2.9).
• Deus é rico para com todos os que o invocam (Rm 10.12).
• Misericórdia é para todos (Rm 11.32).
• Santos são todos os que invocam a Jesus (1ª Co 1.2).
• Todos mortos em Adão e todos vivificados em Cristo (1ª Co 15.22).
• Jesus morreu por todos, mas todos os querem? (2ª Co 5.15).
• Deus quer que todos se salvem pelo único mediador (1ª Tm 2.3-6) e se arrependam (2ª Pe 3.9).

IV.   LIVRE-ARBÍTRIO

Livre Arbítrio significa a faculdade ou poder dos agentes morais em escolher, decidir entre objetos de escolha sem força ou por necessidade.

Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus e comer da árvore do bem e do mal (Gn 3.11); Homem pode fazer o bem ou o mal (Gn 4.7); Os homens escolhem se querem servir ou não, a Deus (Js 24.15); Os homens podem escolher entre a porta estreita e a larga (Mt 7.13).

Segundo John Wesley embora o homem tivesse perdido todo o seu livre arbítrio natural em virtude da degeneração da raça pelo pecado, o ser humano, pela misericórdia de Deus, teve em si restaurada, até certo ponto, a capacidade de escolha. É o que poderíamos chamar de LIVRE ARBÍTRIO PELA GRAÇA. A Graça preventiva de Deus, na linguagem de Wesley, atuando sobre o coração do ser humano, recupera lhe a possibilidade de responder positiva ou negativamente, aos apelos que o próprio Deus lhe faz.


A presciência e a eleição não são inconsistentes com o livre arbítrio. Os eleitos foram escolhidos para a vida eterna, sob a condição de que Deus o previu no perfeito exercício da liberdade deles, de modo que eles pudessem ser induzidos ao arrependimento e a abraçar o Evangelho.

Pr. Elias Ribas