TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 2 de julho de 2014

SINAIS DA VOLTA DE JESUS NA ÁREA POLÍTICA

SINAL NA POLÍTICA

“E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerra; vede, e não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino...” (Mt 24.6-7).

1. Guerras.
As estatísticas informam que, por dia, acontece em algum lugar da terra mais de 30 guerras, entre elas: de nível de rebelião política, greves, guerras civis e rebeliões de ordem geral.

Entre os anos de 1898 e 1991, houve centenas de conflitos armados no mundo, sendo que mais de 80 aconteceram nos últimos anos. Os pesquisadores constataram que o índice médio anual de mortes em guerras, no século XVI foi de 9.500 mortes. O índice subiu para 15 mil no século XVIII, 13 mil no século XIX e um espantoso 458 mil mortes anuais no século XX.

Durante a I Guerra Mundial morreram aproximadamente 9.718.000 pessoas, entre civis e militares. Na II Guerra morreram mais ou menos 55.238.000 pessoas também entre civis e militares.

Guerras Mundiais: No ano de 1914 estourou a 1ª Guerra Mundial e estendeu-se até o ano de 1918. O presidente da França na época declarou o seguinte a Imprensa:
  1. 87% dos habitantes do planeta se viram envolvidos na guerra.
  2. 65 milhões de homens lutaram armados.
  3. 8 milhões caíram nos campos de batalhas.
  4. 30 milhões ficaram feridos.
  5. 15 milhões regressaram aos seus lares, mutilados, inválidos, sem poderem regressar à sociedade.
  6. Foram gastos nessa guerra: 331 bilhões, 612 milhões, 542 mil e 560 dólares. Leiam – Isaias 55.2.
Vejamos a 2ª Guerra Mundial: Começou no ano de 1939 e estendeu-se até o ano de 1945, foram seis anos de derramamento de sangue sobre a terra.
  1. 55 milhões de pessoas morreram.
  2. No dia 6 de agosto de 1945, foi lançada a 1ª bomba atômica sobre Hiroshima, a qual foi totalmente destruída.
  3. Os gastos foram superiores ao da 1ª guerra mundial, os sociólogos afirmam que em nossos dias, ainda há vestígios negativos que refletem das guerras para a nossa sociedade.

Nações Contra Nações (Mt 24.7).

As guerras provocam desavença na terra e os rumores de guerra deixam muitas nações inquietas. As ameaças, as competições entre os povos vêm aumentando, trazendo insegurança à população do planeta. Muitas guerras ficaram na história mundial deixando um saldo assombroso de miséria aqueles que foram atingidos, mas que sobreviveram ás catástrofes.

2. Corrupções. No dicionário Aurélio quer dizer: Depravação, suborno, desmoralização. Quanto mais nos aproximamos dos últimos dias na face da terra, a corrupção aumenta de forma escandalosa e terrível. Tanto na política, na sociedade, e infelizmente na área religiosa. O suborno, a ganância fazem os homens perderem a moral, o prestigio e a dignidade, em troca do corruptível.

3. Quando decretarem paz e segurança. O apóstolo Paulo ao escrever a Igreja de Tessalônica deixa-nos alguns sinais de advertência: E quando ouviremos falar em Paz e Segurança é o sinal com precisão e que antecede a tribulação (1ª Ts 5.3).


Os homens hodiernos caminham em busca de paz. No dia 11 de Setembro de 1993 a ONU (Organização das Nações Unidas), com vários presidentes mundiais decretaram a paz nos países do Oriente Médio.

Ao analisarmos a tragédia ocorrida em 11 de setembro de 2001, devemos tentar olhar para a questão como um todo, para a História da humanidade. Esses terríveis ataques terroristas não foram um ato isolado de agressão e assassinato brutal, mas fazem parte de um processo que Satanás está usando para unir o mundo como um só povo e para fazer com que todos vejam apenas em uma pessoa o seu líder absoluto. Esse líder será o Anticristo.

 [...] A ONU tenta de tudo para governar bem o mundo, visando essencialmente preservar a paz e a segurança mundial, estimular a cooperação internacional na área econômica, social, cultural e humanitária, promover o respeito às liberdades individuais e aos direitos humanos, mas nem sempre com sucesso. É  importante notar que o Conselho de Segurança da ONU nem sempre cumpri o seu objetivo. (Isabel -http://textosversateisbellima.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.ht...).

Enquanto a ONU discutem politicamente sobre Israel em relação a paz e em relação a quem pertencerá Jerusalém se Judeus ou árabes ou ainda se ambos, profeticamente constatamos os sinais do fim dos tempos acontecerem.

Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 25 de junho de 2014

OS SINAIS DA VINDA DE JESUS



Nos dias atuais, estamos sendo privilegiados por Deus, pois temos acompanhado e certamente participado do cumprimento de diversas profecias, proferidas há séculos e referentes aos “tempos do fim” e “a volta de Jesus” a este mundo. É visível o que Deus tem feito, bem como, a ação do homem e do diabo, transformando em realidade a Palavra Bíblica.

Um dos mais enfáticos ensinamentos do Senhor Jesus foi que Ele um dia retornaria a esta terra e que os Seus fiéis saberiam quando seria.

No versículo 12 do capítulo 22 de Apocalipse: “Eis que cedo venho”. O Senhor nos prometeu que Ele voltaria nos últimos dias, então Ele já retornou? Essa pergunta realmente é muito importante para nós cristãos, então como, exatamente, podemos saber se o Senhor realmente retornou ou não? Encontraremos a resposta aprendendo sobre os sinais da volta de Jesus.

Os sinais relativos à volta de Nosso Senhor Jesus Cristo estão alinhados numa série de profecias, cujo principal objetivo é alertar a Igreja de Cristo a estarem convenientemente preparados para o arrebatamento da Igreja. No sermão profético, faz-nos o Senhor esta advertência: “Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas.” (Mt 24.33).

Ao todo, podemos apontar mais de trezentos sinais e profecias referentes ao aparecimento iminente de Cristo. Sendo o tema de maior relevância das Sagradas Escrituras, assim devemos considerar os referidos sinais.

Apesar de parecerem sem importância aos olhos dos incrédulos, todos os sinais relativos à vinda de Jesus têm de ser bíblica e teologicamente considerados. 

I. O QUE É O FIM DOS TEMPOS 

“Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3b).

O fim dos tempos refere-se aos eventos que antecedem à segunda vinda de Jesus Cristo a esta terra. A primeira Ele veio como Messias e salvador, mas a segunda vinda Ele virá para arrebatar Sua noiva e recompensar os salvos pela sua fidelidade: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” (Ap 22.12).

A Igreja sabe que toda a Bíblia é escrita em torno do Senhor Jesus, o verdadeiro Messias e que Seu reinado será instalado no tempo do fim. Sabemos que Deus revelou aos profetas do Velho Testamento os adventos tanto da primeira quanto da segunda vinda de Jesus Cristo e os finais dos tempos.

Há ainda outras expressões ao longo da Bíblia que também fazem menção a este mesmo período, por exemplo:

O fim - Mateus 24.14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

Últimos tempos – Judas 18 “Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores, que procuram gratificar seus próprios desejos irreverentes, que andariam segundo as suas ímpias concupiscências”.

O tempo do fim - Daniel 12.9 “E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim”.

Última hora – 1ª João 2.18 “Filhinhos, é já a última hora, o fim desta era; e, como ouvistes que vem o anticristo, aquele que se oporá a Cristo disfarçando-se de Cristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora (o fim)”.

Há ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período.

A última hora mencionada por João é todo o período entre a primeira vinda de Cristo e o seu retorno. O prefixo “anti” aqui significa “oposto” a Cristo.

Os anticristos são mencionados por João como um anúncio da chegada do Anticristo. Os anticristos que o precedem são todos aqueles que se opõem à verdade, pregando o contrário de Cristo, distorcendo Suas palavras, mesmo estando no meio dos que se dizem cristãos. Todo aquele que prega heresias é um anticristo (2.19; 2ª Jo 7).

Há ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período. Só a carta de João denota aqueles que simulam e se opõe a Cristo (cf. 2ª Ts 2). 

II. O SERMÃO PROFÉTICO 

Jesus continuou a última semana do Seu ministério em Jerusalém ensinando Seus apóstolos sobre os eventos futuros. Seu discurso é conhecido como o sermão profético no monte das Oliveiras, chamado assim porque era lá que Cristo se sentava para ensinar (Mt 24.3).

O Sermão Escatológico de Jesus também é conhecido como O Sermão do Monte das Oliveiras, devido ao local em que foi proferido. Esse sermão pode ser encontrado nos Evangelhos de Mateus (cap. 24), Marcos (cap. 13) e Lucas (cap. 21 e algumas referências no capítulo 17).

Para muitos estudiosos o Sermão Escatológico de Jesus, principalmente o relato do Evangelho de Marcos, é como um “Pequeno Apocalipse”. A verdade é que qualquer estudo escatológico que seja coerente com as Escrituras, obrigatoriamente, precisa considerar o Sermão Escatológico de Jesus. De forma resumida vamos analisar esse importante sermão de Cristo.

O discurso pronunciado no Jardim das Oliveiras aconteceu na terça-feira depois que se acabaram as controvérsias com os líderes judeus nos átrios do templo. 

III. DISCURSO DE DESPEDIDA DE JESUS 

1. Um discurso de despedida. Foi proferido, portanto, no seu tempo de paixão. 

2. Cristo despede-se, porque vai em direção ao Seu calvário, ao Seu martírio e à Sua morte. Não fala somente de Sua crucificação, mas do fim, da finalidade de toda a humanidade, quando acontecer a sua segunda vinda. 

3. O nascimento, a morte, a ressurreição, a ascensão e pentecoste fazem parte da primeira vinda de Cristo. A segunda está por vir, os seja, Ele vai voltar! “Eis que cedo venho” (Ap 22.12). O Senhor nos prometeu que Ele voltaria nos últimos dias, então Ele já retornou? Essa pergunta realmente é muito importante para nós cristãos, então como, exatamente, podemos saber se o Senhor realmente retornou ou não? Encontraremos a resposta aprendendo sobre os sinais da volta de Jesus. 

IV. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM E DO TEMPLO 

Mateus 24.1-3 “E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. 2- Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada. 3- E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”

Embora em alguns versículos existam profecias que se referem a dois períodos, podemos fazer um esboço do Sermão Escatológico de Jesus em Mateus 24 da seguinte forma: 

1. O discurso acontece fora do templo. “E, quando Jesus ia saindo do templo...”. O texto registrado em Mateus, ocorre fora do templo, no Monte das Oliveiras, segundo o comentário de Hendriksen, no fim da terça-feira da semana em que o Cordeiro Pascal seria imolado. Os discípulos mostram para Jesus, enquanto este se afastava do templo, a beleza monumental do Santuário. 

2. As perguntas dos discípulos Vs. 1-2. “E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! 2- E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.”

Os discípulos não pedem sinais para a destruição de Jerusalém por exemplo, eles pedem sinais para Sua volta e para o fim dos tempos. Deste modo poderíamos colocar todos os sinais como resposta a essas duas questões sem grandes problemas com o texto, pois foi essa a pergunta e poderia bem ser esta a resposta. Também possível a existência nesse texto de profecias de duplo cumprimento, um cumprimento “típico” apontando para o cumprimento final, isso é bem característico no verso 15, onde o abominável da desolação pode muito bem ser identificado anteriormente como Antíoco IV, e agora novamente poderá ser identificado como Tito e o poderá futuramente ser identificado no próprio anticristo, que seria o cumprimento último da profecia, para onde os “tipos” apontavam. 

3. A reforma do de templo de Jerusalém. Este era o templo que Herodes o Grande iniciou sua restauração desde 20 a.C. Este Herodes não era o mesmo dos dias da crucificação de Cristo (ano 30). O primeiro foi o responsável pela matança dos inocentes em Belém, o segundo, seu filho Herodes, Antipas, participou de seu julgamento.

Este templo não era tão grande e glorioso quanto o de Salomão, mas com muito ouro, prata, mármore. Herodes, o Grande, era idumeu, e não havia comprovação genealógica de que descendesse dos judeus, então, para ser agradável aos judeus, tomou algumas medidas populares como a construção do templo, porque isto trazia ganhos políticos. 

3.1. Herodes não poupou recursos. O muro que cercava o templo era de enormes pedras brancas que pesavam uma tonelada. Os viajantes viam de longe a beleza do templo.

A empolgação dos discípulos com as pedras e os edifícios do templo era uma reação natural diante de sua arquitetura esplêndida e majestosa; cada uma de suas pedras pesava toneladas. As descrições de Josefo (Antiguidades judaicas) expressam sua magnificência. Não havia nada como ele em todo o mundo. Belíssimas pedras de mármore branco com ornamentação de ouro compunham a estrutura de mais de 30 m de altura que começou a ser construída por Herodes em 20 a.C. e foi completada por seu descendente em 66 d.C. 

4. Jesus profetiza a destruição do templo. “...não ficará pedra sobre pedra...” Quando Jesus disse que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada, isso certamente chamou muito a atenção. Porém, essa profecia se cumpriu em 70 d.C., quando o general romano Tito saqueou a cidade. Até hoje existe em Roma o Arco de Tito, erguido pelos romanos para comemorar esse evento, onde é retratado em ilustrações o templo sendo saqueado. Bíblia de Genebra.

Jesus usou a forte construção negativa dupla dos gregos duas vezes neste versículo a fim de negar que ficaria pedra sobre pedra. Era positivamente certo que o Templo seria completamente destruído, um fato confirmado pela história quando em 70 d.C. O Templo e a cidade foram deixados em ruínas, sob o comando de Tito.

Os discípulos na certa não queriam acreditar que o Templo de Deus seria destruído e arrasado outra vez eles estavam impressionados com a arquitetura do templo e sua grandeza, mas Jesus não está nem um pouco impressionado com sua imponência e profetiza sua destruição em termos fortes (Mc 13.2). 

5. Como seria destruída Jerusalém e o templo? No ano de 64 d.C, os judeus se rebelaram contra a autoridade romana por causa dos altos impostos cobrados, quatro legiões foram levadas pelo imperador Tito para sufocar a revolta.

No ano 70, seis anos depois de sua reforma, o templo foi destruído por uma rebelião de soldados romanos que se revoltaram contra os judeus que não assimilaram a fé que defendiam.

Mesmo dividindo o sermão da forma apresentada acima, existem referências à destruição de Jerusalém e do Templo em outras seções, principalmente em profecias de duplo cumprimento, ou seja, Jesus também usa a destruição de Jerusalém para tipificar os momentos associados à Sua Segunda Vinda. De forma resumida podemos pontuar esse evento da seguinte forma: 

5.1. Jerusalém seria sitiada. Esse cenário era bastante improvável para qualquer habitante da época por que se tratava de um momento de grande paz com o Império Romana garantindo a tranquilidade. 

5.2. Jerusalém seria destruída. A cidade seria queimada e sua população dizimada. Esse evento seria o juízo de Deus sobre aquela geração. Após pouco mais de três anos de cerco, o exército romano invadiu Jerusalém e à destruíram. Estima-se que mais de 600 mil judeus foram massacrados. 

5.3. O Templo seria destruído. Herodes havia começado a reconstruir o templo, e nessa época ele estava em fase de acabamento, com abundância de ouro, mármore e madeiras finas entalhadas. Era uma construção realmente imponente (vers. 1), mas Jesus afirma: “Não ficará pedra sobre pedra”. No ano 153 a.C. o templo já tinha sido profanado com Antíoco IV Epifânio, porém nesta profecia de Jesus, o templo seria profanado e destruído. 

5.4. Dispersão. Os sobreviventes desse momento terrível seriam espalhados pelo mundo todo e ficariam dispersos. 

V. O PRINCÍPIO DAS DORES

1. A preocupação dos discípulos era com o fim. “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.” (1ª Pe 4.7).

A frase “o fim de todas as coisas” se referiria naturalmente ao fim do mundo; a dissolução dos assuntos humanos.

Nós só estaremos preparados para o fim se mantivermos uma relação íntima com Deus, sendo sóbrios e vigiando em oração; e também se tivermos o que a versão ARA chama de um amor intenso uns para com outros (v. 8, que é explicado nos v. 9,10).

Jesus pode vir trazendo consigo Seu juízo a qualquer momento. Por essa razão, todos precisam estar preparados para dar conta do que fizeram em sua vida. Sóbrios. Os cristãos devem controlar seus desejos pecaminosos porque não tarda a volta do Senhor.

Vigiai. Pedro exorta seus leitores para que sejam prudentes e estejam empenhados em buscar a Deus em oração. 

2. O princípio das dores é o tempo em que estamos vivendo. “E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.” (Mc 13.3,4).

“...quando serão estas coisas...” A pergunta dos discípulos tem em vista a destruição do templo. A resposta de Jesus parece incluir tanto este evento específico como o tempo que conduz à vinda do Filho do Homem (v. 26; cf. Mt 24.3). Os eventos em torno da destruição do templo parecem anteceder e tipificar aqueles momentos associados à segunda vinda. [Bíblia de Genebra].

“... que sinal haverá...” Jesus deixa claro que perturbações como guerras, rumores de guerra e desastres, são os “sinais” ou indicadores do tempo em que Ele retornará. Eles não nos dizem quando Ele voltará, mas que Ele voltará. [Andrews Study Bible].

“... cuidado... vigiem...”

V. 5 “E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane.”

“... Olhai...” Vigiai! Esteja alerta! Esteja de guarda! O maior foco deste capítulo. Existe o perigo da decepção e o perigo da complacência. [Andrews Study Bible].


Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau SC





quarta-feira, 18 de junho de 2014

ESCATOLOGIA BÍBLICA

DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

 Ao contrário do que muita gente pensa, a Doutrina das Últimas Coisas não constitui um emaranhado de enigmas ou um quebra-cabeças. Ele é um conjunto de verdades cristalinas e bem estabelecidas a respeito do que Deus está para fazer nestes últimos dias.

 I.  O QUE É A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

Afirmou o apóstolo Paulo: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1ª Co 15.19). Mas como esperamos em Cristo também na outra vida, não podemos ignorar o plano de Deus para o final dos tempos? Daí a necessidade e a urgência de compreender a “Doutrina das Últimas Coisas”.

1.       Definição do termo.

Doutrina das últimas coisas é o estudo dos eventos que estão para acontecer segundo as Escrituras. Estes eventos fazem parte do plano divino e eterno através dos séculos, conforme Ef 3.11 e Is 46.11.

A doutrina das últimas coisas, por conseguinte, são as verdades da Bíblia Sagrada referente aos últimos dias da história da humanidade. Em Teologia Sistemática recebe o nome de Escatologia, em grego significa literalmente, “Estudo das últimas Coisas”.

Escatologia – O termo escatologia deriva-se de dois vocábulos gregos:
“Eskatos” = último.
“Logia” = estudo ou tratado – significa estudo das últimas coisas, doutrinas futuras.

Jesus ensinou muito sobre este assunto nos Seus Evangelhos, e para o profeta João quando revelou o Apocalipse, temos também referências nos livros dos profetas.

A escatologia é o ponto alto do estudo teológico. A teologia só pode ser completa quando apresenta uma doutrina escatológica com uma interpretação fiel e harmônica.

Na escatologia vemos Deus revelando aos homens algo sobre os tempos e estações que estabeleceram pelo Seu próprio poder (At 1.7). Para os salvos, estão reservadas maravilhosas e surpreendentes coisas dentro de um futuro breve. Para os pecadores, que não se arrependerem, o futuro será dramático, triste e lamentável.

2.      No Antigo Testamento.
A escatologia do Antigo Testamento tem como pilares os seguintes pontos:
A. A salvação e a restauração completa do remanescente fiel do povo judeu (Ez 36.17-38; Sf 3.13).
B. O aparecimento glorioso e visível do Messias, que levará Israel à conversão nacional (Zc 12.10).
C. O Dia do Senhor e o julgamento (Is 12.2; 13.9; Ob 1.15).
D. O estabelecimento do Reino de Deus na terra (Is 11.1-16).
E. A ressurreição e o Juízo final (Dn 12.2).
F. O aparecimento do novo céu e da nova terra (Is 65.17).

3.      No Novo Testamento.
A escatologia do Novo Testamento trata, basicamente, dos seguintes assuntos:
A. O arrebatamento da Igreja (1ª Ts 4.13-17).
B. O aparecimento do Anticristo (2ª Ts 2.1-12).
C. A grande tribulação (Mt 24.15-28).
D. O reino milenar de Cristo (Ap 20.1-6).
E. O julgamento final (Ap 20.11-15).
F. A inauguração do perfeito estado eterno, tendo a Nova Jerusalém Celeste (Ap 21.1-27).

II.  O OBJETIVO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

A Doutrina das últimas coisas tem o seguinte objetivo:
1.      Mostrar o que está prestes a acontecer (Ap 22.6).
2.      Preparar o crente para encontrar-se com Deus (1ª Jo 3.3).
3.      Tranquilizar o povo de Deus para os últimos acontecimentos (Jo 14.1-2).
4.      Alertar a todos que o Noivo está chegando (Ap 22.17-20).


A fim de estudarmos com proveito a doutrina das últimas coisas, observemos alguns procedimentos importantíssimos.
1.        Reconhecer primeiro a Bíblia.
2.        Orar com profunda reverência.
3.        Evitar especulações e vãs sutilezas da falsa hermenêutica.
4.        Esperar com alegria a manifestação do Senhor da glória.


1.       Falta de afinidade com o Espírito Santo.
Isso traz confusão espiritual (1ª Co 2.10-14).
2.       Falsa aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos.
A. Quanto ao povo (Mt 24.14). Judeu, gentio e igreja.
B. Quanto ao tempo (Mt 24.3). Escatológico.
C. Quanto ao lugar (At 2.17-20; Mt 24.29). Só Israel.
D. Quanto ao sentido do texto (Ez 37). Com o povo de Israel.
E. Quanto à mensagem do Texto (Jo 3.5).
F. Quanto à procedência da mensagem existem três fontes: de Deus, do homem e do Diabo.

A Bíblia diz “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2ª Tm 2.15).

Manejar: é o mesmo que aplicar corretamente o texto bíblico quanto aos elementos acima. É um dever de todo o obreiro do Senhor “saber manejar a Palavra da verdade”.

Não podemos , de forma alguma, ser omissos ou corromper a sã doutrina.

3. Conhecimento bíblico desordenado:

Há crentes portadores de um admirável conhecimento bíblico, porém, de forma solta e desordenada, sem examinar a hermenêutica bíblica.

4.  Conhecimento que é apenas especulação do raciocínio humano (1ª Co 2.14).

Neste tipo de conhecimento que muitos crentes têm não há qualquer intenção de consagração ao Senhor, e muito menos humildade e obediência a Sua vontade. 

A DIVISÃO DA HUMANIDADE

 Como se há de entender a Igreja a respeito do Novo Testamento e o Antigo Testamento? Como se poderá entender a natureza e Missão da Igreja entre as nações gentílicas se não estudarmos o que é a verdadeira Igreja e o que é o mundo, segundo a Bíblia?

Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gentios, nem a igreja de Deus” (1ª Co 10.32).

Para estudarmos escatologia é necessário aprendermos a divisão da humanidade em três grupos, conforme o texto acima:

A.  Os Judeus: São os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó, Is 51.2; Jo 8.39. Também são chamados de hebreus, israelitas, filhos de Israel e naturalmente de Israel.

B.  Os Gentios: São todos  aqueles que não são Judeus.
C.  A Igreja de Cristo: São todos os judeus e gentios convertidos a Cristo.

I. CONTRASTE ENTRE ISRAEL E A IGREJA
1)     Escolha de Deus.
A.   Deus escolheu Israel para a sua glória na terra (Gn 15.7; Êx 32.13; Js 11.23).
B.   Deus escolheu a Igreja para Sua glória no céu (Ef 2.4-7).

2.   Escolha.
A.  Israel foi escolhida através do chamado de Abrão (Gn 12.1-3).
B.  A Igreja foi escolhida antes da fundação do mundo (Ef 1.4).

3. Propósito de Deus.
A.    Fazer de Israel uma nação diferente de todas (Gn 12.2; 46.3).
B.     Fazer da Igreja um corpo diferente de todos (Ef 1.15-23; 2ª Co 11.2).

II.  O CHAMADO
·   Deus chamou uma pessoa para dela formar uma nação (Is 51.2).
·   A Igreja chamada entre muitas para se tornar um só corpo (Ef 2.11-26).

1.       Encontro com Cristo.
A.    Os Judeus serão chamados de volta à sua pátria (Jr 33.7-9).
B.     A Igreja será chamada aos céus (1ª Ts 4.13-15).
2.      Relação com Cristo.

A.    Cristo será Rei de Israel (Zc 14-17).
B.     Cristo é a cabeça do corpo, e Noivo da Igreja (Ef 1.22; 4.15).

3.      Herança.
A.    A herança de Israel é a terra (Gn 12.7).
B.     A herança da Igreja é o céu (Ef 1.3).

O propósito de Deus com Israel é um e com a Igreja é outro, totalmente diferente.


Com esta pequena introdução às formas de interpretação das Escrituras Sagradas, seguidas de alguns exemplos para demonstrar a forma utilizada para interpretar este estudo, guiado e inspirado pelo Espírito Santo, empenhemos ao máximo para esclarecer de forma fidedigna este assunto.

Pr. Elias Ribas

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A ASCENSÃO DE CRISTO



 Usamos o termo “ascensão” como referencia àquele evento da vida de Jesus Cristo já ressurreto, em que Ele foi visto visivelmente transladado para o céu na presença dos Seus discípulos.

I. A ASCENSÃO NAS PROFECIAS

A ascensão de Cristo vaticinada no Sl 110.1 “Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro, recebeste homens por dádivas...”. Cristo várias vezes vaticinou Sua ascensão. Em Jo 6.62 Jesus diz: “Que serás, pois, se virdes o filho do homem subir para o lugar onde primeiro estava?”.

II. O REGISTRO BÍBLICO DA ASCENÇÃO DE JESUSregistro da ascensão de Jesus

Em At 1.9-11, lemos: “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem O encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: Varões galileus, porque estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir”.

“Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu” (Lc 24.50-51).

É interessante notar que, em contraste com o frequente e repentino aparecimento do Senhor Jesus no intervalo de quarenta dias após Sua ressurreição, a Sua ascensão deu-se lentamente. Este evento ficou permanentemente gravado na mente dos discípulos que o contemplaram quando subia para o céu, onde iria ficar até a Sua segunda vinda. Ascensão constitui marco divisório na vinda de Cristo. O período do seu ministério terreno se estende do seu nascimento até sua ascensão. Após a ascensão, Ele entra na segunda etapa do Seu ministério, intercedendo por nós no céu e mostrando-se o Cristo da experiência espiritual através da operação do Espírito Santo na vida dos crentes aqui na terra.

III. A NATUREZA DO CORPO RESSURRETO DE CRISTO

Jesus ressurreto: “E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão” (Mt 28.8-10).

“Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor” (Jo 20.19-20).

“Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés” (Lc 24.36-40).

Em primeiro lugar a natureza do corpo ressurreto de Cristo exigia Sua ascensão ao céu. O Seu corpo glorificado já não estava sujeito às leis e limitações terrenas, sendo já vivificado pelo Espírito Santo e pronto para Sua reentrada no céu.

IV. A PERSONALIDADE DE CRISTO

A personalidade de Cristo também exigia Sua ascensão. Como foi de ordem sobrenatural. Sua entrada neste mundo, mediante a encarnação no ventre de Maria, assim também devia ser de ordem sobrenatural Sua partida da terra para o céu.

V. A COROAÇÃO DA OBRA DA COROAÇÃO

A ascensão coroa a obra da redenção no céu. O plano de redenção foi posto em marcha quando Cristo deixou Seu lar celestial, habitando em excelsa glória com o Pai, para assumir forma humana mediante a encarnação. A obra de redenção efetuada por Jesus através da Sua morte e ressurreição é declarada completa ao voltar Ele ao Seio do Pai, evidenciando a plena realização do Seu ministério na terra. À destra do Pai, Jesus reassumiu sua posição de autoridade, para em seguida enviar sobre a Igreja o consolador prometido: o Espírito Santo (Jo 16.7), o que ocorreu no dia do Pentecostes (At 2.4).

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

domingo, 1 de junho de 2014

O PODER DA EXPIAÇÃO



Is 53.10 – Todavia ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar: quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer do senhor prosperará na sua mão.

Expiação significa cobrir o pecado: isto é, não escondê-lo ou ocultá-lo de Deus, mas tem o sentido de pagar a dívida contraída.

“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” (Sl 32.1). 
“Logo muito mais agora, sendo justificado pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.9).
 “Sendo justificado gratuitamente pela graça, pela redenção que há em Cristo. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus” (Rm 3.24 e 25).

A expiação opera 3 efeitos distintos: sobre o pecado, sobre o pecador e sobre o mundo.

I.      Seu efeito sobre o pecado

A. Remove o pecado através do sangue de Jesus: Nem por sangue de boda e nem de bezerros, mas pelo próprio sangue” (Hb 9.12).

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis como prata ou ouro, que foste resgatado da vossa vã maneira de viver que por tradição recebeste dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo como de um Cordeiro imaculado, e incontaminado” (1ª Pe 1.18-19).

B. Cancela o pecado e justifica o pecador: Havendo riscado a cédula que era contra nós e atirando do meio de nós cravando-a na cruz (Cl 2.14).

“E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Cl 1.20).

II. Seu efeito sobre o pecador


A expiação veste o pecador com o sangue do Cordeiro que é Jesus.

Romanos 3.22 o apóstolo Paulo diz que a expiação é a justiça de Deus para com os que nele creem.

“Cristo efetuou a expiação do pecado, tornando-se pecado por nós. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que fossemos feito justiça de Deus” (2ª Co 5.21).

III. Seu efeito sobre o mundo

A expiação teve um duplo efeito em relação ao pecador: Individual e Universal.
Individual – Ex. salvação a Zaqueu, o publicano, conforme Lc 19.
Ao Mundo – 2ª Co 5.21 Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.
Jo 1.29 Um efeito vindo de Jesus, que é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

A obra expiatória de Cristo no calvário foi completa, se ela não fosse o mundo estaria sob o peso da condenação Eterna. Hoje pregamos a Cristo crucificado que morreu por nossos pecados, mas ressuscitou para nossa vida. A expiação que Jesus realizou foi para redenção de nossos pecados e para nossa justificação.

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

sexta-feira, 16 de maio de 2014

CRISTO REVELADO NA TIPOLOGIA


O termo “tipologia bíblica” se refere às pessoas, eventos e instituições do Antigo Testamento que serve de sombra ou prefiguração de pessoas e eventos do Novo Testamento. A representação inicial se chama “tipo”, e a realização dela, “antítipo”.

Podemos compreender melhor o livro de Hebreus, se estivermos cientes do fato de que o autor revela muitos antítipos de tipologia do livro de Levíticos no Antigo Testamento. Lemos em Hb 10.1 Diz: “Visto que a lei tem a sobra dos bens vindouros, mas não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente eles oferecem”.

Temos aqui um exemplo: o “tipo” é a antiga aliança, ou seja, a Lei; sua realização, ou “antítipo” é a nova aliança proporcionada pela morte de Cristo no Calvário.

Seria incompleto este o estudo da Cristologia sem algumas referências às muitas fontes textuais que prefigura no Antigo Testamento, a pessoa e obra de Cristo.

Hb no capítulo 4, nos mostra que tanto Arão como Melquisedeque foram “tipos de Cristo” no que diz respeito ao seu sacerdócio.

Hb no capítulo 3, mostra que Moisés foi um “tipo” de Cristo no seu papel de libertador: nesta função aparece também Josué. Devemos lembrar, que o “antítipo” se manifesta bem superior ao “tipo” que prefigura. Não há, por exemplo, na vida de Cristo, aquelas fraquezas e falhas humanas nos indivíduos que lhe serviram de “tipo”.

Em Números capítulo 21 relata como Moisés levantou a serpente de bronze no deserto, e como todos os israelitas que contemplavam ficavam curados da picada das cobras vivas. Em Jo 3.14-15 Jesus diz: “do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que n’Ele crê tenha a vida eterna”. Este tipo cumpriu-se no Calvário, quando Jesus foi feito pecador por nós, conforme 2ª Co 5.21; Gl 3.13.

Os três dias e três noites passados por Jonas no ventre do peixe servem de “tipo” do intervalo entre a crucificação de Cristo no Calvário e Sua ressurreição no terceiro dia. Em Mt 12.40 Jesus diz: “Assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra”.

No capítulo 22 de Gn, a prontidão de Abraão para sacrificar seu filho Isaque, serve de “tipo” de Deus, que deu Seu filho unigênito em sacrifício por nós, pecadores.

Vejamos a seguir algumas instituições do Antigo Testamento cuja realização se encontra em Jesus Cristo: os sacrifícios de animais, o sacerdócio, o tabernáculo e templo, e lei Mosaica. No que diz respeito ao sacrifício de animais para expiação de pecados, lemos em Hb 9.13-14: “Se o sangue de bodes e de touros, e a cinza de uma novilha, aspergida sobre os contaminados, os santifica, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito Santo, A si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servimos ao Deus vivo!”.

Acerca do sacerdócio, lemos em Hb 7.26-27 “Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separados dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de pecados, depois pelo do povo, porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu”.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.br


domingo, 4 de maio de 2014

SOFRIMENTOS DE CRISTO


 “Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 As minhas costas dei aos que me feriram, a minha face aos que me arrancaram os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontaram, e me cuspiam. Zc 13.6 Está escrito E se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá ele: são as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Is 53.5).

“E a hora nona exclamou Jesus com alta voz: Eloi, Eloi, lama sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34).


“Em agonia, orava mais intensamente. O seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão” (Lc 22.44).

I. Jesus padeceu para nos levar a Deus
“Pois Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelo injusto, para levar-nos a Deus. Ele, na verdade, foi morto na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1ª Pe 3.18).
“Convinha que aquele por quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o autor da salvação deles” (Hb 2.10).
“E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13.12).

II. Jesus era um Varão de Dores
 “Era desprezado, e o mais indigno entre os homens, homem de dores, e experimentado no sofrimento. Como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.3).

III. Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém
(E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela (Lc 19.41).

IV. Na morte de Lázaro
“Jesus, vendo-a chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. Diz a Bíblia: Jesus chorou” (Jo 11.33).
“Agora o meu coração está angustiado, e que direi? Pai salva-me desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim” (Jo 12.27).

V. Jesus foi desprezado (na sua Pátria)
“Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama a sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13.55).
“Os que passaram, blasfemavam dele dizendo: Ah! Tu que destrói o templo, e em três dias o edifica” (Mc 15.29).
 “Muitos diziam: Está possuído por um demônio, e está fora de si. Por que ouvis?” (Jo 10.20).
“Os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas as coisas e zombavam dele” (Lc 16.14).
“Salva-te a ti mesmo, desce da cruz. E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros, e não pode salvar-se a si mesmo. O Cristo, Rei de Israel, desça Agora da cruz para que o vejamos e acreditemos” (Mc 15.30-32).

VI. Suportou humilhações
“E foram crucificados com Ele dois assaltantes, um à direita e outro à esquerda” (Mt 27.38).
 “E ela deu a luz a seu filho primogênito, envolveu-o em panos, e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.7).
“Na sua humilhação negaram-lhe justiça. Quem contará sua geração? Sua vida é tirada na terra” (At 8.33).
“Pois já conheceis a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de vós, se fez pobre, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (2ª Co 8.9).
“Mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. 8 E, achando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.7).

Deus enviou Seu Filho ao mundo para resgatar o homem; Ele pagou com sua morte no calvário o preço da minha e da tua salvação. Hoje a porta está aberta e Jesus está a convidar: “Vinde a mim todos os cansados e oprimidos que Eu vos aliviarei”.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.b