TEOLOGIA EM FOCO

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O BATISMO DE JESUS


“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: 2 Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. 3 Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. 4 Usava João vestes de pelos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre. 5 Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão; 6 e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados” (Mateus 3.1-6). “Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. 12 Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? 15 Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. 16 Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. 17 E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.1-6, 13-17).

1. O Batismo de Jesus (3.13-17).
Quando Jesus foi batizado no rio Jordão, os céus se abriram, o Espírito Santo desceu sobre Ele como pomba e uma voz do céu confirmou que Ele é o Filho de Deus. Cada um dos Evangelhos Sinóticos registra esta informação; João menciona somente a descida do Espírito Santo, e não o próprio batismo de Jesus. Cada escritor dos Evangelhos apresenta este acontecimento-sinal para fazer certas declarações teológicas sobre Jesus. Marcos, por exemplo, o inclui porque oferece oportunidade para afirmar a razão de ele escrever — apresentar o “evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1.1). Lucas enfatiza a capacitação que Jesus teve em resultado da descida do Espírito Santo (cf. Lc 4.1,14,18).

 1.1. Jesus É Maior do que João Batista (3.13,14). 
Diferente de Lucas, Mateus ressalta o acontecimento do batismo de Jesus e chama atenção especial ao fato de que quando Jesus pediu para ser batizado por João Batista, este mostrou-se relutante em fazê-lo (vv. 13,14). O interesse de Mateus em escrever seu Evangelho inclui a cristologia, mas ele também deseja afirmar quem é Jesus em relação a João Batista. Lembre-se de que a audiência de Mateus era de orientação judaica, e talvez seus integrantes estivessem se perguntando: “Como pode Jesus ser maior do que João Batista se este o batizou?” (Note que a seita de João Batista perdurou por muito tempo depois dele e Jesus; veja At 19.1-4.) De acordo com Mateus, Jesus é maior do que João Batista; até o próprio João Batista reconheceu a superioridade de Jesus e estava renitente em consentir o pedido do Messias.

 1.2. Por que Jesus se Submeteu ao Batismo? (3.15). 
Há várias maneiras de responder. De acordo com Lucas, era necessário para que Jesus recebesse o poder do Espírito Santo a fim de cumprir sua chamada como Messias. Em Mateus, Jesus disse: “Assim nos convém cumprir toda a justiça” (v. 15). Ele carecia de purificação de pecados? Não, pois o Novo Testamento destaca que o entendimento que os primeiros cristãos tinham de sacrifício exigia um sacrifício sem mancha nem pecado, como nos sacrifícios judaicos. Jesus é apresentado como o Cordeiro imaculado de Deus e o sacrifício pascal (e.g., Mt 26.17-29; Jo 1.29; Ap 5.6-8). Paulo também entendeu que Jesus não tinha pecados (2 Co 5.21); portanto, a purificação de pecados não é o ponto de debate para Jesus.

O frequente tema de Mateus — cumprimento — afiança a resposta: para “cumprir toda a justiça”. A justiça para Mateus não é meramente guardar normas e regulamentos. É verdade que Jesus não põe de lado a ética de Deus, antes a intensifica (e.g., Mt 5.21-48). Contudo a verdadeira justiça está baseada numa relação com Deus, que está implícita no seu perdão misericordioso, e num recebedor arrependido que deseja cumprir a justiça de Deus — e não no próprio entendimento que a pessoa tenha disso (Mt 5.20; 6.33). Uma chave para cumprir a justiça de Deus é oferecer misericórdia quando ela não é merecida (Mt 5.38-42; 18.21-35). Note que o pai terreno de Jesus, sendo homem “justo”, não desejou expor Maria à vergonha pública quando ela achou-se grávida (Mt 1.19). Esta identificação misericordiosa com os necessitados de misericórdia, mitigada com um respeito ativo pela vontade de Deus, é característica da justiça de Jesus conforme a apresentação de Mateus (cf. Mt 18.35).

No batismo Jesus se identificou com os carentes de perdão, os quais, pela simples letra da lei, mereciam julgamento severo. Ele se identificou tanto com eles que entrou na água de banho suja deles e ficou com eles, apesar de Ele continuar pessoalmente limpo. Jesus cumpriu esta justiça surpreendente por obediência ao Pai. O batismo é o catalisador que aplica em nós a justiça misericordiosa de Deus, até os efeitos da cruz de Jesus e sua ressurreição que dá vida (Rm 6.3-7; 1 Pe 3.21). Os cristãos se unem com Jesus no batismo: Ele os encontra lá na água.

1.3. O Testemunho Divino no Rio Jordão (3.16,17). 
Três coisas principais aconteceram neste evento: os céus se abriram, o Espírito Santo desceu e uma voz do céu proclamou que Jesus é o Filho de Deus. Cada um destes fatos reveladores merecem atenção.

Os céus foram rasgados (cf. Mc 1.10). A palavra “abriram” expressa a ideia de revelação. A experiência de Jesus é rememorativa à chamada do profeta Ezequiel, que estava de pé ao lado do rio Quebar quando os céus se abriram; ele teve visões de Deus e o Espírito de Deus entrou nele (Ez 1.1; 2.2).

A pomba desceu. A associação do Espírito Santo com uma pomba era rara nas escrituras hebraicas e judaicas até o tempo de Jesus. O símbolo da pomba tornou-se imagem frequente no cristianismo. Em Gênesis 1.2, o Espírito pairou sobre as águas, o que pode ser alusão a uma pomba, como John Milton presume tão eloquentemente na sua obra Paraíso Perdido:

Tu dos primeiros
Estavas presente, e com grandiosas           asas abertas
Como pomba sentaste a chocar o vasto abismo
E o tornaste grávido.

O Espírito Santo capacitou os profetas do Antigo Testamento (e.g., Ez 2.2; Mq 3.8; Zc 7.12), e as profecias relativas ao Messias prediziam uma acompanhante dotação do Espírito (e.g., Is 42.1,5; 61.1-3). Assim Jesus recebe uma unção e capacitação especiais do Espírito Santo para proclamar a mensagem de Deus e fazer maravilhas. A vinda do Espírito sobre Ele é sinal de que Ele é o Messias, o Cristo (lit., “o Ungido”). Isto não significa que esta é a primeira vez que Jesus foi envolvido com o poder do Espírito; Ele foi concebido do Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35) e obviamente foi guiado pelo Espírito ao ministrar no templo quando era menino (Lc 2.46-52). Nem significa que Jesus foi “adotado” pelo Espírito no batismo e nesse momento tornou-se Messias, pois Ele era o Filho de Deus antes do batismo (Mt 1.20; 2.15; Lc 1.35; 2.49; Jo 1.1,14,18; 3.16).

A voz do céu falou:Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17; em Mc 1.11 lemos: “Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo”; em Lc 3.22: “Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido” [ênfases minhas]). Esta mensagem reflete duas passagens do Antigo Testamento: “Tu és meu Filho; eu hoje te gerei” (Sl 2.7), e: “Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele” (Is 42.1). O Salmo 2 descreve a entronização do rei Davi. No antigo Oriente Próximo, quando o rei assumia o trono, era considerado o filho do deus nacional, e assim o poder da deidade era investido no rei. Em sua coroação ele era considerado “gerado” do deus. Israel também considerava que o seu rei estava investido com o poder de Javé, o Deus deles.

A segunda parte da declaração da voz do céu alude a Isaías 42.1: “Meu Servo/Filho, Meu Eleito/Amado, em quem minha Alma se deleita” (tradução minha; veja também Gn 22.2). As palavras “servo”, “criança”, “filho” (todas traduções do termo grego pais) assume sentido messiânico em Isaías. “Amado” era usado como título messiânico nos círculos cristãos (cf Mt 17.5; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22; 2 Pe 1.17). A tradução do termo grego ho agapetos (lit., “o Amado”) pela expressão “a quem eu amo”, ainda que leitura possível, não trata a expressão como título messiânico. A palavra agapetos às vezes se refere a um único filho ou filha (e.g., Gn 22.2,12,16; Jz 11.34; Mc 12.6; Lc 20.13).

A combinação de um salmo de entronização de Davi, que identifica o rei como filho de Deus, e o uso do título “Amado, com quem Deus se compraz”, acompanhado pela descida do Espírito Santo, mostra aos leitores de Mateus que Jesus é o Filho messiânico de Davi, o Filho de Deus capacitado pelo Espírito Santo para inaugurar o reinado de Deus e falar as suas palavras.

O uso de Mateus de “Este é o meu Filho” em vez de “Tu és o meu Filho amado” levanta uma questão: Jesus foi o único que ouviu a voz, ou João Batista e/ou as pessoas também a ouviram? Não podemos saber com certeza. Se a leitura “este” é original, então muitas pessoas a teriam ouvido, e a ideia de que Jesus era o Messias teria se espalhado; contudo, tal não foi o caso na primeira parte do seu ministério. De fato, durante algum tempo Jesus a considerou informação confidencial. É inevitável que o ministério de milagres de Jesus tivesse levado alguns a considerar a possibilidade de messiado. É possível que a voz disse “este”, e os circunstantes a ouviram; para Jesus teria tido o significado de “tu”, visto que dizia respeito a Ele diretamente. Se a voz tratasse Jesus por “tu” e houvesse espectadores que a ouvissem, então eles teriam tido a força de testemunhas concernentes a Jesus.

Subsídios extras para a lição Jesus Cristo Verdadeiro homem Verdadeiro Deus 1º trimestre/2008
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A PROMESSA DA SALVAÇÃO

No dia da queda do homem Deus prometeu enviar um salvador. Ele disse a respeito da mulher: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).

Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher (Gl 4.4). A promessa se cumpriu literalmente. Foi uma expressão de seu amor (Jo 3.16).

Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (2ª Co 5.19). Se a morte na cruz foi tremenda para Jesus, também foi para o pai. Foi o Seu grande amor que pagou o sacrifício e foi Sua justiça que recebeu o preço pago por Jesus (Hb 9.24-26). A obra propiciatória de Jesus Cristo nosso Senhor é a maior revelação do grande propósito de Deus no plano da redenção em salvar a humanidade.

I.          O PROPÓSITO DE DEUS

A soteriologia trata da previsão de salvação através de Cristo e sua aplicação através do Espírito Santo. A salvação é a grande obra espiritual de Deus com relação ao homem. Através de sua presciência, Deus estava ciente da queda do homem, por causa disso, Ele planejou uma maneira de resgatá-lo. O propósito de Deus de providenciar salvação para a raça humana está relatado nas Sagradas Escrituras, começando em Gn 3.1.5. 
As aparições de Deus a Moisés e, às vezes, a todos os judeus acampados, serviram para confirmar e desenvolver a fé em um Deus pessoal. As exigências da lei mosaica com as suas punições para os que não as cumprissem, serviram para despertar uma convicção de culpa e um temor das conseqüências do pecado (Rm 3.20). O estabelecimento de um sistema de sacrifício e sacerdócio para ministrá-lo, indicam a necessidade de algum método para remover a culpa do homem. E finalmente, pela voz profética, Deus anunciou Seu propósito. A vinda do Salvador é claramente prevista pelos profetas, e muitos falam da Sua humilhação com o propósito de nos livrar do pecado (Is 53.1-12; 59.20; 63.8; Jr 23.6; Os 13.4; Zc 9.9,16). O apóstolo Paulo diz que o Senhor Deus nos desvendou “o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (Ef 1.9,10-ARA) e fala do “eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor” (Ef 3.11-ARA). Não resta a menor sombra de dúvida de Deus ter um propósito bem definido de salvar a humanidade.

II.       O ALCANCE DA SALVAÇÃO

A encarnação e a propiciação de Jesus constituem a maior prova da boa vontade de Deus. As Sagradas Escrituras ensinam que Deus providenciou salvação na pessoa e obra de seu Filho. Este Filho teve que encarnar, morrer em nosso lugar, ressurgir dos mortos, subir até o Pai, receber o lugar de poder à mão direita de Deus e interceder perante Deus em favor do crente. Esta obra realizada pelo Filho de Deus foi feita com o propósito de nos salvar da culpa, do castigo e do domínio do pecado. A Salvação foi providenciada para o mundo inteiro, pois, “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e , não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1ª Jo 2.2-ARA). Apesar do Senhor Jesus ter morrido pelos pecados do mundo inteiro, a salvação é para aqueles que crêem em Cristo e que andam em Seus caminhos. A salvação depende da reconciliação do homem com Deus (2ª Co 5.18-20; Jó 1.29; 3.15-18; Rm 5.18; 2ª Co 5.14,15; 2ª Tm 2.4,6; 4.10; Hb 2.9,10; 2ª Pe3.9; 1ª Jo 4.14).



III.    A CONDIÇÃO DO HOMEM PERANTE DEUS

Não se pode compreender perfeitamente a doutrina da salvação sem saber-se qual a condição do homem perante o Deus Santo. O homem, apesar de criado com todas as tendências para o bem, caiu, e não só perdeu a sua justiça original, como também corrompeu a própria natureza. Isto aconteceu com Adão quando a raça se resumia nele, isto é, quando a raça humana se compunha apenas de duas pessoas: Adão e Eva. O apóstolo Paulo ensina que “como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12-ARC). Desta afirmação de Paulo se vê claramente que a condição do homem é a de morto, isto é, o ser humano está morto em seus pecados (Rm7.12,13; 6.23; Ef 2.1-10). A Bíblia deixa bem claro que todas as pessoas pecaram e precisam de um Salvador e que elas não podem salvar a si mesmas (2ª Tm 1.9,10; Tt 2.11-14).

Assim sendo, a origem da salvação e sua manifestação está em Deus e não no homem. Se Ele não tivesse tomado tão sublime decisão primordial na salvação da criatura, ninguém seria salvo. Assim este ato criador de Deus, não é apenas uma manifestação da sua vontade, mas também, a sua satisfação, pois Ele é amor e, como tal, ama e deseja o bem estar de todos.


Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

É CLARO QUE PODEMOS SER DIFERENTES



 “Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti” (Isaías 60.1- 2)
  
É verdade que o mundo vai se escurecendo cada dia, o pecado se multiplicando e o amor esfriando. Aquilo que antigamente era praticado escondido (por vergonha e pudor), agora pode ser visto pela televisão em programas vespertinos. As práticas das quais antes os homens se envergonhavam, agora eles as defendem com orgulho em passeatas carregadas de imundícia, imoralidade e impureza. As trevas cobrem a terra e a escuridão os povos!

 No entanto, isso não significa que não podemos escapar dessa contaminação. Não precisamos agir como quem não tem opção. Podemos ser luz em um mundo escuro, podemos ser sal em um mundo podre, podemos nos tornar mais santos em um mundo que vai se tornando cada dia mais sujo. Nossa esfera de existência é outra. Nós vivemos em Cristo. Nossos padrões são outros, nossos valores e referências brotam da perfeita Palavra de Deus. Nosso destino é outro. Nosso amanhã é a glória.

 Temos que fechar à porta para tudo aquilo que nos contamina e abri-la para tudo aquilo que nos santifica. Deus, Seu Espírito, Sua Palavra. Foi esta a escolha que fizemos um dia e é a escolha que devemos dia a dia renovar: queremos ser de Deus e seguir Sua luz.

 Erramos no passado, provavelmente estamos errando no presente e não há garantias que não erraremos no futuro. Ainda assim, diferente dessa geração perversa que nos cerca, nosso pecado nos aflige e não queremos mais errar. Queremos Deus e a Sua luz, queremos a água da vida e não as poças da imundícia. Queremos a Igreja referendando a luz no mundo e não o mundo contaminando a postura da Igreja. Queremos o mundo imitando a Cristo e não os cristãos imitando os filhos da perdição. Queremos ser embaixadores da luz de Deus nessa Terra, saciar a sede de paz e doar vida eterna em Cristo, a partir de nossas próprias vidas.

 E Deus tem essa luz, essa água, essa vida para nós. A alma aflita com a maldade deste mundo volta-se para o alto e dirige-se para Deus. E Nele encontra tudo o que ama e precisa. E muitos verão Sua luz em nós, verão Sua glória em nós. E poderão escapar também do presente século mal e de suas imundas armadilhas.
 Você tem sido uma benção de Deus nesse mundo? Tem sido diferente? Ou será que não passa de uma sombra que se confunde em meio á multidão sem luz?

 Que Deus nos ajude!

Pr. Reinaldo Ribeiro

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A DEIDADE DE CRISTO

Testemunhas confirmam a deidade de Cristo

 Desde cedo o judeu era instruído a ouvir: “Ouve, Israel, o Senhor Deus é o único Senhor” (Dt 6.4) Estamos informados de que depois do cativeiro da Babilônia nunca mais a nação israelita se entregou à idolatria. Ainda que Israel como uma nação tivesse muitas falhas, quando Jesus começou o seu ministério, a idolatria e politeísmo não se evidenciam entre elas. Diante deste fato histórico, destaca-se a importância do culto divino que os judeus convertidos prestavam a Cristo, o que não fariam se tivessem dúvida da sua divindade.

I. NO INÍCIO


Antes que tratemos do culto que os homens prestam a Cristo vamos notar que no eterno passado na ordem divina; Hb 1.6 “todos os anjos de Deus o adorem”. “Depois de seu nascimento os magos vieram do Oriente a Jerusalém e depois a Belém”.

Mt 2.11 “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se O adoraram”. João Batista deu testemunho da divindade de Jesus quando disse: “Pois eu de fato vi e tenho testificado que Ele é o Filho de Deus” (Jo 1.34).

II. O POVO

Notemos o que o povo que o conhecia dizia d’Ele. O cego de nascença depois de curado e de Cristo se revelar a ele afirmou: “... creio, Senhor, e o adorou” (Jo 9.38). O leproso aproximou-se d’Ele “O adorou” (Mt 8.2). O mesmo fez Jairo (Mt 9.18), e ainda a Cananéia (Mt 15.25). Maria, irmã de Lázaro, disse: “... eu te tenho crido que Tu és Cristo, O Filho de Deus que devia vir ao mundo”
(Jo 11.27).


III. OS DISCÍPULOS

O apóstolo Pedro faz pelo menos duas declarações quanto a deidade de Jesus.

Em Mt 14.33, na ocasião em que Pedro andou por sobre o mar com Jesus, os discípulos que ficaram no barco o adoraram, dizendo: “Verdadeiramente és o Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.

Jo 20.28 “e nós temos crido e conhecido que Tu és o Santo Deus”. Mt 16.16 “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Tomé não mais duvidando da ressurreição do Senhor, exclamou em Jo 20.28 dizendo: “Senhor meu e Deus meu!”. Finalmente João escreve concernente ao seu Evangelho (Jo20.31).“... estes, porém, foram registrados para que creias que Jesus é o Cristo o Filho de Deus”.

VI. OS DEMÔNIOS E OS ÍMPIOS

Em várias ocasiões, os próprios demônios confessaram: “Tu és o Filho de Deus” (Lc 4.41; 8.28 e Mc 3.11). Também os soldados romanos disseram: “Verdadeiramente este era Filho de Deus”
(Mt 27.54).


V. DEUS O PAI


Depois de Cristo ser batizado no rio Jordão por João Batista, Deus o Pai falou dos céus dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). Também no monte da transfiguração de novo o Pai falou: “Este é o Meu Filho amado: a Ele ouvi” (Mc 9.7).




VI. O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS


Muitas declarações a respeito de Jeová no Antigo Testamento, são afirmadas e interpretadas no Novo Testamento, referindo-se profeticamente a Cristo. Compare as citações bíblicas da coluna à esquerda com a direita.

Is 40.3-4 “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro serão abatido: e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplanará”.

Lc 1.68-70 “Bendito o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo. 69 E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi seu servo. 70 Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo. 76 E Tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar o Seu caminho”.

Êx 3.14 “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”. Jo 8.58 Disse-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse EU SOU”.

Jr 17.10 “Eu, sou o Senhor, esquadrinho o coração, Eu provo os rins: e isto para dar a cada segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações”.

Ap 2.23 Jesus diz: “E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que Eu Sou aquele que sonda os rins e os corações”.

Sl 2.1 “O Senhor é meu Pastor e nada me faltará”.

Jo 10.11 “Eu Sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. 1ª Pe 5.4 “E quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”.

Is 11.2 “E repousará sobre Ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Mt 3.16 “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele”. Jo 1.32-33 E João testificou, dizendo: “Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e repousou sobre Ele”.

Dt 6.16                                          Mt 4.7

Ez 31.11-12                                   Lc 19.10

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A DIVINDADE DE CRISTO


A divindade de Cristo é comprovada pelos nomes divinos a Ele aplicado, conforme conta na Bíblia Sagrada.

A Divindade de Cristo é provada por algumas afirmações expressas nas Escrituras (Emanuel, ou “Deus conosco”, em Is 7.14 e Mt 1.23; Jo 1.1; Jo 1.18; Rm 9.5; Tt 2.13; Hb 1.8). Ele reivindicou ser capaz de perdoar os pecados (Mc 2.5,10.11; Lc 7.48), o que é uma prerrogativa exclusiva de Deus, que assim era reconhecida (Mc 2.7; Lc 5.21). Ele curou os enfermos (Mt 4.23,24; 8.14-17; 9.18-35; Lc 5.17-26; 7.18-23), e ressuscitou os mortos (Lc 7.11-15; 41,42,49, 55; Jo 11.38-44; cf. 5.25- 29). Ele controlou a natureza acalmando as ondas (Mt 8.23-27). Ele agiu com criatividade, multiplicando os pães e os peixes (Mt 14.19-21; 15.32-38). Ele afirmou ser Deus (Jô 10.33); e existir, com Deus, antes que o mundo existisse (Jo 8.58; 17.5). Ele é igual ao Pai (Jo 14.9; Fp 2.5-8) e um, em essência, com o Pai (Jo 10.30). Somente Ele, dentre todos os homens, é digno de ser adorado, um ato proibido quando dirigido aos seres criados e reservado exclusivamente a Deus (Jô 9.38; Fp 2.9-11; Ap 5.11-14; 19.10; 22.8ss.; At 10.25ss.).

I. JESUS É CHAMADO DEUS

O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da palavra da vida (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o pai, e nos foi manifestada) o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o pai, e com seu filho Jesus cristo. Estas coisas escrevo a vocês para tenhais muita alegria (1ª Jo 1.1-4).

Cristo Jesus sempre existiu. Quando manifestado em carne tivemos o privilégio de ouvi-lo e o vimos com nossos olhos e pudemos contemplá-lo, e as nossas mãos o tocaram, porque estava vivo, como vivo é a palavra manifestada a nós através dele, a qual testificamos e anunciamos a todos vocês sobre a vida eterna. O que vimos e ouvimos dele é o que anunciamos, para que tenhamos comunhão uns com os outros, pois a nossa comunhão é com o pai e com seu filho Jesus Cristo.

Os discípulos de Jesus após terem sido chamados e vocacionados por Ele para uma missão de evangelização do mundo conhecido da época, deixam claro nos primeiros versículos do primeiro capítulo de João a veracidade e autenticidade de seu Mestre. Eles não estão comentando sobre algo simplesmente que ouviram de outros. Eles estiveram em carne e osso com Jesus. Fizeram parte do seu ministério, ouviram suas palavras, contemplaram-no com seus olhos e tocaram nele. Em outras palavras, os discípulos caminharam, comeram, beberam, brincaram, correram as campinas, subiram os montes, se alegraram, oraram e choraram com Jesus. 

O texto se refere ainda a autenticidade da palavra ensinada por Jesus, uma vez que ele, Jesus foi, é e será a própria revelação da palavra de Deus disponível ao que crê. Os discípulos aprenderam qual o sentido em termos práticos da palavra comunhão, isto é o que é ter tudo em comum uns com outros e com Jesus Cristo.

Jo 1.1 “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus”. Vimos como o termo “o verbo” se refere sempre a Jesus. João declara abertamente: “O Verbo era Deus”. Em Hb 1.8 lemos a declaração do Pai que diz acerca do Filho: “O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre”. Em Fl 2.6 Paulo diz: “Que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus”. Em Jo 20.28, Tomé afirma sua fé, dizendo a Jesus: “Senhor meu e Deus meu”.


Nenhum dos grandes líderes religiosos, nem Moisés, nem Paulo, nem Buda, nem Maomé, nem Confúcio, nem qualquer outro alguma vez afirmou que era Deus; ou melhor, com a exceção de Jesus Cristo. Cristo é o único líder religioso que chegou a declarar sua divindade e o único indivíduo que convenceu uma grande parte do mundo de que era Deus. (Thomas Schultz).

“Dentre os julgamentos de crimes cometidos, o de Jesus é sui generis, pois não são as ações, mas a identidade do acusado que está em questão...”.

Diante do Sinédrio, a pergunta do Sumo Sacerdote foi: “És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?” (Mc 14.61-64).

Jesus aceita a provocação e reconhece que ele reivindica ser todos os três: O Cristo, o Filho do Homem e o Filho de Deus.

“Caso provas concretas não estivessem surgindo, essa necessidade estava superada: o prisioneiro havia incriminado a si mesmo”. H.B. Swete.
“Então o Sumo Sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de Testemunhas? Ouvistes a blasfêmia; Que vos parece? E todos o julgaram réu de morte” (Mc 14.64).

O comportamento de Jesus diante da corte de Pilatos, pelo qual ele foi condenado, a pergunta do governador, o comportamento dos soldados, a inscrição colocada sobre a cruz, os ataques e o testemunho na hora da crucificação, tudo isso diz respeito a uma só questão, a da verdadeira identidade e importância de Cristo.

II. JESUS É CHAMADO DE SENHOR

Cristo é chamado “Senhor Jesus” vinte e uma vezes no texto do Novo Testamento. Em At 9.17, lemos as palavras de Ananias: “Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas...”. E em At 16.31, Paulo e Silas proclamaram ao carcereiro: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa”.

III. JESUS É CHAMADO DE FILHO DE DEUS

Mt 16.16 Jesus perguntou aos Seus discípulos: “Quem dizeis que Eu Sou?”. E Pedro lhe respondendo por inspiração divina diz: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

Em Mt 14.33, após presenciarem o milagre da calmaria no mar da Galiléia por Jesus, os discípulos adoraram-no dizendo: “Verdadeiramente és Filho de Deus”. Em Mt 8.29, até os demônios reconheceram a divindade de Jesus, gritando: “Que temos nós contigo, ó Filho de Deus?”. Em Jo 1.34 João Batista diz: “Pois eu de fato vi e tenho testificado que Ele é o Filho de Deus”. Em Mt 27.54 Também os soldados romanos disseram: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus”. Em Mt 3.17 Depois de ser Cristo batizado por João Batista, Deus o Pai falou dos céus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Em Mc 9.7, no monte da transfiguração de novo o Pai falou: “Este é o meu Filho amado, a Ele ouvi”.

IV. CRISTO É ETERNO

Ap 22.13 Jesus diz: “Eu Sou o Alfa e o Omega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o fim”. Alfa e Omega, são o A e o Z do alfabeto grego. É evidente que quando Cristo se apresenta como a primeira e a última letra do alfabeto, estava dando uma das mais evidentes provas da Sua eternidade. Com isto Ele dizia que antes que qualquer coisa existisse Ele já existia, e que após o fim de todas as coisas ele continuará a existir. Isto fala da Sua eternidade passada e futura. A respeito de Cristo, eis o que diz Deus, o Pai em Hb 1.12, “Tu porém, és o mesmo e os teus anos jamais terão fim”.

V. CRISTO É O SANTO DE DEUS

Jo 6.69 Pedro faz a seguinte declaração: “E nós temos crido e conhecido que Tu és o Santo de Deus”.

VI. CRISTO É ONIPOTENTE

Mt 28.18 Jesus diz: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”. Onipotente quer dizer todo poderoso. Para entender-se que Cristo é onipotente, necessário se faz que se tenha certeza de que Ele detém todo o poder no céu e na terra. Todavia Ele morreu e ressuscitou ao terceiro dia; a sua ressurreição é a maior prova de Seu poder.

VII. CRISTO É ONISCIENTE.

Onisciência é a capacidade de se conhecer todos os fatos e pensamentos no tempo e no espaço, mesmo que eles tenham se consumado. Só as pessoas da Trindade detêm todo o poder no céu e na terra. Muitos são os testemunhos dados pelas Escrituras, de que Cristo era Onisciente. A Seu respeito afirmaram seus discípulos em Jo 16.30 “Agora vemos que sabes todas as cousas e não precisas de que alguém te pergunte; por isso, cremos que, de fato, vieste de Deus”. Em Jo 21.17 “Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão Pedro, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, Tu sabes todas as coisas”. Às sete igrejas da Ásia, Jesus declara em Ap 2.2-19; 3.1-8-15 “Conheço as tuas obras” (Jo 2.24-25).

VIII. CRISTO É ONIPRESENRTE.

Onipresença é a capacidade de existir e estar simultaneamente em toda a parte. Esta capacidade é característica a Cristo como Deus que é durante o Seu ministério terreno, Cristo não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, isto dando as suas limitações humanas mas após levantar-se dentre os mortos, ele disse: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.20b).

Nós temos a Palavra de Deus que é viva e eficaz, temos o testemunho dos apóstolos sobre a veracidade de Jesus Cristo e o principal. Também temos a presença constante do Espírito Santo testificando com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.br

domingo, 19 de janeiro de 2014

A INFÂNCIA DE JESUS

“Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, anualmente iam seus pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa. Quando ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Terminados os dias da festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos; e, não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas. Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura. Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera.  E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração” (Lc 2.40-51).

1. O      1. Os Magos, Herodes e o Novo Rei (2.1-23)
1.1. Os 1.1. Os Magos Vão a Jerusalém (2.1,2). O primeiro acontecimento que Mateus relata depois do nascimento de Jesus é os magos que chegam a Jerusalém, perguntando o paradeiro do rei recém-nascido e contando que a estrela os tinha alertado para este nascimento. Ardendo em ciúmes diante da sugestão de outro “rei dos judeus”, o rei Herodes pergunta aos principais sacerdotes e escribas da lei onde o Cristo, o Messias, nasceria. Ironicamente, estes líderes religiosos, que mais tarde tornaram-se inimigos mortais de Jesus, foram os que verificaram para Herodes que Belém era o lugar onde o Messias nasceria. O estabelecimento de Belém como a localização do nascimento de Jesus é crucial para Mateus, não só por causa do significado profético (vv. 5,6), mas também porque atende ao tema frequente da monarquia de Jesus (Belém é a cidade de Davi, o rei).

Na profecia que nomeou o local do nascimento do Messias, Miquéias estava predizendo que Deus usaria mais uma vez a insignificante Belém para guiar o povo de Israel depois que este fosse liberto do resultante julgamento dos maldosos assírios e do posterior exílio na Babilônia (Mq 5.2-4). A esta profecia Mateus inclui a referência ao “Guia que há de apascentar o meu povo de Israel”. Miquéias 5.4 registra que “ele permanecerá e apascentará o povo na força do SENHOR”, mas as palavras que Mateus insere ao término de sua citação da profecia de Miquéias são provenientes da antiga profecia davídica: “Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel” (2 Sm 5.2); de maneira típica e enfática Mateus faz o vínculo com o rei Davi. É significativo que dos escritores dos Evangelhos, só Mateus registre a narrativa dos magos e seu cumprimento da profecia. Os temas do rei e seu cumprimento, que dominam sua agenda teológica, motivaram-no a incluir este relato em seu Evangelho.

Mateus ajuda a estabelecer a data do nascimento de Jesus com a expressão: “No tempo do rei Herodes” (Mt 2.1), cujo reinado como rei da Judéia e áreas circunvizinhas durou de 37 a 4 a.C. Presumivelmente Jesus nasceu perto do fim do reinado de Herodes, visto que Mateus nota que a morte do malvado rei aconteceu antes que a família santa voltasse do Egito (v. 19). Isto significa que Jesus nasceu de quatro a seis anos antes de Cristo, de acordo com o calendário atualmente em uso! Herodes, o Grande, era um político surpreendente; no tumultuoso século I ele, como um gato, sempre parecia cair com os pés no chão, apesar do fato de ser pego em intrigas com pessoas influentes e perigosas como César Augusto, Cássio, Marco Antônio e Cleópatra. Seu pai, Antípater II, idumeu convertido ao judaísmo, apoiou o regente hasmoneano Hircano II e subseqüentemente tornou-se o verdadeiro poder por trás do trono em Jerusalém. Em conseqüência disso, Herodes alcançou altas posições no governo judaico como também no romano Herodes fizera nome empreendendo grandes construções e edificando cidades, inclusive Cesaréia, nome dado em honra do imperador. Ele também construiu fortalezas e templos pagãos, anfiteatros, hipódromos e outros lugares nos quais as atividades helenísticas eram incentivadas. Sua prestimosidade às atividades pagãs não granjearam a estima dos judeus conservadores, que as encaravam como abominações e uma violação da lei de Deus. Quando reconstruiu, aumentou e embelezou o templo judaico em Jerusalém, ele ganhou alguma simpatia dos súditos judeus. Seu reinado trouxe muita prosperidade para a nação, acompanhada de um fardo enorme de imposto e antagonismo.

Herodes demonstrou ser um déspota astucioso e sanguinário, e até seus parentes tinham medo dele. Matou a esposa, filhos e parentes de quem suspeitou que estivessem tramando contra ele. Seus súditos também tinham motivo para temê-lo. Herodes executou quarenta e cinco dos aristocratas mais ricos que tinham apoiado seu predecessor hasmoneano e confiscou-lhes as propriedades para encher os cofres vazios. Execuções eram comuns. Esta descrição, dada pelo historiador judeu Josefo, encaixa-se com o relato de Mateus sobre a intenção dolosa de Herodes para com os magos, a raiva ao perceber que fora enganado, a tentativa de matar o menino Jesus e a ordem insensível de executar todas as crianças do sexo masculino nas redondezas de Belém.

1.2. A Reação de Herodes e de Jerusalém diante das Novas (2.3-8). Mateus nos conta que quando os magos chegaram perguntando sobre o novo rei, não foi apenas Herodes que ficou perturbado; toda a Jerusalém também ficou. O povo de Jerusalém tinha boas razões para se preocupar; não só era frequente que a mudança de governo fosse sangrenta, mas as pessoas sabiam que Herodes sacrificaria muitos para se manter no poder. Ainda que a elite religiosa tenha respondido com facilidade a pergunta de Herodes sobre o lugar do nascimento do Messias, não temos registro de que eles tenham viajado alguns quilômetros para procurar o Messias — talvez porque estivessem com a mente absorta no ministério complexo e detalhado no templo (Hannom, The Peril of the Preoccupied and Other Sermons [O Perigo dos Preocupados e Outros Sermões], 1942). Embora esta acusação não possa ser comprovada, o relato do nascimento de Jesus indica que, excetuando-se algumas pessoas pobres, não muitos foram ver o novo rei. A lição tem aplicação sensata para o ministério da Igreja dos dias de hoje: Nós ministramos para adorar, ou adoramos o ministério?

Herodes podia ser louco e paranoico, mas não era burro. Ele era manhoso e falaz, com uma astúcia mortal e um fascínio que desarma. Sua sugestão de que os magos o informassem para que ele prestasse homenagens ao bebê era uma cortina de fumaça para encobrir suas intenções assassinas dirigidas ao novo bebê. A referência à adoração (proskyneo nos vv. 2,8,11) diz respeito a uma deidade ou ser humano de alta posição. Não podemos dizer com certeza o que os magos pretendiam, embora seja provável que fosse o último. Herodes, é claro, não pretendia nada. Mas dado o avanço da alça de mira de Mateus e sua cristologia, ele considerou que a adoração divina é mais apropriada aqui, pois Jesus deve ser adorado por judeus e gentios igualmente.

1.3. Os Magos Seguem a Estrela para o Novo Rei (2.9-12). A identidade dos magos (ou sábios) é um mistério que durante séculos tem vexado exegetas e encantado clérigos. Heródoto (século V a.C.) escreveu acerca de magos sacerdotais entre os medos, que eram peritos em interpretar sonhos. O Livro de Daniel menciona magos junto com mágicos, encantadores, adivinhos, feiticeiros, sábios e astrólogos/astrônomos. Nesses dias, a linha entre magia e adivinhação, por um lado, e ciência nascente, de outro, não era mantida com clareza. Não se pode dizer com certeza o quanto de cientista e o quanto de mágico eles eram. É bastante afirmar que Deus pode usar até antigas tradições e sabedorias pagãs para fornecer uma testemunha cosmopolita do nascimento do Messias.

Na transição de poder dos medos para o império persa, os magos continuaram com suas atividades, e relatórios de suas práticas aparecem durante a era romana. A referência a “Oriente” levou muitos a considerar a Pérsia/Partia como sendo o país de origem dos visitantes estrangeiros de Jesus. Nos dias de Jesus eles podem ter sido os sacerdotes zoroástricos. As dádivas dos magos — incenso, ouro e mirra — eram produtos associados com a Arábia. É possível que eles sejam os judeus da Dispersão, que foram espalhados ao longo dos impérios romano e parto. Há amplas evidências arqueológicas entre as ruínas das sinagogas dessa era e nos escritos rabínicos que a comunidade judaica se interessava por astrologia.

A identidade e origem dos magos fica mais obscurecida quando notamos que a expressão “do Oriente [anatole, lit., “nascente, que sobe”]” pode se referir ao nascimento da estrela que sempre ocorria no leste por causa da rotação da terra, e é o padrão do trajeto planetário no céu. Considerando o destaque dado à estrela, o forte destes magos é a astronomia primordial do dia.

Assim como a identidade dos sábios, a natureza exata do fenômeno que veio a ser conhecido por “a estrela de Belém” permanece um mistério. Mateus é atraído para a história da estrela e dos magos que a seguiram não somente porque confirma a realeza de Jesus, mas também porque contrasta com muita vividez a devoção dos não determinados estrangeiros com a injustiça da elite de Israel. Ao longo dos anos os comentaristas procuram explicar a estrela como uma parte natural do universo. Trata-se de esforço apropriado e louvável, pois Deus usa meios comuns para expressar sua mensagem sobrenatural. Contudo, nenhuma explanação astronômica comum (um cometa, uma supernova, o alinhamento dos planetas que teria a aparência de um corpo celeste [uma conjunção de Júpiter e Saturno ocorreu em 7 a.C.], um asteroide brincalhão) atesta inteiramente o conjunto da evidência. Nem o cinismo de uma suposta cosmo visão “iluminada” que presume que o relato é invencionice do evangelista, explica o fenômeno ou apreende a totalidade do significado da mensagem de Mateus.

Se a referência a “Oriente” (anatole) é figurativa de “nascimento”, então o texto não pode estar dizendo que os magos seguiram a estrela até Jerusalém. “Antes, tendo visto o nascimento da estrela que eles associam com o Rei dos judeus, eles vão à capital dos judeus em busca de mais informação. Só no versículo 9 está claro que a estrela serviu como guia de Jerusalém para Belém” (Brown, 1977, p. 174). É precisamente aqui que as sugestões citadas acima são deficientes, já que os fenômenos astronômicos não podem explicar como os magos foram conduzidos a Belém, oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Talvez o entendimento de Mateus sobre a natureza e movimento da estrela seja mais dependente do sobrenatural do que do natural.

A questão mais importante e respondível é: Qual é o significado do aparecimento da estrela no Evangelho de Mateus e no plano global de Deus na história de salvação? O que mais importa é que atesta o papel de Jesus como Rei. Assim como se dá com a genealogia terrena no contexto prévio do capítulo 1, a estrela fornece testemunho celestial da realeza de Jesus. O testemunho dos magos não deixa lugar para especulação quanto ao seu significado: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo” (v. 2a).

Uma estrela já havia sido associada com o advento do Messias. Números 24.17, parte da profecia que Balaão entregou quando os israelitas estavam prestes a dar início à conquista da Terra Prometida, diz: “Uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel”. A maioria dos estudiosos identifica esta profecia estelar com o rei Davi, pois os versículos seguintes, com a referência à conquista das nações circunjacentes, foram distintamente cumpridos nas suas campanhas militares. Os contemporâneos de Mateus entenderam que a passagem é messiânica, fato demonstrado na obra pseudoepigráfica O Testamento dos Doze Patriarcas, que associa uma figura messiânica levita e sacerdotal “com sua estrela [...] [que] subirá no céu como rei” (Testemunho de Levi 18.3). É interessante observar que tanto Balaão quanto os magos eram estrangeiros, e ambos profetizaram sobre o Messias hebraico (veja Brown, 1977, pp. 193-196, para mais comparações). Isto também contribui para o programa geral de Mateus de apresentar Jesus, o Rei, não só dos judeus mas de todos os povos.

Os três tesouros dos magos — incenso, ouro e mirra — eram dádivas associadas com a realeza, e este era o entendimento e intento de Mateus (v. 11). A Igreja mais tarde associou o ouro com Jesus como Rei, o incenso com Jesus como Sacerdote e a mirra como especiaria usada para embalsamento, relacionado-a com a morte e sepultamento de Jesus. Antes de os magos partirem, eles foram instruídos em sonho para não retornarem a Herodes, mas voltarem para casa por uma rota diferente pela qual vieram (v. 12).

1.4. A Fuga para o Egito (2.13-15). Depois da partida dos magos, José tem um sonho, entregue pelo “anjo do Senhor” (v. 13), advertindo-o a fugir para o Egito. Na Bíblia os anjos aparecem às vezes como seres humanos (e.g., Jz 13.16); outras vezes como criaturas brilhantes e que inspiram medo, cuja aparição e palavras os seres humanos mal podem suportar (e.g., Êx 3.2; Jz 13.6,19-21; 1 Cr 31.12; Dn 8.17). Não nos é informado que forma o anjo tomou no sonho de José. As gramáticas grega e hebraica sugerem que a expressão “o Anjo do Senhor” é tradução legítima. Às vezes no Antigo Testamento, o Anjo do Senhor não pode ser distinguido do próprio Deus e deve ser considerado como o próprio Senhor que aparece e fala (e.g., Gn 16.11-13; Jz 6.12-14). Se esta interpretação é a intenção de Mateus, então José tem uma revelação especial diretamente de Deus, uma experiência amedrontadora e magnífica, uma revelação especial para um homem especial, a fim de realizar a tarefa especial e mais urgente de salvar o menino Jesus.

A força do particípio do aoristo (egertheis, “levanta-te”) junto com o aspecto aoristo do imperativo do verbo principal (paralabe, “toma”) conota grande pressa e urgência. Em outras palavras: “Levanta-te da cama, sai daqui agora, e começa a fuga para o Egito, pois Herodes está a ponto de iniciar uma busca do menino Jesus”. Note que José pega Maria e Jesus de noite para evitar que eles sejam descobertos pelos agentes do rei ou por outras testemunhas.

Havia uma grande comunidade judaica no Egito, sobretudo na cidade de Alexandria, mas onde a família santa ficou e se José encontrou ou não trabalho não nos é dito. Há os que sugerem que os presentes preciosos que os magos lhes deram os sustentaram no exílio. Lá, eles ficaram até a morte do rei Herodes. O fato de Jesus e seus pais sofrerem o exílio com paciência numa terra estrangeira deve promover a compaixão cristã pelos refugiados de perto e de longe.

Mateus vê o retorno de José, Maria e Jesus do Egito como um cumprimento geográfico de profecia e uma reencenação dos eventos históricos e tipos teológicos já anteriormente ocorridos nos procedimentos de Deus para com os hebreus (veja comentários sobre Mt 1.22,23). “Do Egito chamei o meu Filho” é de Oséias 11.1, onde o profeta descreve a prometida volta do exílio na Mesopotâmia nos termos da libertação da escravidão do Egito. Estes dois acontecimentos são vistos como atos salvadores de Deus. Mateus considera a viagem da família santa do Egito para a Terra Santa como um cumprimento até maior do primeiro Êxodo, visto que o próprio Salvador está voltando à terra do seu nascimento. Esta referência ao Êxodo pressagia o destaque que Mateus dá a Jesus como o novo Moisés, ponto que ele desenvolverá mais quando apresentar o ensino de Jesus.

1.5. A Matança dos Inocentes (2.16-18). Quando os magos não voltaram para revelar a localização do rival ao trono, Herodes ficou enfurecido. Ele considerou a desobediência deles como escárnio; a palavra traduzida por “iludido” é depois usada em Mateus para descrever o escárnio suportado por Jesus na narrativa da paixão (Mt 27.29,31,41). Levando-se em conta seu reinado de terror (veja comentários sobre Mt 2.1,2), o assassinato de Herodes de todos os meninos de dois anos para baixo não está fora de seu caráter. O cômputo das vítimas, baseado na população provável, é de vinte a trinta crianças.

Há os que questionam a historicidade do acontecimento, visto que parece estranho que o plano e trama de Herodes permitissem que os magos e Jesus escapassem da rede de espionagem. Ademais, a demora de sua reação, às vezes calculada em um ano ou mais, parece igualmente inverossímil. Mas não podemos presumir que Herodes tenha mandado seguir os magos; mesmo que o fizesse, não há como prever que sua organização de inteligência fosse infalível. Outrossim Mateus acredita que a providência divina teve parte na fuga dos magos e de Jesus. O período de tempo entre a chegada dos magos a Jerusalém e à corte de Herodes e a partida deles de Belém pode ter sido pequeno. O limite de idade que Herodes escolheu para matar os bebês foi provavelmente averiguado pela determinação de quando a estrela apareceu a primeira vez. Os magos podem ter levado muito tempo para decidir responder ao sinal celestial e eventualmente percorrer o caminho à Terra Santa em busca do bebê nascido para ser rei. O texto deixa a impressão que assim que os magos saíram, a família santa também deixou Belém.

Mateus percebe mais uma vez o cumprimento de profecia na matança dos inocentes, baseado na localização da tragédia: “Raquel chora seus filhos” (Jr 31.15). Jeremias clamou que Raquel, que morreu na era dos patriarcas e foi enterrada em Efrata (também chamada Belém, cf. Gn 35.19), choraria séculos depois quando seus descendentes seriam forçados a marchar para o cativeiro na Babilônia do ponto de organização próximo de Ramá. Efrata está a cerca de dezessete quilômetros ao norte de Jerusalém e ao sul de Betel, na área de Benjamim e perto de Ramá. Esta não deve ser confundida geograficamente com Belém de Judá, que fica a oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Mais tarde alguns benjamitas do clã de Efrata migraram para a área de Belém de Judá; por conseguinte as cidades estavam estreitamente associadas.

O entendimento que Mateus tem sobre a profecia de Jeremias é que se Raquel chorou por sua morte na ocasião do exílio de Judá, que matou muitos dos seus descendentes no século VI a.C., então ela chorou novamente quando as vítimas infantis de Herodes foram sacrificadas no século I d.C. Mateus demonstra mais uma vez que o cumprimento maior da profecia ocorre em eventos associados com a vida de Jesus. Ele também se refere aos meninos assassinados a fim de unir a vida de Jesus com a de Moisés, cujo papel Jesus completará como o novo Legislador, pois Moisés também foi salvo da guerra de um déspota no caso das crianças hebreias no antigo Egito (Êx 2.1-10).

1.6. A Volta do Egito para Nazaré (2.19-23). Pela terceira vez José recebe instruções do anjo do Senhor num sonho. A família santa volta para sua pátria visto que Herodes, o Grande, está morto e já não procura a vida da criança. Avisado em outro sonho, José evita prudentemente estabelecer-se no território de Judá regido pelo filho e sucessor de Herodes, Arquelau, e fixa residência em Nazaré, na Galiléia, governada por Herodes Antipas, outro dos filhos de Herodes. Arquelau foi inumano ao suprimir uma insurreição, matando mais de três mil dos peregrinos que subiam para a Festa da Páscoa em Jerusalém. Ele se casou com a esposa do seu meio-irmão, fato que não lhe granjeou a afeição dos seus súditos mais piedosos. Seu reinado sofreu tamanho abalo que uma delegação de judeus e samaritanos, inimigos jurados, dirigiu-se a Roma e foi bem-sucedida ao solicitar que o governo fosse retirado das mãos dele. Ele foi exilado subsequentemente na província romana da Gália. Herodes Antipas demonstrou ser um regente mais benigno na Galiléia.

Para Mateus a chegada da família santa a Nazaré cumpriu outra predição feita “pelos profetas”: “Ele será chamado Nazareno”. Não está claro a qual obra profética Mateus se refere. Talvez ele esteja citando uma obra que já não existente e que não foi incluída nem no cânon judaico ou no cristão. Também foi sugerido que Mateus esteja fazendo um jogo de palavras, unindo “Nazareno” (nazoraios) a Isaías 11.1, onde o profeta diz que o Messias virá de um “rebento” (netser) que “brotará [...] do tronco de Jessé”. Os termos nazoraios e netser têm sons semelhantes, embora não sejam do mesmo radical semítico.
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