TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ADORNO DA MULHER CRISTÃ


I.        DEUS CRIOU O OURO E A PRATA PARA FAZERMOS USO

 Todas as riquezas do mundo foram cridas por Deus e estão sob o Seu controle. “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ag 2.8).

“Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16).
Antes da última praga para o povo egípcio Deus ordenou a Moisés dizendo: “Fala, agora, aos ouvidos do povo que todo homem peça ao seu vizinho, e toda mulher, à sua vizinha objetos de prata e de ouro” (Êx 11.2).

Há algumas questões que devem ser levantadas quanto à leitura que se faz do comportamento dos judeus. Se a Bíblia descreve a rica cultura dos judeus sem qualquer censura, a pergunta deve ser feita sem medo. De onde vêm os sermões bombásticos condenando os adornos como vaidade? Se não vêm do coração de Deus, brota de uma fraca percepção de que a Bíblia não é um livro de condição doutrinária, mas história de um povo.

Não desejamos imitar o povo judeu no Antigo Testamento, nem os primeiros cristãos do Novo Testamento. Isso é impossível. Eles viveram realidades diferentes em um tempo muito longínquo do nosso tempo. Não desejamos que nossos líderes usem turbantes na cabeça e calções para ministrar o culto, que se pague um dote aos pais das noivas, ou os cunhados se casem com as viúvas de seus irmãos. Na verdade, há uma inconstância enorme quando alguns tentam buscar um versículo de Deuteronômio que nos ensine como as mulheres devem trajar. Esquecendo que Jesus disse que a lei e os profetas vigoram até João Batista (Mt 11.13; Lc 16.16).

II.     O USO DE JÓIA

No Antigo Testamento. O uso de jóias entre as mulheres israelitas é notório, bem como alguns tipos de jóias também eram usadas por homens. Vários textos da Bíblia, bem como achados arqueológicos comprovam este fato. Nos dias dos patriarcas, assim como ainda hoje, já se presenteavam pessoas benquistas com roupas. O preço desses presentes significava o tamanho do nosso carinho. Presentear uma mulher com um bracelete, por exemplo, significava valorizar aquela mulher.

Em uma das passagens mais lindas da Bíblia encontrada em Gn 24, na qual vemos claramente uma figura do arrebatamento da Igreja, o mordomo de Abraão presenteou a Rebeca com uma dessas jóias; vale lembrar que nesta passagem do capítulo 24 de Gênesis, o mordomo é figura do Espírito Santo; Abraão é figura de Deus Pai, Isaque é a figura de Jesus e Rebeca simboliza a Igreja. Como poderia Rebeca ser presenteada com jóias se estas fossem malignas? As jóias nesta passagem, como em algumas outras, podem simbolizar os dons do Espírito e os galardões que o Senhor tem preparado para a sua Igreja. “Tirou jóias de ouro e de prata, e vestidos, e os deu a Rebeca; também deu ricos presentes a seu irmão e a sua mãe” (Gn 24.53).

Abraão, marido de Sara, aquela que Pedro elogia como exemplo de mulher santa, enviou jóias e vestidos para a futura esposa do seu filho, Isaque. 

“Tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as mãos dela, do peso de dez siclos de ouro. Tirou jóias de ouro e de prata, e vestidos, e os deu a Rebeca” (Gn 24.22, 47, 53). 

Deus abençoou todos os passos para a realização desse matrimônio.

O Antigo Testamento está repleto de referências sobre como as mulheres se adornavam em oposição ao que pensa que se adornar de forma meticulosa representa um desagrado a Deus. Veja como o relato de Isaías 61.10, assemelha o favor de Deus a um noivo que se prepara para casar: “regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com suas jóias”.

Os judeus também gostavam de ornamentos imitando coroas (diademas), pois simbolizavam juventude, alegria e favor a Deus. Colocados sobre a cabeça, esses ornamentos pareciam mais ou menos os arcos que as mulheres contemporâneas utilizavam, alguns deles fartos de pedras coloridas. Ornamentos de ouro, prata e pedras preciosas serviam basicamente para os mesmos fins de hoje. Uma das simbologias tipificadas pelo uso do anel era de autoridade.

“Então tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro” (Gn 41.42).

 “Tirou o rei o seu anel, que tinha tomado a Hamã, e o deu a Mordecai” (Ester 8.2).

Os colares, também comumente usados pelos judeus, apareceram inicialmente como uma forma de firmar aliança. Era uma espécie de coleira simbólica com que as pessoas comprometiam-se mutuamente.

“Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares. Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata” (Ct 1.10-11).

Há indícios de que os colares combinavam com os braceletes, formando assim conjuntos de jóias lindíssimas que certamente tornava a mulher mais formosa.

A melhor ilustração do que quero afirmar foi contada pelo próprio Deus. Em Ezequiel 16 o profeta descreve a nação de Judá como uma criança, recém nascida, que cresce, fica moça e Deus a veste das melhores roupas e a adorna com as melhores jóias! (vv 11-12). Vale a pena ler o texto. Se Deus aprova o uso de jóias? Sim, desde que a pessoa não esteja em pecado. Quer dizer, ao contrário do que pensamos. Sempre achamos que como prova de sua santidade, a mulher não deveria usar jóias, mas não é o que dizem dois textos bíblicos do Antigo Testamento. Por haverem pecado, as mulheres de Israel deveriam deixar de usar jóias! Em Isaías 3.16-23 Deus promete retirar as jóias da nação devido ao pecado. Até mesmo os piercings (v. 21). Aliás, foi devido ao pecado que o povo de Israel tirou das orelhas, pescoço e nariz as jóias que usava. Quando se está em pecado, as jóias não caem bem, é o que se depreende do texto de Êxodo 33.1-6. Sabe o que eram os atavios que as mulheres tiveram de tirar por causa do pecado? As jóias, colares, brincos e pendentes do nariz!

Deus inúmeras vezes se valeu de metáforas nas quais inseriram jóias, roupas caras e adereços, a fim de simbolizar sua benção para seu povo.

“Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto, cobri a tua nudez, dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha. Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue e te ungi com óleo. Também te vesti de roupas bordadas, e te calcei com peles de animais marinhos, e te cingi de linho fino e te cobri de seda. Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar á roda do teu pescoço. Coloquei um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas e linda coroa na cabeça. Assim foste ornada de ouro e prata; o teu vestido era de linho fino, de seda e de bordados; nutriste-te de flor de farina, de mel e azeite; eras formosas em extremo e chegaste a ser rainha. Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor Deus” (Ez 16.8-14).

Ora, se Deus não assume uma postura condenatória sobre o uso de objetos de adorno ou moda, de onde vem esta abundância de doutrina humana reprovando severamente o uso de tais?

Há várias explicações, mas podemos restringir-nos a pelo menos três falácias usadas na defesa do legalismo nas igrejas.

Deus usou como exemplo de adorno á Sua noiva espiritual, Jerusalém, conforme Ezequiel. Não é válido, no entanto, o argumento de que o referido texto é do Antigo Testamento e tem sentido espiritual, pois se fosse coisa vergonhosa, mesmo de forma simbólica, Deus não usaria como adorno á Sua noiva, dizendo inclusive: “As jóias de enfeite, que Eu te dei, do meu ouro”. Note-se que não interessa se era simbólico ou não; se no Antigo Testamento ou não.

A prostituição de sua noiva, ali citada, foi condenada como pecado e continua sendo pecado até hoje, porém, as jóias, Deus não condenou, naquela ocasião, e não são consideradas pecado no Novo Testamento. A lei cerimonial (incluindo as vestes) foi abolida, mas a lei moral foi mantida. Por isso é que Jesus afirmou que o amor inclui tudo o que precisamos, hoje, para a salvação.

Deus não haveria de sugerir um adorno que simbolizasse pecado ao ser humano, para adornar simbolicamente sua Noiva, conforme Ezequiel 1.16.

Satanás o pai da mentira ensina seus ministros a preocuparem-se com coisas secundárias e não com as primarias. Eles não se preocupam com a doutrina sã doutrina, mas dão ênfase as doutrinas humanas. Por exemplo: eles não ensinam que a língua que é o menor órgão do corpo humano é capaz de incendiar uma floresta. Eles preocupam-se com falatório vãos e vazios. Mas se uma irmã usar um pequeno brinco é logo fulminada e condenada a réu do inferno. Ensinam que mulher usar brinco é mundana e não tem santidade.

Mas para aqueles que têm visão do Reino de Deus sabem que o pecado não está no uso de um pendente, mas na sensualidade. Diz um erudito que o pecado da sensualidade não está na orelha, mas nas partes intimas de uma mulher.

Portanto os fariseus de hoje escoam um mosquito e engolem um camelo. Invertem os valores ensinam as tradições e esquecem das doutrinas fundamentais da bíblia.

Hoje, algumas pessoas estranham que jovens usem brincos nas orelhas e até no nariz. Nos tempos antigos, porém, as mulheres já usavam brincos tanto nas orelhas como no nariz. O servo de Abraão, quando se encontrou com Rebeca (ela mais tarde viria a ser a esposa de Isaque), cuidou de adorná-la de acordo com a moda da época.  

“Daí lhe perguntei: de quem és filha? Ela respondeu: Filha de Betuel, filho de Anaor e Milca. Então, lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras nas mãos” (Gn 24.47).

“Como pendentes e jóias de ouro, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento” (Pv 25.12). “Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça”.

Jeremias, falando em nome de Deus, chega a comparar o cuidado de uma noiva em não deve esquecer-se de seus adornos com Israel, que é indesculpável quando se esquece do Senhor: “Acaso se esquece a virgem dos seus adornos, ou a noiva do seu cinto? Todavia o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta” (Jr 2.32).

Daniel é muitas vezes citado nas igrejas evangélicas como homem sem vaidade por se ter recusado a contaminar-se com os manjares que o rei comia. Entretanto, Daniel não se recusou a vestir-se de materiais caros, ornar-se com beleza e andar de acordo com a moda da Babilônia, onde passava seus dias de exílio: “Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura, e fazer-me saber a sua interpretação, serás o terceiro no meu reino... Então mandou Belsazar que vestisse Daniel de púrpura, e lhe pusessem cadeira de ouro ao pescoço, e proclamassem que passaria a ser o terceiro no governo do seu reino” (Dn 5.16, 29).

Muitas das coisas que a igreja ainda insiste preservar não passam de costumes que mudam com os tempos. Esses são alguns deles.

Nosso único problema de interpretação reside na ausência de opinião por parte dos líderes nessas questões. No entanto, levando-se em conta os costumes da época não é de se admirar que alguns obreiros usassem brincos – que os identificaria com algum povo, cabelos compridos, barba e as mulheres, jóias, coisa comum na época.

Questões que envolvem a indumentária feminina são bastante recorrentes no meio evangélico. Em geral, a discussão se dá no campo dos “usos e costumes” adotados por uma determinada denominação. Em relação ao uso de jóias (brincos, colares e afins) não seria diferente. Embora haja uma tendência à liberalização desse tipo de regra em uma parte das igrejas consideradas conservadoras, ainda há correntes que preferem manter a proibição do uso de adornos entre as mulheres evangélicas.

Muitos hoje, olham somente para aparência, o exterior, assim como os fariseus na época de Jesus. Para eles desobedecer a usos e costumes é um sinal de pecado. Não procuram saber se as pessoas abrigam pecado nas suas vidas.

Um dos argumentos que sustentam esse discurso está ligado à manutenção da tradição, que foi condenada por Jesus (Mt 15.1-5). Apesar de haver igrejas que já compreenderam que a salvação é pela graça, ainda há aquelas que mantêm a regra inflexível por uma questão de princípios. A Bíblia diz que a obediência é a base de tudo. Logo, se isso é a regra de conduta na igreja, estabelecida pelo sistema convencional desde o início, deve ser obedecida. A desobediência é pecado. Quem não quer permanecer tem o direito de procurar outra igreja, ou seja, a porta está aberta pode sair! Enquanto Jesus deu a Sua vida pela ovelhas, o lobos devoram e as escorraçam da igreja pelas suas santas tradições.

[....] Temos de admitir que alguns líderes firmam-se em seus cargos incutindo medo nas pessoas. Como legisladores de pesadas exigências religiosas, tais líderes se estabelecem como autênticos messias. Essa situação é duradoura porque, ao elaborarem um sistema tão implacável, ninguém nunca se sente isento de culpa para poder questioná-los [Gondim Ricardo, é proibido. http://bvespirita.com/%C3%89%20Proibido%20-%20O%20Que%20a%20B%C3%ADblia%20Permite%20e%20a%20Igreja%20Pro%C3%ADbe%20(Ricardo%20Gondim).pdf acesso dia 09/08/20012].

[....] Quem é preso aos costumes pensa que a santidade é o exteriótico e não pode de jeito nem um usar baton, maquiagem jóias, pois são logo chamadas de “Jezabel”.

Santidade não pode ser confundida com aparência. É essencial que nos lembramos de que “o homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1º Sm 16.7).

Portanto santidade não é o superficial, o exterior, a aparência. É algo que fica bem abaixo da superfície, bem no íntimo, no nível da atitude e do caráter; de uma atitude para com o próprio Deus.

O que importa é o desejo interior do cristão, um desejo de conhecer a Deus, de ouvi-lo, de andar humildemente com Ele. Não depende dos costumes, usos, roupas, maquiagem, ou seja, o exterior” [Linhares. Usos e costumes P. 54].

III.  A HIPOCRISIA RELIGIOSA

 Se a hipocrisia revelada pelo farisaísmo naquele tempo era o oposto do que se imagina, o mesmo continua a acontecer.

Algumas igrejas evangélicas usam o texto de Êxodo 32.2 com a argumentação de que as jóias das mulheres judias foram pedra de tropeço para o povo hebreu:

“Disse-lhes Arão: Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas, e trazei-me. Então todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão” (Êx 32-2-3).

Não só as mulheres, mas os seus filhos e filhas também faziam uso de jóias. Arão ordenou que todos tirassem das ‘orelhas’ e as trouxessem para ele.

A luz da exegese não atribui o pecado as jóias usadas pelo povo, mas em fazer um deus vão criado pelo homem para o adorarem.

Não se podia negar que houve grandes milagres quando os israelitas foram salvos da escravidão, embora o povo houvesse tomado para si os maus costumes do Egito como adorar outros deuses e embora não quisessem atribuir os milagres a Deus soberano e invisível, porque amavam a deuses convenientes, portáteis que não viessem interferir na sua consciência.

Nessa linha de raciocínio, sustenta-se que as mulheres que servem a Deus hoje, ao usarem ouro, serão igualmente tentadas á semelhança do relato bíblico. E terminaram edificando ídolos. Entretanto, entender o texto acima como sendo uma boa argumentação para considerar vaidade o uso de jóias e adornos, significa destacar vários outros textos em que o mesmo ouro também foi usado para a construção do tabernáculo (Êx 36.34-38), dos utensílios de culto e da própria arca do concerto (Êx 25.11-13).

O mesmo ouro que Arão usou das jóias para fabricar um ídolo, Moisés usou para a fabricação do tabernáculo local de adoração.

“Pelo que trouxeram uma oferta ao Senhor, cada um o que achou, objetos de ouro, ornamentos para o braço, pulseiras, sinetes, arrecadas e colares, para fazer expiação por nós mesmos perante o Senhor” (Nm 31.50).

O que vimos neste texto é que o uso de jóia não está errado. As nossas riquezas é que podem ter um destino bom ou maligno, dependendo de onde e para onde está inclinado nosso coração.

Na construção da tenda e da Arca do Conserto os filhos de Israel traziam ofertas voluntárias para o Senhor:
“Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor” (Êx 35.22).

Deus permitiu que os israelitas recebessem jóias e roupas do povo do Egito (Êx 12.35) e aceitou com agrado a contribuição voluntária de uma parte destas para serem transformadas em utensílios e enfeites para o tabernáculo, o lugar em que ele seria adorado (Êx 35.22, 23; 28.17-20). Moisés transmitiu a mensagem: “Tomai, do que tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao Senhor: ouro, prata, bronze, estofo azul, púrpura, carmesim, linho fino, pêlos de cabras, peles…, pedras de ônix e pedras de engaste…” (Êx 35.5-9). Êxodo 35 a 39 descreve a beleza deste tabernáculo e os detalhes das vestes dos sacerdotes, tudo do melhor e do mais bonito. Ouro, linho, pedras preciosas, anéis, argolas, coroa... Quando os israelitas tiraram o espólio do povo de Canaã, Deus nunca deu ordens para que deixassem de lado as jóias e roupas bonitas que estariam entre as riquezas que poderiam levar, nem que as aproveitassem de outra maneira. “Voltais às vossas tendas com grandes riquezas, com … prata, ouro,… e muitíssima roupa,reparti com vossos irmãos o despojo dos vossos inimigos” (Js 22.8).

[....] Sempre que faz uma casuística da Bíblia gerar um erro doutrinário. Uma falha deste tipo, apesar não possuir a mesma gravidade de uma heresia, deve ser combatida. É verdade que errar na compreensão dos textos bíblicos é uma possibilidade a que todos nos sujeitamos; porém, quem tem compromisso com a verdade não pode tolerar inexatidão [GONDIM Ricardo É proibido. P. 81].

Todavia, o que temos visto são líderes criando regras fora do contexto e em desarmonia com a própria Bíblia. Os tais líderes para provarem suas “barbaridades”, usam versículos isolados como: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais” (Pv 22.28). Para eles remover os marcos antigos é não mudar os usos e costumes que foram ensinados com respeito do que pode e do que não pode (Cl 1.21).

Todo o estudioso da Bíblia deve analisar a questão correta do texto escrito. Quando a Bíblia diz que devemos seguir os marcos antigos, ela refere-se literalmente a marcação de território. O marco era uma baliza ou poste de madeira colocada na divisa para fazer a marcação de terra entre famílias e tribo do povo israelita.

Marco no hb. gabuwl ou forma contrata lbg gabul; significa: fronteira, território (porção de terra contida dentro dos limites).

“Não mudes os marcos do teu próximo, que os antigos fixaram na tua herança, na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para a possuíres” (Dt 19.14). “Não removas os marcos antigos, nem entres nos campos dos órfãos” (Pv 23.10).

A lei amaldiçoava aqueles que por ganância e avareza mudassem os marcos de divisa de terra do seu próximo: “Maldito aquele que mudar os marcos do seu próximo. E todo o povo dirá: Amém!” (Dt 27.17).

O líder eclesiástico deve analisar a exegese do texto bíblico para formar um conceito verdadeiro e não usar um texto isolado para formar uma idéia pessoal, pois assim estará formando uma doutrina humana.

Muitos pregadores ao invés de pregarem a mensagem bíblica, atacam sobre o mundanismo dizendo que Deus desaprova os irmãos se vestirem bem ou usarem qualquer tipo de adorno no corpo dizendo que crente deve ter santidade. A santidade não rejeita o que Deus criou em benefício do homem, nem condena aqueles que usam corretamente o que Deus chama de bom. A fonte da santidade é um relacionamento pessoal com Jesus, e não um sistema de obras. O estômago não corrompe o homem, mas o coração pode fazê-lo.

Algumas igrejas evangélicas assumiram uma postura restritiva de usos e costumes legalistas e hoje já não se diferencia da doutrina de Deus da doutrina dos homens. Colocam a doutrina dos homens acima da doutrina bíblica. Deus não condenou o uso de jóias no Velho Testamento, e também não condena no Novo Testamento.

Eu sei que muitos irão ficar preocupados e até perguntar: não há perigo da igreja desabar? Dando às pessoas liberdade, elas não acabam em autêntica libertinagem? Se nascemos pelo Espírito Santo, seremos guiados pelo mesmo Espírito, e que o coração está em submissão a Deus não há necessidade de lei. Se Deus não for o Senhor, não há lei que imponha esse sentido de responsabilidade. Mas, se o crente não tiver temor de Deus na sua vida, pode fechá-lo numa jaula que ele vai continuar pecando.

“Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”. (1ª Jo 3.9).

João enfatiza que quem realmente nasceu de Deus não pode viver pecando coincidentemente, porque a vida de Deus não pode permanecer em quem vive na prática do pecado.

O pecado maior não está no uso, mas sim nas heresias, modismo teológico, nos criadores de divisões, rebeldes e insubmissos a Palavra de Deus. As proibições são frutos de autoritarismo inconseqüente de homens, e que na Bíblia, Deus não assume uma postura condenatória quando relata o uso de jóias e adornos. Já analisamos acima vários trechos na Bíblia que tantos os patriarcas quantas outras personagens da fé, não apenas usaram jóias, mas também aprovaram os seus usos.

IV.  O QUE É REALMENTE VAIDADE

Vaidade, segundo o dicionário Aurélio, é a qualidade daquilo que é vão (fútil, insignificante, que só existe na fantasia, falso, ilusório e inútil), pode ser também um desejo imoderado de atrair a admiração; presunção.

A vaidade é definida, entre outras coisas, como o excessivo desejo por merecer a admiração dos outros (Aurélio). Os dicionários dizem ainda que o vaidoso é presunçoso (convencido), orgulho excessivo, arrogância e fútil (sem seriedade).

Conceito popular de vaidade é declarado na Bíblia pela expressão composta de vanglória:

“Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmos” (Fp 2.3). “Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.26).

Para alguns, a vaidade é mais utilizada hoje para estética, visual e aparência da própria pessoa.

Precisamos estudar a palavra “vaidade” no original hebraico e grego, compararmos as várias vezes em que ela é usada na Escritura e qual o verdadeiro sentido que esse vocábulo possuía nos tempos antigos.

Vaidade no hebraico advém de duas palavras. Habel, shav, que significa vazio e oco. Seu uso no Antigo Testamento estava relacionado ao abandono do único Deus verdadeiro e à busca de ídolos que não podiam satisfazer às necessidade de Israel pelo simples fato de não existirem. A adoração a ídolos, então, tornou-se sinônimo de vaidade, pois era como se o povo israelita estivesse buscando ajuda no vazio.

“Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como as suas advertências com que protestaram contra eles; seguiram os ídolos e se tornaram vãos...” (2ª Rs 17.15).

No grego, vaidade é representada pelo substantivo mataiotes e também significa vazio. Não há qualquer relação entre vaidade e o uso de jóia, roupas ou ornamentos. Seu significado, em primeiro lugar, refere-se ao mundo criado que, no pecado e sem preencher o propósito inicial para qual foi criado, tornou-se vazio.
“Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou” (Rm 8.20).

Vaidade no gr. mataiotes é também usado por Paulo para expor a forma de pensar e o estilo de vida dos gentios que não agradam a Deus:

“Isto, portanto, digo e no Senhor testifico, que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos” (Ef 4.17).

Vaidade no gr. mataiotes, também podia denotar as palavras impressionantes, mas vazia, de falsos mestres que muito falam, mas não possuem conteúdo nenhum:

“Porquanto, proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro” (2ª Pe 2.18).

Assim, aprendemos que vaidade é objetivamente descrita como sentido de vazio, inutilidade e falta de consistência. Todas as vezes que buscarmos nossa identidade no que for irreal, estamos sendo vaidosos (adoração de outros deuses, falsa adoração dos fariseus, egocentrismo do homem, ao exagero e desmedido desejo da carne e dos olhos). Quando a Bíblia fala de vaidade não está se referindo a roupa, adornos ou bens materiais. Se pensarmos assim estamos correndo em direção ao vento, que não sabe de onde vem e para onde vai.

As igrejas evangélicas brasileiras têm grande dificuldade de compreender o termo “vaidade” que, no linguajar dos crentes, carrega toda conotação pejorativa. Gostar de vestir-se com esmero, adornar-se com qualquer jóia ou cuidar do cabelo, tingindo ou penteando-o de uma forma estética, é considerado pecado na maioria das igrejas pentecostais. O texto apresentado como base bíblica para tal conclusão é o Salmo 24.3-4.

“Quem subirá ao monte do Senhor, ou que estará no seu santo lugar? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.

“... que não entrega a sua alma à vaidade...” Vaidade no hebraico awv - shav significa: falsidade; vazio de fala, mentira; inutilidade.

A Bíblia também a palavra vaidade quando refere-se ao sopro (vida), a enfermidade, algo vazio.

“Desde aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade” (Sl 39.5).

Salomão também usa a palavra vaidade nesse sentido de algo vazio, oco. “Vaidade de vaidade! Diz o pregador; vaidade de vaidade! Tudo é vaidade” (Ec 1.2).

Observe que na lógica do apóstolo Paulo, vaidade é colocar esperança naquilo que é vão, passageiro, perecível. Ele então fala em ver sua vida à luz da eternidade. Neste mundo tudo é passageiro e ninguém leva nada daqui. Por isto Salomão diz: “tudo é vaidade”. A vida só deixa de ser vaidade quando entregamos a nossa vida a Deus e o servimos de todo coração. Tudo que o homem faz sem dedicar a Deus ou não um alvo que é Cristo é vaidade, ou seja, vazio [GONDIM - É proibido – P. 67-70].

As normas de conduta do cristianismo neotestamentário parecem mais interessadas no interior do que no exterior dos homens. A palavra “vaidade” não é um termo que descreve uma pessoa cuidadosa vestida ou de adornos no corpo; pelo contrário, esse vocábulo valoriza-se ao modo de viver de tudo o que Deus criou é bom e agradável.

“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15).

Paulo vivia sob o postulado de que as coisas importantes são aquelas que não vêem, pois tudo o que os nossos olhos contemplam um dia passará. Sendo assim, para o apóstolo o que é finito deveria ser considerado vaidade: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem são temporais, e as que se não se vêem” (2ª Co 4.8).

Somos criados para as boas obras, e não pelas boas obras. E é por meio da fé em Cristo. Paulo, em 2ª Co 5.17, declara que nos tornamos novas criaturas. Portanto, devemos abandonar as práticas más e nos voltarmos para a prática do bem, pois estamos em Cristo Jesus. As boas obras devem ser apenas a manifestação externa do amor que temos com Deus.

1.      Faz-nos juízes da lei.

Fazendo uma avaliação sobre alguns costumes do ser humano constatamos de que tudo que é bom, é considerado errado, ou pecado. Notamos que as pessoas julgam as outras e não olham pra dentro de si. Avaliam um comportamento e julgam-no achando que este está errado, mas fazem isso, sem base nenhuma. Se alguém não gosta e não quer tal costume, então fala mal e cria uma regra como se fosse uma doutrina bíblica. Muitas vezes, quando estamos julgando nossos irmãos por causa da sua postura exterior, podemos estar julgando mal e condenando a si mesma (Rm 2.1-3). O ser humano não tem condições de conhecer o coração das pessoas. Uma pessoa pode aparentar santa, mas seu coração pode estar longe de Deus. Você pode julgar e desqualificar uma pessoa pelo seu porte e aparência exterior, mas são plenamente aceitas por Deus.

Quando Jesus entrou na casa de Simão, o fariseu (Lc 7.36-38), uma mulher aproximou-se por detrás do Senhor, chorando, regando-lhe os pés com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos e ungindo-os com ungüento. Ao ver isso, o fariseu logo julgou a pobre mulher pela sua aparência exterior (é os que os fariseus fazem), e pela sua reputação (que também é um juízo meramente exterior); como se não bastasse, disse consigo mesmo: “Se este fora profeta, bem saberia quem é essa mulher que tocou, porque é pecadora”. Jesus então confrontou o fariseu Simão, afirmando que este, mesmo tendo toda aparência religiosa, estava seco por dentro (sepulcro caiado). Aquela mulher, todavia, ainda que possuidora de uma baixa reputação era rica interiormente. A aplicação prática daquele evento foi tremenda: “perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele há quem pouco se perdoa, pouco ama” (v. 7).

[...] É um exercício inútil julgar uma pessoa pela sua maneira de vestir, porquanto o profeta Jeremias nos afirma que “Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem conhecerá?” (Jr 17.9).

Julgar sobre quais vestimentas são ou não “vaidosas” leva-nos a um nível de legalismo sufocante e criminoso. O líder deve se preocupar com as vestes sensuais e que venham desonrar a quem usa, mas julgar alguém e dizer que é mundano pelas vestes, caímos da graça do Senhor. “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do seu irmão, ou julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora se julgas a lei, não és observador da lei, mas Juiz. Um só é Legislador e juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem é, que julga ao próximo?” (Tg 4.11-12; Cl 2.16, 18).

Estipular que um tipo de ornamento no corpo das mulheres é vaidade, mas um ministro com prendedor de gravata, ou um dente de ouro não pode ser vaidade? Ou um quadro que colocamos para enfeitar una casa, os lustres que usamos para decorar as luzes que iluminam nossas casas, uma banheira de hidromassagem, uma torneira coberta de ouro no banheiro não seria também uma espécie de vaidade? Uma camionete dublada e importada também não seria vaidade. Não seria o uso da gravata uma vaidade? A gravata surgiu em culturas de clima frio como uma espécie de cachecol que esquentava o pescoço. Entretanto, ao ser estilizada e aperfeiçoada a ponto de perder sua função inicial, foi lançada na moda masculina e tornou-se mero adorno no pescoço dos homens. Principalmente dos políticos autoridades e dos pastores. No Brasil, a gravata não possui utilidade nenhuma se não adornar. Se é vaidade uma mulher usar brinco, também é vaidade o homem usar uma gravata.

Se vaidade fosse pecado, porque os templos evangélicos são tão bonitos, porque os pastores só vão de terno e gravata, as pessoas que freqüentam sempre estão com a melhor roupa? Se for assim, são todos pecadores.

Quando os pastores vão há uma reunião convencional, procuram se apresentar da melhor forma possível. Usam os melhores ternos, camisas e gravatas prendedores de gravata de ouro e bons sapatos. Tudo isso é bom e agradável. Mas, nas suas igrejas eles agem diferentes principalmente com as mulheres. Usam um jugo de proibições colocando um cabresto e ainda chamam de Jezabel e as tratam muitas vezes como se fossem umas pobres jumentas. Esquecem dos ensinos bíblicos que a mulher é uma adjuntora e ambos tornam uma só carne. Não seria uma descriminação? Também podemos chamar de hipocrisia?

Para muitos pastores, ver uma mulher adornada é símbolo de mundanismo, mas um homem de gravata de seda e um prendedor de ouro não são! Não estamos sendo incoerentes? Não estamos usando dois pesos e duas medidas? Dizer que uma mulher que usa jóia é vaidosa, mas comprar uma camionete do ano e cheio de frisos niquelados e de cores berrantes não é vaidade? Teríamos de arbitrar sobre os enfeites que deveríamos fazer parte dos nossos óculos, quais cores seriam permitidas nas nossas roupas, ou seja, estaríamos presos a um sistema de fiscalização de nossa conduta. Seriamos, em ultima análise, roubados da liberdade em Cristo. Qualquer julgamento temerário que Se faze pode estar julgando mal. É o que muitos fazem nas igrejas.

Deus não vê como nós vemos e não condena a nossa cultura, mas condena sim o pecado e o pecador não arrependido. Se tivermos condições de nos vestir bem e nos adornarmos, para louvor de sua glória, estamos sendo abençoados por Ele e isto não é vaidade porque é para Ele. [RICARDO GONDIM. É proibido. P. 71-78].

Usar a questão de usos e costumes e dizer que as pessoas que usam adornos e roupas da moda amam o mundo significa confundir a real acepção que a Bíblia atribui ao vocábulo “mundo”.

“Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1ª Jo 2.15-17).

A palavra mundo que João refere-se não se trata do mundo natural (físico), pois o mundo criado por Deus é muito bom. Embora caído e sofrendo os efeitos da queda, (Rm 8.20-22). O mundo é descrito na Bíblia como a sociedade incrédula e rebelde, sob a orientação do diabo que se opõe ao Reino de Deus. Paulo chega a dizer que este mundo manifesta-se através dos sistemas de pensamento que rejeitam a verdade (2ª Co 10.4-5). O mundo é todo o sistema humano e egocêntrico que se desenvolve na cultura e que leva o homem ao exagero e desmedido desejo da carne, dos olhos e a soberba da vida (1ª Jo 2.16). É o adoecimento de toda a produção humana e a manifestação do desejo doentio de poder e pelo dinheiro.

De acordo com 1ª João 2.15, a falta de amor para com Deus abre espaço para que se desenvolva amor pelo mundo, que deixa o crente especialmente vulneráveis a áreas de ataque do inimigo. Se caminhar com fé e firmeza na Palavra, não sentirá inseguro, conseguirá evitar as armadilhas do pecado sexual, da cobiça, e do orgulho. Estas três áreas de pecados acontecem quando há insegurança, falta de fé e confiança no Senhor.

Em lª Ts 2.5 e em 2ª Pe 2.3 descreve o pecado do homem que usa sua posição para vantagem própria; para aproveitar-se das pessoas a quem deve servir, ele vê seus irmãos como criaturas a serem explodidas e não como filhos de Deus que devem ser servidos.

Estes pecados entristecem e afastam o Espírito Santo do ser humano. Onde há concupiscência e soberba no coração, não há lugar para o amor do Pai. O homem terá de escolher um ou outro. A mensagem de João é: se alguém ama o mundo, o amor do pai não está nele (Jo 2.15).

Quando Jesus esteve neste mundo ensinou os Seus discípulos acerca do amor dizendo: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39).

De que forma devo amar a mim mesmo? Todos têm um amor próprio. Este sentimento de valorização nos foi dado por Deus. Quando nos vestimos bem e quando cuidamos bem do nosso corpo. Sabemos que ninguém gosta de estar perto de uma pessoa com roupas sujas, fedorenta, que não escovou os dentes pela manhã ou que não cuida bem da higiene de seus pés. Trajamos-nos bem, porque entendemos que nossa cultura aquela indumentária será mais bem aceita. Quando vamos a uma festa de casamento nos enfeitamos porque consideramos que aquela data requer que estejamos o mais bonito possível. E aqueles que pintam o cabelo o fazem para se auto-valorizarem. Se isso é vaidade, ela é aceita e estimulada por Deus. Não há qualquer relação desta busca com aquele sentimento pernicioso de querer apoiar nossa existência no que é vazio.

Se para alguns vesti-se bem é vaidade é adotar uma visão muito reduzida daquilo que o vocábulo representa em toda a Escritura. É confundir o certo com o errado.

Para Jesus vaidade também é sinônimo do que é vão. Ele considerava vaidade a piedade dos fariseus: “E em vão (com vaidade) me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. E, tendo convocado a multidão, lhes disse: – Ouvi e entendei: Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai pela boca, isto, sim contamina o homem”. (Mt 15.9-11).

Os fariseus julgam as pessoas pelo aparente, por seus usos e costumes, pela roupa que usa, cor ou tamanho do cabelo, pelas palavras, atitudes, etc.... é bem verdade que muitas vezes o nosso exterior reflete o nosso interior, mas precisamos entender que acima de toda aparência Deus julga o coração! Ele está olhando para a real motivação do coração. Por isso muitos têm sido rejeitados, por sua aparência, pois certos religiosos acham que adorador precisa ter “cara” (formato) de crente, quando na verdade o cristão não tem que ter “cara”, tem que ter vida e vida de Deus! Crentes não tem que “parecer”, tem que “ser”.

Isso é claramente manifesto na Escritura. O Senhor explicou ao profeta Ezequiel com as palavras do povo de Israel não expressamente o que havia em seu coração: “Eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois, com a boca, professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro” (Ez 33.31).

Nessa passagem das escrituras, o profeta Ezequiel está dizendo que as pessoas iam ao templo para adorar a Deus como se fosse verdadeiramente seu povo. Elas escutavam as palavras da mensagem, mas se recusavam a praticá-las.

O Senhor também manifestou o mesmo princípio por intermédio do profeta Isaias: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).

Com seus lábios demonstravam muito amor por Deus, entretanto seus corações estavam longe Dele.

[...] Outro dia ouvi uma frase aparentemente medíocre, mas que na verdade expressa o que muitos “cristãos” tem sido: “por fora bela viola, mas por dentro pão bolorento”, ou seja, por fora há boa aparência, parece que tudo está bem, mas na verdade por dentro não há vida, mas podridão, pecado, presunção e orgulho. O ser humano está mais preocupado com o aparente, com a sua imagem e reputação sempre mostrando uma atitude hipócrita e orgulhosa diante das pessoas, e acabam julgando os outros por aquilo que eles mesmos são. “A vida de pecado dos ímpios se vê no olhar orgulhoso e no coração arrogante” (Pv 21.4).

A Bíblia diz que Deus não despreza o coração quebrantado (Sl 51.17), mas também diz que Ele resiste, se opõe, frustra e derrota o coração soberbo (1ª Pe 5.5b). A primeira coisa que Deus mais aborrece está no livro de provérbios 6.16-17: “Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima sua alma abomina: OLHOS ALTIVOS (orgulho) .....”. Mas quem é o orgulhoso? É o soberbo, o insolente, arrogante, desdenhoso, presunçoso, presumido e auto-suficiente. Deus não recebe adoração de um coração orgulhoso!

Mas o que vai realmente impressioná-lo é quando Ele encontra em nós um coração quebrantado. Basta Ele ver este coração e logo se aproxima de nós (Is 57.5; 66.2). Ter um coração quebrantado significa ter um coração arrependido, um coração humilde, submisso e dependente do Senhor. No mesmo capítulo que lemos de 1º Pedro e no mesmo versículo 5b, diz que “Deus resiste aos soberbos, mas aos humildes concede graça”. Quando houver coração quebrantado haverá favor do Senhor, graça e benção.

Para sermos pessoas quebrantadas a mudança externa não será a mais importante, mas sim a interna, a que vem de dentro, que vem do coração e esta é a verdadeira circuncisão. O que Deus precisa moldar e trabalhar é o que está dentro da cada um de nós, nossa vida, nossos pensamentos, nossas motivações, nosso coração! Ele sempre trata conosco na raiz do problema e não no externo, no aparente.

Ser quebrantado e humilde não significa ter um semblante triste, melancólico, abatido; nunca sorrir e só chorar. O quebrantamento não é um sentimento, mas é uma decisão; não é uma experiência única, mas é um processo, um contínuo modo de viver. O quebrantamento é a destruição da nossa vontade, a fim de que a vida e o Espírito do Senhor operem em nós e através de nós.

Lembre-se, não há nada que podemos esconder de Deus, Ele sonda e conhece o nosso coração (Sl 139). Que o Senhor nos de a cada dia um coração humilde e quebrantado, totalmente submisso a Sua Vontade!

Como sabemos que estamos adorando de todo o nosso coração? A Bíblia nos diz como determinar a medida desta adoração: “Pois, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.21). Seu tesouro reflete-se pelo que ocupa sua mente, sua vontade e suas emoções. Se você quer saber onde está seu coração, examine sua mente, sua vontade e suas emoções enquanto adora.

Tudo o que sou e tudo o que falo e penso brotam do meu coração. O que sai da minha boca reflete como é meu coração.

“O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).

Não gostamos de admitir, mas o que dizemos é o que somos por dentro. O fato é que o que dizemos sempre revelará o que há em nosso coração.

“Assim como a água reflete o rosto da gente, o coração mostra o que a pessoa é” (Pv 27.19 – NTLH).

Se de sua boca saem palavras que não glorificam a Deus nem edificam as pessoas que o cercam, então há algo errado com seu coração. Entre na presença de Deus e peça que Ele lhe revele qual é o problema e o purifique. Permita que o Espírito Santo o transforme à imagem de Deus. Quando você entrega o seu coração a Deus, permite que Sua Palavra comece a agir em sua vida:

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).

Imagine a eficácia da Palavra de Deus que é viva e mais poderosa e afiada do que a espada. Sua Palavra não apenas divide alma e espírito e juntas e medulas, mas julga os pensamentos e as intenções do coração. Atravessa o natural e atinge diretamente o espírito.

Depois que Deus operar em seu coração com Sua Palavra, o Espírito Santo virá e começará a obra de transformar seu coração e torná-lo semelhante ao d”Ele. Ele intercederá por nós e ministrará às áreas que causam as impurezas que mancham nosso coração.

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Rm 8.26-27).

Nossos momentos de adoração são como um espelho no qual podemos ver o reflexo do nosso coração. Uma vez que vemos o que Deus vê, podemos permitir que Seu Espírito opere e renove as coisas que não refletem seu caráter em nós”. [BEZERRA. Disponível: http://www.louvorprofetico.com.br/site/2008/smb/Detalhes.aspx?IdCategoria=1&IdMateria=21

Recomendo a ler "OS TRÊS TIPOS DE DOUTRINAS" - https://pastoreliasribas.blogspot.com/2012/09/os-tres-tipos-de-doutrina.html

 Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau - SC

FONTE DE PESQUISA

1.      BEZERRA Ronaldo. Qual é a adoração que deus recebe? Saite: http://www.louvorprofetico.com.br/site/2008/smb/Detalhes.aspx?IdCategoria=1&IdMateria=21 acesso dia 09/08/20012.
2.      GONDIM RICARDO. É proibido. Editora Mundo Cristão. São Paulo – SP. http://bvespirita.com/%C3%89%20Proibido%20-%20O%20Que%20a%20B%C3%ADblia%20Permite%20e%20a%20Igreja%20Pro%C3%ADbe%20(Ricardo%20Gondim).pdf Acesso dia 09/08/20012.
3.      LINHARES Jorge. Usos e Costumes. Editora Getsêmani Ltda. 1ª Edição 2001. Belo Horizonte - MG.
4.      Ray H. Hughes. Revista Obreiro, ano 27, nº 31, 2005. Editora CPAD, Rio de Janeiro – RJ.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

AS ROUPAS PARA AS MULHERES À LUZ DE DEUTERONÔMIO - 22-5




Talvez você já estudou a questão dos judaizantes, mas vale a pena salientar que não estamos mais debaixo da lei e, sim da graça. Mas ainda encontramos nos dias de hoje certos cristãos usando versículos isolados do Velho Testamento para tirar a liberdades das mulheres.

Este é um dos pontos mais difíceis entre alguns pentecostais. Sem ferir ninguém, quero interpretar à luz da Palavra. Os nossos renomados mestres em teologia são unânimes em afirmar que estão superadas as normas de Deuteronômio 22.5. Há igrejas que proíbem terminantemente o uso de calças compridas para mulheres, usando este texto:

“A mulher não usará roupa de homens, nem homem vestes peculiar à mulheres; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22.5).

[....] Igrejas têm usado esta passagem para condenar o uso de calça comprida para as mulheres dizendo que são roupas de homens. Porém, os tais “líderes” não dizem que na época em que este texto foi escrito as roupas eram semelhantes para homens e mulheres. Os judeus (homens e mulheres) usavam vestidos e túnicas. A distinção dos sexos não estava no tipo de roupa, pois todos usavam vestidos no tamanho e cores.

A palavra roupa no hebraica “simlâh”, é a mesma que é traduzida por capa em Gn 9.23. estas palavras significam: capa, manto, envoltório, vestuário, de homem ou de mulher, especialmente uma grande roupa exterior [TREGELLES Samuel Prideuax. Geseniu’s Hebrew and Chaldee. Léxico Grand Rapids: Eerdmans, 1954. p. 791].

[...] Aqueles que servem a Deus simplesmente porque a letra da lei os obriga fazê-lo, ainda estão sob o regime da Velha Aliança. Não aprenderam a respeito da Nova Aliança. A maioria dos cristãos ainda está vivendo no regime da Velha Aliança. Até dizem: “Tentei fazer isto e fazer aquilo”. Vivem sob a condenação da lei. Embora cantem louvor a Deus e sejam do povo de Deus, têm dúvidas terríveis e enfrentam problemas e lutas. Fazem boas coisas na igreja, mas quando vão para casa, sabemos os problemas que tem. Estão vivendo pela Velha Aliança [ORTIZ. P. 163].

Jamais poderíamos usar um versículo isolado para fazer uma doutrina, assim como se critica os que guardam o sábado, deixando outros mandamentos, que não conseguem cumprir. Tanto é verdade, que o mesmo capítulo, que fala sobre vestes, fala também em matar o filho rebelde, não usar roupa de lã com roupa de linho ao mesmo tempo, fazer franja no cobertor de dormir e outros versículos, por exemplo: o homem não podia cortar o cabelo arredondado e nem sequer danificar a barba. Veja o exemplo:

“Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba” (Lv 19.27). “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão a sua carne” (Lv 2.5).

A barba para os Judeus era símbolo de dignidade, mas era vergonhoso raspado: “Tomou, então, Hanum os servos de Davi, e lhes rapou metade da barba, e lhes cortou metade das vestes até às nádegas, e os despediu. Sabedor disso, enviou Davi mensageiros a encontrá-los, porque estavam sobremaneira envergonhados. Mandou o rei dizer-lhes: Deixai-vos estar em Jericó, até que vos torne a crescer a barba; e, então, vinde” (2º Sm 10-4-5).

“Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17).

A lei aqui é uma referência ao Antigo Testamento, em geral.

Nem mesmo o cumprimento da lei exaltava realmente a Deus, pois Ele veria as pessoas servindo-O apenas por obrigação, por serem compelidas a fazê-lo.

“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (Rm 3.19).

Pela lei vem o conhecimento do pecado: “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3.20).

O objetivo desta passagem não é só demonstrar a culpa dos judeus e gentios como também julgar os seus sistemas religiosos, todos incapazes de salvar o homem. A lei destina-se a dar conhecimento do pecado (Rm 3.20, 4.15, 5.13, 7.7-11), e, mostrando-nos nossa necessidade de perdão e de nosso risco de condenação para nos conduzir em arrependimento e fé em Cristo (Gl 3.19 - 24). Ninguém será perdoado e aceito por Deus pelas obras da lei.

Somos salvos pela fé não pelas obras. A Bíblia diz em Efésios 2.8-10 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”. Atos 15.11 diz: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”.

“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção” (Rm 3.21-22).

Após ter mostrado a necessidade de ambos judeus e gentios para a justiça de Deus revelada no evangelho (1.16).

Mas “agora” (o tempo da plenitude por causa da vinda de Cristo, v. 26), a justiça de Deus, isto é, a maneira de tornar-se justo que Deus designou. A justiça de Deus vem a realização histórica através de Cristo e Sua obra.

Esta justiça foi testemunhada por vários profetas e pela Lei – ambos o apontam, foi declarada e visionada, mas só na vinda de Cristo e pelo Evangelho esta é revelada e realizada.

Quando entendemos isso, quando reconhecemos nossa condição de miseráveis pecadores, quando nos arrependemos e confessamos nossos pecados, aceitando a Jesus como nosso Salvador, então somos perdoados pela Graça de Deus, com base nos méritos de Jesus, nosso Substituto, e não somos mais devedores da Lei (embora ela ainda continue a existir), mas passamos a viver sob o domínio da Graça. E essa Graça é a fonte da “justiça de Deus” como dom; justificação é o resultado.

Esta justiça não vem por meio da lei nem é a justiça de Cristo pelas obras da lei, mas sim a Justiça de Deus aparte da Lei. Não é uma simples justiça nem é requerida pelos homens, mas sim uma Justiça Divina que é fixa nos homens que acreditam.

A justiça de Deus é exclusivamente para aqueles que têm fé (“não há diferença, porque todos pecaram”), seja judeu ou gentio (1.16, 17).

Na Nova Aliança, a lei é anulada mediante o sacríficio de Jesus Cristo na cruz do calvário.

“Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hb 7.18).

A carta aos Hebreus de escritor desconhecido, destinada aos hebreus convertido ao cristianismo, que estavam misturando as ordenanças da lei com Salvação pela Graça mediante a Fé em Jesus Cristo de Deus. ( Ef 2.8).

Assim como na consciência, Deus gravou sua lei no coração da humanidade.

“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (Hb 8.10)

Esta nova aliança supera a antiga em tempo e qualidade. É extensiva aos gentios. Realiza profunda transformação interior, pois não atua de conformidade com a lei, mas com a Graça. Oferece perdão total, pois não se trata de uma cobertura passageira.

O escritor disciplina os irmãos por ainda serem meninos porque já eram pelo tempo de cristão já ser mestre na palavra de Deus, mas estavam precisando ser ensinado de novo as doutrinas básicas da Nova Aliança (Hb 5.12).

A carta tem a finalidade de separar lei da Graça, onde os que tem Salvação pela Graça estão sobre uma superior Aliança, que não foi feita através de sangue animais mais do precioso Sangue de Jesus, mas diante da Nova Aliança, mostra que houve uma mudança de sacerdócio, que não vinha mais da tribo de Levi, e sim da tribo de Judá e com isso mudaria as ordenanças da lei. Logo Jesus se tornou nosso Sumo Sacerdote diante de Deus.

Foi criado um Concilio em Jerusalém, para definir como os cristãos deveriam se comportar como Nova Criatura como Filhos de Deus, já que hebreus que se convertiam insistiam em continuar debaixo da lei, mas os apóstolos se reúnem em defesa do Evangelho de Cristo e definem:

“...Por isso julgo que não se devem perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue” (At 15.1-20).

O apóstolo Paulo, com o Ministério de Apostolo e Doutor entre os gentios, onde recebeu toda revelação para Igreja para que a mesma andasse por ela, que se falou que alguem apresentasse outro evangelho que fosse considerado anátema (Gl 1.6-12).

O legalismo prima pelas regras do Antigo Testamento. Pelas regras criadas pelo homem através das tradições herdadas pelos pais. Como já disse, se pudermos reforçar vigorosamente as regras criadas pelos homens como meio de santidade e salvação, perderíamos o rumo para o céu.

Considero o legalismo, ser o maior e o mais grave dos problemas da religiosidade, onde ela bate de frente com o Cristianismo. Em momento algum os praticantes da religiosidade concebem a atuação divina pela categoria da Graça, como doação e auto-doação divina. Para eles só a graça não basta, tudo tem que ser barganhado e negociado.

Esta concepção legalista anula a Graça, anula o sacrifício de Cristo, anula a redenção proporcionada pela morte de Jesus na cruz. Neste ponto poderíamos traçar um paralelo (ainda que bastante impreciso) com a ação dos judaizantes na Igreja Primitiva, combatida enfaticamente pelo Apóstolo Paulo, na epístola aos Gálatas:

“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado. Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”. (Gl 2.16-21).

As seitas não ensinam a salvação pela fé somente, sempre acrescenta lago a mais.

Porque se nós vamos obrigar os gentios a viverem como judeus, então este viver não é pela fé. Você vive pela fé ou pelas obras da lei? Eu vou mostrar que viver pela fé, e viver pela pregação da fé é viver a Palavra segundo o Novo Concerto. O que desejamos ensinar aos leitores é a pregação pela fé, e não tem o dia do sal, o dia do óleo, dia da vigília, dia do monte, dia do jejum! Aqui, é a pregação da fé, e mais, a pregação da fé e não as obras da lei. Por quê?

“Não anulo a graça de Deus (então quer dizer que tem gente que anula a graça de Deus, como?), pois se a justiça, é mediante a lei, (se eu tenho que viver sacrificando, se eu tenho que viver debaixo da lei, segue-se que morreu Cristo em vão”.

Então eu não anulo a graça de Deus, o que os Gálatas estavam fazendo, era anulando a graça de Deus, porque se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão. Qual é o cenário do cristianismo em nossos dias? Fábulas, obras, sacrifícios, mandamentos humanos, tradições e dogmas e se a Igreja diz que não é da lei, que não é tradicional, inventa os nomes, renovada, avivada, até usam graça, mas isso é só na teoria do nome, na prática você encontra fermento, as obras da lei, os sacrifícios e pessoas anulando a graça de Deus.

O Evangelho que Paulo pregava era algo novo tanto para os gentios como para os judeus. A indignação de Paulo não era preocupação com sua posição, ou seu status de apóstolo de Cristo. A preocupação como ele declara duas vezes em Gálatas 2, era a “Verdade do Evangelho”. Em outras palavras, estava em jogo não somente a salvação dos gálatas, mas também o futuro do próprio cristianismo. O que Paulo não queria era um Evangelho misturado com a lei.

A nova vida da ressurreição, a autêntica vida de Cristo, outorgada pelo Espírito Santo, cancela de uma vez por todas a relação com a lei. Se a justiça provém da lei, Cristo morreu em vão, é o que afirma o apóstolo Paulo. Guardar a lei em Cristo é o mesmo que continuar no avião, ao findar a viagem, isto é um absurdo. Partir a lei em duas, ensinar que Cristo cumpriu uma parte e deixou a outra para cumprirmos, é ofender a graça de Deus, entristecer o Espírito Santo, renunciar aos lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6) e meter-se debaixo do jugo da servidão.

Tentar encontrar uma posição de retidão diante de Deus através da lei significa “cair da graça”.

“Cristo se tornou totalmente inútil para vós, a vós todos os que sois justificados pela lei; da graça tendes caído” (Gl 5.4).

Vamos, portanto amontoar todas as nossas boas obras numa só pilha, e todos os nossos pecados numa outra – e fujamos de ambas, para a Cruz de Cristo, onde o perdão é oferecido aos penitentes. Pela fé somente em Seu sangue (Rm 3.25) é que podemos ser justificados.

Paulo descreve seu relacionamento com Cristo em termos de união pessoal profunda com seu Senhor e da sua dependência d’Ele. Aqueles que têm fé em Cristo, vivem uma vida em comunhão intima com Ele tanto na sua morte, como na sua ressurreição. Todos os crentes foram crucificados com Cristo na cruz. Morreram para a lei como meio de salvação, e agora vivem para Deus por meio de Cristo (v.19). Por cauda da salvação em Cristo o pecado não tem domínio sobre eles (Rm 6.11; Rm 6.4, 8, 14; Gl 5.14; Cl 2.12, 20).

É mediante o Espírito Santo que a vida ressurreta de Cristo continuamente nos é comunicada (Jo 16.13-14; Rm 8.10-11). Participamos da morte e ressurreição de Cristo pela fé, a crença, a confiança, o amor, a devoção e a lealdade que temos no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós (cf. Jo 3.16). Esse viver pela fé pode ser considerado como viver pelo Espírito (3.3; 5.5; Rm 8.9-11).

O legalismo, como disse, é o maior e o mais grave dos problemas deparados pelo apóstolo Paulo na igreja primitiva e que igreja cristã ortodoxa ainda enfrenta.

O legalismo exige que seus seguidores obedeçam a um código externo, mas o perfeccionismo é baseado em uma compreensão deturpada do significado prático da justificação.

Dessa forma, anula-se a fé cristã. Este é o argumento que invalida as considerações de quem avalia a religiosidade como um caminho válido para Deus, legítimo e até melhor do que a fé cristã.

O legalismo tira do coração do crente a alegria do Senhor e com essa ausência vai-se também o seu poder para um culto de adoração ao homem. Nada resta senão uma confissão rígida, sombria, tediosa e indiferente. A verdade é traída e o nome glorioso do Senhor torna-se sinônimo de “desmancha prazeres”. Os cristãos sob a lei não passam de uma triste paródia da realidade.


O autoritarismo farisaico se manifesta na confusão do princípio cristão com insistência em comportamento humano invés de fé e graça. Colocam-se como super espirituais e usam suas experiências e regras similares, e citam frases isoladas para descreverem essas experiências.

O legalista diz na verdade: As coisas que pratico faço para ganhar o favor de Deus. Esquecendo do significado da graça divina “Favor imerecido”.

Devemos compreender que estas coisas não estão expressas nas Escrituras. Elas foram transmitidas ou ditas ao legalista e se tornaram uma obsessão para ele ou ela. Torna-se um cristão papagaio, só diz o que os outros já disseram. O legalismo é austero, exigente e semelhante às leis por natureza. O orgulho que está no âmago do legalismo opera em sintonia com outros elementos motivadores. Como a culpa, medo, vergonha. Ele leva a uma ênfase sobre o que não deve ser, e o que não deve fazer.

No capitulo 3.1 de Gálatas Paulo diz: “Quando eu estava aí, ensinando a vocês a verdade, apresentei um salvador que todo o castigo pelos seus pecados. A sua morte e, subseqüente, ressurreição já foi o pagamento final de Deus pelos nossos pecados. Pagamento total! Tudo o que tem a fazer é crer que ele morreu e ressuscitou dos mortos por você. Ele foi publicamente exibido para que todos vissem, e agora a verdade pode ser declarada para que todos creiam. Vocês creram nisso certa vez e foram gloriosamente libertados. Mas, não agora. Quem levou a mudar da lealdade à glória de Deus para as opiniões humanas, da obra do Espírito para os efeitos da carne?”.

A Bíblia Viva contém a seguinte leitura deste versículo: “Gálatas insensatos! Quem foi o feiticeiro que os sugestionou e pôs em vocês esse encantamento ruinoso? Em outras palavras: “Vocês enlouqueceram? Quem roubou a sua mente?”. Paulo estava fora de si. Quem havia hipnotizado os gálatas antes completamente despertos?

Em Gálatas 1.6, num trecho anterior, ele admite o seu espanto: “Maravilho-me de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho”.

O legalismo é uma atitude carnal que se conforma a um código, com o propósito de exaltar a pessoa. O Código é qualquer modelo objetivo aplicável ao tempo; o motivo é exaltar-se a si mesmo e ganhar méritos, ao invés de glorificar a Deus pelo que Ele tem feito; e o poder é a carne, não o espírito, que produz resultados externos somente similares à verdadeira santidade. Os resultados são, na melhor da hipóteses, falsificações e não podem jamais aproximar a santificação genuína, por motivo da atitude carnal e legalista.

“Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem pela morte” (Rm 7.5; Rm 6.13; Gl 5.19); “... vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri” (Rm 7.9).

“Agora, porém, libertos da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7.6).

O motivo de sua nova vida frutificada não vem das demandas da lei, mas do desejo de corresponder ao amor de Deus (v. 4). O Espírito Santo dá o poder de viver uma nova vida com Cristo (v. 6).

A antítese entre o Espírito e a letra (lei), aponta para o novo advento, aquele em que a Nova Aliança de Jeremias é realizada (Jr 31.31-34). A letra significa a concepção de guardar a lei exteriormente com toda a força moral que o homem pode levantar. “Espírito” fala das novas relações e forças produzidas em Cristo Jesus pelo Espírito Santo. Paulo procura mostrar para os cumpridores da lei que ela mata o homem por ser difícil de cumprir. “A letra mata e o Espírito vivifica” (2ª Co 3.6).

Embora já estejamos no século XXI, encontramos grupos de indivíduos “rígidos, sombrios, tediosos e indiferentes, basta visitar algumas das igrejas evangélicas de hoje. É com grande dor no coração e grande desapontamento dizer que as igrejas morrem quando o pastor é legalista, pois são assassinos de almas. Os legalistas, com sua lista inflexível de “faça” e “não faça”, matam o espírito de alegria e espontaneidade daqueles que desejam gozar a sua liberdade em Cristo Jesus. As pessoas estritamente legalistas na liderança tiram toda a vida da igreja, embora afirmem estar prestando um serviço a Deus.

São regras humanas feitas pelos homens com, eu creio, corações bons, querendo ajudar, mas no fim acabou sendo mais um jugo sobre a noiva que não era para ser. Então, ainda temos que responder, “Como nós devemos nos vestir na igreja?”.

Na Bíblia não encontramos nenhum versículo que proíba as mulheres a usarem calça comprida no Novo Testamento, porque não existia nem para homens e nem para mulheres.

Jesus ensinando seus discípulos disse: “A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele” (Lc 16.16).

Usar a lei escrita por Moisés para doutrina de usos e costumes é invalidar a graça de Cristo, adulterar o evangelho segundo Jesus segundo o Novo Testamento.

Porque muitos não compreendem o evangelho da graça? Paulo responde dizendo: “Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado” (2ª Co 3.15-16).

Muitos estão seguindo a Moisés, e não a Cristo. Precisam tirar o véu que os deixa cego para a verdade do evangelho (Jo 8.32).

Paulo, instrui o jovem Timóteo, a combater os falsos ensinos. Por ignorarem tal exortação muitos se entregam a “vãs contendas, querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam” (1ª Tm 1.6-7).

O apóstolo é claro em dizer que são malditos os que seguem a lei de Moisés: Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito:

“Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl 3.10). “Ninguém será justificado por Moisés porque o justo vivera da fé em Cristo” (Gl 3.11). “Separados estais de Cristo vós os que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé” (Gl 5.4-5).

A função da lei não é justificar ninguém. Somos justificados pela fé.

“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gl 2.21); “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)” (Gl 3.13).

No livro de Apocalipse o Senhor Jesus disse para o apóstolo João: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás” (Ap 2.9).

Foi impressionante a forte influência do farisaísmo nos tempos de Jesus e continua até hoje no meio cristão. É visível o proceder cristão mesclado de farisaísmo nas igrejas de hoje. O mundo nos chama de “crentes”; a religião nos chama de evangélicos; mas o farisaísmo tem predominado entre os evangélicos e católicos e poucos se tocam. Esse rosário de regrinhas não mencionadas na Palavra de Deus que se estabelecem e incomodam os crentes, é farisaísmo.

É extremamente difícil estabelecer quais eram as diferenças entre as vestes masculinas e femininas nos dias de Moisés. Tanto os homens como mulheres usavam indistintamente capa, cinto, casaco e vestidos longos. Muitas vezes as roupas de um homem e de uma mulher eram exatamente iguais. Distinguia-se uma da outra, unicamente, pela finura do tecido usado para confeccionar as roupas das mulheres a cor.

O princípio básico apresentado aqui é de que homens e mulheres devem honrar a dignidade do seu próprio sexo e não tentar adotar aparência ou papel do outro. Esse versículo proíbe claramente o travestismo, que é um desvio do comportamento. Deus reprovou e é abominável a mudança do uso natural do sexo, tanto no Velho como no Novo Testamento. O apóstolo Paulo exortando aos romanos diz: “... porque até as mulheres mudaram o uso natural de suas relações íntimas por outro, contrária a natureza; semelhantemente, os homens também deixaram o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmo, a merecida punição do seu erro” (Rm 1.27-28).

Alguns líderes interpretam o “uso natural” como calça comprida ou abrigo. Mas, o ensinamento de Moisés e de Paulo se refere à mudança de sexo, homem com homem ou mulher com mulher. Não tem nada haver com calça comprida.

O que uma sociedade estabelece como indumentária masculina e feminina não vale necessariamente para outra região geográfica.

Não compete ao Espírito Santo designar quais roupas são masculinas ou femininas. Experimente um homem usar uma bota feminina ou vice-versa. Ou um homem usar uma calça feminina. Não irá servir, porque o estilo masculino e o estilo feminino são diferentes. Isso é convenção cultural, portanto, humana.

Deve se observar que as roupas e tradições também variam de geração para geração. A calça comprida era considerada roupa de homens no início do século passado. Como as mulheres começaram a trabalhar fora de casa e necessitavam de roupas fortes que protegessem suas pernas do frio e dos acidentes de trabalho, o uso acabou sendo inevitável. Inicialmente, causava inquietação e gerava muita polêmica. Mas, logo pode contar com o consentimento da sociedade. Porém, muitos líderes permitem as mulheres usarem a calça comprida no trabalho, mas proíbem a usarem quando vem aos cultos! Isso é uma hipocrisia!

Note que houve uma mudança social e cultural sem atingir a moralidade das pessoas. Houve uma mudança de tradição. Hoje as calças compridas já nem são mais roupas masculinas, e sim neutras em seu gênero, tanto homens como mulheres podem usar.

Como nos tempos de Jesus homens e mulheres usavam vestidões e não havia nenhum pecado, também em nossos dias não há pecado para homens e mulheres usarem calças comprida. Mas, sempre com decência.

Há outras vestimentas que também são usados por homens e mulheres e não trazem nenhuma inquietação, como por exemplo: as sandálias havaianas; camisetas de malhas; certos tipos de casacos, usados para nos protegermos do frio; e até mesmo alguns modelos de armação para óculos de grau. Hoje o que designa uma calça masculina ou feminina é o estilo. Sendo assim, quando Deus ordena que a mulher não se vista com roupas de homem, Ele não está escolhendo certo tipo de roupa, mas apenas rechaçando o travestísmo, e a roupa intima de cada ser humano. O ideal de Deus é que os homens queiram ser homens e as mulheres desejem ser mulheres. A mensagem de Deuteronômio 22.5 trata de princípios, e não de uma lei sobre moda.

Outro detalhe é que, se fosse pela diferença entre homem e mulher, nós homens teríamos que voltar ao uso de vestido; se é pelo costume do país que usamos a calça, elas também têm o direito de usar o costume do país, sendo que as mulheres brasileiras também usam a calça, mais que a saia e, muitas vezes, como abrigo contra o frio.

Entendemos que no Novo Testamento temos apenas uma norma, ou seja, a que fala de vestes decentes, conforme 1ª Tm 2.9, e disso não devemos abrir mão, é claro. Por outro lado, não é porque a mulher, por exemplo, está usando vestido comprido, que está obrigatoriamente decente, pois tudo o que chamar a sensualidade é indecente, é lascívia.

Em certas igrejas, para a maioria dos crentes, uma mulher usar calça idêntica a do homem é um pecado mortal, mas não encontramos um texto bíblico que dê sustentação a essa idéia. Ele vem apenas de uma má interpretação e tradição da igreja.

Se fosse indecente, nós os homens, estaríamos sendo indecentes ao usarmos a referida calça, pois o nosso corpo tem as mesmas condições de mostrar indecência. Além disso, usamos roupas modernas e caras (ternos e gravatas), contrariando Lc 7.25 e Mt 11.8. Os ministros não poderão comprar ternos atualizados, pois deverão cumprir Êxodo 39, se quiserem exigir que as mulheres cumpram uma má interpretação de Deuteronômio 22.5.

Se for para manter a distinção entre homem e mulher, existem diversos itens do vestuário que podem caracterizar a mulher, como calçados, cabelo, blusa, bolsa e outros, vistos que as vestes dos tempos bíblicos eram vestidos idênticos para ambos os sexos e a diferença ficava por conta de outros detalhes, como o comprimento do vestido, a textura do tecido. O homem diferenciava-se pela barba e a mulher pelo véu.

Uma mulher com uma calça descente se protege mais do que uma saia, num símbolo de mundanismo como no entendimento de alguns. Se for provado que a coisa material provoca indecência (que é um atributo moral), não se pode afirmar biblicamente que um costume é mau.

Ensinam que a “igreja” tem “regras” (tradições e doutrinas de homens), que foram condenadas por Jesus (Mt 15.1-3, 9) e, sem base bíblica, fecham o reino dos céus para os aflitos e necessitados. Enquanto Jesus tinha compaixão e misericórdia, os fariseus de hoje são petulantes e donos da verdade.

Aprendemos em missiologia que devemos respeitar a cultura de cada país, mas estamos esquecendo que estamos na cultura de nosso próprio país, onde, especialmente, na região sul, com temperaturas negativas; além de costume, é uma necessidade e um direito constitucional do cidadão, tendo inclusive, amparo legal na preservação da saúde. O uso da calça para a proteção contra o frio, na época do inverno, é uma necessidade. É redundante dizer que, se a pessoa questionasse seus direitos morais pela advertência em público, a Igreja teria problemas. Nesse particular, existe um grande obstáculo, que tem levado muitas mulheres optarem por outras igrejas que entendem não ser esse um problema de indecência, nem de preceito bíblico, senão apenas de uma tradição, que deveriam ser mantidas se não causassem a perda de muitas almas.

Temos visto que muitas igrejas brasileiras assistem a confirmação de Deus ao seu trabalho missionário em outros países, sem a tal exigência, mas continuam proibindo aqui, como se Deus fosse mais exigente para os brasileiros.

Porque muitos líderes fazem este tipo de acepção com as mulheres e o Espírito Santo não? Deus não condena uma mulher pela roupa, mas pela sua conduta sem Deus.

Muitos líderes evangélicos já entendem que essa tradição traz mais prejuízo que lucro e resolveram abrir mão, mesmo que se diga que liberaram o mundo dentro da igreja, porém, biblicamente, para entrar o mundo na igreja, pelas vestes, precisamos ser, no mínimo indecentes, o que não é o caso da calça, e, sim, de muita saia curta, justa ou transparente e blusa decotada (que é tida como um erro, mas a calça é vista, por muitos, como um horror do inferno).

Umas das teorias, a que considero a mais equivocada, é aquela que afirma ser a proibição dessa peça do vestuário um dos motivos da integridade, indispensáveis para a igreja manter a sã doutrina e a santidade. Entendo que a igreja é santa porque não abre mão das doutrinas bíblicas e, ficaria melhor ainda, se dispensasse este item que nada tem a ver com a santidade e nem com a diferença do mundo, pois Jesus em João 13.35 nos diz qual é a única característica que faz a diferença do mundo. O único requisito no vestir é a “decência” que procede do amor. A caridade, que é o próprio amor, não se porta com indecência, conforme 1ª Co 13.5 e nada mais que isso pode ser exigido biblicamente.

Quantos pastores ficam envolvidos com a tal proibição, enquanto Satanás vem minando a santidade das igrejas pela mentira, inveja, desonestidade, corrupção, prostituição, adultério, rancor, falta de perdão, enfim, todos os males causados pela falta do amor de Deus nos corações.

È o mundo entrando dentro da igreja e não um figurino de vestuário para manter uma característica da igreja, representada apenas pelas mulheres, assim como nos países muçulmanos, cujas mulheres com o corpo coberto, da cabeça aos pés, representam para o mundo mais desenvolvido, a característica de uma religião atrasada. Este é um exemplo clássico de que manter uma característica, se não tiver fundamento bíblico, só pode representar um atraso, como vem fazendo aquele povo. Com certeza, isso não garante pureza à igreja, nem admiração pelos que deveriam converter-se ao Evangelho. O evangelho que Jesus mandou pregar, não recomenda, uma só vez, tais exigências.

A bem da verdade, o que está acontecendo é que uma boa parte dos crentes só sabem aplicar a dureza da lei da aparência exterior, mas não sabem praticar o amor e a misericórdia, vivem como se fossem os números exatos dos escolhidos, não se importando com o resto do mundo, como se fossem os donos da salvação, e quem não pisar na linha de suas exigências, deve ser eliminado.

A pergunta que faço: Como será o acerto, um dia, dos que trocaram a graça pela obras e dos que evitam o esclarecimento para não contrariá-los? “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1.18).

Se Jesus condenou os fariseus, que aplicavam a lei ao invés do amor, não fará o mesmo com aqueles que mudam a verdade de Deus, ensinando aos descrentes, que a mulher que usar calça, no dia do senhor não poderão entrar no céu? “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci” (Mt 7.22-23).

Outro grande prejuízo é que, na medida em que afirmamos ser pecado intolerável o uso dessa peça do vestuário, os crentes em sua maioria dizem-se cumpridores da sã doutrina e não comparecem ao debate, nas reuniões de ensinamento, para descobrirem que Satanás está minando grandemente, de forma sutil, outras áreas da vida, que declaradamente a Bíblia classifica como pecado.

Podem conferir: os defensores ferrenhos de usos e costumes, geralmente, não se lembram de exercer o que Deus expressamente exige como doutrina, isto é: amor, perdão, misericórdia, bondade, benignidade, paz, mansidão, humildade, pontualidade, a eficiência no ensino e no trabalho, a transparência, a ética, a verdade a qualquer custo, etc. Dizer que a igreja não precisa disto para crescer seria desprezar o valor das almas, que por este impedimento, deixam de entrar no caminho da salvação.

Outro argumento bem conhecido é o de que as igrejas que liberam o tal uso são igrejas frias e mornas. Entendo, no entanto, que o motivo é bem outro, isso é: o que ocorre é que algumas igrejas não se animam a liberar, pensando que sua espiritualidade está nesse detalhe, como a força estava no cabelo de Sansão. Deveriam, antes, conhecer outras igrejas que ensinam a verdade e, no entanto, são portadoras de todas as características bíblicas da salvação em Jesus.

Podem conferir que os tais não conseguem mover a igreja com seus sermões, mas quando notam que estão sem a graça divina, mudam seus sermões para usos e costumes mostrando assim mais espiritualidade.

Sabemos, também, o argumento de que nas igrejas em que se liberou o uso, desta parte do vestuário, desandou a imoralidade e o mundanismo. A esse argumento gostaria de responder como exemplo do que já ouvimos a respeito da televisão, sendo que certos pastores a proíbem, sob esta legação, porém, a prova aí está, que nas igrejas em que foram mantidos os princípios éticos e morais, nada aconteceu por conta da televisão liberada. Não devemos proibir, mas ensinar ver televisão. Sei de pastores que proibiam nas suas igrejas o uso da televisão dizendo que era a caixinha do diabo, mas hoje eles têm uma caixinha na sua casa e não é mais pecado. É interessante que é pecado enquanto o líder não liberar. Quantas pessoas de valor foram sumariamente excluídas da igreja por possuírem aparelho de televisão, hoje, entretanto, os que cometeram tais injustiças possuem o aparelho, tranqüilamente, em suas casas. Descobriram que era ignorância, pois os males procedem do coração e o mundo ao vivo é muito mais perigoso que a tela da TV.

Sabemos que não só as vestes e a televisão usada de forma imoral podem arruinar a igreja, mas todos os demais procedimentos que não estiverem pautados pela decência e moralidade. Se em algum lugar a coisa descambou, foi por falta dessas características e não pelo uso de uma peça de roupa que não pode alterar a integridade de uma pessoa.

Portanto, o que preocupa é ter de defender, sem argumentos convincentes, aquilo que não encontra na Bíblia. Ouvimos a explicação: na Bíblia não está escrito, mas deve ser obedecido e, se quiser explicação, fale com o Pastor, porque é o único autorizado a tocar no assunto.

Não acredito que pastores apóiem essa idéia, pois se assim fosse, seria o mesmo que admitir que a palavra do pastor esteja acima do preceito bíblico e, por isso mesmo, o assunto não poderia ser discutido; deveria apenas ser cumprido.

Interessante que os legalistas dessa exigência com a veste feminina querem cumprir um mandamento da lei e não se importa em cumprir o que está no Novo Testamento (Rm 16.16; 1ª Co 16.20), que manda saudar os irmãos com beijos e (1ª Tm 5.10), que manda lavar os pés uns dos outros.

O motivo pelo qual existe rivalidade entre os crentes é que os mais esclarecidos sabem que certos usos são apenas tradições, enquanto que a maioria pensa que é um mandamento, escrito em algum texto da Bíblia. Para quem governa é mais fácil assim; os membros menos esclarecidos pensam que está escrito e, além de cumprirem, exigem dos demais que cumpram também, criando uma pressão psicológica naqueles que entendem a verdade.

A Palavra de Deus não admite meia verdade. Se não pudermos esclarecer o que é doutrina e o que é tradição, é porque não estamos preocupados com a divisão e o descontentamento entre os crentes, e sim, preocupados em manter certos usos ou costumes arcaicos através de uma estratégia de desinformação.

Quando dizemos que não podemos facilitar o tal uso, porque iria escandalizar a maior parte dos crentes, não devemos esquecer que eles só se escandalizam porque foi o próprio ministério da igreja que sempre ensinou ser um pecado horrível.

Não acho válido, também, o argumento de que a igreja tem o poder de estabelecer normas e regras, mesmo sem base bíblica, pois se assim fosse, a Igreja Católica estaria certa em todas as tradições e dogmas que ela criou.

Um princípio é válido quando não trouxer prejuízo ao Evangelho, nem discordar da vontade de Deus, pois do contrário, pode se enquadrar nos textos de Dt 4.2; Pv 30.6 e Ap 22.18, que proíbem acrescentar um til às Sagradas Escrituras e automaticamente à doutrina da salvação, em qualquer tempo ou circunstância, Eu, particularmente, não quero assumir esta culpa.

Não consigo entender a total tranqüilidade de alguns obreiros, argumentando que não podem perder tempo com descrentes que querem exigir que a igreja se adapte às suas tradições. Dizem que os de fora é que têm de mudar e devem viver de acordo com a Palavra e com nossas regras. Muito bem, mas onde está escrito a tal palavra e onde está escrito as tais regras? Enquanto ficamos brigando e ensinando as regras, as outras igrejas estão enchendo e tua está se esvaziando. E, o mais triste, aqueles que têm o ministério do ensino estão ficando no banco para não ensinarem as verdades bíblicas.

Outro aspecto é a repercussão moral: Saia comprida é roupa social, que exige coerência dos pés a cabeça, mas como menos favorecidos não podem acompanhar este estilo, andam por aí, de forma ridícula, criando um péssimo visual; fazendo com que os descrentes tenham a impressão de que somos um povo atrasado. Isso é prejuízo na certa.

Daí argumentar que para os salvos pouco importa o que o mundo pense, e que a aparência não vale, é no mínimo desconhecer certos textos bíblicos, por exemplo: (1ª Co 14.23), onde Paulo preocupa-se com a impressão que podemos causar aos descrentes, prejudicando a conversão de almas. Nós que deveríamos estar preocupados com os não crentes e perguntar a nós mesmos se não estamos impedindo a sua entrada; e não nos darmos ao luxo de dizer: se quiserem é assim, ou, então, procurem outra igreja! Pois, assim era o tratamento dos fariseus nos dias de Jesus agiam sem amor e sem misericórdia.

Igrejas que recebem todos os dias, pessoas transferidas de outras localidades, não sentem a necessidade do crescimento por conversão, talvez por isso não se importem com o entrave e ainda dizem que a igreja está crescendo, quando, na verdade, as conversões são menores que as exclusões.

Considero desonesto da parte de certos líderes, antes de serem consagrados ao cargo, tinham essa interpretação, porém, assim que subiram ao poder, mudaram de opinião e passaram a defender o contrário, para merecerem a simpatia do povo. Que falta de personalidade e seriedade com o santo ministério.

É fácil perceber que tudo isso é falta de conhecimento bíblico, que infelizmente herdamos de nossos antepassados e que vem dando enorme prejuízo na conversão de almas. Será que apenas as igrejas que as irmãs não podem usar a calças que irão se salvar? Não deveríamos desconfiar que estamos sozinhos neste modelo atrasado? Pior que isso é dizerem que é uma tradição e um modelo que Deus nos deu e que a igreja vem crescendo desta forma. Como alguém pode provar que foi Deus quem deu? Se não fossem estas regras humanas e ridículas as igrejas poderiam ter crescido muito mais? Só os menos esclarecidos podem aceitar estas regras, pois quem conhece a verdade tem a mente de Cristo.

Lamento a ignorância daqueles que, ao invés de abordarem os candidatos ao batismo, perguntado se entenderam bem e estão dispostos a praticar o amor e as doutrinas bíblicas, que contêm a receita completa do caminho estreito, tratam de proibir o uso de certas roupas, jóias e corte de cabelo, etc.

Entendo que muitos que se batizam não permanecem porque são edificados na areia e não na rocha. Na primeira luta espiritual, tentação, calúnia ou perseguição, o crente vai cair, pois ele foi ensinado a valorizar um figurino material e não o conhecimento espiritual da salvação.

Como seria bom se todas as igrejas deixassem de olhar apenas para o passado baseando-se na tradição, e passassem a praticar um arrependimento diário acompanhado de vigilância constante; tenho certeza de que não seriam atingidas por falsas concepções de cristianismo; improdutivo, apenas nominal e indigente do fervor do Espírito Santo. Pelo contrário haveria um avanço real e sem falsificação. Seriam gerados verdadeiros cristãos dispostos a doar-se em favor do próximo e da causa da verdade. Infelizmente porque o sectarismo torna-se envolvente nas massas humanas poucos param para pensar que placa denominacional não alimenta a alma do ser humano e nem sequer alivia a consciência.

Não queremos com isto dizer que organizações religiosas deveriam estudar propostas de unificação, mas sim que cada discípulo em particular seguisse fielmente a unidade de um corpo cuja cabeça é Cristo.

Vamos olhar para os grandes homens do passado como Martino Lutero, João Calvino, João Huss e outros que sem medo começaram a denunciar a miséria do proceder humano diante do Seu criador. A explosão monetária pela venda de indulgências e de imagens esculpidas, a corrupção moral, as perseguições empreendidas contra os guardiões da fidelidade e mesmo o sangue inocente daqueles que foram lançados às feras ou decapitados, nada disso podia ficar esquecido na obscuridade.

Desta forma o cristianismo estava-se reavivando e as consciências dos homens passavam a ser acordadas, quando o combate da fé empregava não mais a força das armas, nem tribunal de inquisição, mas a Palavra de Deus (Ef 6.10). Considere-se o porte de vida destes grandes pregadores; quais eram as suas mensagens, quais eram seus ideais, a que tipo de povo falava e qual o resultado que colheram e ter-se-á a convicção de que Deus cuidou, cuida e cuidará sempre a sua obra gloriosa.

Infelizmente, desde a reforma implantada com eficientes resultados o ápice alcançado pelo cristianismo pouco a pouco foi novamente cedendo a espaço ao avanço rápido de novas filosofias e tradições arranjadas através de conglomerados de idéias que desvirtuaram paulatinamente a verdadeira fé. Introduziu-se na mentalidade humana uma nova “cultura” religiosa e os grupos que haviam sido avivados retornaram as tradições modificadas pela cultura e o humanismo secular, desentoando as verdades bíblicas. Hoje muitos destes têm sido obrigados por força da religiosidade presente confessar o seu desvio e o declínio sofrido.

As estatísticas confirmam a constante queda tanto em números como em diligência espiritual de denominações que há bem pouco tempo eram prósperas nas atividades do reino de Deus. Entretanto aquelas igrejas que tem solidificado sua fé nas doutrinas bíblicas continuam firmes e vitoriosas em caminho da cidade santa. Enquanto que outras estão desmoronando-se, pois construíram a base de sua religião (doutrina de homens), na areia e não na rocha.

Cristo veio ao mundo com a finalidade de tornar os homens cidadão do Seu reino (Mc 1.14-15). Por conseguinte, o cristão é um cidadão do Reino de Deus (Cl 1.13), onde é diferente (Jo 18.36), principalmente na maneira de pensar (1ª Co 18.36). Logo, o meu modo de ser já não importa. Devemos ver tudo sob a perspectiva do Reino. O Rei dos reis exorta-nos a buscar o Reino de Deus e a sua justiça, a fim de que as demais coisas nos sejam acrescentadas (Mt 6.33). Portanto, o comer, o vestir-se, o ter um teto para abrigar, embora importante á nossa sobrevivência, são pontos em segundo plano.

O cristianismo judaizante é remendo novo em vestidos velhos (Mt 9.16). A salvação é pela fé em Jesus (Gl 2.16; Ef 2.2-10; Tt 3.5). O cristianismo é religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras. O verdadeiro cristianismo enfatiza o nosso relacionamento com Cristo ressuscitado (Gl 2.20), e isto é suficiente para crescermos na graça e no conhecimento de Deus.





Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau - SC

FONTE DE PESQUISA


1.       ANTÔNIO GILBERTO, Usos e costumes, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
2.       ANTÔNIO GILBERTO, Manual da Escola Dominical, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
3. BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, R.C. CPAD, Rio de Janeiro, RJ
4. BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Revista e Corrigida, S.B. do Brasil.
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.BÍBLIA SHEDD, Trad. João F. de Almeida.
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9.   TREGELLES Samuel Prideuax. Geseniu’s Hebrew and Chaldee. Léxico Grand Rapids: Eerdmans, 1954.
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