TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS FARISEUS ENSINAM OUTRA DOUTRINA





É de grande relevância destacar os três tipos de doutrinas que a Bíblia relata. A partir deste conhecimento, estaremos aptos para discernir entre a verdadeira doutrina e a falsa doutrina.

I.        DEFINIÇÃO DE DOUTRINA

A palavra doutrina vem do latim doctrina, que significa “ensino”. Pode ser qualquer tipo de ensino ou doutrina especifico. Segundo o dicionário Aurélio, “doutrina é o conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso”. No Antigo Testamento, a palavra doutrina ocorre como tradução do hebraico Ieqah, que significa “o que é recebido” (Dt 32.2; Jo 11.4; Pv 4.2; e Is 29.24). No Novo Testamento temos dois termos da língua grega representam a palavra doutrina. Um termo é Didaskalia e o outro, didachê. Ambos os termos refere-se ao ensino como instrução dada àqueles que recebiam de bom grado a mensagem do cristianismo (Mt 7.28; Jo 7.16-17).

Doutrina é um ensino da Bíblia normativo, terminante, final, derivado totalmente e exclusivamente das Sagradas Escrituras, como regra de fé em Deus e de prática de vida cristã e de ministério para a Igreja de Deus.

No Novo Testamento, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem; como os mestres da religião judaica, que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, como João Batista (1ª Tm 4.6; 1ª Tm 4.16; 1ª Tm 6.1; Tt 2.1; Tt 2.10).

Jesus, pela sua autoridade, refere-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação e como os apóstolos e Paulo, que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito contra os falsos mestres entre os cristãos.

O sentido teológico. A palavra teologia deriva-se dois substantivos:
Teo = Deus e logia
“Logia” = estudo ou tratado – significa estudo de Deus.

Embora não estudamos Deus por ser Ele o autor das Santas Escrituras, porém aprendemos através Dele as Escrituras Sagradas.

O sentido teológico é a mesma palavra usada pelos apóstolos em Atos 2.42, que parece ser uma indicação das crenças dos apóstolos. A segunda tem o mesmo sentido e aparece em Mateus 15.9 e Marcos 7.7. É, portanto, nas epistolas pastorais que elas aparecem com o sentido mais rígido de crença ou corpo doutrinal da igreja – a Teologia propriamente dita.

II.    DOUTRINA BÍBLICA

A doutrina bíblica são ensinamentos de Deus, portanto elas não mudam, mas permanecem para sempre, ou seja, elas são imutáveis.

Queremos identificar ao leitor da Bíblia as diferenças, que uma vez que muitos cristãos (inclusive líderes) confundem doutrina da Bíblia com doutrina dos homens.

Há pelo menos três formas de doutrinas. Uma é sublime e santa. Duas perniciosas e deletérias.

1. Doutrina de Deus (Pv 4.2; Mt 7.28; Lc 4.32; Jo 7.16; At 2.41-42; At 13.12; 1.42; Tt 2.1, 10).







2. Doutrina de homens (Jr 23.16; Mt 15.9, 16; 16.12; Cl 2.22; Tt 1.4).











3. Doutrina de demônios (1ª Co 12.13; 1ª Tm 4.1).

A primeira é boa, as duas últimas danosas. É preciso distinguir a primeira das duas últimas. Caso contrário, os prejuízos podem ser fatais. O contraste entre a verdade e a mentira é mais nítido do que o contraste entre a verdade e a falsidade.

Há, pois, demônios cuja atividade não é espalhar violência e outros males ostensivos, mas ocupar-se com o ensino maléfico, falso, errôneo e enganoso.

Religiões e seitas pagãs podem ser analisas facilmente. Contudo, uma religião ou uma seita que se apresenta como cristã, mas têm doutrinas contrárias às Escrituras, merecem toda a nossa atenção. Por isso devemos conhecer os meios adequados da adição subtração, divisão e multiplicação para se identificar uma seita e um falso ensinador.

A dificuldade para entender o que é doutrina é proveniente da imaturidade espiritual do cristão e de sua vivencia espiritual superficial. A muitos líderes que confundem doutrina bíblica com praticas, tradições e usos e costumes humanos.

Muitos líderes não conseguem se aprofundar no estudo e compreensão das doutrinas do Santo Livro de Deus porque o estudam sem organização, método, ordem, seqüência, propósito, interesse, ou muita atenção. A admoestação bíblica em 2ª Timóteo 2.15 é “que maneja bem a palavra da verdade”.

III.  A CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS DA BÍBLIA

Há pelo menos três diferenças básicas entre doutrina bíblica e costume puramente humano. Há costumes bons e maus. A doutrina bíblica conduz a bons costumes.

à Quanto à origem.
·        A doutrina é divina
·        O costume é humano.

à Quanto ao alcance.
·         A doutrina é geral
·         O costume é local

à Quanto ao tempo.
·        A doutrina é imutável.
·        O costume é temporário.

“Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno” (Hb 6.1-2).

Para fins de estudo, todas as doutrinas da Bíblia podem situar-se em três grandes grupos ou classes de assuntos doutrinários, a saber:

à Doutrinas da Salvação: A doutrina da graça de Deus, expiação pelo sangue, a propiciação pelo sangue, a justificação, pela fé e a regeneração pelo Espírito Santo; da justificação, da regeneração, do arrependimento e da confissão de pecados, do batismo em águas, santificação, da eleição e predestinação dos salvos, doutrina do evangelismo, missões e discipulado cristão.

à Doutrinas da fé cristã: Doutrina trindade; Pai, Filho e Espírito Santo; da fé, da criação de todas as coisas, dos anjos, bons e maus, do homem, doutrina da família, da consciência como faculdade humana, da lei e da graça, da igreja, oração e do jejum, do louvor e da adoração, dos ministérios dos dons espirituais, do fruto do Espírito, do perdão, da santa ceia do Senhor, do testemunho do crente (o cristão falando de cristo de sua vida); da contribuição financeira, das duas naturezas do cristão, do sofrimento do cristão nesta vida, do cristão como cidadão do céu, da ação social da igreja, da divindade de Cristo, etc...

à Doutrina do Porvir: Doutrina do estado intermediário dos mortos, da ressurreição dos justos e dos injustos, dos juízos (julgamento), da grande tribulação que há de vir sobre o mundo, do anticristo, da vida de cristo, do reino milenar de cristo neste mundo, do céu para os salvos e do inferno para os perdidos, do conhecimento dos salvos na outra vida, do perfeito estado eterno (eternidade), da dispensações e alianças da Bíblia.

IV. A VERDADEIRA IGREJA É AQUELA QUE PRIMA PELA ORTODOXIA DOUTRINÁRIA

1. A doutrina bíblica pode ser Ortodoxa ou Liberal.

A. Ortodoxa. Ortodoxia deriva do vocábulo “ortodoxo”, palavra grega que significa “opinião correta” ou “doutrina correta”, é a doutrina conservadora. É a qualidade de uma declaração doutrinária que se acha de acordo com a Palavra de Deus e com os cânones e concílios estabelecidos pela Igreja Apostólica. No nosso contexto ela diz respeito aos cristãos conservadores. Fugir à ortodoxia pode significar aberração doutrinária ou até mesmo heresias.

O Ensino das Escrituras deve ser antes de mais nada, ortodoxo. Todo ensino bíblico-doutrinário deve ser estritamente de acordo com a mensagem divina revelada na Sua Palavra. Tal ortodoxia cristã tem nas Escrituras a única fonte do verdadeiro conhecimento de Deus, de suas doutrinas e da maravilhosa salvação em Cristo Jesus.

Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática. Acha-se comprometida com a evangelização do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão.





B. Liberal. A ênfase do erudito liberal se focaliza na descoberta que o homem faz de Deus. Seu ponto de vista é razão humanista, isto é, centrado no homem.

O liberal se acha o representante legal de Deus aqui na terra. Usa de autoridade como se fosse delegada por Deus.

Aqueles que ensinam sem dogmatismo muitas vezes são taxados de liberais e mundanos. Porém pelas lentes da Palavra, podemos considerar liberais aqueles que estão fora da Palavra e servindo uma tradição arcaica e anti-bíblica.

Antes de conhecer a Cristo éramos escravo do mundo e de Satanás, agora libertos em Cristo somos livres; o servo de Cristo experimenta a liberdade real do Espírito nos propósitos de Deus. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32, 36). Com base no ensino de Jesus eu posso afirmar que somos livres para servir o Senhor Deus, mas não ao pecado. Porém, não temos o direito de propagar idéias tradicionalistas, dizendo que é doutrina de Deus e usarmos como meio de salvação, pois seremos taxados de fariseus.


Não confundamos liberal com libertinagem, pois libertinagem é uma pessoa que se encontra na liberdade do mundo e do pecado, ou seja, nas concupiscências da carne, dos olhos e na soberba da vida conforme 1ª Jo 2.16.. É por isso que Paulo diz aos Gálatas “... não useis da liberdade para dar ocasião à carne” (Gl 5.13). Todavia somos agora livres para servir ao nosso bendito Criador sem esquisitices.

As idéias, deduções e princípios teológicos liberais, humanistas e corrompidos, tiveram seu início na primeira parte do século XIX. Possuíam como objetivo a racionalização da fé sob influência do movimento filosófico e igualmente humanista denominado iluminismo. Foi uma tentativa de adaptar a fé cristã às corrente do pensamento moderno sobre Deus.

Mas a verdadeira teologia bíblica proveniente da doutrina do Senhor não perdeu o espaço. Ao contrário, ela continua firme e crescente através do empenho de homens comprometidos com Deus e com a defesa da fé mediante a exposição correta e ungida das Escrituras. Ainda há em nossos dias cristãos que, graças a Deus, procedem como mãe e avó de Timóteo, ensinando os mais jovens os verdadeiros fundamentos da fé cristã.

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste, e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2ª Tm 3.14-15; outra ref. 2ª Tm 1.3-5). [GEREMIAS DO COUTO. Lições Bíblicas 4ª Trimestre de 2005. Editora CPAD, Rio de Janeiro RJ].

[...] Alguns líderes estão se equivocando e transformando certos costumes em doutrinas, como se a sã doutrina da Bíblia não fosse suficiente para um viver cristão digno. É claro que os bons costumes são necessários como: agradecer um favor, cumprimentar as pessoas, ter asseio pessoal etc. Essas ações e atitudes são os frutos produzidos pelos cristãos e devem ser incentivados  Mas aqui o caso é outro . Estão colocando paridade entre certos costumes e a doutrina bíblica. Será que existe alguma diferença do legalismo do passado para o de hoje? O espírito do farisaísmo é o mesmo. O que muda é o que se dita para ser seguido. [Conectando com Jesus: http://www.conectadacomjesus.com.br/2010_04_25_archive.html acesso dia 23/12/2011]

V. A FINALIDADE DO ENSINO ORTODOXO É MANTER A PUREZA DO EVANGELHO

[...] A doutrina é de especial importância, porque a proclamação certa do Evangelho da salvação depende do entendimento exato do que é o Evangelho, do que é a salvação, e de como se recebe a salvação (Gl 1.6-9). O nosso futuro eterno depende da pregação ortodoxa do evangelho. A Igreja inteira deve ter o cuidado de proclamar fielmente o verdadeiro Evangelho, e todos os cristãos devem saber a verdade do evangelho e interessar--se pelo assunto [SOARES. P.23].

Aos discípulos, Jesus declarou que edificaria Sua igreja (Mt 16.18). O fundamento e as colunas (pilares) desse edifício são as doutrinas bíblicas fundamentais, as quais dão sustentação a esse edifício espiritual (1ª Co 3.9, 10, 16). A igreja é edificada sobre “o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus é a principal pedra de esquina” (Ef 2.20). A ordem da frase “apóstolos e profetas” deixam claro que a “doutrina dos apóstolos”, citada em Atos 2.42, refere-se ao ensino que receberam de Jesus e que foram comissionados a ensinar. Não se tratava de uma doutrina particular dos apóstolos Pedro, João, Tiago ou Paulo, mas a mesma ensinada por Jesus. A referência aos profetas trata-se dos profetas da igreja primitiva que confirmavam, pelo Espírito Santo, as doutrinas ensinadas. A ordem da frase apóstolos e profetas indicam tratar-se do dom profético naqueles dias outorgado pelo Espírito Santo (Ef 4.11).

Paulo declara em 1ª Co 3.10-11, que ninguém pode colocar outro fundamento além do que já está posto. No texto de Efésio 4.11, vemos os edificadores que Deus tem dado à igreja. “Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres”. Eles usam os materiais da doutrina cristã para construir este edifício espiritual.

A Igreja de Cristo é vista numa linguagem figurada como “casa” e “família” (1ª Tm 1.2, 18; 2.13-15). A Bíblia, em 1ª Timóteo 3.15, usa a expressão “coluna e firmeza” que fala de suporte, apoio, sustentáculo de uma construção. A lição que aqui podemos aprender é que devemos fielmente preservar aquilo que temos recebido da parte do Senhor. A verdadeira igreja é aquela que se mantém em tudo fiel à sã doutrina bíblica. “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2ª João 1.9).

[...] Como ocorreu no passado, nos dias atuais o espírito maligno do engano continua agindo através dos que se auto-intitulam concessionários de novas verdades doutrinárias, como que o homem necessita para obter a sua salvação e viver uma vida plena em Cristo Jesus (Rm 5.20). Nestes últimos dias na terra, a igreja deve estar atenta a esta investida satânica de falsas doutrinas (1ª Tm 4.1-2; 2ª Co 11.13-15; 2ª Tm 3.1-5). Ela deve andar embasada somente na verdade que é a Palavra de Deus – as Sagradas Escrituras [ELIEZER DE LIRA E SILVA. Lições bíblicas - 3º trimestre 2009, p.8].

“Apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tt 1.9-11).

Este texto bíblico evidencia a preocupação do apóstolo Paulo, não com as perseguições das pessoas de fora, mas com determinados ensinos que poderiam ser facilmente aceitos no meio dos cristãos.

Por toda a Bíblia vemos que existe uma preocupação com deturpação dos ensinos verdadeiros, que formam heresias ou partidos com a capacidade de minar a força da Igreja e seu progresso.

“Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus” (2ª Tm 1.13).

Que padrão é este que Paulo fala a Timóteo? É o padrão do evangelho segundo a graça que o apóstolo recebeu de nosso Senhor Jesus Cristo: “Faço -vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo” (Gl 1.11-12).

Ninguém pregou o evangelho para Paulo, mas foi o próprio Jesus que apareceu a ele no caminho de Damasco, seguida de muitas outras revelações como vemos aqui na carta aos Gálatas. Por isto, Paulo ensinou a Timóteo uma doutrina sadia pura segundo a verdade do evangelho da graça.

O papel da Igreja é sustentar, manter e defender a verdade contra todo o erro e oposição intelectual, religiosa e filosófica dos falsos mestres. A igreja tem a missão de viver e repreender essa verdade, mas também de mantê-la de toda oposição que lhe ataca. A primeira coisa que cuidaram na igreja primitiva foi à doutrina, que é essencial à fé cristão.

Em nossos dias, épocas em que as culturas e até religiões têm a tendência de homogeneizar-se, precisamos ainda de obreiros polemistas, homens que discutam o conteúdo de ensino supostamente bíblico.

Entendo que o dogmatismo, que consiste em ensinos que nem sempre são adquiridos por exegese bíblica, mas sim por tradições. Muitas vezes experiências espirituais são confundidas e homogeneizadas com doutrina bíblica.

Paulo recomendou muito cuidado com a doutrina de Deus, para não aceitarmos o ensino diabólico ou dos homens. O apóstolo acentua a importância da doutrina de Deus:

“Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina” (1ª Tm 1.3).

Paulo, doutrinando o jovem Timóteo, ordena-lhe que advirta a outros para que não ensinem outra doutrina. E não se dêem a fábulas, “que mais produzem questões do que edificação em Deus” (1ª Tm 1.4). Por ignorarem tal exortação muitos se entregam a “vãs contendas, querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam” (1ª Tm 1.6-7).

Tudo indica que os falsos mestres tinham formação judaica (fariseus), porque enfatizavam lendas e genealogia judaicas em seus ensinamentos. Eles acreditavam que a salvação dependia da guardas da lei e de suas tradições ao invés da fé em Jesus Cristo.

Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo exortou: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres: porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1ª Tm 4.16).

Doutrina responde às perguntas sobre Deus, a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), a natureza humana, a vontade de Deus e o nosso destino. Conhecendo estas coisas, o cristão sabe o que Evangelho e como recebê-lo, e isto é de fundamental importância para a unidade da igreja.

“Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2ª Jo 19-11).

O verdadeiro cristão deve conservar as doutrinas do cristianismo e não ultrapassar os fundamentos da verdade e do ensino de Jesus e Seus apóstolos. João adverte contra o perigo de apoiar os falsos mestres bem como a seus erros. Não se trata aqui de simples indivíduos, mas de líderes espirituais com aparente autoridade.

“...não o recebais em casa...” (v.10), pode referir-se à igreja, uma vez que as igrejas se reuniam nas casas.

“Tu, porém tem seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança” (2ª Tm 3.10).

A sã doutrina trás edificação e firmeza espiritual. A sã doutrina é verdadeira, pura, sincera, é imutável e produz uma fé sadia e garante a salvação pela graça de Cristo.

Paulo enfatiza a Timóteo a cuidar de si, a vivência no amor na fé na longanimidade e na perseverança da verdadeira doutrina. Devemos tomar cuidado com os falsos mestres que estão surgindo em nossos dias. Atentemo-nos para a advertência do apostolo Paulo: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2ª Tm 4.3).

Eu acredito que já estamos vivendo a este tempo. Pouco se ouve ensinos sobre doutrinas bíblicas. Os púlpitos se tornaram palcos de propagar mentiras e ilusões. As pregações estão voltadas para as tradições, regras, arrecadações, e até pregações místicas (adivinhações). Podemos ver que pouco se prega doutrina bíblica, mas as regras sempre estão em destaque. É por isso que o apóstolo São Judas nos admoesta a batalhar diligentemente, isto é, lutar intensamente pela fé:

“Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez foi entregue aos santos. Porque se introduziram alguns homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único Dominador e Senhor Nosso, Jesus Cristo” (Jd 3, 4).

O apostolo são Judas, através do Espírito Santo, recebeu o mandamento quanto a preservação da fé e lutar por ela (v.3). A fé “entregue aos santos” é a soma da doutrina cristã contida na Palavra de Deus. Consistia dos ensinos dos apóstolos e o conteúdo dos quatro Evangelhos.

Para Judas a importância máxima da sã doutrina não era algo superficial e infantil. Tratava-se de assuntos vitais em jogo, tendo o caminho falso de um lado, e do outro o caminho da verdade. O escritor nos mostra que assim como a verdadeira sabedoria e a viva esperança caminham inseparavelmente, do mesmo modo estão a falsa doutrina e a destruição final. A igreja morrerá espiritualmente se as heresias prevalecerem em seu meio.

O Espírito Santo, ante tantas controvérsias, está procurando homens que, por amor do Evangelho, assumam a responsabilidade de lutarem em defesa da “nossa fé”. A Bíblia nos ensina a crer nas doutrinas: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15), mas os homens aumentam o evangelho com suas tradições.

Judas sabe que, conquanto a fé tenha sido uma vez por toda entregue aos santos é preciso lutar, batalhar e vigiar para que ela não seja solapada na sua base.

O inimigo, na pessoa de falsos pregadores, está atacando a fé, as verdades centrais que são a âncora da salvação, as quais não devem sofrer alterações. Judas adverte os cristãos contra os falsos ensinos, que estavam levando os cristãos para um evangelho com dissolução, com imoralidade e engano. Os tais que mudam as Verdades de Cristo em mentiras são impostores na igreja, que perverteram o Evangelho segundo o Novo Testamento; repudiando ou rejeitando algumas das suas verdades fundamentais; acrescentando-lhe regras, leis e idéias de homens. O falso evangelho leva o homem à pobreza e miséria, embora fale no nome de Cristo.

É assim que o maior perigo que enfrenta a igreja vem da infiltração dos “agentes secretos”, ou seja, quando na comunidade do povo de Deus penetram, se infiltraram certas pessoas cuja mente está inteiramente distorcida de qualquer profundo compromisso com Cristo. E pior, muitas vezes tais pessoas assumem posição de influência, tornam-se arcanjos da comunidade, vestem-se de ministros da verdade, falam como teólogos, ensinam como mestres insinuam-se profetas. Esses são os dissimuladores.

Judas não era periférico e tampouco diplomático no que estava tentando dizer. Ele realmente parte para identificar as teologias que estão sendo desenvolvidas pelos dissimuladores, infiltradores nas entranhas da igreja. Estas teologias são a graça barata e o senhorio oco.

A graça de Deus sempre foi o tema teológico mais atacado pelo diabo. No caso em questão estavam tentando “transformar em libertinagem a graça de nosso Deus” (Jd v.4). Dessa forma o pecado passava a ser um aliado da graça de Deus, na medida em que quanto mais se peca mais Deus tem ocasião de mostrar-se gracioso. Esse pretexto do liberalismo comportamental. Além disso, essa perspectiva de barateamento da graça de Deus passa também pela ideia de que Deus é gracioso e sublime demais para ocupar-se com os banais deslizes humanos. Ou seja, usa-se a graça de Deus contra o próprio Deus. E mais, faz-se com que Deus seja escravo de sua graça e fique inflexível contido por ela. Desse modo, mais uma vez a graça de nosso Deus é “transformada em libertinagem”, na medida em que é usada pelos interesses morais dos seres humanos. É a graça conveniente, evocada para justificar o pecado, não o pecador.

Outro caminho para se “transformar a graça do nosso Deus em libertinagem” é a via indireta do legalismo. O fim do legalismo é a sensualidade, a neurose ou a psicose. Isso porque o legalismo concebe a vida santa como dependendo do homem e de seus recursos de auto-santificação.

O legalismo começa independente da graça e termina em desgraça. O triste é que tudo isso é feito em nome da graça do nosso Deus. É por isso que o legalismo também “transforma em libertinagem a graça de nosso Deus”. O legalismo já é pecado desde o princípio, pela sua presunção arrogante, quando a conceber-se capaz de auto-financiar o sucesso moral.

A Igreja somente poderá lograr êxito em qualidade se mantivermos nos padrões da sã doutrina e revestido do poder do alto. Poder de baixo, humano, terreno, não temos falta; mas necessitamos sempre do poder do alto, que põe a igreja em marcha (Lc 24.49). Que o Senhor nos ajude a sermos sadios na fé, maduros no entendimento e zelosos na manutenção da chamada do autêntico avivamento espiritual.

É interessante observar que toda nova doutrina se desenvolve em um ambiente de pessoas que são supostamente iluminadas e com novas revelações, desfazendo completamente a base bíblica doutrinária existente. Esta é praticante a característica de todas as seitas que no decorrer dos anos vão se avolumando e se organizando. No comando das seitas está o espírito do erro e do engano. Por isso as Escrituras nos alertam, dizendo: “Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus...” (2ª Jo 9).

[...] Escreveu Russel Champlin: “Por certo que o pior vício dos sintomas religiosos é que transformam os preceitos humanos em leis divinas, e não reconhecem a diferença. Então passam a forçar sobre os outros os absurdos por eles mesmos inventados. Parece mais fácil e atraente, para alguns, observarem regras do que permanecer sob o controle de Cristo. Iludindo-se a si mesmo, simulam maturidade, medindo o grau de conhecimento, não pela força da vida que Jesus coloca em nosso interior, mas pela aparência que ostentam diante dos homens. Confundem “fermento” com desenvolvimento (1ª Co 5.6-8). O externalismo a ninguém faz crescer. Estes “procurando estabelecer a sua própria justiça” (Rm 10.3), dogmatizam esfarrapados jugos. O resultado é uma espiritualidade desfigurada” [DR. ISMAEL SANTOS].

Portanto, estejamos, atentos para o conteúdo de nossos cultos, de nosso aprendizado e de nossa fé, alicerçados na Palavra do Senhor, cientes de nossas responsabilidades como servos de Deus e fiéis a sã doutrina.

Muitos pregadores têm suas doutrinas identificadas com as doutrinas dos fariseus, e não com a doutrina de Cristo, sendo, portanto, uma mensagem anátema. O Apostolo Paulo é muito claro e direto ao demonstrar esta verdade, a sua ação é decisiva na promoção de informações que desmascaram esta classe de falsificadores da mensagem santa, deixando claro que são desrespeitadores da Palavra de Deus e do evangelho eterno. Na sua epístola aos romanos, Paulo assim se reportou: “E rogo-vos irmãos, que noteis os que promovem e escândalos dissensões contra a doutrina que aprendeste; desviai-vos deles. Por que os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo. Mas ao seu próprio ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples” (Rm 16.17-18) Esse texto é mais uma preciosidade do apóstolo Paulo a serviço da sã doutrina.

Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau - SC



segunda-feira, 2 de julho de 2012

O FARDO DOS FARISEUS



“Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los. (Mt 23.1-4).

Vamos examinar estes versículos detalhadamente para vermos a profundidade deste ensino. Note que Jesus ensinava o povo observar a lei, mas não imitar as obras dos fariseus. Por quê? Porque não praticavam o que cumpria; dificultavam a pratica da lei para mostrar santidade; fazem tudo para produzir falsas aparências; buscavam a primazia nas sinagogas; fazem questão de ser lisonjeados; procuram honra e glória para si; alongavam seus vestidos.

Embora Israel sofresse sob o domínio do Império Romano, os sacerdotes judeus ganharam certa autonomia que lhes permitia dominar de forma ditatorial sobre o povo judeu. Ademais, o cidadão comum simplesmente não compreendia que os líderes religiosos tinham imposto sobre eles um sistema que os colocava sob um jugo de servidão, ao mesmo tempo em que elevava os líderes a posições de grande poder e de riqueza. A ignorância era tão grande que o que o povo hebreu admirava e honrava aqueles líderes religiosos que o oprimiam.

Os intérpretes da lei conheciam a verdade simples que Deus tinha criado para as pessoas serem salvas por toda a eternidade e para desenvolver o amor a Ele. Entretanto, eles escondiam essa verdade simples do povo, impondo o sufocante sistema de regras para a vida diária que Jesus tanto criticou. Esses fariseus estavam deliberadamente enviando populações inteiras de judeus para o inferno, pois tinham escondido a verdade deles. É por isso que Jesus os criticou com tanta severidade. Os fariseus convencidos por Satanás criam que todo judeu iria para o céu de qualquer forma, simplesmente por serem judeus; portanto, eles acreditavam que não fazia muita diferença para a vida eterna aquilo em que eles criam. Os fariseus mantinham o poder terreal e o prestígio mais firmemente em suas mãos por meio desse engano espiritual.

Devemos entender que o pecado é toda a contrariedade contra à lei de Deus, ou seja, descumprir os mandamentos contidos nas Santas Escrituras. Homem algum tem autoridade de formular listas extras do que sejam “outros pecados” de acordo com seus entendimentos e costumes. Os fariseus eram assim. Rigorosos nas suas tradições, mas a fé daqueles homens tão conservadores não produzia qualquer milagre. São líderes rigorosos, seguidores dos ditames formais e legais que criam. São guardiões de costumes regionais e religiosos.

O Senhor Deus prefere ser compassivo em lugar do cumprimento meticuloso da lei. Não precisamos fazer sacrifício de tolo para herdar a salvação. Além da honra que buscavam para si, sobrecarregavam o povo de ordenanças. Os escribas e fariseus, os mentores profissionais da religião dos dias de Jesus, intentavam desenvolver o caráter por meio de regulamento e preceitos humanos. Cristo apareceu no meio dum povo para quem a religião consistia na aceitação dum elaborado código de regras, de épocas fixas e de maneiras de cultuar. Tais regras ocupavam minuciosamente quase todos os setores da vida e sobrecarregavam por demais o povo. A lei consistia em 613 ordenanças, mas os fariseus haviam acrescentado, cerca de 40 regras sobre o insignificante assunto, como era permitido dar um nó no dia de sábado. A vida moral e religiosa era quase intolerável sobre tal sistema. Jesus bem conhecia a futilidade daquelas práticas exteriores e por isso buscou libertar o povo duma virtual escravidão a elas. Foi também por isso que ele clamou contra aquele estado de coisas dizendo:

“Ai de vós escribas e fariseu, hipócritas! Que sois como as sepulturas invisíveis, e os homens que sobre elas andam não o sabem. Ai de vós também, doutores da lei! Porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos nem ainda com os vossos dedos tocais” (Lc 11.44-45-46).

O “Ai” de Jesus é uma exclamação profunda, penetrante e enérgica, que parte do coração do Mestre contra a hipocrisia dos fariseus e escribas. Neste versículo, o ai de Jesus é contra a penitência dos fariseus, o zelo cego, radicalismo dos fariseus e aparência exterior ostentada.

Jesus denunciou cabalmente este seu glorioso objetivo. Ele denunciou corajosamente os fariseus que viviam a religião de modo exterior e que intimamente não passavam de hipócritas.

Muitas igrejas bem intencionadas impõem práticas legalistas aos seus membros. Por incrível que pareça, as igrejas que tem as regras mais rígidas, muitas vezes, são as que maior dificuldade para tratar com o pecado das pessoas. As falsas religiões utilizam-se de regras e mais regras para escravizar seus adeptos. O cristão, no entanto foi liberto do mundo invisível por nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando uma igreja contra ataca o pecado impondo mais lei, só está buscando mais maldições. Ou seja, estas novas leis de proibições só aumentam as possibilidades de mais desobediência e conseqüentemente mais maldições. Quanto mais pecado acontece mais leis humanas se impõe. Quanto mais lei se impõe, mais regras existem para quebrar-se. Vira um ciclo vicioso que produz uma igreja derrotada, sem vida e imponente para interagir sabiamente com os princípios implícitos no sangue de Jesus.

A Igreja é regida por princípios doutrinários (doutrinas de Deus), mas a religião é regida por regras e preceitos de homens. O princípio esta acima da regra, ou seja, a regra não pode estar acima do princípio. Por exemplo:

Em Mateus capítulo 4 verso 6, o diabo citou o salmo 91verso 11, para tentar Jesus no deserto: “Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra”.

O diabo citou a Bíblia para Jesus “está escrito”, mas acrescentou o versículo criando uma regra (atira-te abaixo), a mesma invalida o mandamento de Deus. Por isso Jesus também respondeu citando a Bíblia: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”.

E isto acontece em muitas igrejas, pois certos “líderes espirituais” usando as regras acima dos princípios divinos. E usar regra como meio de salvação banaliza a graça de Cristo, que é um favor imerecido. São líderes que estão dentro de um mundo de religiosidade, acham que só a sua denominação e a sua maneira de pensar está correta. Rejeitam as verdades bíblicas e fazem-se “donos” da verdade, julgam segundo seu raciocínio e seu ponto de vista. Não conhecem á misericórdia; é como eles pensam e pronto. São líderes de corações duros, radicais, fanáticos e críticos que fecham o reino dos céus.

Ao profeta Samuel o Senhor diz: “Tem, porventura, o Senhor, tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto aos ídolos do lar. Visto que rejeitasse a palavra do Senhor, e também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (2ª Sm 15.22-23).

Deus olha para seus filhos e quer ver frutos, caráter, fidelidade e não sacrifícios que não trazem nenhuma santidade. “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Oséias 6.6).

Quando nos falta o conhecimento devido, estamos propícios a errar o caminho. Por isso é necessário usar a Palavra do Senhor Deus para lutar contra as forças que dominam o entendimento das pessoas que sofrem. A Palavra de Deus é, acima de tudo, um instrumento da fé, e não da razão, como muitos pensam.

Notamos o que Jesus diz quando vê o Seu povo levando um fardo pesado (as exigências da lei, os costumes e as tradições do judaísmo, para serem salvos), faz-lhes o seguinte convite: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.28-29).

[...] Santidade exibida de um pedestal normativo é um pesado fardo. A vida cristã é fundamentalmente livre, e só um forte relacionamento pessoal com o Deus vivo, pode impedir que tal compromisso se torne opressivo e legalista. João, o apóstolo do amor, escreve que os mandamentos de Deus não são pesados. A vida piedosa não é cansativa, pois a pessoa piedosa é, antes de tudo, devotada a Deus” [JERRY BRIDGES. Exercita-te na Piedade – Ed Vida, p. 16].

Talvez você diga: eu leio a Bíblia vou a igreja, mas nunca recebi o alívio. E se este for o caso, posso lhe fazer uma pergunta delicada, porém refletida? Não teria você buscado a religião ao invés de Deus? Não teria ido a igreja sem conseguir ver a Cristo? Somente Jesus pode te dar um jugo suave e um fardo leve. Se você não encontra o alívio e descanso para tua alma certamente você está na porta errada. É fácil entrar na porta errada Jesus afirma que Ele é a solução para o cansaço da alma. E se você não tem encontrado o verdadeiro descanso vá a te Ele. Peça seu auxilio e descanso para tua alma. Jesus mesmo diz: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37).

Os fariseus priorizam as regras. Há cerca de quinhentos anos atrás, muitos líderes eclesiástico viram a igreja numa desesperada necessidade de mudança. As indulgências (um conceito de que a igreja poderia vender e os devotos poderiam comprar favores de Deus) estavam sendo vendidas em toda a Europa para se angariar dinheiro para a construção da Catedral de São Pedro em Roma.

A flagelação (a prática de surras e açoites infringidos por uma pessoa em seu próprio corpo) era prática por milhões de “cristãos”. Os flagelistas tentavam obter uma posição de retidão diante de Deus através destas práticas pagãs. As pessoas andavam de joelhos kilômetros para orarem diante de uma estátua, achando que assim poderiam obter o perdão e a absolvição dos seus pecados. Estavam buscando a salvação através de méritos destas fraudes religiosas e de outras ainda muito piores.

A corrupção era muito comum na igreja. Os papas subjugavam os reis da Europa e os ameaçavam com a perdição eterna caso não obedecessem aos decretos papais. Os reis cristãos eram forçados entrarem em guerra contra os rivais políticos do papa. Foi de fato a “Eras das Trevas”, em que a luz do evangelho esteve muito perto de ser extinta.

Enquanto o teólogo e pregador João Calvino e o reformador Martinho Lutero lutavam contra estas práticas anti-bílicas, eles começaram a ver as poderosas verdades ensinadas pelo Apóstolo Paulo em sua Epístola aos Romanos. “Eis que o justo viverá pela fé” (Hc 2.4). “A justiça de Deus é revelada de fé em fé; como está escrito: o justo viverá pela fé” (Romanos 1.17).

Não foi por acaso que Paulo escreveu esta carta à Igreja de Roma. O Espírito Santo sabia que nos séculos futuros a Igreja necessitaria desesperadamente compreender o que Paulo tinha a dizer.

Cinco grandes verdades doutrinárias fundamentais que sustentavam o movimento de Martinho Lutero: 1. As Escrituras somente. 2. A fé somente. 3. A graça somente. 4. A soberania de Deus. 5. O sacerdócio de todos os crentes.

Quando Lutero descobriu o sentido real das doutrinas bíblicas como, por exemplo, a do “arrependimento” “mudança de mente” em vez de fazer penitência, mudou todo o ponto de vista concernente à religião, e foi um dos fatores principais em introduzir a Reforma.

Hoje não só os Católicos estão desviados da Palavra de Deus, mas muitos cristãos evangélicos caíram do Evangelho da graça e estão seguindo as tradições dos homens (Gl 1.6; Mt 15.1-3).

Os ensinos dos fariseus de hoje não chegam afetar os pontos salientes da fé cristã, mas, seus ensinos e práticas não são necessariamente heresias, mas aberrações doutrinárias que levam os crentes para outro evangelho. O efeito destrutivo pode ser pior do que os movimentos externos, pois Satanás se utiliza, muitas vezes, da ignorância dos mentores dessas tradições para causar divisões nas igrejas.

Paulo foi o apóstolo escolhido por Jesus, para precaver e advertir as igrejas para as verdades do Evangelho:
 “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro” (Cl 2.20-21). Na Bíblia espanhola diz: “Tales como: “No uses”, “No comas”, “No toques”? (RVR 95).

Nos tempos de Paulo, as tradições judaicas e os ensinos gnósticos estavam sendo inseridos nas novas igrejas cristãs. Alguns dos fariseus convertidos sentiam que as festas da antiguidade, e os feriados e hábitos alimentares, conforme as leis do Antigo Testamento tinham que ser devidamente observados. Daí Paulo explica que estas regras eram somente sombras ou símbolos das coisas vindouras. Agora, com a vinda de Cristo o evento cumprido, as leis antigas não tinham mais propósitos para o crente, a não ser ensinar sobre Cristo.

Na igreja de Colossos os falsos pregadores, estavam disseminando ensinos humanistas. E infelizmente ainda existem estes tais ministros que se transfiguram em ministros de justiças ensinando um evangelho de proibições como “não faça isso, não faça aquilo”.

Muitos líderes usam o púlpito só para pregar aberrações. Como: “Não use perfume porque é do diabo, tomar banho com sabonete perfumado também é pecado, não use calça jeans, bermuda, tênis, óculos de sol, prendedor de gravata, para alguns usar bigode é pecado, Comer carne é pecado, coca-cola, café etc...”. Para as mulheres as regras de proibições são ainda mais severas: proíbem-nas de cuidarem de seus cabelos ou até usar um prendedor de cabelo, botas, calçados de salto, roupas de seda meia-calça, camisetas sem manga depilação, etc. Que evangelho é esse... Podemos chamar o evangelho do “Talibã”.


São doutrinas de homens, que ensinam auto-salvação por meio de regras. Embora, muitos se convertem a Cristo, mas seguem outro evangelho, ou seja, caíram da graça. Esquecemos o que o Senhor Jeová disse ao profeta Isaías: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam” (Isaías 64.6).

Adão e Eva cederam à tentação e pecaram. Logo, viram que estavam nus e fizeram aventais de com folhas de figueira para se cobrirem. Na verdade eles estavam lançando mão de um artifício humano e de suas justiças para cobrir o pecado.

As folhas de figueira representam os recursos que o homem usa para tentar cobrir.

Diante de Deus tudo está patente, não há quem possa enganá-lo (Hb 4.13).

Boas obras, religiosidade, educação, filosofia de vida, tradições, são meios usados pelo homem para tentar melhorar seu caráter.

Apaziguar a consciência esconder seus erros através de suas justiças ou produzir uma aparência de bondade são atitudes humanas para tentar aliviar a culpa.

Deus fez vestes de pele para Adão e Eva (Gn 3.21). Porque somente Ele poderia cobrir is pecados (Sl 32.1-5).

Deus fez a expiação definitiva dos pecados através do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário.

Muitas vezes ouço este tipo de “ministro” alienado à mentira, dizer que são conservadores e que devemos ter uma igreja pura. Em primeiro lugar deveriam ser conservadores das doutrinas e não das tradições dos homens. Ensinam mentiras em vez da verdade. Procuram cobrir seus pecados com folhas de figueira e esquecem que o sacrifício de Jesus foi completo.


Se usar perfume fosse pecado Jesus teria condenado a mulher pecadora quando esta foi ungi-lo com um vaso de alabastro, que é um precioso perfume de nardo puro. E esta quebrando o vaso derramou-o sobre Ele. Mas o fariseu Simão condenou Jesus dizendo no seu pensamento: “Se este fosse profeta saberia quem é esta mulher” (João 12.1-8).

Certa vez estava em uma cidade cultuando ao Senhor Jesus, onde vi o líder daquela igreja dizer em público que as irmãs que estivessem usando meia calça não poderiam mais cantar no coral. E em sua repreensão severa disse: “Não admito este tipo de vaidade na “minha” igreja”.

É o homem querendo assentar-se no trono de Deus, e isto ocorre dentro das igrejas. Um estilo egocêntrico, ou seja, o homem é o centro no topo de todas as coisas. O eu ocupa o lugar em todos os espaços e em todos os lugares. Deus, com certeza, neste ambiente não está presente.

O evangelho que Jesus ensinou não é um jugo pesado que estamos vendo dentro de certas igrejas que dizem ser cristãs. Se Jesus combateu regras e tradições (Mt 15.1-8; 23.1-3), porque contrariarmos o nosso mestre? Para os tais santidade é um conjunto de regras humanas. Jesus pregou um evangelho puro despido de pecado, de dogmas, tradições e proibições. O Evangelho é pacifico, é amor. O amor é a base do seu evangelho. Para os fariseus Jesus disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.37-40).

Igrejas que dizem: DEUS É AMOR, mas se alguém descumprir as regras adotadas pela denominação é logo fulminado e excluído. Isto é amor? Muitos que trilham o caminho cristão não aprenderam andar nele. Intitulam-se cristãos, mas não conhecem Cristo e Seu amor. São comparados a um tripulante de avião que assume aeronave, mas não sabe pilotá-la e se perde no espaço

Dizia um dos pais da igreja, Cipriano de Cartago, exortando seus contemporâneos no primeiro século: “Uma antiga tradição pode ser simplesmente um antigo erro”.

Sabemos que muitos evangélicos têm adotado tradições humanas como meio de justificação. É por isso que Paulo diz em 1ª Co 7.23 “Foste comprados por bom preço, não vos façais servos dos homens”. E nós fomos libertos por Cristo da escravidão do pecado e da lei (Rm 7.6; 8.2). Somos submissos a Palavra de Deus e aos ministros que realmente são de Deus, mas não escravos de tradições humanas.

Certo dia ouvindo um programa radiofônico, e o pregador dizia em sua homilia: “no dia do juízo Deus vai ter com os líderes que usavam paletó com uma abertura atrás”. Fiquei a meditar: “será que Deus está preocupado se usamos camisa e gravata com paletó ou sem paletó? Ou um paletó com abertura ou sem abertura?” É um absurdo deixar de falar do amor de Jesus num programa evangélico radiofônico e falar de paletó e ainda acusando os outros. Devemos saber que tudo que temos e usamos é para o Senhor; porque todas as coisas são para Ele. É necessário o bom senso entre os obreiros e fazer tudo de maneira que não comprometa a pregação da Palavra e em harmonia e paz, para que a graça do Senhor abunde entre os irmãos. Isso sim faz a diferença!

O nosso país é muito grande e possui um clima variável. Por exemplo. Nos estados do Centro Oeste, Norte, Nordeste, a maioria não usa paletó por causa do calor excessivo, mas em algumas igrejas é regra usar o paletó mesmo com calor de 40º. O paletó que usamos nos púlpitos é o mesmo que muitos corruptos usam em nosso Distrito Federal. Mas alguns o têm como roupa de santo.

A raiz do pecado não está nas práticas externas de proibições humanas, mas no amor próprio que brota no lugar da devoção a Deus. O Senhor Deus procura levar o homem a Sua santa vontade. Os heréticos levam-nos para a doutrina dos homens e até podem granjear admiração de alguns, mas não de Deus. Por melhor que seja, toda observância de regras cria satisfação e chama glória para si, em vez de oferecê-la a Deus. Os tais apresentam boas obras (Gl 1.14), porém, nada é reconhecido pelo Santo Juiz, para Ele toda a boa ação é comparável a trapos imundos (cf. Is 64.6).

O que fere a santidade e separa o homem do amor de Deus, não é descumprimento de um costume imposto e criado pelos homens, mas a concupiscência carnal que entristece o Espírito Santo e leva o homem a condenação eterna. Devemos crucificar nossa carne para que Cristo viva 

Pr. Elias Ribas
Blumenau -SC

quarta-feira, 27 de junho de 2012

OS FARISEUS SÃO ODRE VELHOS


“Ninguém deita remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam” (Mt 9.16-17).

Odre é um recipiente feito de couro para ser usado no transporte de líquidos. Após pouco tempo, já se torna velho, por causa das intempéries, da umidade, da poeira etc. Se um odre ficasse velho, já não poderia ser usado para colocar vinho, pois se romperia, e o vinho se perderia.

“Vinho novo precisa de odres novos”. A diferença não está no estilo; não é que um odre novo seja mais atraente ou estejam mais na moda que os velhos. Não nos descartamos dos odres velhos simplesmente porque estivessem velhos; nós os abandonamos porque estavam enrijecidos. O odre deve ser flexível e elástico para aceitar bem o vinho novo. Deus tem hoje vinho novo, isto é alegria, bênçãos para serem derramados nos odres novos.

Olhamos as diferentes formas de se posicionar diante do trabalho do Senhor. Alguns agem como se fossem odres velhos. Parecem que não podem ser mais usados por Deus.

Que tipo de líder você tem sido?

Saul foi ungido rei sobre Israel. Profetizou. Porém, foi arrogante, pretensioso, prepotente. Envolveu-se com mentiras e blasfêmia. Era um líder iracundo. Era um odre novo que envelheceu em pouco tempo.

[...] Os odres velhos de que Cristo nos fala são as estruturas tradicionais antigas, as leis e cerimoniais judaicos e das tradições que, às vezes, são mais duras que qualquer outra coisa. Alguns acham mais fácil anular um verso das Escrituras, que abandonar uma tradição. Muitas vezes entramos em conflito com a Bíblia a fim de obedecermos à nossa estrutura. Se não fosse necessário mudar a lei, Cristo não teria vindo a este mundo. Mas Ele veio para mudar os odres, quebrar as tradições e nos libertar do pecado e de sua condenação.

Muitos líderes são odres velhos e ressequidos, Jesus veio trazer novidade de vida, mas são como fariseus, não deixam Deus colocar algo novo, são duros de corações, iracundos como Saul, não entendem e não aceitam a verdade. Estão fechando o reino do céu [ORTIZ. P. 131].

Como disse o Pr. Maximiliano Neves da Silva: “Existem crentes que tem aparência de sobriedade, mas é como Jesus falou aos fariseus ou crentes velhos de seu tempo:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!” (Mt 23.27).

[...] Branco por fora é bonito mas dentro tem ossos e todo tipo de podridão. Não seja um crente velho ou velho crente. Ser crente velho não tem nada a ver com a idade. O crente velho tem a ver com a postura, cultura que se instalou em nossa meio assim como várias outras que enchem a cabeça de coisa que não edifica, mas atrapalha quem quer alguma coisa séria com o reino de Deus.

Rompa com essa cultura que não faz parte do reino, vigie e ore para que tua vida não caia nesse marasmo de viver baseado em regra sobre regra, preceito e mais preceito onde só você é detentor da verdade onde todos estão contra você e você é perseguido por causa de tua santidade e verdade onde qualquer coisa te escandaliza e aquilo que deveria escandalizar já não te constrange mais. Onde não há mais lugar para o amor a alegria e a paz [Pr. Maximiliano Neves da Silva].

Para o reino de Deus crescer é necessário largar tradições vetustas e arcaicas, que não trazem edificação nenhuma senão criar dissensão entre o povo de Deus. Portanto deixemo-nos o passado grotesco. Deus está dizendo: “larguem os odres velhos e aceitam as boas novas do Evangelho”. Somente assim o reino de irá crescer.

Os odres velhos, são líderes ancorados no passado. São aqueles que só pensam no passado. São como os israelitas que saíram do Egito, mas o Egito ainda estava neles. Esquecem que Deus tem algo novo para eles. Muitos já passaram 20, 30 anos na obra, porém ainda não entenderam o evangelho da salvação. A Igreja dinâmica muda. Não a doutrina, esta continua a mesma. Precisamos mudar para melhor. Isso também é ser odre novo.

Antigamente não havia rádio e televisão, hoje até o lavrador tem estas coisas. Não havia telefone, hoje quase todos têm um celular. Não havia máquina de escrever, hoje tem computador. Na igreja não havia médicos, dentistas, advogados, porém, hoje há. Havia pastores que não sabiam ler direito, mas hoje há doutores e mestres. Agora estamos em outro momento. Tudo muda e nós precisamos mudar. Mas só uma coisa não muda. Além da doutrina, que é imutável, precisamos sempre de mais unção, poder e graça de Deus. Isso não muda. Sem Ele, nada podemos fazer.

O líder que se ancora no passado não muda. Os membros de sua igreja, acabam e indo para outras igrejas. Eram 500, agora são 300, 200 etc. O culto é o mesmo. Os bancos, os mesmos. A mensagem é sempre a mesma (regra e mais regra). Hoje as coisas mudaram, até os nomes estão mudados, são novos. Deus faz novas todas as coisas. O líder ancorado no passado só faz culto fúnebre e diz: Quando a igreja era pequena, era uma benção. Hoje é grande demais é só têm problemas. Este líder é um tipo de odre velho, mas Deus quer torná-lo hoje um odre novo.

[....] Quando um pai compra uma roupa para seu filho em crescimento, sabe que daqui alguns meses não irão servir mais. Por quê? É lógico: porque o filho cresceu. É o que acontece com a qualquer tipo de estrutura. Qualquer estrutura serve muito bem enquanto as pessoas permanecem como estão. Depois que eles crescem, as estruturas não servem mais. Não podemos continuar usando a mesma roupa, não serve mais. Isto se sucede com a igreja. Quanto mais desenvolvermos no conhecimento da Palavra de Deus, mais vamos perceber que nossas estruturas estão atravancadas e impedindo o livre curso do Espírito Santo. Os fariseus eram assim, não cresceram espiritualmente a ponto de rejeitar o seu próprio Messias.

Os líderes não devem se ofender quando falamos de mudanças de estruturação. Isto significa que estamos crescendo. Se pudermos viver anos e anos acomodados dentro das mesmas estruturas, isto significa que não estamos crescendo. Quando se fala em mudança, Satanás usa sua estratégia dizendo que vamos cair no mundanismo; Ele sabe que Jesus condenou os fariseus e continuar nele para o diabo não tem diferença [Ortiz. P. 131].


Pr. Elias Ribas
Blumenau – SC.

FONTE DE PESQUISA

1. JUAN CARLOS ORTIZ. O discípulo. 6ª Edição, 1980. Editora Betânia. Venda Nova MG.
2. Pr. Maximiliano Neves da Silva.