TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A IMPORTANTE MISSÃO DE SER O SAL DA TERRA


Mateus 5.13 Jesus diz: “Vós sois o sal da terra. Mas se o sal for insípido, com que se há de salgar?”.

Prosseguindo o famoso sermão da montanha logo após falar sobre as bem-aventuranças, Jesus fala sobre a grande responsabilidade de seus seguidores na terra: Ser sal. Segundo o dicionário bíblico universal o sal tem duas finalidades que são: dar sabor, e preservar os alimentos. Vamos analisar estas duas qualidades do as, a luz da Bíblia Sagrada.

- Primeiro: Dar sabor.
Ao longo de toda a história bíblica homens e mulheres, jovens e crianças tem desenvolvido fielmente o ministério de ser sal da terra, pois tem se dedicado inteiramente nas mãos de Deus. E através destas pessoas Deus tem mostrado ao mundo que servos Seus podem levantar a moral decadente dos povos, e dar gosto ou sabor à vida. Quando lemos em Gênesis 5.2b vemos que Enoque andou com Deus não num céu de glórias longe de toda a corrupção do mundo de então. Enoque andava com Deus quando a terra já estava tão sem moral quanto agora.

Mesmo assim o viver santo de Enoque servia para dar sabor a vida, e pelo seu exemplo fiel influenciar outros a viverem também em santidade e andarem com Deus. Seguirem seus passos como Noé (Gn 6.8), como Abraão (Gn 12.1-3) e muitos outros. Todo o cristão pode, e Deus espera contar com todos nós para mostrar ao mundo que é possível dar gosto a esta vida mesmo estando num ambiente contaminado pelo pecado.

A nossa vida deve ser alegre, sem malícia, cheia de amor e justiça, e todas estas virtudes devem servir de influencia as pessoas com quem convivemos. Nossa missão de ser sal da terra não pode falhar.

- A segunda qualidade do sal: Preservar.
O sal preserva da corrupção, e serve para representar o bom caráter e as boas palavras (Cl 4.6). Podemos citar o belo exemplo de Jetro, sogro de Moisés. Ele soube entender a chamada de Deus para seu genro, dando proteção à sua família e seus netos. Soube aconselhar seu genro na ocasião certa para evitar problemas futuros. Ao contrário do mundo em que vivemos, pois é pai matando filho, filho matando pai, irmãos contra irmão etc.

Jetro através de sua compreensão, equilíbrio e sabedoria preservou a família e o ministério de Moisés.
Prezado leitor, quando Jesus disse que nós somos o sal da Terra, estava nos provando que temos todas as condições necessárias para dar gosto e sabor a esta vida, e preservar os bons costumes morais sociais e religiosos principalmente no ambiente em que vivemos.

Podemos prepara a melhor comida e colocarmos os melhores temperos, mas se não colocarmos o sal ficara sem sabor. Suponhamos que uma pessoa aproxime-se de uma mesa que esta servida com vários alimentos. Diante de seus olhos estão apetitosos pratos, mas quando leva a coca a primeira porção sente que não há sabor. Certamente ela dirá: sem sal não vai.

O mundo em que vivemos está estragado pela falta do sal, e só podemos melhor se fizermos uma mudança de pensamento e atentarmos para o ensino da Palavra de Deus a Bíblia Sagrada. Assim podemos crer em um mundo melhor sem corrupção, sem imoralidade e sem crime. Se tornarmos o sal da terra podemos então melhorar as condições de nossas famílias, sociedades e nação.

Pr. Elias Ribas

O QUE JESUS REALIZOU NA CRUZ DO CALVÁRIO

“E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (Jo 3.14).

O verssículo acima Jesus faz uma antítopo (figura representada por outra; personagem tipificada no Novo Testamento), onde Ele compara-se a serpente levantada por Moisés no deserto.

Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente e pendusse numa aste e todo aquele que fosse mordido por uma víbora (serpente) do deserto o e olhasse para a serpente na aste era salvo e curado.

A serpente é símbolo de maldição. Jesus nos ensina que Ele se tornaria maldito por nós sendo pendurado em uma cruz, para aqueles que fossem afetados pelo veneno da serpente (pecado) e olhassem para Ele, seriam salvos, curados e livres da maldição.

Era necessário que o Filho de Deus fosse morte numa cruz para cumprir os desígnios do Pai e para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías “Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades...” (Is 53.5).

Veremos o que Jesus realizou na cruz do Calvário em nosso favor.

I. Ele realizou a nossa salvação.
Salvação no gr. soxo – significa salvação, libertação e cura. Jesús veio a este mundo para nos salvar, libertar e curar as almas necesitadas. O que o apóstolo João viu testificou e escreveu na sua carta: “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1ª Jo 4.14). Jesus, veio ao mundo com este propósito de salvar o homem, e livrá-lo de uma condenação eterna. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.16-17). Paulo declara: “Que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores dos quais eu sou o principal” (1ª Tm 1.15) No evangelho segundo Lucas Jesus diz: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar que se havia perdido” (Lc 19.10).

II. Ele realizou uma expiação perfeita.
“Expiar” implica cobrir as culpas, mediante um sacrifício exigido. A palavra é empregada 77 vezes no Antigo Testamento, sendo usada pela primeira vez em Êxodo 29.33 por Moisés. Na carta aos Hebreu 9.22 diz: “Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificaram com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. Iaías 53.67 diz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante seus tosquiadores, Ele não abriu a sua boca”. E no vv. 10 do mesmo capítulo esclarece ainda: “Quando der Ele a Sua alma como oferta pelo pecado”. Por isso o percussor João Batista João Batista O chama: “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Para a igreja em Éfeso Paulo diz: “Andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave”. (Ef 5.2). Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”. (2ª Co 5.21). Isto nos diz que Cristo, o perfeito Filho de Deus, que nunca cometeu pecado, de acordo com a vontade do Pai, tomou sobre si toda a nossa culpa para que nós pudéssemos receber por intermédio dEle a justiça de Deus, como se essa fosse a nossa própria justiça. Este ato de reconciliação agradou em tudo o Pai.

III. Ele tornou a nossa purificação.
“Mas se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus purifica de todo o pecado” (1ª Jo 1.7). O pecado é uma transgressão ao nosso Deus, o pecado torna impura a nossa alma, mas segundo a nossa confissão e arrependimento, o sangue de Jesus nos purifica, limpa o que está sujo. Por isso João diz que Seu sangue nos lavou dos nossos pecados (Ap 1.5).

IV. Ele tornou nossa redenção.
Redenção do verbo “Redimir” quer dizer “comprar de volta”. Toda a humanidade se encontra “vendida à escravidão do pecado” (Rm 7.14) e ao jugo do diabo e precisa de um redentor que possa resgatá-la. O preço elevado de tal redenção é a morte.

Foi por isso que para nos resgatar, Jesus morreu em nosso lugar. A quem é devido o preço da redenção? Evidentemente não é Satanás. Ele simplesmente escraviza aqueles que escolhem uma vida de pecado. O preço do resgate é devido à santidade de Deus; e foi Deus, não Satanás quem aceitou o “pagamento” mediante o vicário sacrifício de Cristo. O resultado disso a derrota eterna de Satanás.

No evangelho de Jesus segundo Mateus, Jesus se declarou Redentor da humanidade quando disse que Sua missão era a de “... dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E na carta a Éfeso Paulo diz: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1.7).

Redenção quer dizer resgate. Pelo precioso sangue de Jesus somos resgatados, tirados duma condenação, livres para uma vida abundante e cheia de benção.

Na carta do apóstolo São Pedro ele Pedro fala do preço da nossa redenção. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1ª Pe 1.18-19). Só um ser imaculado (sem mancha) poderia redimir (resgatar) outro indivíduo pecador. Por morrer a mais desprezível morte segundo a lei judaica (Dt 21.22-23), morte de cruz. Cristo pode redimir todo o ser humano, até o mais pecaminoso que vier a crer nEle.

V. A nossa justificação.
“Sendo justificado gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos” (Rm 3.24-25). Jesus justificou perante o Pai a nossa culpa. Pagou o preço do nosso resgate e justificou pelo seu sangue. “Sendo justificado gratuitamente pela sua graça”. A Bíblia diz em 1ª Pe 1.18-19 “Sabendo que não foi com coisa corruptível, como prata ou ouro, que foste resgatado da vossa vã maneira de viver que por tradição recebeste dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. O preço pago para nos libertar e justificar, Jesus pagou em nosso resgate, ao derramar o seu sangue e dar sua vida por nós. Não precisa o homem fazer penitencia, acender vela, andar de joelhos ou coisa parecida. A Bíblia diz “Todas as nossas justiças são como trapo de imundícia” (Is 64.6). Só precisamos aceitar e crer no sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, e obedecer a Sua Palavra, pois Jesus já pagou o porte para vida Eterna. Esta vida está a tua disposição é somente aceitar.

Ser justificado concernente a salvação, significa ser declarado justo, livre de pecados cometidos. Nossas tentativas de esconder ou cobrir nossos próprios pecados resultam tão inúteis como as folhas de uma figueira com que Adão e Eva tentaram cobrir sua nudez. Vale a pena lembrarmos que o Senhor proporcionou a Adão e Eva vestes de peles com que se cobrirem depois que eles lhe confessaram o pecado. Mais uma vez se nota o derramamento de sangue para satisfazer a santidade de Deus, violentada que fora pelo pecado. Resultam infrutíferas nossas tentativas de desculpar-nos ou esconder nossos pecados, pois estão patentes aos olhos de Deus. “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. (1ª Jo 1.8).

Quem nos justifica é Cristo. Se tivermos fé no seu sangue, Deus vê, ao olhar para nós, não as leis violadas em nosso coração, mas a propiciação através do sangue de Seu Filho. O sangue de Jesus se sobrepõe aos nossos pecados. Satisfeita a justiça de Deus, somos justificados mediante o divino sangue expiador, como se não tivéssemos cometido nenhum pecado. Aleluia! Podemos então cantar como o salmista. “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.10-12).

Quem é capaz de medir ou calcular a grande misericórdia de Deus? Ela nos proporciona o único agente digno de servir como propiciação de nossos pecados – SANGUE DE CRISTO. Ó maravilha do poder do sangue do Cordeiro. Como nos lembra 1ª João 2.2 “Ele é propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.

VI. Ele é nossa reconciliação.
“Reconciliar” significa harmonizar as relações interrompidas entre duas pessoas, promovendo o mútuo entendimento e restaurando a comunicação entre ambos. “E pela cruz reconciliou ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.16). Na cruz do Calvário Jesus reconciliou o homem com Deus, restabeleceu a amizade que outrora fora perdida; é por isso que em João 15.15 Jesus nos chama de amigos. Jesus veio reconciliar com Deus não os justos, mas os pecadores e necessitados.

“Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados seremos salvos pela Sua vida; e não isto apenas, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem acabamos agora de receber a reconciliação!”. (Rm 5.8-11). Antes de aceitarmos a Cristo como nosso Redentor, éramos chamados inimigos de Deus, mas quando aceitamos como único salavdor crendo e obedecendo a Sua Palavra, nos tornamos filhos de Deus por adoção, (conforme Jo 1.12).

Aos Corintios Paulo diz: “Tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava com Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra de reconciliação. De sorte que somos embaixadores de Cristo, como se Deus exportasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que nos reconcilieis com Deus” (2ª Co 5.18-21).

VII. Ele é a nossa propiciação.
Aquele que oferece sacrifício em nosso favor. Cristo foi dado por Deus Pai como propiciação pelos pecados daqueles que tivessem fé no seu sangue derramado; lemos em Rm 3.24-26 “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixando impune os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.

VIII. Ele é a nossa paz.
“E que, havendo por Ele feito a paz pelo seu sangue da sua cruz” (Cl 1.20). “Sendo pois justificado pela fé, temos paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). O profeta Isaías explique que: “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Is 53.5).

Ele é nossa saúde. O profeta messianico escreve: “E pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5). Na cruz do Calvário Jesus levou todas as nossas dores, angustias e enfermidade. Não existe um Deus tão bondoso como este. Tome posse da cura e quando o mal te rodear clame pelo nome de Jesus, pois só Ele pode te curar te abençoar e salvar a tua alma.

Ele é a nossa santificação. Hb 13.12 diz: “E por isso também Jesus veio ao mundo para santificar o povo pelo seu próprio sangue”.

Santificação é o ato de ser separado do mundo (sagrado). Se Jesus não tivesse morrido na cruz em nosso favor, jamais o homem poderia se tornar santo, separado para Deus.
Santificação pelo sangue: É a limpeza do homem interior, mediante aceitação da Palavra de Deus. “Vós já estais limpos pela palabra…” (Jo 15.3). A Palavra limpa, santifica e nos mostra o verdadeiro caminho para o céu.

Não temos Palavra para explicar sobre a grande obra que Jesus realizou na cruz do Calvário em nosso favor. Ele morreu para este propósito: “reconciliar, justificar, redemir, purificar, santificar, e também para nos dar: paz, saúde e a salvação Eterna.

Deus é um Pai que nos faltam palabras para explicar este amor imenssuravel. Poderiamos chamar de paizinho pela intimidade que temos com Ele. Pois, Ele não se importa quando o chamamos assim porque somos Seus filhinhos.

Talvez você ainda pergunte: “o que eu preciso para desfrutar de todas estas benção?” Tudo se resume em duas palavras: CRER no Senhor Jesus e OBEDECER a Sua Palabra será salvo tu e tua casa. Amem!

Pr. Elias Ribas

O JULGAMENTO IMPROVISADO

João 8.4-11 “Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, 4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. 5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. 7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. 8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. 10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.

I. INTRODUÇÃO
Esse julgamento não foi previamente marcado, nem aconteceu num tribunal. Foi julgamento improvisado, porque a causa que provocou o julgamento foi o de uma mulher adúltera apanhada em flagrante. Entretanto, a razão desse julgamento estava na tentativa dos inimigos de Jesus, o Juiz, em incriminá-lo na forma de juízo que aplicaria. Pensando eles que Jesus contrariaria a Lei de Moisés, mas foram surpreendidos e envergonhados diante da Sabedoria do Juiz por excelência.

II. ELA FOI ACUSADA  (Vs. 3-4).

1. Foi acusada publicamente por 4 agentes de acusação:
a) A sociedade (a gente de sua cidade).
b) A Lei de Moisés.
c) Os chefes religiosos.
d) A própria consciência da acusada.

II. ELA FOI DEFENDIDA (Vs. 7-8).

1. Os personagens desse tribunal:
a) A acusada - “a mulher adúltera”.
b) O advogado de acusação - “os fariseus”.
c) As testemunhas - “o povo da cidade”.
d) O advogado de defesa - “Jesus”.
e) O Juiz que a libertou – “Jesus”.

2. Antes do veredito final, Jesus se torna o advogado de defesa da “mulher adúltera” (1ª Jo 2.1).
3. Jesus defendeu a mulher adúltera baseado no fato de que todos são pecadores - v.7; Rm 3.23.

III. ELA FOI ABSOLVIDA - vs. 10-11.
1. Jesus, após a defesa, assume a posição natural de JUIZ.
2. Aplicou dois juízos com o seguinte veredicto:

A. Juízo redentor - com o veredicto: “nem eu te condeno”.
B. Juízo correcional - com o veredicto: “Vai, não peques mais”.

3. A absolvição foi feita baseada na justiça do perdão.

CONCLUSÃO: A lição que aprendemos neste julgamento é a possibilidade que Deus dá ao pecador mediante a obra expiatória de Jesus Cristo. Aceitá-lo como Salvador significa receber a justificação da pena do pecado cumprida por Ele no calvário.

Pr. Elias Ribas

sexta-feira, 8 de maio de 2009

FOGO CONSUMIDOR

Hb 12.29 “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor”.

O fogo representa na Bíblia diversas realidades espirituais diferentes, dentre as quais eu destaco a purificação. O que passa pelo fogo sai purificado, ou não sai. A grande prova está na palha e no ouro; o ouro derrete ao passar pelo fogo, e sai todas suas impurezas, mas continua sendo ouro e com mais brilho; a palha vira cinza e fumaça.

Da mesma forma o nosso Deus é um fogo, ou seja, Ele nos prova para nos purificar, testando se sairemos da provação da mesma forma que entramos ou se viraremos pó. E mais do que, é um fogo mais intenso que se possa conhecer.

A Bíblia diz que Deus é um fogo consumidor, no sentido de permitir o cristão passar pela prova de fogo, prova de tribulação para o nosso aperfeiçoamento. Fogo consumidor denota a ação permissiva de Deus permitindo que o crente passe por aflições, tribulações e provas, para moldar-nos, provar-nos e purificar-nos. No livro Zacarias 13.9 diz o Senhor Deus: “E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e purificarei, como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; e ela invocará o meu nome, e Eu a ouvirei, e direi: é o meu povo, e ele dirá: O Senhor é meu Deus “Vê, Eu te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição” (Is 48.10).

Deus é amor e quer ver todos os Seus filhos sejam perfeitos, puros e aprovados. É por isso que passamos pelo fogo.

Ao servirmos ao um Deus assim nos obrigamos a ter uma atitude e um caráter que possam ser provados pelo fogo a qualquer momento e em qualquer lugar. A responsabilidade aumenta, e com ela os benefícios também. Nem quero pensar no que seja Deus provando nossos atos e sentimentos naquilo que nós costumamos chamar de “momentos ruins”. Na carta aos Hebreus 10.11 diz: “E, na verdade, toda correção, no presente momento, não parece ser motivo de gozo, senão de tristeza, mas, contudo, depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados”.

Mas se por um lado pesa o rigor de um fogo provador, por outro temos o privilégio indescritível do relacionamento, pois nada gera mais intimidade com Deus do que seguir os seus padrões. E ser íntimo dEle é algo que traz uma sensação indescritível de paz, serenidade e segurança.

Nosso desafio é aprender a vencer o medo de ser santo como Deus nos quer para viver uma vida 100% dentro do padrão que Ele nos coloca. “Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10).

O fogo de Deus permite participar de Sua santidade, e também veremos que somos participantes das bênçãos espirituais. Viver debaixo da graça já é bom, mas com intimidade como Dono da graça é muito melhor.

Pr. Elias Ribas

A SALVAÇÃO DE LÓ E A PERDA DA ESPOSA - Gn 19

Note que os varões de Gn 18.2 são “anjos” em Gn 19.1. Ló aprece ser tão hospitaleiro como Abraão (v.2), mas os anjos não querem entrar na sua casa. Preferem passar a noite na rua. Poderemos imaginar Deus recusando entrar na casa de algum2 crente hoje? Afinal os anjos consentiram e entraram.

Ló parece ser o tipo do “meio crente” convencido, mas não convertido. A vida de uma tal pessoa costuma ser uma contenda, uma inutilidade e talvez uma catástrofe. Seu testemunho aos genros ficou nulo (v. 14).

A história de Ló nos ensina que, embora o cristão possa conseguir para si a salvação, pode contudo perder sua família. Filhos e filhas, esposa, criados num meio devasso podem ser corrompidos. A mulher que olha saudosa para traz lembrando da vaidade, da cidade, dos amigos e amigas de Sodoma e dos bens materiais, em pouco tempo não poderá mais trilhar (v.26). Por isso Jesus diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. O julgamento divino a atingiu porque seus sentimentos estavam em Sodoma.

A ordem divina era: “Não olhe para traz”. Mas a mulher olhou e imediatamente foi transformada numa estatua de sal. Nós cristãos também não devemos olhar para traz. Devemos esquecer as coisas que para traz ficaram, pois só trazem tristezas e amarguras decepções. È por isso que a carta aos Hebreus 12.2 diz: “Devemos olhar para o autor e consumador de nossa fé”. A Bíblia diz: “Não olhes para esquerda e nem para a direita”.

Ló não agiu de acordo com o ensino de 2ª Co 6.17: “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei”.

Em Sodoma ele ganhou uma porção de tristezas. Ele foi atribulado pela vida dissoluta da cidade. Ló foi desprezado por aqueles a quem procurou conciliar (v.9). Ele não pode evitar arruinar da família. E ainda estava omisso a situação da cidade (sentado na porta da cidade v.1). Mas a graça de Deus salvou Ló, e isso por força, contra a sua vontade (v.16). Quão solene é o aviso de Apocalipse 18.4: “Sai dela povo meu!...”

Notemos que Abraão (tio de Ló), de manhã bem cedo, no dia imediato á notável entrevista com os anjos foi para aquele lugar onde estivera diante da face do Senhor. Nós também podemos, voltar ao ponto onde temos provado mais evidentemente a presença de Deus: talvez na casa de oração, na reunião da Santa Ceia. E desse lugar solitário Abraão viu a fumaça de Sodoma incendiada, e compreendeu que nem sempre a intenção de um homem piedoso pode salvar o iníquo de um merecido suplício.

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 5 de maio de 2009

A ESPOSA DE FINÉIAS E A TRAGÉDIA

“E, ao tempo em que ia morrendo, disseram as mulheres que estavam com ela: Não temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem fez caso disso. Mas chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi-se a glória de Israel, porquanto a arca de Deus foi levada presa e por causa de seu sogro e de seu marido. E disse mais: De Israel a glória é levada presa, pois é tomada a arca de Deus” (1º Sm 4.20-22).

Em Siló morava a família do sacerdote Eli. Ele tinha uma idade de aproximadamente 90 anos, e seus dois filhos chamavam Hofni e Finéias, apesar de adultos e casados, não estavam preparados para substituí-lo em seu encargo sacerdotal. Os filhos de Eli não se importavam com o Senhor (1º Sm 2.12), desprezando a oferta que era trazida pelos israelitas. Eles não esperavam que se queimasse a gordura, de acordo com a orientação divina para os sacerdotes e seus familiares, que comiam das ofertas. Antes, mandavam que seus servos buscassem a carne crua, antes da oferta ser aceita pelo Senhor. Ora, tiravam da panela com um garfo de três dentes o pedaço que saísse. Isto contrariava todas as normas dadas pelo Senhor por meio de Moisés aos descendentes de Arão, da tribo de Levi, que foram separados para oficiarem com sacerdotes. O povo já não suportava tal procedimento.

Não havia o temor do Senhor no coração desses jovens. Eles conheciam a verdade, a vontade de Deus e não a executavam. O texto sagrado diz que “Era muito grande o pecado destes moços perante o Senhor... Porém, Eli já era muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que servia á porta da tenda da congregação” (v. 17-18). O sacerdote Eli não corrigiu os filhos quando estes eram pequenos e agora eles haviam se tornado ímpios e seriam julgados a qualquer momento pelo Senhor.

Chegou o dia em que Israel saiu á peleja contra os filisteus e se acampou junto a Ebenezer, uma pedra memorial, cujo nome significa: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Ali houve um primeiro ataque e morreram 4.000 homens de Israel. Então o povo pediu que trouxesse para o campo de batalha a arca da aliança, que simbolizava a presença de Deus entre o povo. E a arca foi trazida. O exército rompeu em brados de júbilo e “ressoou a terra” Os filisteus se atemorizaram com os brados e pensaram que estavam perdidos, pois o Deus de Israel estava no meio de seu exército. Eles lutaram bravamente e prevaleceram contra Israel. Mataram Hofni e Finéias, os filhos de Eli, que tinham ido ao campo de batalha para levar a arca da aliança. Os filisteus levaram a arca consigo para suas cidades, como um troféu de guerra. Aquela era a sua maior conquista.

Israel sentiu-se desamparado. Sem a arca era como se estivessem sem Deus. Um dos guerreiros, que escapara da batalha, levou a notícia a Siló. Quando o sacerdote Eli ouviu que seus filhos eram mortos “ao trazer ele menção da arca de Deus, caiu Eli da cadeira para trás, junto ao portão, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu, porque já era homem velho e pesado; e havia ele julgado a Israel quarenta anos (1º Sm 4.18).

A Bíblia não nos fala o nome da esposa de Finéias. Apenas nos diz que ela estava grávida, e o parto estava próximo. Ao receber a notícia da morte do marido na guerra, do sogro e que a arca tinha sido levada pelos filisteus, “encurvou-se e deu à luz; portanto as dores lhe sobrevieram” (v.19). Ela teve problemas no parto e veio a falecer. “Ao expiar, disseram as mulheres que assistiam: Não temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem fez caso disso. Mas chamou o menino “Icabô”, dizendo: “Foi-se a glória de Israel” (1º Sm 4.20-21).

A esposa de Finéias deveria ser jovem e bela e de família nobre, provavelmente da tribo de Levi. Deveria ser conhecedora da Lei, da vontade de Deus. Por conseguinte, ela deveria sofrer com o péssimo testemunho de seu marido e de seu cunhado.

Estava grávida, deveria ter sonhos para seu filho, como toda mãe tem. Seu filho também seria sacerdote. Uma posição privilegiada em Israel. Uma posição de liderança e prestígio, mas de grande responsabilidade, pois estaria lidando com as coisas de Deus, e isto era muito sério. Provavelmente ela e seu esposo deveriam saber das palavras proféticas dadas por Deus a seu sogro. Eram profecias muito duras, que diziam que os descendentes de Eli morreriam na flor da idade, não haveria homens em sua descendência. Que se levantaria outra linhagem sacerdotal e a família de Eli teria de se humilhar para conseguir um pedaço de pão. O sinal que o Senhor havia dado era que seus dois filhos morreriam em um mesmo dia.

Não se pode brincar com as coisas de Deus. A Bíblia nos diz: “Deus não se deixa escarnecer porque tudo o que o homem semear, isto também ceifará” (Gl 6.7). Ninguém ouse pensar que se possa driblar o Senhor ou “tapar os Seus olhos”. A falta de temor de Deus gera perdição e tragédia eterna. Eli não disciplinou seus filhos quando eram pequenos, depois de grandes, isto era impossível. O tempo de plantar o temor do Senhor, a obediência e os valores do caráter no coração, e na infância. Esse tempo é precioso e o ensino é eficaz. Por diversas vezes, certamente, sempre que necessário, os pais deverão aplicar a vara da disciplina nos filhos pequenos. A vara é para criança, não para o adolescente ou jovem. Para estes é o diálogo franco, alertando para os perigos e contando com os frutos de uma boa semeadura feita na infância do filho. O bom filho será um bom esposo. Quem honra os pais saberá honrar ao Senhor. Será um pai exemplar, um marido carinhoso e trará felicidades aos que estão vivendo ao seu redor.

A esposa de Finéias não teve um bom marido. Pelo fato de ter mais de uma parteira para auxiliá-la, podemos perceber que era uma mulher rica. Ela deveria morar em uma casa confortável com todos os bens materiais; deveria ter boas roupas, boa comida, muitas jóias, mas faltava-lhe o essencial para uma descendência feliz e abençoada. Um marido temente a Deus. Toda a mulher que quer se casar precisa olhar que tipo de filho é seu futuro esposo. Se desejar uma decência abençoada, não se case com os “Finéias” que estão por ai.

Ao ouvir as tristes notícias das mortes dos homens de influência, a esposa de Finéias, entrou em trabalho de parto. Mas sua maior dor não foi por causa das profecias a respeito de seu marido e sua descendência, mas foi por causa da arca da aliança ter sido levantada pelos inimigos. Isto, sim era a tragédia maior. A nação agora estava desamparada, “foi-se a glória de Deus”, ela afirmou ao morrer.

O pior havia acontecido. Algo jamais imaginado pelo povo de Israel tornara-se realidade. Estavam órfãos de Deus. A arca simbolizava a presença de Deus e está não estava mais no meio do povo de Israel pela conseqüência do pecado dos filhos do sacerdote Eli. E ela deu ao seu filho o nome de Icabô, ou Icaode, que significa “foi-se a glória de Israel, porque a arca foi tomada” (1º Sm 4.22). Quantas nações, igrejas e membros já perderam a glórias de Deus pela falta de temor.

A tragédia chegará, conforme a palavra profética, e a esposa de Finéias não suportou seu aperto. Morreu sob a dor da perda. Foi esmagada pelo peso da conseqüência do pecado familiar.

Embora a glória do Senhor houvesse se dissipado, Deus jamais abandonaria o Seu povo. A arca voltaria, mas era necessário haver uma mudança radical na vida da nação, que estava contaminada com a falta de temor de Deus e com o pecado. O homem que Deus havia separado para a restauração de Israel seria Samuel, filho de Elcana, homem temente a Deus, e de Ana, uma mulher de oração. O contraste entre o lar de Ana e de Eli estava nos filhos e na obediência a Palavra de Deus.

O que trás a glória de Deus em nossas vidas é o temor, o ensino da Palavra, a oração e a separação do pecado. Não perca a glória de Deus, pois sem ela a morte é certa!

Pr. Elias Ribas

A ANTIGA MANEIRA DE DESCULPAR-SE

Gênesis 3.12-13

Desculpar-se ou escusar-se pode ser tanto uma forma de provar a inocência, ou um meio de fugir da responsabilidade. Muitas vezes, quando erramos diante de Deus, mesmo que nossa consciência nos mostre claramente que temos culpa, queremos um alguém ou alguma coisa para dividir essa culpa, principalmente quando está em jogo nossa imagem perante a opinião pública.

Esquecemos que tudo está visível diante de Deus, cujos olhos são como chamas de fogo. Sabemos que essa mania é antiga. Aliás, ela veio desde a criação de todas as coisas criadas por Deus, e é uma das conseqüências do pecado do homem. Quando o casal transgrediu a ordem de Deus, Ele os visitou na viração do dia, como fazia com freqüência. É evidente que Deus já sabia o que havia acontecido neste dia.
A visita de Deus ao casal envergonhado e escondido era a forma de oferecer misericórdia e amor. Quando Deus perguntou a Adão: Onde estás? Deus queria levá-lo ao arrependimento, mediante a confissão e o reconhecimento de seus erros. No entanto, diante da segunda pergunta de Deus a Adão: Comeste tu da árvore que te ordenei que não comesses? A resposta de Adão deu origem a primeira desculpa esfarrapada que temos conhecimento: A mulher que me deste por companheira. Ela me deu da árvore e eu comi. Simplesmente ele tentou convencer Deus que não tinha culpa de nada. Deus, então se dirige a mulher: Porque fizeste isso? Tentado provar que também não tinha culpa de nada, Eva responde: A serpente me enganou, e eu comi.

Na atitude de Adão e Eva, desculpar-se diante de Deus, não vemos nenhum sinal de arrependimento ou responsabilidade por seus erros. Adão culpou sua mulher, que por sua vez culpou a serpente. Adão não quis assumir a culpa pelo erro cometido nem mesmo sua mulher. Um foi culpando o outro. No entanto, o pecado já estava feito e suas conseqüências afetavam e marcavam toda a raça humana.

A misericórdia e o amor de Deus nos são favoráveis quando nós assumimos nossos erros, confessando-os diante de Deus de forma arrependida. E não temos outra escolha a não ser nos humilhar diante Daquele que conhece nossa vida por inteiro. Deus pode perdoar todas as nossas fraquezas que confessamos diante Dele, nos dando graça para vencer. Há uma questão impressionante nas Escrituras: Porque Davi era um homem segundo o coração de Deus, se fez tantos pecados terríveis, traiu seu soldado, numerou o povo e fez sangrentas guerras. Em contraste com seu antecessor, Saul não fez tantos pecados assim. É que Davi sempre confessou, reconheceu seus erros e assumiu o seu pecado, reconhecendo a necessidade de perdão e graça de Deus. O Salmo 51.1-14 é uma prova fiel disso. Já Saul seguiu o caminho da desculpa (1º Sm 13.8-14), da justificação (1º Sm 15.18-24), sempre responsabilizando alguém por seus erros. Como conseqüência de suas desculpas Saul foi rejeitado como Rei, desviou-se de Deus e envolveu-se com feiticeiros, até chegar ao suicídio. Triste fim. Irmão, o caminho mais certo até as bênçãos de Deus passa pela confissão e o arrependimento, enquanto que o caminho mais curto para o sofrimento passa pelas desculpas e escusas.

São muitos os Saul que andam pecando e sempre desculpando dos seus erros. Deus compadece dos que se humilham, confessam e deixam seus pecados. A Bíblia diz no Salmo 32: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”.

Pr. Elias Ribas