TEOLOGIA EM FOCO: O MÚSICO QUE FAZ A DIFERENÇA

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O MÚSICO QUE FAZ A DIFERENÇA

O músico que faz a diferença é aquele que se entrega totalmente a Deus e o ama de todo o coração (Mt 22.37). Devemos amar o que Deus ama e desejar o que Deus deseja!

O músico que faz a diferença é aquele prioriza as coisas de Deus Enquanto priorizarmos o Senhor em nossas vidas faremos diferença. Ele nos concederá a visão da Sua vontade para o nosso caminhar diário com Ele.

1. Conhece ao Senhor. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).

O adorador para conhecer a Deus precisa ser um ácido estudioso da Sagradas Escrituras. A Palavra, a oração e uma vida santificada nos trará intimidade com o Pai. Ele procura os verdadeiros adoradores.

Conhecer ao Senhor é ter intimidade com Ele (Sl 25.14). Quem conhece ao Senhor o reconhece em todos os seus caminhos (Pv 3.6). Reconhecê-lo é consultá-lo para todas as coisas, as minhas decisões do dia-a-dia, minhas atitudes, palavras, e respostas. Quando faço a minha parte que é reconhecê-lo em todos os meus caminhos, Deus faz a parte d’Ele, ou seja, Ele me instrui o que fazer, como agir, o que dizer, etc. (Sl 32.8).

A medida que os fiéis chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais bênçãos espirituais. A água é frequentemente mencionada como símbolo ou tipo do Espírito Santo (Jo 7.37-39; Sl 1.3).

Para conhecer é necessário investir tempo com Deus através da meditação da Palavra a da oração. Quando investimos tempo com Ele iremos ter uma comunhão íntima com o Senhor. A nossa vida espiritual cresce e dá frutos. Ele quer ter comunhão conosco (Lc 10.38-42). Devemos priorizar esta comunhão com Ele.

Quando priorizamos o tempo com Deus, aprendermos andar como Ele anda, falar como Ele fala e teremos atitudes iguais as d’Ele.

E para isso precisamos conhecer os atributos naturais de Deus, os quais são assim denominados:

Onipresença. Ele pode estar em vários lugares ao mesmo tempo.
Onisciência. Ele tudo sabe nada escapa do seu conhecimento.
Onipotência. Ele detêm todo o poder, nada é impossível para Ele.
Unidade. Ele é um Ser único que, se manifesta nos mais diferentes modos de Sua existência (Pai, Filho e Espírito Santo).
Infinidade. Ele não tem fim.
Imutabilidade. Ele é o Deus que não muda.
Deus possui como atributos morais a Santidade que, é a plenitude gloriosa da Sua excelência, ou seja, não se refere apenas a uma de suas qualidades, mas a união de todas elas.
Justiça. Que seria o mesmo que afirmar que Ele sempre faz a coisa certa, o que é direito e, isso, conforme o seu caráter.
Amor. Sendo que n’Ele não está apenas resumido o sentir, pois o amor em Deus se expressa pelo ato de sua doação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo por toda a humanidade.

2. Anda no Temor do Senhor. “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7).

A sabedoria, conforme o emprego desse termo em Provérbios, significa viver e pensar de conformidade com a verdade de Deus, com Seus caminhos e Seus desígnios.

Temor no hebraico hary yir’ah, significa respeito, reverência. Temer a Deus, não é ter medo d’Ele, mas levá-lo a sério, significa respeitá-lo e reverenciá-lo (Sl 111.10). Não podemos subir num púlpito para ministrar se nossa vida está cheia de pecados não acertados, pois isso é “fogo estranho” diante do Senhor e Ele não recebe esta adoração. Não podemos permitir que o pecado arruíne nossa vida (Pv 8.13). O temor do Senhor é um tesouro para os santos (Pv 15.16). Não podemos perder as bênçãos de Deus por termos deixado de escutá-lo (Pv 28.14; Sl 25.14).

3. Possui relacionamentos corretos. Os seus relacionamentos e amizades devem ser cristãs. Precisamos aprender a andar com pessoas que amam a Deus, que não tenham compromisso com a maledicência, a mentira, a inveja, o pecado, etc (Sl 1.1-6). Existe um ditado que diz: “Diz-me com quem andas e direis quem és”. Quem são seus melhores amigos?

4. Possuem um coração ardente. O Senhor deseja ver nós um coração ardente. Devemos tomar muito cuidado com a nossa indiferença, frieza e apatia (Ap 3.15-16). O coração frio é insensível as coisas de Deus.
O coração morno é indiferente. Mas o coração quente é um coração apaixonado, alegre cheio de amor. O coração ardente, não é egoísta e nem busca os seus próprios interesses, pelo contrário, deseja o bem-estar dos outros, deseja servir Deus, a família, a igreja, ao ministério e ao mundo.

I.         QUALIFICAÇÕES DE UM MÚSICO

1. Real experiência com Deus (Jo 3.3). A pessoa que teve uma real experiência com Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14.7-8) e nem para o pecado (Gl 5.24; Rm 6.6, 11-14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto (Cl 3.1; Mt 6.33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da Palavra.

O problema que temos encontrado nesses dias, é que muitos músicos não tem uma real experiência com Deus, ou seja, não são regenerados. O que eles possuem é apenas uma vontade de tocar e cantar. Os problemas surgem porque falta coração regenerado. O músico precisa passar pela experiência da regeneração. Este é o requisito básico e principal para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.

2. Consagração (Lv 27.28-29). Consagrado significa ser separado para servir conforme o propósito de Deus. Quando temos uma real experiência, somos separados do pecado a fim de servirmos a Deus e vivermos para Ele (2ª Co 5.15).

Portanto, o verdadeiro adorador tem a convicção de que é uma pessoa separada por Deus, e que seus dons e talentos são dedicados inteiramente ao serviço à Ele. De que maneira temos utilizado os nossos dons e talentos? Temos utilizado para os nossos próprios interesses ou para servir a Deus e as pessoas? A evidência clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham o seu serviço (Tg 2.18, 26; Jo 12.24; 15.18). Qual o fruto que você tem oferecido?

3. Servo. Mt 20.26-28 “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.”

João 12. 12-15: Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”
Em Jesus podemos ver o modelo de servo. Ele como Deus não precisava servir, mas deixou este exemplo para Sua Igreja. Ele veio servir e dar a Sua vida por muitos.

O talento musical não coloca ele acima de ninguém. Não fomos escolhidos para sermos servidos, mas estamos dispostos a servir, ou seja, temos que ter a mentalidade de servos. O verdadeiro servo é conhecido não pelo seu título, mas pelo seu modo de viver.

Infelizmente, encontrado músicos que não tem o coração de servo, por isso, não é difícil ouvirmos frases do tipo: “o meu instrumento é melhor”, “a minha música é melhor”, “a minha banda é melhor”, “eu sou o melhor”, “não abro mão do meu lugar à ninguém”, “não faço tal coisa porque não é o meu ministério”, etc. Por causa dessas frases desses músicos, tem se criado em nosso meio um terrível espírito chamado competição. Isso com certeza entristece o coração de Deus, e ao mesmo tempo, dá lugar a um ambiente de desamor, impróprio à presença divina (1ª Co 3.1-7).

O responsável pelo espírito de competição chama-se Satanás! (Ez 28.2; 1º Rs 18.21). Desde o princípio do mundo, ele tem procurado competir sem êxito, com o Todo Poderoso. Satanás tem tido acesso ao meio evangélico, através deste espírito de forma muito sutil.

Saiba que o reino das trevas é o reino da competição, e o reino de Deus, o da cooperação (Sf 3.9; Ef 4.16). Podemos ter características diferentes e estilos diferentes, mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua.

Ser um música ou cantor é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.

4. Submisso. “Todo o homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que proceda de Deus; e as autoridade que existem foram por ele instituídas” (Rm 13.2).

Você é uma pessoa submissa? Submissão significa estar debaixo de uma missão. Submissão é reconhecer a soberania de Deus e nos colocar à disposição d’Ele para cumprirmos a missão que nos foi proposta. “A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros” (1º Sm 15.22). A Palavra fala de submissão e também nos ensina como e com quem devemos exercer submissão. Devemos, por exemplo, ser submissos às autoridades. As mulheres aos seus maridos. Os filhos aos pais. Os liderados a seus líderes. Submissão não é se “rebaixar” como dita o mundo, mas submeter é uma representação de respeito, amor, consideração, obediência... Honre as pessoas que são autoridades em sua vida.

Existe, hoje em dia, um aspecto importante que tem se tornado um grande problema, onde observamos que muitas bandas gospel não querem estar ligadas a nenhuma igreja e a nenhum pastor. Em Provérbios 18.1 diz, que “O solitário busca o seu próprio interesse, e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”. Músico precisa ser pastoreado. Quem deseja andar isoladamente, está buscando o seu próprio interesse, tendo uma atitude egoísta.

Nós músicos precisamos de cobertura espiritual, ensino, admoestação e correção dos nossos líderes, e a partir de então, ganharemos autoridade para ministrar e seremos uma benção para o corpo de Cristo.

Aquele que agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes e aos irmãos (Ef 5.8-21).

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