TEOLOGIA EM FOCO: ASTROLOGIA

sábado, 7 de setembro de 2013

ASTROLOGIA




É a astrologia uma seita falsa? Pode-se considerar heresias os seus métodos? É uma ciência, uma arte, uma religião ou mero charlatanismo? Essas perguntas e outras que podem passar na mente do leitor poderão ser respondidas à medida que examinamos o assunto nas linhas que se seguem.

I.     HISTÓRICO

Do grego “ástron”, astro e “lógos”. Palavra, dissertação, discurso, temos a palavra “astrologia”, que tem a sua principal forma de expressão através do Horóscopo, do grego “hóra”, instante, divisão do dia, hora, e “skopéo”, examino, que observa etc.

A Astrologia é uma ciência divinatória que supõe a influência dos astros sobre o curso dos acontecimentos e sobre o destino dos seres humanos. Pretende que a posição dos corpos celestes num dado momento (o do nascimento da criança) condicione seu futuro, favorável ou desfavorável. A vida torna-se, então, previsível e predizível, pelo exame do céu. Tudo fica a depender da exata configuração do firmamento na hora do nascimento do homem, que é a base dos horóscopos.

Pelos documentos antigos que podem ser encontrados na biblioteca Assíria, sabe-se que a ideia do homem adorar, cultuar e mesmo pensar ser dirigido pelos astros data desde os primórdios da humanidade. Aí estão os verdadeiros princípios da astrologia. Suas raízes são místico-religiosas; a identificação dos planetas como deuses, na Babilônia e Assíria, levou à noção de que tais planetas, tendo presidido a nascimentos, não poderiam deixar de influir na vida dos nascidos.

No seu começo, a astrologia era privilégio da classe sacerdotal, portanto, puramente religiosa. Como os reis tinham funções sacerdotais, passou a ser chamada “arte real” e era aplicada para descobrir o destino do rei e do Estado teocrático oriental.

Depois da evolução da Astronomia, esta sim, a ciência que estuda os astros, a astrologia pretendeu se assemelhar a ela, mas no decorrer do tempo o sentido divinatório e pagão da astrologia, sempre ligada a adivinhação fez com que as duas caminhassem separadas.

II.   OS ASTROS-DEUSES

Segundo Ptolomeu (90-168 d.C), já se previam os eclipses em 747 a.C. O curso do Sol e de outros planetas havia sido estabelecidos por volta do ano 1000 a.C. Cinco planetas do sistema solar eram conhecidos. A eles se juntaram o sol e a lua, e formou-se então o número místico sete. A astrologia fez a cada um a correspondência de uma divindade maior: Marduk ou Nebiru (Júpiter), Ishtar ou Milita (Vênus) Ninurta ou Ninih (Saturno) Nebo ou Nabu (Mercúrio) Nergal ou Meinodhac (Marte), Sin ou Nannaru (Lua), Samas ou Shamash (Sol). Esses deuses-planetas eram chamados “intérpretes”, pois permitiam interpretar o futuro, o qual era na realidade a realização da vontade dessa “assembléia divina”.

“Deuses não descem a minúcias”. Assim, a crença num destino escrito nas estrelas não implicava na aceitação de um cego determinismo. Isso iria permitir, na Idade Média, a aceitação, embora relutante, da astrologia pela Igreja Católica.

Quando nasceu a Astrologia, pensava-se que o Sol, a Lua e os planetas giravam em torno da terra, cada signo correspondendo assim a uma determinada organização da faixa (ou cinto) celeste, mas com as revolucionárias descobertas da Astronomia, na época de Galileu e seus sucessores, os cálculos astrológicos entraram em grande confusão.

Já havia mais que sete planetas, ao passo que o Sol e a Lua deviam ser riscados do rol planetário. Não era a Terra o centro do universo, mas o Sol, de quem a Lua era apenas um satélite; dessa maneira a astrologia sofreu golpe mortal e hoje, embora adaptada para os nossos conhecimentos, não passa de uma crença em que sobrevivem resíduos do paganismo e misticismo antigos.

III.  QUE É O ZODÍACO?

A Astrologia tomou esse termo da astronometria (ciência que estuda as opiniões e os movimentos dos astros) do grego “astro”, mais “metria”, medição, mensuração.

O centro do Sol descreve na esfera celeste um círculo máximo. Sua trajetória aparente é plana e situada no plano que contém a Terra. A tal plano, dá-se o nome de “eclíptica”, pois os eclipses só se produzem quando a Lua o atravessa. A zona limitada pelos dois círculos paralelos situados a 80,5 de cada lado da eclíptica, recebe o nome de “zodíaco”.

Esta zona, por onde circulam os planetas do sistema solar, foi cortada em doze casas de 300 cada, nas quais o Sol parece progredir à razão de 10 por dia; em outras palavras, a nossos olhos, ele percorre cada casa em um mês: esses os signos do zodíaco. Assim, a expressão “ter nascido sob o signo de Carneiro”, por exemplo, significa ter vindo à luz durante o período da primavera - de 21 de março a 21 de abril - durante o qual o Sol residia na primeira casa do zodíaco, pois que a tradição o faz começar em Áries (carneiro).

IV.  OS SIGNOS DO ZODÍACO

A astrologia moderna se baseia na história envolvida nos signos do zodíaco. Como, porém, podemos explicar a existência desses signos? Quando os consideramos, descobrimos que não passam de invencionices e que são muitos especiais e peculiares.

Uma mulher com um ramo em uma das mãos e algumas espigas de milha na outra; um touro que se arremete furiosamente; dois peixes atados um uma corda pela cauda; um homem derramando a água de um vaso; e assim por diante. Mesmo para o observador mais despreocupado ou despreconceitoado, está claro que nada existe, em absoluto, na disposição das estrelas, que sugira as várias figuras com as quais são identificadas no zodíaco.

V.   CRENDICE POPULAR

Os hindus têm a astrologia como base fundamental de sua religião, o mesmo acontecendo com outros povos orientais. No Ocidente, a astrologia é largamente difundida e consultada. Astrólogos montam seus “consultórios” e distribuem para jornais, revistas, gibis ou mesmo revistas especializadas os seus horóscopos. Nos programas de rádio e televisão, principalmente nos noticiosos não faltam as informações astrológicas que exploram a boa fé popular. A técnica de adivinhação usada pela astrologia é a principal em uso corrente em todo o mundo ocidental.

VI.  A ASTROLOGIA E A BÍBLIA

Embora alguns estudiosos (ou curiosos) tentem combinar a astrologia com a Bíblia, as referências específicas encontradas nas Escrituras à astrologia, são realmente poucas e colocadas dentro do título geral de adivinhação, que é terminantemente proibida, como sendo uma forma de idolatria e abominação aos olhos do Senhor:

- Deus falou ao povo de Israel contra essa prática que considerava como erro dos pagãos dos dias primitivos:

“Guarda-te de levantares os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército do céu, não sejas seduzido a inclinar-te perante eles, e dês culto àquelas coisas que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt 4.19).

- Se tal “ciência” fosse verdadeira, a Bíblia a apoiaria. Eis o que está escrito em Isaías 47.13:

“Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti”.
- Na “limpeza” do rei Josias, encontramos em 2º Reis 23.5:

“Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá, e ao redor de Jerusalém, como também os que incensavam a Baal, ao sol e à lua, e aos planetas, e a todo o exército dos céus”.

- Não são os astros que governam nossas vidas, e sim Deus, que nos põe em contato com Jesus Cristo:

“Deus, é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1ª Coríntios 10.13).

- A Bíblia ainda nos recomenda a fugir da idolatria:

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1ª Coríntios 10.14).

A Astrologia é de origem pagã e idólatra. Seus “sacerdotes” são na maioria espiritualistas (espíritas) e se envolvem com o ocultismo. Quando não o são, fazem da astrologia uma profissão que é uma das mais rendosas no momento, explorando, comercialmente suas “predições.”

Como essas predições só podem dar certo ou errado, a percentagem de acerto é de 50 %, sem contar com os “acertos” que encaixam bem para qualquer pessoa como: “você tem um grande problema para resolver”; “Há alguém na sua vida”; “Você vai passar por uma dificuldade”; “Cuidado com o seu relacionamento com a pessoa amada”; “Cuidados com a Saúde”, e cousas assim. Em quem não se encaixam essas predições?

A volta do oriente sobre o ocidente, ilustrada por livros diversos e pelo crescimento da Astrologia, do Espiritismo, da Teosofia e demais seitas e pensamentos orientais, tornou-se possível pela apostasia de grandes grupos do mundo ocidental que anteriormente se diziam cristãos, tendo na Igreja Católica seu principal representante.

Cabe aos verdadeiros cristãos o combate a essas abominações para que elas não tentem substituir a fé na direção divina e providencial:


“Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2.17).

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA 

1.       BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
2.    BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
4.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
6.      DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
7.      ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
8.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
9.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.  FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
14.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
15.  JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
16.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
17.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
18.  RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011.
19.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
20.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
21.  SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
22.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com

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